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Câmara indica advogado filho de ministro investigado ao cargo de conselheiro do CNJ

Câmara indica advogado filho de ministro investigado ao cargo de conselheiro do CNJ
Campelo é filho do ministro do TST investigado por indicar servidor-fantasma

A Câmara dos Deputados indicou o nome do advogado Emmanoel Campelo para ser conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Campelo foi indicado para o cargo no CNJ com apoio de 13 partidos. O fato curioso, segundo o jornal Estadão, é que Emmanoel é o defensor formal do seu pai, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), por ser suspeito de ter participado da nomeação de um servidor-fantasma, e ser investigado também pelo CNJ.

Pereira declarou que o processo foi aberto originalmente contra o servidor e que não cabe ao CNJ controlar ponto de servidor. Lembrou que seu filho estaria legalmente impedido de julgá-lo. A corregedora do CNJ, Eliana Calmon, afirmou na última terça-feira (28), em uma audiência no Senado, que está preocupada com a politização do CNJ, com a indicação de integrantes comprometidos, e que a escolha é “direcionada para servir um senhor maior”. Os integrantes do CNJ ainda não sabem o motivo de a indicação ter sido votada com antecedência de quase seis meses da abertura da vaga.

O nome de Campelo foi aprovado por 360 deputados no último dia de votações em plenário da Câmara em 2011. Apenas 11 deputados votaram contra e 11 se abstiveram. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, que é amigo e conterrâneo do ministro do TST, agradeceu no plenário a liderança do PSB, PC do B, PSDB, PR, PT, PRB, PSD, PP, DEM e PV, que assinaram a indicação. Além do apoio dos deputados, o advogado admitiu que também foi apoiado pelo presidente do DEM, do senador José Agripino Maia (RN), e de seu filho, Felipe Maia. Ele afirmou ao jornal que ficou feliz “por unir oposição e situação” e “por não partidarizar a disputa”.

Campelo afirma que não se sente constrangido com a sua candidatura e a defesa do pai, já que nenhum filho pode julgar o pai em qualquer país democrático. Afirmou também que sua atuação no caso resumiu-se a tomar ciência das investigações quando o pai foi intimado. O nome de Campelo terá que ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que é responsável por sabatinar autoridades, e depois pelo plenário da casa. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), relator da indicação, disponibilizou o relatório sobre Campelo, nesta quinta (1º).