Controverso longa "Shame" estreia em Salvador

O doloroso desnudar-se físico e emocional de Michael Fassbender diante das câmeras, no filme “Shame”, dirigido pelo inglês Steve McQueen já causa repercussão e polêmica entre os espectadores brasileiros.  Mesmo com o difícil papel, Fassbender não hesitou em aceitar o convite de Hunger. Segundo filme do cineasta e artista plástico Steve McQueen (“Hunger”), “Shame” estreou nos EUA em circuito limitado e com classificação indicativa para maiores de 18 anos e teve sua exibição vetada pela rede de cinemas Cinemark, fator que reduziu consideravelmente sua bilheteria. Na Hungria, um provocativo cartaz que simulava uma ejaculação no título do filme também chamou a atenção dos censores. O longa conta a história de Brandon Sullivan (Fassbender), um novaiorquino solitário, elegante e inteligente - um ícone de sucesso para os homens entre 30 e 40 anos de idade - que intimamente possui uma compulsão obsessiva por sexo. Com a chegada inesperada de sua irmã Sissy (Carey Mulligan, de “Educação”), a cômoda redoma em que Brandon é ameaçada. Sem nunca explicar o teor da relação de ambos, o roteiro escrito pelo diretor em parceria com Abi Morgan (roteirista de “A Dama De Ferro”) faz com que o público não entenda o porquê da conturbada convivência entre o casal de irmãos. Premiado no Festial de Veneza pelo papel, Fassbender interpreta Brandon com um furor visceral que demonstra sua versatilidade nas telas. O ator já esteve sob o comando de Quentin Tarantino em “Bastardos Inglórios”, deu vida ao jovem Magneto de “X-Men: Primeira Classe”, personificou o psicanalista Carl Jung em “Um Método Perigoso” e visitou o universo clássico da literatura inglesa em “Jane Eyre”, além de papéis menores. O longa já acumula mais de 20 prêmios e 40 indicações em festivais de prestígio.  Em Salvador, o filme está em exibição diária (às 14:45 e 21:00) na sala Cine Vivo (Circuito SaladeArte), no Shopping Itaigara.