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‘Não exponha seus filhos’, pede defensor público a ambulantes que estão no carnaval

Por Fernando Duarte/ Cláudia Cardozo

‘Não exponha seus filhos’, pede defensor público a ambulantes que estão no carnaval
Cleriston Macêdo | Foto: Alexandre Galvão/ Bahia Notícias
O defensor público geral da Bahia, Cleriston Macêdo, ao Bahia Notícias, fez um alerta aos pais para que tenham cuidado e "não exponha seus filhos” a um local que não é “adequado para menores”. “Nós vemos muitas situações em que pais levam os filhos, que não são nem adolescentes, são crianças mesmo, para o circuito, colocando a vida dessas crianças expostas”, diz o defensor. A Defensoria Pública está em regime de plantão durante o Carnaval de Salvador, promovendo um trabalho itinerante, principalmente para observar se há lesões aos direitos das crianças e adolescentes durante a folia, em Salvador. De acordo com Clériston, muitos pais levam os filhos para o circuito para trabalharem ou ajudar nos trabalhos como ambulantes. O órgão recebeu uma denúncia de que um menor de idade estava trabalhando como cordeiro de um bloco, o que é proibido. Cleriston ainda diz que os ambulantes, “talvez por falta de conhecimento”, não têm levado os filhos para os centros de convivência montado pela prefeitura para abriga-los de forma segura durante o carnaval. “Nós percebemos no nosso trabalho itinerante que os locais destinados para receberem essas crianças estão com a estrutura física adequada, mas não tem essa procura. É interessante que a imprensa divulgue os locais onde os pais ambulantes podem deixar as crianças, depois voltam lá e pegam as crianças, pois lá, tem psicólogos, assistentes, toda uma estrutura para dar apoio, para que as crianças não fiquem simplesmente alojadas lá”, afirma. Os centros de convivência estão instalados no Colégio Estadual Teixeira de Freitas, no bairro de Nazaré; no Colégio Senhor do Bonfim, próximo a Biblioteca Pública dos Barris, no Centro; na Creche do Calabar; e no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação Wilson Lins, na Ondina. O defensor público geral ainda afirma que o órgão tem participado todos os dias da reunião estratégica da Polícia Militar para apresentar os dados coletados pela Defensoria e pedir maior atenção com casos de violência doméstica, por exemplo. Macêdo também afirma que a instituição desenvolveu trabalho junto ao Município de Salvador, a convite da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), para capacitar os ambulantes cadastrados para trabalharem na festa neste ano. A capacitação foi iniciada em novembro do ano passado. O gestor da DP-BA lamenta o fato da instituição não ter sido convidada para participar do Conselho do Carnaval de Salvador, pois poderiam contribuir com o trabalho que desenvolvem, pois recebem uma demanda muito grande. Em um breve balanço, Cleriston Macêdo diz que a atuação da Defensoria tem sido mais na área extrajudicial e extrapenal durante o carnaval, que tem acompanhado os flagrantes e feito visitas as delegacias, observado o cumprimento da Lei Maria da Penha e recebido denúncias de violência doméstica e trabalho infantil. Ele avalia que o número de registros de homicídios diminuiu por conta dos portais de entrada nos circuitos, instalados pela Secretaria de Segurança Pública, que barra a entrada de armas brancas e armas de fogo.