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tony garcia
O ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União) conduziu pessoalmente, em 2004, uma série de interrogatórios que tinham como alvo ministros do Superior Tribunal de Justiça, integrantes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e do Tribunal de Contas do Paraná. É o que revelam documentos obtidos pelo g1 e pela Globo News.
Os interrogatórios aconteceram quando Moro conduzia a 13ª Vara Federal de Curitiba – responsável pelos processos da Operação Lava Jato. Legalmente, todas essas autoridades não poderiam ter sido alvo de apuração na primeira instância, onde o ex-juiz atuava.
O documento tem 234 páginas de depoimentos prestados pelo ex-deputado estadual Tony Garcia, que foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) acusar Moro de tê-lo usado para levantar provas contra autoridades que, em tese, não poderiam estar sob a mira da Justiça Federal, mas sim de cortes superiores.
Os depoimentos integram material entregue por Tony Garcia e colaborador da Justiça de Curitiba ao ministro do STF, Dias Toffoli. O ex-deputado quer anular o acordo que fez com Moro – ele diz ter sido usado pelo ex-juiz para cometer ilegalidades.
Ao g1, Sergio Moro diz que "nenhuma autoridade com foro foi investigada" e que as suspeitas eram de tráfico de influência de terceiros, advogados que vendiam facilidade sem que houvesse participação dos ministros.
Documentos que estavam sob sigilo na 13ª vara de Curitiba indicaram que o ex-juiz e atual senador, Sérgio Moro, foi favorável a um acordo de colaboração premiada, que previa grampear, monitorar e levantar provas contra colegas da magistratura paranaense que tinham foro privilegiado e estavam fora, por força de lei, do alcance dele como juiz federal.
Atualmente, Moro diz que a acusação não tem fundamentos e que não existem gravações de pessoas com foro no processo.
O acordo, de dezembro de 2004, tinha como objetivo investigar magistrados e políticos com foro privilegiado, algo que estaria fora da jurisdição de Moro.
O documento mostra que a colaboração previa, entre outras coisas, o uso de escutas ambientais para coletar informações sobre desembargadores e ministros.
O delator da ocasião era um ex-deputado estadual e empresário, Tony Garcia. Ele só obteve acesso formal aos termos que formalizam sua atuação como informante de Moro recentemente, quando o juiz Eduardo Appio, desafeto da Lava Jato, assumiu a 13ª vara e levantou o sigilo que durava quase duas décadas.
No processo, agora enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de anular todos os efeitos da ação de Moro contra Tony, há provas até com conversas telefônicas do ex-juiz com o réu, cobrando a entrega das tarefas que tinham sido estabelecidas no trato legal.
Segundo o G1, os autos indicaram que 30 tarefas foram postas ao delator como condição para a colaboração com o Ministério Público Federal, assinada por Moro.
O ex-juiz diz que Tony é criminoso condenado e que nenhuma das gravações entregues por ele envolve pessoas com foro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.