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Preta Gil, Morango do Amor, Felca e Hytalo Santos: confira as principais buscas dos brasileiros no Google em 2025
Por Bianca Andrade
A cantora Preta Gil, que morreu em julho deste ano em decorrência de complicações de um câncer no intestino, está na lista das maiores buscas do ano por brasileiros no Google em 2025.
A plataforma divulgou na última quinta-feira (4), a retrospectiva que indica as principais buscas dos brasileiros no Google com alguns termos, como o "Quanto custa?", "Quem é?", "Por que?" e "O que é?", além das trends, músicas, shows, receitas, personalidades, TVs e séries e filmes.
O nome de Preta aparece em terceiro lugar nas principais buscas no geral. Já no tópico mortes, a filha de Gilberto Gil foi a principal busca do ano na plataforma. O nome da artista também aparece na pesquisa do "Quem é?", em nono lugar com o "Quem é a mãe de Preta Gil?".
Na lista de acontecimentos, o Oscar de Ainda Estou Aqui aparece em terceiro lugar nas buscas do público. Outro tópico que envolve a área de entretenimento pelas pessoas envolvidas é a Denúncia do Felca, um vídeo feito pelo youtuber que colaborou para a prisão de Hytalo Santos.
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Entre as personalidades mais buscadas estão Fernanda Torres, em terceiro lugar, Hytalo Santos em quarto, Felca em quinto, Suzane von Ritchthofen em sexto, Léo Lins em sétimo, Elize Matsunaga em nono lugar e Virgínia Fonseca em décimo.
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No tópico mortes, além de Preta Gil em primeiro lugar, o público pesquisou a morte de Ozzy Osbourne, Arlindo Cruz, Francisco Cuoco e Michelle Trachtenberg.
Sensação culinária de 2025, o Morango do Amor foi a receita mais buscada no Google pelos brasileiros, enquanto J.Eskine pontuou três vezes nas músicas mais buscadas com trechos do Resenha do Arrocha.
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Os usuários do Google ainda pesquisaram o por que de MC Poze ter sido preso, Oruam ter sido preso, Tati Machado ter perdido o bebê e Tony Ramos saindo da novela Dona de Mim.
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Outra curiosidade do público foi saber quem era o mascarado da novela A Viagem, além de querer saber quem é Felca, Hytalo Santos e a mulher de branco em Tieta.

O sergipano Natanzinho Lima aparece na busca do público interessado em saber quanto custa um show do fenômeno do arrocha.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem resistido à pressão de lideranças do Centrão para romper o acordo firmado com o PT sobre a indicação da Casa ao Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo relatos de parlamentares, Motta tem afirmado ser um “homem de acordos” e que pretende manter o entendimento com a sigla, apesar do rompimento de relações com o atual líder petista na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).
Caciques do Centrão têm insistido para que Motta desfaça o compromisso e apoie um nome de outro partido, utilizando as emendas parlamentares como principal argumento. Para integrantes do grupo, seria um erro indicar para o TCU — responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos públicos — alguém ligado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e crítico da impositividade das emendas.
A modelo Mariana Goldfarb, ex-mulher de Cauã Reymond, surpreendeu ao participar de uma campanha do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pelo fim da violência contra as mulheres.
No vídeo, a influenciadora digital relatou um relacionamento abusivo que viveu e afirmou que caso não tivesse saído dele, acredita que estaria morta.
Sem citar em que momento aconteceu esse relacionamento e o nome do assediador, Mariana citou abusos psicológicos sofridos durante o namoro.
"Não é amor. E acho que nunca foi amor. A gente acha que não vai acontecer com a gente, mas acontece. Consegui sair num momento que eu tinha só mais 5% de oxigênio. Ou usava aqueles 5% naquele momento, ou ali eu ia morrer. Percebi que estava num relacionamento abusivo, acho que desde muito cedo, mas não sabia nomear. A violência psicológica não deixa marca visível", afirmou.
Goldfarb conta que após deixar o relacionamento, conseguiu entender o ambiente abusivo em que vivia e como ele impactou diretamente em sua vida e saúde.
