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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
O presidente do diretório estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, afirmou quea sigla irá realizar uma reavaliação dos deputados eleitos pelos verdes para verificar se estão seguindo com os “requisitos básicos” da legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (4), o dirigente admitiu que o PV serviu de “barriga de aluguel” para políticos que buscavam a reeleição, mas que não necessariamente se adequavam às ideologias do partido.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

cordeiros

Após auditoria interna, sindicato dos cordeiros indica que não há débito do Bloco Me Abraça com profissionais
Foto: Lucas Moura/ Secom

Uma auditoria interna realizada pelo Associação dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda/ Assindcorda-BA), indicou que não há débitos do Bloco Me Abraça em relação aos cordeiros que atuaram no Carnaval de 2025.

 

Por meio de comunicado enviado ao Bahia Notícias, foi indicado que houve um ruído na comunicação e na forma como a informação foi passada aos veículos, por isso, o sindicato se desculpou publicamente.

 

"O Assindcorda-BA, sindicato que representa legalmente os trabalhadores cordeiros, conduziu uma auditoria interna e confirmou que NÃO HÁ DÉBITOS do Bloco Me Abraça em relação aos cordeiros, conforme foi erroneamente divulgado anteriormente. O sindicato ressalta que todos os pagamentos devidos já foram efetuados pelo Bloco Me Abraça dentro dos prazos estabelecidos, aos responsáveis pelos repasses, não havendo, em nenhum momento, qualquer débito por parte do bloco.

A auditoria também identificou um erro na comunicação do fato à imprensa. Por isso, o sindicato vem a público esclarecer a situação e pede desculpas pelo mal-entendido."

 

O site havia entrevistado o presidente da associação que representa os profissionais que atuam no Carnaval de Salvador, e ao BN, Matias Santos afirmou que estava em rodadas de negociação com o bloco para entender a manifestação dos cordeiros. "É isso que o sindicato quer: que ambas as partes tenham o contrato cumprido e o pagamento seja feito. Estamos já em negociação", contou na última semana.

 

Em nota enviada ao Bahia Notícias no início da semana, o Grupo Eva, que representa o Bloco Me Abraça, informou que os contratos dos profissionais que atuaram no Carnaval foram feitos por intermédio da empresa SE7EN Entretenimento, e que todos folia foram pagos pela empresa com um valor acima do que foi estabelecido.

 

"A denúncia citada em relação ao não pagamento de cordeiros não procede. Todos os cordeiros do Bloco EVA e Me Abraça possuem contrato firmado com a SE7EN Entretenimento (empresa responsável pela contratação dos mesmos); que já recebeu na totalidade o pagamento de todos os custos referentes a cordeiros e captadores."

 

A empresa ainda reforçou que cumpre com todas as solicitações feitas pela categoria e preza pelo conforto e bem-estar dos profissionais que atuam a serviço do bloco.

 

AUMENTO DE CORDEIROS EM 2025
Em um balanço feito para o BN sobre o Carnaval de Salvador de 2025, Matias Santos apontou um aumento no número de profissionais nas ruas, devido ao acordo que fixou a diária dos cordeiros em R$ 100.

 

"Foi um Carnaval atípico, onde tivemos conquistas essenciais para a categoria. Não o esperado, mas uma conquista crescente. Esse ano, a gente teve um salto de 15 mil para 20 mil cordeiros trabalhando no Carnaval, devido ao aumento na diária. O valor motivou as pessoas a irem para as ruas. Não foi o ideal e, para muita gente, pode não parecer muito, mas para quem não tem nada, ganhar esses R$ 100 em um dia de festa vale a pena, especialmente para aqueles que migram de um bloco para o outro. Os cordeiros se sentiram valorizados."

 

Para o Carnaval de 2026, o Sindcorda já pensa em estratégias para a melhoria do serviço e também da qualidade de vida dos profissionais que atuam como cordeiros na folia. Ao ser questionado sobre o registro dos profissionais, Matias confessa que este é um trabalho que demanda tempo e já vem sendo feito pelo sindicato.

Grupo Eva esclarece situação com cordeiros após protestos de profissionais por não pagamento de diária do Me Abraça
Foto: Lucas Moura/ Secom

O Grupo Eva, responsável pelo Bloco Me Abraça, se pronunciou em nova nota sobre a situação referente aos protestos dos cordeiros pelo não pagamento da diária do serviço prestado no Carnaval.

 

De acordo com a empresa, o contrato do bloco com os profissionais foi feito por intermédio da empresa SE7EN Entretenimento, e todos os profissionais que atuaram com eles durante a folia foram pagos pela empresa com um valor acima do que foi estabelecido.

 

"A denúncia citada em relação ao não pagamento de cordeiros não procede. Todos os cordeiros do Bloco EVA e Me Abraça possuem contrato firmado com a SE7EN Entretenimento (empresa responsável pela contratação dos mesmos); que já recebeu na totalidade o pagamento de todos os custos referentes a cordeiros e captadores."

 

A empresa ainda reforçou que cumpre com todas as solicitações feitas pela categoria e preza pelo conforto e bem-estar dos profissionais que atuam a serviço do bloco e que todos passaram por uma auditoria para o recebimento do valor.

 

"O grupo reforça que esses profissionais recebem fardamento adequado para cada dia de trabalho bem como EPIs e alimentação conforme TAC, a distribuição dos alimentos é feito em ambiente fechado com cobertura e água gelada visando maior conforto e respeito aos trabalhadores do Bloco, bem como o pagamento da diária é feita acima do TAC, no valor de R$125,00. Outro fato a ser destacado é que o Grupo realiza uma auditoria com todos os cordeiros em atividade no Carnaval, através de pulseira com código de barras, validada durante o desfile dos blocos."

 

Ao Bahia Notícias, o presidente do Sindcorda, Matias Santos, afirmou que chegou a ter uma rodada de negociação com representantes do bloco para que a situação não fosse ajuizada no Ministério Público.

 

No comunicado, o Grupo Eva pontuou que ao longo dos 45 anos de história, nunca teve nenhum episódio de pendência no pagamento dos cordeiros e que "vem atuando para entregar cada dia mais dignidade e respeito a esta classe, entregando remuneração e alimentação acima da TAC fechado com o ASSINDCORDA".

Sindcorda negocia pagamentos de diárias atrasadas do Bloco Me Abraça; 2025 teve aumento de 33% do nº de cordeiros
Foto: Reprodução

O imbróglio envolvendo os cordeiros que prestaram serviço para o Bloco Me Abraça, puxado por Durval Lelys, no Carnaval de Salvador, está perto de acabar.

 

Após protestos da categoria, que alegavam estar sem o pagamento da diária pelo serviço prestado durante a folia baiana, a Associação dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda) e os representantes do bloco se encontraram para homologar o pagamento no sindicato.

 

Ao Bahia Notícias, Matias Santos, presidente do Sindcorda, informou que a intenção é que a situação não seja ajuizada no Ministério Público, pois, dessa forma, prejudicaria a categoria e atrasaria o pagamento.

 

"A gente está com os cordeiros, as lideranças, fazendo essa intermediação. Já tivemos a primeira rodada de negociação com o Bloco Me Abraça, e é isso que o sindicato quer: que ambas as partes tenham o contrato cumprido e o pagamento seja feito. Estamos já em negociação."

 

Foto: Lucas Moura/ Secom

 

De acordo com a assessoria do Grupo Eva, responsável pelo bloco, os profissionais que não receberam o pagamento não teriam completado as etapas necessárias para receber o valor da diária.

 

Neste ano, os cordeiros foram marcados com lacres de cores diferentes na camisa. Cada lacre era referente a uma hora de trabalho, e só receberia o valor quem estivesse com todos na camisa.

 

"Antigamente, a gente marcava com um X na camisa, mas isso manchava a imagem do cordeiro. Hoje, com a tecnologia, existe a pulseira bip, que é o que a gente orienta aos blocos: que usem ela ou o lacre, porque, se um falhar, tem o outro. Mas já estamos agindo nessa questão do bloco e esperamos conseguir uma resposta", afirma Matias.

 

CORDEIROS TÊM SALTO DE QUASE 5 MIL PROFISSIONAIS EM 2025 APÓS AUMENTO DE DIÁRIA
Para o site, Matias fez um balanço do Carnaval dos cordeiros em 2025 e apontou um aumento no número de profissionais nas ruas, devido ao acordo que fixou a diária dos cordeiros em R$ 100.

