Agricultura forte reflete em baixa de violência nas cidades, avalia presidente de associação baiana
Por Francis Juliano
A incorporação de políticas de valorização da agricultura tem poder de fixar populações com baixa renda nas cidades baianas. Isso poderia ser óbvio, mas para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, ainda custa a se tornar realidade.
“A gente já devia ter isso há muito tempo. Porque tem de ser política de estado”, disse ao Bahia Notícias durante lançamento, nesta quinta-feira (17), do programa “UPB no Campo, Identidade Produtiva”, que visa destacar as identidades de cada município baiano a partir da produção agrícola.
A Faeb é parceira da iniciativa capitaneada pela União dos Municípios da Bahia (UPB). Para Miranda, com a permanência das pessoas nos locais de origem, a violência nas cidades, sobretudo nas de maior porte, tende a cair.
“Essa política pode ter um efeito extremamente benéfico para a sociedade, inclusive em pontos que a gente às vezes não consegue medir, que é a questão do êxodo das famílias das pequenas cidades. Com o setor agropecuário forte, gerando emprego e renda, as pessoas se fixam e evitam que tenhamos esses inchaços nas periferias das grandes cidades, gerando tantas chagas e tantos problemas”, avaliou o também presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-BA e ex-prefeito de Miguel Calmon, na região da Piemonte da Diamantina.