"Olhando para trás, consigo, sim, ver a violência psicológica se transformando no meu corpo em formas de queda de cabelo, olho tremendo, falta de apetite, doença como a anorexia. Essa tortura psicológica que aparece em forma do tratamento de silêncio, que é insuportável, tudo é para te desestabilizar e é tudo sobre controle."
A modelo relembrou que por conta do relacionamento, passou a consumir bebida alcoólica de forma exacerbada, além de ter se afastado de amigos e familiares.
"É tudo sobre poder, dominação e controle. Eu nunca sabia direito o que vira. Era sempre um pisar em ovos. Era sempre uma coisa muito extenuante fazer de tudo para que terminasse bem, e não vai terminar bem. Eu comecei a beber muito. A gente vai procurando subterfúgios também para anestesiar a dor. Não é simples você sair, existe uma coisa de dependência, o problema desse tipo de relação é que ela vai na sua identidade, na maneira como se enxerga no mundo, como é."
Vereador que chamou prefeito na Bahia de “safado” e “vagabundo” é punido a fazer doações
Por Francis Juliano
O vereador Jailson Oliveira (PP) terá de pagar o equivalente a três salários mínimos por cometer ofensas contra o prefeito de Paulo Afonso, na divisa da Bahia com Sergipe e Alagoas, Mário Galinho (PSD). Considerando o salário de um vereador da cidade [R$ 17,4 mil], os três salários [R$ 4,5 mil] corresponderiam a 26,2% dos vencimentos do legislador.
Durante uma sessão na Câmara Municipal, o vereador, que faz oposição ao prefeito, usou termos como “safado”, “vagabundo” e “veaco” para se referir ao gestor. Segundo o PA4, parceiro do Bahia Notícias, a situação ocorreu quando o vereador interrompia uma prestação de contas no Legislativo.
Após análise do Ministério Público, foi proposta uma transação penal, aceita pelo vereador. Pelo acordo, Jailson Oliveira deve remeter os valores à Casa de Repouso São Vicente de Paulo, instituição que atende idosos no município. A medida impede que seja aberto um processo criminal por injúria, o que encerra a investigação na esfera penal.
Segundo o registro do caso, as falas do vereador foram consideradas ofensivas e teriam ultrapassado os limites do debate político, atingindo diretamente a honra do prefeito no exercício da função pública.
Mesmo aceitando o acordo, Jailson Oliveira enviou nota ao PA4 e alegou que a transação penal não representa admissão de culpa.
“Foi realizada transação penal, que não é condenação e não me coloca como culpado de nada. Aceitei contribuir com três salários mínimos para a Casa São Vicente e tenho satisfação em ajudar uma instituição tão importante”, declarou.
O vereador disse ainda que a proposta partiu do Ministério Público, e não do prefeito, e afirmou que segue o trabalho “com serenidade e foco nas demandas do povo de Paulo Afonso”. (Atualizado às 8h36)
Um motociclista ficou ferido após um acidente de trânsito envolvendo sua moto e um carro de passeio na manhã desta sexta-feira (5). A colisão ocorreu na Ligação Lobato-Pirajá, em Salvador.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram rapidamente acionadas e se deslocaram ao local para prestar socorro à vítima. Até o momento, o estado de saúde do motociclista não foi divulgado.
Agentes da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) também foram mobilizados para organizar o trânsito na região, que ficou bastante lento devido ao acidente. As autoridades ainda não têm informações sobre o que teria causado a colisão entre os veículos.
Anitta revela motivo que a fez excluir Salvador de turnê: "Outros lugares com mais presença de público"
Por Bianca Andrade
O motivo que deixou Salvador de fora da rota dos Ensaios da Anitta em 2026 surpreendeu o público da cantora, especialmente pelos ingressos esgotados em todas as edições anteriores realizadas na capital.
Em uma live feita na última quinta-feira (4), a artista afirmou que a equipe fez um estudo e definiu as cidades da turnê com base no consumo do público e na adesão, desta forma, Salvador não pontuou bem na pesquisa e foi cortada.
"Tinham outros lugares com mais presença do público e a gente queria fazer cidade nova, era meu sonho fazer algumas cidades", afirmou.
