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Notícia

Posto de combustível em Guanambi fornecia gasolina, óleo diesel e merenda escolar para Malhada

Por David Mendes

Posto de combustível em Guanambi fornecia gasolina, óleo diesel e merenda escolar para Malhada
Posto recebeu em dois contratos R$ 1,3 milhão da prefeitura
No bojo das denúncias do presidente da Câmara de Vereadores de Malhada, Jorge Aragão, outro indício de irregularidade é o fato de a prefeitura ter passado a comprar combustível para abastecer a sua frota de veículos em um posto em Guanambi, município a 100 km de distância. Além da gasolina e do óleo diesel, que custaram aos cofres públicos R$ 800 mil em 2010, o Posto Guarujá venceu uma licitação em março de 2011, no valor total de R$ 534.672,54, para o fornecimento de gêneros alimentícios para a merenda escolar da Rede Pública de Ensino. “Muitas escolas nunca receberam a merenda escolar. Como é então que o aluno vai aprender com fome? A merenda é igual a o dinheiro do aposentado, todo mês o governo manda. E porque é que ele recebe, compra em um posto de gasolina e não fornece aos estudantes?”, questionou o petista, em entrevista ao Bahia Notícias. Os vereadores tiveram acesso ainda a talões de notas de ordem de fornecimento de material, assinados pelo prefeito, em que autorizava um suposto funcionário particular, Sebastião Santana Júnior, a retirar valores superiores a R$ 2 mil do posto, sem a discriminação do item a ser liberado. Somados, a monta das notas ultrapassa a cifra de R$ 200 mil. “A corrupção que está estabelecida hoje em Malhada é caso de Polícia Federal, que tem que ir lá e colocar o prefeito na cadeia. Existe desvio de recursos da merenda escolar, do transporte escolar e das reformas das escolas. A gente dorme e, de repente, quando acorda, já tem empresa de Guanambi que já ganhou licitações para fornecer materiais e serviços à prefeitura”, acusou. Para um prefeito ser cassado ou afastado do cargo, é preciso dois terços dos votos da Casa Legislativa, ou seja, bastam seis dos noves vereadores. Com base na Lei da Ficha Limpa, com a cassação, o alcaide ficará oito anos inelegível. A reportagem tentou entrar em contato com o prefeito Valdemar Lacerda mas os telefones da prefeitura não foram atendidos.


Posto despachava requisição assinada pelo prefeito