 

"Foi um Carnaval atípico, onde tivemos conquistas essenciais para a categoria. Não o esperado, mas uma conquista crescente. Esse ano, a gente teve um salto de 15 mil para 20 mil cordeiros trabalhando no Carnaval, devido ao aumento na diária. O valor motivou as pessoas a irem para as ruas. Não foi o ideal e, para muita gente, pode não parecer muito, mas para quem não tem nada, ganhar esses R$ 100 em um dia de festa vale a pena, especialmente para aqueles que migram de um bloco para o outro. Os cordeiros se sentiram valorizados."

 

 

No entanto, o presidente pontua que o aumento no número de profissionais também ocasionou o dilema de "muita oferta e pouca procura". Segundo Matias, ao todo, são 324 blocos para a atuação dos profissionais, porém, muitos acabam repetindo o trabalho.

 

Neste ano, a categoria teve alguns pleitos atendidos, como a contemplação na lista de serviços especiais prestados pelo Governo da Bahia no Carnaval de Salvador. Foi garantido para os profissionais que atuaram nas ruas com os blocos o auxílio para banho e descanso, uma demanda antiga da categoria.

 

A demanda só pôde ser atendida através da parceria entre a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades).

 

"A gente conseguiu fornecer 13 mil lanches de reforço para os cordeiros que atuaram nas ruas. A gente sabe que um biscoito recheado não alimenta; conseguimos dar pão com queijo, uma fruta, um suco, foi um kit nutritivo. E depois dessa parceria, o governo se comprometeu a colocar o cordeiro no mesmo programa de ambulantes durante o Carnaval. As pessoas precisam entender que essa é uma responsabilidade de toda a sociedade. Não existe um Carnaval de blocos sem os cordeiros."

 

Para o Carnaval de 2026, o Sindcorda já pensa em estratégias para a melhoria do serviço e também da qualidade de vida dos profissionais que atuam como cordeiros na folia. Ao ser questionado sobre o registro dos profissionais, Matias confessa que este é um trabalho que demanda tempo e já vem sendo feito pelo sindicato.

 

"Nós já estamos com um plano de ação para a festa em 2026, tendo em vista que são 324 blocos, divididos em pequeno, médio e grande porte. O que fazemos é uma construção permanente e crescente. Não conseguimos organizar tudo de um dia para o outro, mas estamos começando o cadastro dos cordeiros e contamos com o apoio do poder público, de algumas empresas de segurança, de donos de bloco e do Comcar, para que as ações sejam ainda mais efetivas."

 

PROPOSTA NA CÂMARA
Antes do Carnaval de 2025, o Bahia Notícias questionou o prefeito Bruno Reis (União) sobre ações que beneficiassem os cordeiros durante a folia. Ao site, o gestor pontuou que os cordeiros prestavam serviço para iniciativa privada, desta forma, a obrigação tinha que ser dessas iniciativas.

 

"A gente sabe que os cordeiros são contratados por particulares, já os ambulantes prestam serviço com licenciamento da Prefeitura. Se for possível conciliar [atender a demanda dentro dos centros de apoio aos ambulantes], sim. Mas efetivamente, precisaríamos ampliar essa estrutura até pela quantidade de cordeiros."

 

Foto: Reprodução

 

No âmbito municipal, o vereador Jorge Araújo (PP) apresentou uma proposta de lei que beneficia os profissionais da corda, pedindo o pagamento imediato da diária ao final do expediente. "O mínimo que os blocos e empresários deveriam fazer é pagar imediatamente pelo serviço prestado".

 

No PL, o vereador também defende o fornecimento obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), intervalos para descanso, água, alimentação, treinamento de segurança, seguro contra acidentes e garantia do transporte público gratuito.

 

“O valor da diária de um cordeiro gira em torno de R$ 100, mas, ao descontar as passagens, sobra muito pouco. Queremos garantir que eles possam ir e voltar com segurança, sem comprometer seus ganhos. A nossa cidade se orgulha do maior Carnaval de rua do mundo, mas precisamos garantir que ele seja um evento justo para todos. Não podemos permitir que trabalhadores que garantem a segurança dos foliões sejam tratados como descartáveis. O pagamento imediato e a gratuidade no transporte são passos fundamentais para mudar essa realidade”, concluiu.