Apesar de não estar em Salvador com o 'Ensaios da Anitta', a artista está confirmada para o Carnaval com o 'Bloco da Anitta', trio sem cordas que irá desfilar no dia 13 de fevereiro, uma sexta-feira, no circuito Dodô (Barra-Ondina).
"A gente vai estar lá com o bloco, não mata o Renan [irmão e produtor da cantora] gente. Por favor, ele ama vocês, ele faz tudo pensando em vocês, ele ama a Bahia. A gente só pensou que a gente já vai estar lá com o bloco, como a gente está todo o ano."
Os Ensaios da Anitta irão passar por oito cidades. Além de Salvador, o Sul do país também não foi contemplado com a festa.
Nas redes sociais, o público criticou a decisão da artista de deixar a capital baiana de fora, já que a festa teve como inspiração os eventos que agitam o verão na prévia do Carnaval.
"Ela só pode tá louca. Mulher, Salvador sempre lota. CANCELA O BLOCO, fecha esse quiosque e volta com o ensaio", disse um internauta. "Piada viu, falar de logística e público e vem com o bloco... Anham, Anitta, então tá", desabafou outro.
A cidade mais próxima da capital baiana para receber a festa será Recife.
O principal suspeito de assassinar o empresário Gilberto Chaves, o “Bujão Tur”, em Alagoinhas, no Agreste baiano, foi preso na madrugada desta quinta-feira (4) durante uma operação da Polícia Civil da cidade.

"Bujão Tur" foi motor quando chegava em casa / Foto: Reprodução / Alagonews
Segundo o Alagonews, parceiro do Bahia Notícias, o acusado, identificado como André Carvalho, estava foragido desde que a investigação o apontou como autor do homicídio ocorrido no bairro Petrolar, em fevereiro deste ano.
Antes da captura desta quinta, um vídeo divulgado com exclusividade pelo site mostrava André Carvalho alegando inocência e afirmando que estava sendo “caluniado”.
O conteúdo circulou nas redes sociais e gerou debate entre moradores e leitores do portal. Ainda segundo informações, nas próximas semanas, o juiz responsável pelo processo deve decidir se André Carvalho será encaminhado a júri popular.
O CRIME
Proprietário de uma empresa de transporte público municipal, Gilberto Chaves foi morto a tiros quando chegava em casa. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Regional Dantas Bião, mas não resistiu aos ferimentos.
Na época, a empresa "Bujão Tur", que prestava serviços emergenciais para comunidades rurais, teve suas atividades suspensas. Durante as investigações, a polícia passou a suspeitar de que o crime tivesse sido motivado por questões pessoais da vítima.
Depois, concluiu o inquérito e encaminhou o caso ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que ofereceu denúncia contra André Carvalho, o apontando como autor do crime.
A Justiça turca determinou, nesta sexta-feira (5), a detenção de 46 pessoas em uma operação que investiga apostas ilegais em partidas de futebol no país. Entre os 29 jogadores citados pela Promotoria de Istambul, dois nomes de grandes clubes chamam atenção: Metehan Baltaci, do Galatasaray, e Mert Hakan Yanda?, do Fenerbahçe.
De acordo com o comunicado oficial, Baltaci é um dos 27 atletas suspeitos de apostar em jogos do próprio time, prática considerada grave pelas autoridades turcas e pelas entidades esportivas. Os demais jogadores investigados não tiveram seus nomes divulgados.
Já Yanda?, meio-campista do Fenerbahçe, é suspeito de apostar em diversas partidas por meio de um intermediário, segundo a Promotoria. O caso repercutiu entre torcedores dos dois clubes, que vivem uma das maiores rivalidades do futebol europeu.
A operação também mira dirigentes: os presidentes de dois clubes da terceira divisão tiveram prisão decretada sob a acusação de tentar influenciar o resultado de uma partida na temporada 2023–2024. No total, 35 dos 46 procurados já foram detidos.
A investigação amplia a crise que atinge o futebol turco. No início de novembro, seis árbitros e o presidente do Eyüpspor, da primeira divisão, foram presos. A Federação Turca de Futebol suspendeu cerca de 150 árbitros envolvidos em apostas e puniu 25 jogadores da elite, além de cerca de mil atletas das divisões inferiores, com suspensões de até 12 meses.
