STF investiga deputado por assassinatos
Depois de virar destaque nacional ao se referir ao ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), como “aquele moreno escuro”, o deputado Júlio Campos (DEM-MT) passou à condição de único congressista brasileiro a responder atualmente pelo crime de homicídio qualificado. Tramita, desde o último dia 15, no STF, inquérito que apura o envolvimento de Campos em dois assassinatos ocorridos em 2004. Segundo as investigações, o empresário Antônio Ribeiro Filho e o geólogo húngaro Nicolau Ladislau Ervin Haraly foram assassinados em São Paulo por causa de uma disputa por terras no Mato Grosso. O deputado é suspeito de ser o mandante dos crimes, com o objetivo de se apropriar de terras com pedras preciosas. O processo se arrasta há mais de seis anos na Justiça e seguiu para o Supremo porque, como parlamentar, Júlio Campos só pode ser julgado pela Suprema Corte. O caso é relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello.