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Entrevista

Saltur ressalta economia criativa como mola propulsora para uma "nova Salvador"

Por Sérgio Di Salles

Saltur ressalta economia criativa como mola propulsora para uma "nova Salvador"
Foto: Divulgação/Asom PMS

Cidade da música, dos santos e encantos, da criatividade… Uma capital que não para e que ao longo dos anos consolidou-se como um dos destinos mais procurados por brasileiros e estrangeiros, que buscam  não só conhecer as nossas belezas naturais e culturais, mas principalmente pelo vasto calendário dos grandes eventos, que de janeiro a janeiro movimentam a economia e colocam Salvador como um dos principais e mais atraentes pontos turísticos do mundo.

 

Apenas no Carnaval deste ano, o número de turistas que visitaram Salvador ultrapassou a casa de 1 milhão de pessoas, ocupando 89% da rede hoteleira da cidade, superando em 11% o número de 2023. Segundo o prefeito Bruno Reis, sozinha, a nossa folia momesca tem a capacidade de injetar R$ 2 bilhões na economia e gerar mais de 250 mil empregos diretos e indiretos. 

 

Quem ainda não conhece Salvador, engana-se ao pensar que temos apenas o Carnaval como principal vitrine. Na entrevista da semana, o Bahia Notícias conversou com o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, que além de comemorar os números dos primeiros meses do ano e detalhar os principais projetos já realizados durante o ano inteiro, também antecipou algumas novidades que chegam para somar na atração de turistas para a primeira capital do Brasil. 

 

  Foto: Bianca Andrade/Bahia Notícias

 

ECONOMIA CRIATIVA

A economia criativa faz parte de um contexto que é estabelecido pela Organização das Nações Unidas, e que reúne diversas atividades quando se fala em turismo, música, gastronomia, cinema, todos os setores que envolvem criatividade e tecnologia. “A cidade de Salvador tem um perfil clássico de base econômica dessa economia. Esse setor de turismo, de entretenimento, foi um dos setores que mais gerou emprego no ano de 2023, no mundo inteiro, sobretudo no Brasil. Isso está incluído, um outro setor que a gente pretende investir mais na cidade, é o setor de esportes eletrônicos. A gente, por exemplo, no Festival da Virada, já pelo segundo ano, fizemos um espaço dedicado a isso, estamos discutindo novidades para este ano. Quando a gente fala nisso, nós estamos falando de turismo, nós estamos falando de gastronomia, nós estamos falando de música, ao mesmo tempo, nós estamos falando de tecnologia, de inovação. Então, a gente tem esse patrimônio cultural que está intimamente conectado com essa indústria, que é uma das bases, e tudo isso, lógico, é claro, que fomenta também o turismo, direto e indiretamente. Aí, nós buscamos identificar dentro desse potencial produtos que nós tínhamos, entendendo esse que a gente chama aqui de plataforma de eventos como uma série de produtos que a gente tem ao longo do ano. E a diretriz principal é que a gente faça com que a gente tenha uma cidade vibrante o ano inteiro, que a gente não tenha apenas, embora seja extremamente importante, um dos mais importantes quando a gente fala na economia da cidade, que é de fato o verão”, explicou Isaac.

 

Segundo o presidente da Saltur, existe uma atuação no sentido de fortalecer aqueles produtos que já existem, como o Carnaval, que ele considera como o principal desse contexto, como se fosse uma mola propulsora do turismo da cidade, que é seguido por diversos outros que vêm recebendo uma atenção maior a cada ano. “Essa atividade é uma atividade que ecoa e gera desenvolvimento para a cidade o ano inteiro, que é justamente a atividade ligada à música e todo o movimento cultural que envolve isso, e ao mesmo tempo criamos também outros produtos que a cidade não tinha no passado, o exemplo clássico disso é o mês de março, o mês de março no passado, a cidade praticamente não tinha nenhuma atividade cultural, ao contrário, o mês de março no passado sempre foi associado a um mês chato e de volta às aulas, chuva e de volta às aulas e um mês chato onde nada acontecia na cidade, e nós vimos nisso uma oportunidade e ao mesmo tempo é um mês importante, afinal de contas a primeira capital do Brasil, uma cidade que está beirando já os 500 anos e transformamos isso num período de grande atividade cultural na cidade, então a gente tem quase um mês inteiro de atividades envolvendo arte, cultura, turismo esportivo, esporte de rua, maratonas aquáticas, gastronomia, teatro, bastante atividade cultural por toda a cidade, que é o Festival da Cidade, esse é um dos exemplos desse, e ao mesmo tempo fazendo com que essa sazonalidade dessa plataforma de eventos e essa sazonalidade de ter uma cidade com pontos altos e baixos no turismo, isso seja mais isonômico ao longo do ano, que é o que a gente luta para isso, então você sai de um mês de março de nenhuma atividade para um mês de março com várias atividades voltadas a essa indústria e que de fato movimenta a economia da cidade, quando você leva, faz esse tipo de atividade em qualquer ponto da cidade você está estimulando a economia daquele local”, detalhou. 

 

MUITO ALÉM DA MÚSICA

Isaac Edington destacou que a cidade vem construindo um calendário forte de eventos para que o objetivo de alcançar todos os tipos de público seja alcançado. “ Ao longo do ano a gente tem várias atividades, como a Maratona Salvador, que é um outro produto que a cidade não tinha, aí com o fortalecimento do turismo esportivo, a ideia é que a gente vá crescendo também e que venha se tornar uma competição importante no Brasil. A maratona já é hoje uma das principais corridas de ruas do Brasil. Nós temos uma maratona aquática, uma das mais importantes maratonas aquáticas do Brasil, aliás, a gente tem as duas principais, uma que é a travessia, que é uma competição das mais importantes em águas abertas do mundo. Aí quando a gente vai para o segundo semestre, a gente tem todas as celebrações do 2 de julho, que deixou de ser apenas uma celebração cívica, apenas de um desfile, de um cortejo cívico, mas também bastante atividade cultural, de lazer, de entretenimento, de música e de esporte. Isso ao longo do ano. Em setembro, o Festival da Primavera, ou seja, a ideia é que a gente tenha uma cidade vibrante o ano inteiro”, disse. 

 

                                                                   Foto: Divulgação/Ascom PMS

 

Presidente, lógico que todos estes eventos são pensados para os turistas, mas os empregos gerados, o investimento e principalmente o dinheiro que é injetado na nossa economia retorna para a nossa população. Vocês de fato enxergam desta forma?

Estrategicamente, a gente movimenta toda essa atividade cultural que gera o desenvolvimento da cidade, dessa economia criativa, que eu me referi em vários setores. E, ao mesmo tempo, você tem uma cidade que é muito boa para a sua população, por conta justamente dessa ocupação dos espaços públicos, dessa geração de emprego de renda e desenvolvimento econômico, e uma cidade que também se torna atrativa para o turismo. Porque uma máxima, quando a gente fala em turismo, é que uma cidade, antes dela ser uma cidade boa para o turista, ela tem que ser boa para a população que vive nela. E o que a gente está buscando é ir nesses dois vetores, que seja uma cidade vibrante para a sua população, que seja uma cidade economicamente mais justa, que seja uma cidade que consiga ter essa capacidade de gerar emprego, gerar renda, que tenha uma população que viva com dignidade, então é isso que a gente persegue, e ao mesmo tempo, que seja uma cidade que ela, consequentemente, por conta de tudo isso, ela vá ser uma cidade atrativa para o turismo. Então, assim, você tem um investimento grande na infraestrutura que também influencia nisso, equipamentos culturais requalificados, novos equipamentos culturais que surgiram ao longo desses últimos anos, que hoje a cidade cheia deles. E, ao mesmo tempo, a ocupação desses equipamentos culturais e a ocupação desses espaços públicos também, vários deles requalificados e vários espaços novos também recheados e permeados de atividade também, voltados para essa economia criativa que é o setor econômico mais importante da nossa cidade. Isso é bem importante. Como nós estamos falando, em Salvador ela não tem uma indústria de veículos, ela não fabrica carro, não fabrica pneu, não fabrica computadores, não tem indústria petroquímica. Salvador é uma cidade que vive e o motor econômico está baseado nessa economia, que injeta recursos em mais de 50 setores, diferentes setores econômicos, que extrapolam o seu próprio setor do turismo, da música, das artes. Então, isso é muito importante. Toda essa movimentação gera desenvolvimento econômico para vários setores econômicos da cidade. 

 

Temos uma receita de sucesso nas mãos. Hoje podemos dizer que temos uma cidade preparada para receber ainda mais pessoas? Agora com um calendário mais robusto, eventos e atividades para todos os tipos de público, Salvador tem estrutura para se tornar a referência que hoje é buscada?

Não tenho dúvida disso, você tem ideia, na segunda-feira, o prefeito vai lançar a ordem de serviço de uma iniciativa muito importante para a cidade que vem corroborar com essa estratégia, que é o novo centro esportivo multiuso, que vai ser instalado ali na Boca do Rio, que ele vai tomar uma área ali do Parque dos Ventos, que esse equipamento também servirá para contribuir com essa estratégia. A gente, hoje, deixa de receber alguns eventos, seja do setor esportivo, seja do setor de entretenimento também, por conta de não ter um equipamento dessa infraestrutura. Então, Salvador passará a ter um equipamento como esse, onde a gente vai poder receber competições internacionais de vários esportes, que hoje a gente não tem essa possibilidade por não ter um equipamento como esse. E, ao mesmo tempo, ter uma arena multiuso, que pode ser adaptada facilmente também já criada com esse propósito também, para que você possa ter outras estradas de música, teatro, concertos. Então, assim, vai ser um equipamento muito importante da cidade. Mais um equipamento que vem se incorporar a essa infraestrutura que é a cidade. Então, a pergunta que se tem, se a gente está mais preparado, está sim. Aqui, por exemplo, nós estamos aqui nessa região do comércio, que hoje com bastante atividade por conta de todos, praticamente 80% da prefeitura funciona nesta região. A gente está aqui com a Praça da Cruz Caída completamente reformulada, só que nessa região a gente tem pelo menos quatro novos equipamentos culturais aqui, no centro, fora os do centro da Cidade Alta, aqui em cima, na região aqui do Gregório de Matos, da Praça Central, enfim, no Centro Histórico. Vários equipamentos culturais que a gente tem, novos. Ou seja, hoje a gente tem uma cidade melhor na infraestrutura, para receber, melhor nos conteúdos que são viabilizados nesses espaços públicos e com esse potencial ainda de crescer, ainda mais vários equipamentos culturais com esse processo agora da Boca do Rio. A requalificação daquele espaço lá de Pituaçu também é uma outra infraestrutura que vem a se comprometer, fortalecendo essa questão

 

Então, com todos esses esforços para atrair o turista, lógico, o município não visa só a visita, mas também com que ele venha a ter uma experiência bacana, com que ele gaste o seu dinheiro aqui, que ele consuma ao máximo na cidade. Qual o impacto econômico anual para Salvador com todos esses eventos, com todas essas ações? 

Olha, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, agora está fazendo esse levantamento de dados, talvez possa ser consultado, eu até recomendaria que isso fosse apresentado por eles. Recentemente a gente teve alguns dados até divulgados na imprensa, dessa atividade econômica aí que só no período de verão já ultrapassa a casa de R$ 1,8 bilhão de movimentação e eu acredito que, lógico, que isso se expanda bastante ao longo do período. Confesso que eu não tenho esses dados, para integrar esses dados existem metodologias para isso, mas o fato é que a gente vê diariamente os efeitos, a causa e efeito desse tipo de iniciativa na estratégia da cidade, então a cidade passa a ser mais desejada. Agora, por exemplo, uma dessas plataformas de pesquisa divulgou Salvador como o principal destino para vim se passar a Semana Santa na cidade de Salvador. Quando a gente realiza, por exemplo, um Carnaval como a gente teve esse ano, o Réveillon, por exemplo, que era um produto que a cidade não tinha, a cidade no passado não tinha sequer uma noite de Réveillon, algo que pudesse chamar a atenção da cidade para que ela fosse desejada, para que as pessoas vinhessem. Hoje ela tem um festival de cinco dias e é o segundo produto da cidade em termos de atrativo turístico, em termos de movimentação econômica, justamente pelo fato dessa estratégia ter sido implementada a partir da criação desses novos produtos. Então você saiu de praticamente nenhuma atividade econômica para um evento que você movimentava. Só falando, se eu pudesse isolar isso de outra atividade, só em termos de música, então você, naqueles cinco dias, tem mais de 120, quando eu falo em atrações musicais, não estou falando nem em um indivíduo, estou falando que cada uma dessas atrações musicais vem por trás dela. Um contingente significativo de pessoas, de custos diretos e indiretos para realizar um evento desses. Fora toda a infraestrutura que precisa ser montada para isso, todo o sistema de transporte de cada uma dessas pessoas, de alimentação, das movimentações de bares, restaurantes, ou seja, por conta de uma iniciativa como essa, você movimenta toda uma cadeia econômica de uma cidade inteira por conta dessa. Então isso demonstra que de fato isso dá resultado e a cidade ano a ano acaba conquistando um espaço importante no Brasil, da cidade mais desejada para se passar o final do ano, a cidade mais desejada para se passar o carnaval, a cidade mais desejada para se passar o verão, está sempre entre os tops um, dois ou três anos. Então, isso ajuda no posicionamento da cidade, ajuda as pessoas terem uma experiência e o turismo, a reputação vive disso, cada experiência vivida é passada para outras pessoas, que passa para outras pessoas, então imagina quando tem milhares de pessoas passando por essa experiência, então acaba sendo um processo muito estratégico de promoção da cidade por conta dessa plataforma de eventos. Se a gente fosse pagar em mídia o que a gente tem de mídia espontânea por conta de toda essa atividade, seria impagável isso. Então, é um investimento que de fato faz todo o sentido para uma cidade com perfil econômico como a cidade de Salvador.

 

Por falar nisso, presidente, outros estados, outras cidades grandes, hoje elas procuram Salvador, elas buscam referências nessa forma de promover o turismo. Como é que essas ações são trabalhadas fora da nossa cidade para atrair também esse interesse? 

Fazemos isso todos os anos. A gente tem uma facilidade muito grande com as mídias digitais para promover nossos produtos, para fazer todo esse trabalho de promover através dos nossos ativos como a nossa música, nossa arte, nossa gastronomia. Isso é usado de forma muito estratégica. No passado, se você quisesse ser conhecido, você tinha que ir lá e comprar uma mídia de televisão. Hoje, isso é bem mais complexo para se fazer esse tipo de promoção com conteúdos, por meio desses eventos, por meio da atenção da mídia espontânea. Por exemplo, quando a gente fala no período de maior desenvolvimento da cidade, que é o verão, fazemos todo ano o lançamento nacional desse produto, atraindo investidores, patrocinadores, atenção da mídia também, ou seja, exige uma estratégia de comunicação, de reputação por trás de tudo isso, para que a gente possa, a cada ano, melhorar ainda mais esse processo de divulgação e de promoção da cidade.

 

Qual a avaliação então do impacto gerado e que desperta o interesse das empresas privadas? Enxerga-se hoje em Salvador uma grande oportunidade de promover essas grandes marcas em todo o Brasil? A captação de apoio se torna mais fácil com isso? 

