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Marca Bahia Notícias

Notícia

Cidades: Documento é adulterado e projeto fica R$ 700 milhões mais caro

A diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Vianna, ao seguir ordens superiores, fraudou documentos técnicos que recomendavam a escolha do BRT, ao custo de R$ 489 milhões, como modal de transporte público para a cidade de Cuiabá (MT), em favor do VLT, que custará R$ 1,2 bilhão. O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso à gravação de uma reunião de segunda-feira (21) nas dependências da pasta, em que Luiza admitiu que a ordem para mudar o parecer partiu de Cássio Peixoto, braço-direito do ministro Mário Negromonte, e Guilherme Ramalho, coordenador-geral de Infraestrutura da Copa de 2014. "Ambos me telefonaram", disse. No dia 6 de outubro, para atender às ordens superiores, a assessora pediu para o analista técnico Higor Guerra alterar seu parecer. Ele negou-se a compactuar com a fraude e pediu desligamento. Ao lado da nova gerente de projetos, Cristina Soja, a diretora Luiza Vianna assinou o novo documento, com aproveitamento das primeiras páginas do documento anterior, mas com a conclusão alterada "Nós fizemos outra nota técnica, com o mesmo número sim, e mudamos o conteúdo", confessou Luiza Vianna, na reunião. Para esconder a manobra, o novo "parecer técnico" favorável ficou com o mesmo número de páginas do parecer contrário e a mesma numeração oficial (nota 123/2011), e foi inserido a partir da folha 139 do processo, a página em que começava a primeira análise. O texto foi modificado apenas em algumas frases, sendo retirados alguns "não".