Governo anuncia serviços especiais de acolhimento para cordeiros, ambulantes e catadores no Carnaval
Foto: Divulgação

Os cordeiros foram contemplados na lista de serviços especiais prestados pelo Governo da Bahia no Carnaval de Salvador. Em anúncio feito na última segunda-feira (24) no podcast 'Fala, Jero!', Jerônimo Rodrigues garantiu aos profissionais que atuam na festa auxílio para banho e descanso, uma demanda antiga da categoria.

 

De acordo com o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Augusto Vasconcelos, a demanda foi atendida através de uma parceria Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades). 

 

"Vamos montar contêiner para homens e para mulheres, 12 chuveiros em cada contêiner, vamos ter três pontos para banhos, um vai funcionar na Adab, ali em Ondina, e um nas voluntárias sociais, ali no Palácio da Aclamação, o outro vai ser no Museu de Arte Contemporânea na Graça."

 

Segundo Vasconcelos, o ponto de apoio do MAC será voltado para cordeiros e ambulantes e contará também com auxílio-alimentação, além de distribuição de kits contendo itens de higiene pessoal, preservativos, água e mais.. "É uma iniciativa inédita. Tem cervejaria que ganha dinheiro para caramba no Carnaval, tem bloco que ganha dinheiro, camarotes. A Prefeitura recebe dinheiro de patrocínio, mas pouco se assume a responsabilidade social".

 

O ponto de apoio aos cordeiros no Carnaval de Salvador é um pleito antigo da Associação dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda). Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente da Sindcorda, Matias Santos, já tinha reforçado a necessidade de atenderem a demanda para que o trabalho feito pelos profissionais na festa fosse mais digno.

 

Esses espaços permitiriam que os trabalhadores descansassem, trocassem de roupa e tivessem mais dignidade durante os dias de Carnaval. Assim como há uma estrutura para ambulantes, é necessário pensar nos cordeiros, que são parte essencial da festa”, explicou.

 

O Bahia Notícias chegou a questionar a Prefeitura de Salvador sobre o auxílio aos cordeiros no Carnaval. Na ocasião, Bruno Reis (União) pontuou que os cordeiros prestavam serviço para iniciativa privada, desta forma, a obrigação tinha que ser dessas iniciativas.

 

"A gente sabe que os cordeiros são contratados por particulares, já os ambulantes prestam serviço com licenciamento da Prefeitura. Se for possível conciliar [atender a demanda dentro dos centros de apoio aos ambulantes], sim. Mas efetivamente, precisaríamos ampliar essa estrutura até pela quantidade de cordeiros."

 

Neste ano, a diária fixa dos cordeiros será de R$ 100, o que representa um aumento de 25% em relação ao antigo valor, de R$ 80. Ao BN, Matias afirmou que acredita que a nova diária pode atrair mais trabalhadores para a função, após uma queda no número de cordeiros nos últimos anos devido à baixa remuneração. 

 

"Essa conquista representa um avanço. Não é o ideal, mas é o mínimo que conseguimos estabelecer neste momento para garantir melhores condições aos cordeiros. Alguns blocos podem pagar mais, mas o valor mínimo será de R$ 100. Com o valor de R$ 100 por dia, um cordeiro que trabalhe seis dias já terá R$ 600, o que traz mais alívio financeiro. Nosso objetivo é que o valor continue sendo reajustado acima da inflação, garantindo um ganho real”, afirmou Matias.

Sindcorda fecha acordo para diária de R$ 100 para cordeiros no Carnaval de Salvador
Foto: Valter Pontes / PMS

A Associação dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda) anunciou o fechamento de um acordo coletivo que fixa a diária dos cordeiros em R$ 100 para o Carnaval de Salvador de 2025, representando um aumento de 25% em relação ao antigo valor, de R$ 80. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (14), o presidente da Sindcorda, Matias Santos, informou que realizou uma reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para pedir melhores condições.

 

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O presidente da Sindcorda acredita que a nova diária pode atrair mais trabalhadores para a função, após uma queda no número de cordeiros nos últimos anos devido à baixa remuneração. Além disso, afirmou que o objetivo do acordo é que os reajustes sempre sejam acima da inflação.

