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AL-BA: Um mês após Operação Detalhes, Roberto Carlos ainda é corregedor, não há Conselho de Ética e ninguém foi indiciado

Por Evilásio Júnior

AL-BA: Um mês após Operação Detalhes, Roberto Carlos ainda é corregedor, não há Conselho de Ética e ninguém foi indiciado
Marcelo Nilo mantém Roberto Carlos | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Exatos 30 dias após a Operação Detalhes, da Polícia Federal, (ver aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui também) quase nada mudou na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). No último dia 3 de abril, agentes da PF invadiram o gabinete do deputado estadual Roberto Carlos (PDT) e o setor de Recursos Humanos da Casa em busca de documentos e máquinas que comprovassem a denúncia feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de que o parlamentar teria feito movimentações financeiras irregulares. Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no gabinete e nas residências do pedetista, no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) de Juazeiro, entre outros locais identificados como sua base eleitoral. O laptop pessoal, computadores e uma resma com nomes e dados foram levados. Conforme a investigação, Roberto Carlos manteria funcionários fantasmas, que receberiam salários de R$ 3 mil a R$ 8 mil e repassariam parte ou todo o valor para ele mesmo ou seus familiares. Na época, de acordo com o superintendente regional da PF em exercício, Daniel Veras, seis dos oito servidores identificados admitiram o desvio. “Todas as pessoas envolvidas sabiam que participavam do esquema”, sacramentou. Embora a própria Polícia Federal tivesse cogitado indiciar todos os envolvidos por formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, até agora, segundo a assessoria do órgão, ninguém foi punido.

No Legislativo, apesar do temor de novas apurações, à exceção do silêncio dos demais deputados, também nada aconteceu. Ao contrário, Roberto Carlos segue no cargo de corregedor da Casa. De acordo com o presidente da AL-BA e correligionário do acusado, Marcelo Nilo, a exoneração do colega poderia significar culpa presumida. “Eu fiz uma carta à Polícia Federal pedindo informações, mas o que me disseram foi que o processo corre em segredo de justiça. Então, preferi não tomar nenhuma atitude. Não me cabe julgar se ele é ou não é culpado. Estou aguardando os autos”, argumentou o parlamentar, em entrevista ao Bahia Notícias. Conforme Nilo, pelo mesmo motivo, o prometido Conselho de Ética não foi instalado na Casa. Como “alento”, nesta quarta (2), ele salientou que foi aprovado pela Mesa Diretora, à unanimidade, o corte do ponto dos deputados que faltarem sem justificativa às sessões das comissões temáticas da Assembleia. Quanto aos detalhes da operação, segundo a previsão da PF, as minúcias só serão conhecidas depois da finalização do inquérito, que deve durar mais dois meses.