O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) regulamentou, por meio de um Decreto, o recesso forense de fim de ano, o expediente e a suspensão dos prazos processuais para o exercício de 2026. A norma, assinada pela presidente do tribunal, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, foi publicada nesta sexta-feira (5).
O período de recesso judiciário, compreendido entre os dias 20 de dezembro de 2025 e 6 de janeiro de 2026, terá suspensão total do expediente forense, dos prazos processuais, da realização de audiências e sessões de julgamento, da publicação de atos decisórios e das intimações. A exceção será garantida para o atendimento ininterrupto de casos urgentes, novos ou em curso, que demandem apreciação imediata, a ser realizado pelos plantões judiciários de 1º e 2º Graus e pelo Plantão de Recesso Forense.
Durante essa primeira fase do recesso, os órgãos de apoio técnico-administrativo do T-JBA funcionarão em regime especial, com expediente das 9h às 15h. As unidades consideradas essenciais, como as responsáveis por gestão de contratos, folha de pagamento, segurança, tecnologia da informação e saúde, deverão elaborar escala de plantão com no mínimo dois servidores. Os servidores convocados terão direito a um dia de folga compensatória por dia de atuação, a serem aproveitadas até 19 de dezembro de 2026, sendo vedada a conversão em pagamento.
Em seguida, no período de 7 a 20 de janeiro de 2026, haverá uma segunda etapa de suspensão específica dos prazos processuais, audiências, julgamentos, publicações e intimações. Contudo, o expediente forense e administrativo funcionará normalmente nesses dias, exceto em feriados ou afastamentos legais. A suspensão não se aplica a processos com réus presos, procedimentos da Lei Maria da Penha e a medidas urgentes devidamente fundamentadas pelo juízo, hipóteses em que todos os atos processuais necessários poderão ser praticados.
O decreto também estabelece oficialmente o calendário de feriados e pontos facultativos para o Poder Judiciário baiano em 2026, dias em que não haverá expediente forense e administrativo, salvo para plantões de urgência. O calendário inclui datas como Carnaval (12 a 18 de fevereiro), Sexta-feira Santa (2 e 3 de abril), Independência da Bahia (2 e 3 de julho) e Dia da Justiça (7 e 8 de dezembro), entre outros.
Em relação a dez desses pontos facultativos, o decreto determina que as horas não trabalhadas deverão ser compensadas mediante acréscimo de uma hora na jornada normal em dias úteis anteriores ou subsequentes. Os detalhes do procedimento de compensação serão definidos em Instrução Normativa da Secretaria de Gestão de Pessoas a ser publicada em até 30 dias.
A norma ressalva que outros feriados municipais podem ser observados, desde que haja determinação expressa da Presidência do Tribunal. Prazos processuais que vencerem nos períodos de recesso, suspensão ou nos feriados listados ficam automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil seguinte. O decreto está em vigor desde a publicação.
Senado prepara nova lei sobre impeachment de ministro do STF para rebater decisão de Gilmar
Por Folhapress
O Senado prepara uma nova lei sobre crime de responsabilidade de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e outras autoridades –como o presidente da República– para rebater a decisão de Gilmar Mendes que blindou os ministros contra processos de impeachment, ao elevar o quórum para afastá-los e tornar uma prerrogativa exclusiva do procurador-geral da República (PGR) a apresentação de pedidos contra eles.
Esse projeto foi apresentado em 2023 pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após uma minuta ser formulada por equipe liderada pelo então ministro do STF e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A proposta foi debatida ao longo daquele ano, mas desde agosto de 2023 está parada.
De acordo com integrantes da cúpula do Senado, a estratégia do presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é colocar este projeto em votação ainda antes do recesso parlamentar. Ele conversou com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da proposta, para que o parecer seja apresentado em breve.
O projeto ficou parado por causa de pontos polêmicos, como impor um prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados decida se aceita a denúncia por crime de responsabilidade contra o presidente da República. Atualmente, ele pode ficar com o processo na gaveta, sem arquivar ou aceitar a representação.
Além disso, o texto amplia o rol de autoridades sujeitas a serem processadas por crime de responsabilidade, incluindo juízes, desembargadores e integrantes do Ministério Público. Outro ponto polêmico é conferir a partidos políticos, sindicatos e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a possibilidade de apresentar denúncias contra autoridades.