Vamos conversando com as empresas, conversando com as marcas, trazendo elas aqui, como o prefeito costuma trazer, trazendo, dá um tapete azul para que elas venham, apresentem os seus produtos e elas começam, a gente teve por exemplo a participação de uma grande multinacional da área de bebidas aqui, participou pela primeira vez investindo no Natal da cidade, então a prefeitura passou fazendo e lógico a prefeitura continua investindo, mas esse ano além do investimento da prefeitura teve o investimento da iniciativa privada, que veio se associar, por quê? Porque começa a fazer sentido para ela também, ou seja, as marcas elas querem participar de iniciativas e de projetos de sucesso, elas querem participar de que faça sentido da sua estratégia, então quando começa a ter um alinhamento da estratégia da cidade, tendo um alinhamento das empresas para que elas possam ter resultado, então é uma combinação perfeita, então as marcas não querem se associar a iniciativas que não tenham relevância, que não façam parte da sua estratégia de desenvolvimento, então a cidade se apresenta para isso, outra coisa importante que a cidade cumpre os compromissos, que é importante, tem segurança, então as marcas começaram a ver que Salvador tem segurança para que seus investimentos possam ser realizados, eu estou falando de um investimento de uma forma bastante genérica. Teve depoimento de empresários sem histórico, teve que fazer contratações para dar conta da demanda. Isso é muito importante para a cidade. Ou seja, do mesmo jeito que a Prefeitura, por meio dos seus parceiros, associado ao setor cultural, de eventos, realiza os eventos, também você tem os eventos realizados pelos produtores, pelos agentes culturais. Isso também pelos agentes esportivos. Então, isso é muito importante. Ou seja, acaba inspirando e provocando para que a gente tenha essa movimentação também realizada pela iniciativa privada. E que são essas parcerias público-privadas. Falando isso de uma grande rede de parcerias. É importante. Um dia a pessoa está aqui no Festival da Virada, no outro dia está numa balada, no outro dia está no Salvador Fest, no outro dia está aqui no Pelourinho, nas Praças do Pelourinho. Ou seja, esse mix de eventos promovidos e realizados pela Prefeitura, combinando com os eventos produzidos e realizados pelos produtores e agentes culturais e esportivos, é que fazem essa cidade ficar dinâmica. Então, é isso que a gente quer. Fazer com que essa cidade fique bastante dinâmica e que possa estar a Prefeitura, juntamente com a iniciativa privada, com o mesmo propósito, andando na mesma direção. Os produtores, os realizadores de eventos, os produtores culturais, alinhados com essa estratégia. Então, tem uma cidade vibrante o ano inteiro. Então, além dos projetos próprios, a gente recebe muitas demandas de projetos e iniciativas, que inclusive vêm já bastante adentados onde cabe a gente apoiar, estimular, participar, mas estimula para que cada vez mais a gente seja... a gente inverter o jogo. Ao invés da gente atuar muito como captador, a gente, com o passar do tempo, começar a ser recebedor dessas iniciativas. Então, isso já está acontecendo em Salvador. Quando uma pessoa como a Beyoncé resolveu, por exemplo, um exemplo clássico de sair de onde está, de investir por conta própria, de fazer o lançamento de um produto dela. Escolhe uma cidade como Salvador para vir e fazer isso. Então, alguma coisa fez sentido para ela fazer isso. Quando um artista resolve incluir Salvador em uma turnê, alguma coisa despertou nele para fazer uma turnê naquele lugar. Então, isso é uma coisa importante para a cidade. Quando a gente tem os teatros com bastante atividade, com os artistas vindo para cá, os produtores culturais, ele está vindo para cá porque está fazendo sentido para ele vir para cá. Então, é exatamente isso que a gente quer, criar um ambiente favorável, todo um ecossistema favorável para que esse ambiente prospere. Então, isso é muito importante para uma cidade como Salvador. 

 

O senhor falou da questão do Carnaval, também do Festival Virada, que já se consolidou como um dos maiores do Brasil, se não o maior. E qual o seu desejo nessa altura? Qual o próximo evento que está na mira para que receba mais investimento, mais visibilidade para que se torne também um dos maiores do Brasil? 

Logo depois desses que eu citei. Eu acho que a gente tem o aniversário da cidade com grande potencial. Esse ano a gente avançou, desde o ano passado, por exemplo, a gente fez um grande evento que também contribuiu com essa promoção. Além de toda a atividade ao longo do mês inteiro, a gente teve um desses eventos com visibilidade nacional, como teve no ano passado, que aconteceu no Festival da Virada. Vai acontecer isso novamente na próxima semana, que a gente vai ter um show aqui, feito sob medida aqui na Praça Maria Filipa, com o Carlos Brown, com o seu Jorge, com Larissa Luz, e isso vai ser transmitido para o Brasil inteiro, e algumas plataformas digitais também, ou seja, isso também faz parte de uma promoção da cidade. A gente tem grande chance de ter, em maio, estamos aqui nos detalhes, de ter um festival de jazz. A gente tem o São João com potencial que a gente tem aqui, de um outro formato, mas aqui no Centro Histórico de Salvador que é importante, o Samba Junino, no Dique do Tororó. Acho que a primavera é um outro produto de extrema importância, que setembro é um mês muito importante para a cidade, porque a cidade já floresce em setembro, e eu sinto que setembro é o nosso pré-verão. Então, a gente tem o Festival da Primavera que a gente, certamente, esse ano, também vai fortalecer ainda mais. A Maratona, que acontece também no mês de setembro, que surgiu como uma pequena prova primeiro dentro do Festival da Primavera, hoje, virou uma prova que é protagonista, hoje, que está uma das principais do Brasil, ou seja, a ideia é fortalecer esses produtos e para que eles cada vez mais cresçam, que aumente ainda mais esse potencial de desenvolvimento econômico da cidade.