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Marca Bahia Notícias

Notícia

Vítima de bala perdida que esperou 8 horas para ser operada morre no Rio de Janeiro

A menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, atingida na cabeça por uma bala perdida no dia 25 de dezembro, no bairro de Piedade, na zona norte do Rio de janeiro, e operada apenas oito horas depois por falta de médico neurocirurgião no Hospital Municipal Salgado Filho morreu na tarde desta sexta-feira (4). A menina estava internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, para onde foi transferida no dia 27. No dia 30 ela teve morte cerebral, mas o coração continuou batendo. Adrielly foi atingida por um tiro quando brincava na porta de casa com a boneca que havia acabado de ganhar no Natal. A polícia investiga a origem do disparo, que pode ter partido de traficantes da Favela Urubuzinho, que, segundo testemunhas, comemoravam o Natal com disparos para o alto. A menina chegou ao hospital à 0h30, mas não havia neurocirurgião de plantão. O médico escalado para noite era Adão Orlando Crespo Gonçalves, que não compareceu a unidade. Em depoimento à polícia, ele afirmou que faltava aos plantões há mais de um mês por discordar das condições de trabalho no hospital. Alegou ainda que uma resolução do Conselho Regional de Medicina determina que cada plantão tenha pelo menos dois médicos neurocirurgiões. Em depoimento à Polícia Civil, o médico disse ter comunicado sua decisão de não trabalhar no plantão ao chefe do setor de neurocirurgia do hospital. Crespo foi afastado da função.