Senadores dizem que a expectativa é de que o texto seja debatido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na próxima semana. A Folha não conseguiu contato com Rocha. A ideia é que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) apresentada pela oposição para permitir que qualquer cidadão possa solicitar o impeachment dos ministros não seja debatida, já que o plano é atualizar a lei de 1950.
Outras propostas que a oposição tenta retomar são as PECs para limitar as decisões monocráticas (individuais) no STF e para permitir que o Congresso suspenda julgamentos da corte. Porém, parte da Câmara afirma que o ideal é avançar com o projeto de lei que regulamenta este tipo de decisão dos ministros e restringe os partidos com acesso ao Supremo, aprovado esta semana pela Casa.
A reação do Congresso ocorreu após Gilmar declarar parte da Lei do Impeachment inconstitucional. Ele proibiu que cidadãos comuns peçam ao Senado o impeachment dos ministros e disse que isso é uma competência exclusiva do procurador-geral da República.
Além disso, ele aumentou o quórum para aprovar o impeachment. Pela lei, é necessário o apoio da maioria simples dos votantes. Gilmar igualou ao afastamento do presidente da República, que exige o voto favorável de dois terços do Senado –54 dos 81 senadores.
Nesta quinta, Gilmar defendeu sua decisão em evento em Brasília. "As pessoas dizem: mas por que liminar? Estou lhes dando as razões. Com tantos pedidos de impeachment, com as pessoas anunciando que farão campanhas eleitorais para obter maioria no Senado para fazer o impeachment", afirmou.
O ministro Flávio Dino o apoiou e disse que nunca houve tantos pedidos de impeachment. "Espero que esse julgamento sirva como estímulo ao Congresso Nacional para legislar sobre o assunto", disse. "Basta lembrar que o campeão é apenas um ministro: Alexandre de Moraes. Então, ou se cuida de um serial killer ou se cuida de alguém que está sendo vítima de uma espécie de perseguição, de uma chantagem".
As falas foram criticadas por congressistas. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi um dos poucos no Congresso a defender a decisão. Para ele, o impeachment dos ministros "não pode ser convertido em instrumento de intimidação, retaliação ou coerção política contra o Poder Judiciário" e há um plano da direita para intimidar o Supremo, ao formar maioria no Senado.
Uma ala majoritária do governo avalia que o debate sobre impeachment de ministros tira a sucessão no STF do foco e permitirá ao Palácio do Planalto realinhar sua relação com o Senado. Há, inclusive, quem defenda um gesto de solidariedade de Lula a Alcolumbre para desobstruir os canais de comunicação, interrompidos após o petista indicar Jorge Messias para a vaga no Supremo, preterindo Pacheco.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, viajará com Alcolumbre para o Amapá nesta sexta (5), para anúncio de programas federais. Aliados de Lula afirmam que a conversa com o presidente do Senado pode ocorrer já na próxima semana, antes do recesso, embora a votação para o novo ministro do STF deva ficar para 2026.
No entanto, a crítica do petista às emendas parlamentares em evento com empresários e integrantes da sociedade civil nesta quinta (4) aumentou a tensão entre os dois Poderes.
"Não concordo com as emendas impositivas. Eu acho que o fato de o Congresso Nacional sequestrar 50% do Orçamento da União é um grave erro histórico. Mas você só vai acabar com isso quando mudar as pessoas que governam e que aprovam isso", declarou o petista, durante a sexta reunião do "Conselhão".
A fala incomodou deputados e senadores da base aliada que estavam no plenário da Câmara dos Deputados para uma sessão do Congresso. Um deputado ligou para o secretário especial de Assuntos Parlamentares da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), André Ceciliano, e repassou o telefone para o presidente do Senado.
Segundo parlamentares, Alcolumbre questionou, em frente aos demais, "que sequestro" seria este, já que estava trabalhando para aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) como queria o governo e ainda atuando para ajudar os Correios, com uma mudança na meta fiscal que permite que o Executivo não tenha que cortar despesas para compensar o prejuízo maior que a estatal deve registrar em 2026
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".