VEREADOR = ASSISTENCIALISTA
Por (Evilásio Júnior)
Não é novidade que a figura do vereador no Brasil se assemelhe à do arco-íris, que só surge em tempos de bonança chuvosa. Eis que uma conversa entre um candidato e pessoas da comunidade a quem beneficiaria foi flagrada. “Aquele asfalto caiu do céu, né? Ninguém tem obras ali como eu. Aquela escadaria, o projeto para aquele colégio...se meu candidato a prefeito ganhar, teremos um posto de saúde na nossa rua”. Os oportunistas de plantão aparecem para requerer votos e somem assim que assumem o posto para o qual se dispuseram. “Preciso de 3.800 votos...”, contabilizou. Mas ao que tudo indica é por aí mesmo. A população acredita que o edil deve ser uma pessoa íntima, quase familiar (ou até mesmo parente) e esquece (ou desconhece) qual é a verdadeira função: compor o Poder Legislativo municipal, elaborar e votar leis, e fiscalizar o Poder Executivo.