 

“Essa conquista representa um avanço. Não é o ideal, mas é o mínimo que conseguimos estabelecer neste momento para garantir melhores condições aos cordeiros. Alguns blocos podem pagar mais, mas o valor mínimo será de R$ 100. Com o valor de R$ 100 por dia, um cordeiro que trabalhe seis dias já terá R$ 600, o que traz mais alívio financeiro. Nosso objetivo é que o valor continue sendo reajustado acima da inflação, garantindo um ganho real”, afirmou Matias.

 

Além do acordo sobre a diária, a Sindcorda participou de uma reunião no Ministério Público do Trabalho para reforçar o cumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que garante direitos como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), alimentação e seguro de vida. Outra reunião, marcada para o dia 28 de janeiro, reunirá blocos carnavalescos e entidades para alinhar a aplicação dessas medidas.

 

Matias também destacou a importância de incluir a Prefeitura de Salvador e a Saltur no diálogo, solicitando a criação de pontos de apoio para os cordeiros. “Esses espaços permitiriam que os trabalhadores descansassem, trocassem de roupa e tivessem mais dignidade durante os dias de Carnaval. Assim como há uma estrutura para ambulantes, é necessário pensar nos cordeiros, que são parte essencial da festa”, explicou.

Sindcorda faz reunião nesta terça para definir reajuste na diária dos cordeiros no Carnaval de Salvador; profissionais pedem R$ 100
Foto: Sindcorda

O reajuste no valor pago aos cordeiros que atuam no Carnaval de Salvador voltou a ser discutido a menos de 2 meses para o início da folia na capital baiana. Nesta terça-feira (14), a Associação dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia terá uma nova reunião para tentar pleitear o aumento na remuneração dos profissionais.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Matias Santos, presidente do Sindcorda, informou que o sindicato tentará, novamente, aumentar o valor da remuneração.

 

Em novembro de 2024, antes da primeira reunião com os agentes do Carnaval, a ideia era de tentar chegar ao valor de R$ 150, o mesmo que foi proposto em 2024 e recusado. Agora, o Sindcorda tenta, ao menos, chegar a 30% da proposta.

 

“A diária é R$ 80, estamos em processo de negociação. Estamos discutindo um aumento de 30% a proposta do sindicato”, informou.

 

Para o Carnaval de 2025 em Salvador, mais de 24 blocos já estão confirmados para desfilar na festa, entre eles trios com abadás que vão de R$ 210 a R$ 1.890. 

 

Em 2024, alguns blocos entraram em um acordo para pagar a mais do que o determinado durante as reuniões, que foi a diária de R$ 80. Entre os blocos estava o Camaleão, que tem o abadá mais caro do Carnaval de Salvador.

 

“Os blocos de grande porte vão pagar além do que foi acordado. O que preocupa são os blocos pequenos, que não tem como pagar isso. Então a busca é para que esses blocos busquem o apoio dos patrocinadores para pagar a diária. O Camaleão, por exemplo, além da diária, eles vão ganhar um ticket em um valor que vai reforçar a questão da diária", contou Matias na época.

 

De acordo com o presidente, os blocos de grande porte costumam ter entre 500 a 800 cordeiros, e alguns chegam a desfilar com 1.500 profissionais na avenida.

 

Ao site, Matias afirmou que houve uma queda no número de profissionais na rua em 2024 e a motivação foi a remuneração estacionada. 

 

Estima-se que atualmente 17 mil cordeiros atuem na função no Carnaval de Salvador. Na criação do sindicato, em 2001, o número estimado era de 50 mil profissionais atuando e, desde então, o número vem caindo devido às condições de trabalho.
 

 

“A gente percebeu uma baixa de cordeiro nas ruas pela questão do valor. Hoje o cordeiro não quer ganhar 50 reais, 80 reais. O Cordeiro quer ser valorizado para melhorar a questão do poder de compra. Hoje não se compra quase nada com 80 reais. O que a pessoa faz, trabalhando de 6 a 8 horas na rua para voltar para casa com R$ 60?”, questionou.

 

No acordo firmado em 2024, as negociações deram aos cordeiros direitos básicos de trabalho como o seguro de vida, EPIs de qualidade e um espaço no Conselho Municipal de Carnaval. 

 

No entanto, apesar da promessa, o acordo não foi cumprido em sua totalidade. Ficou em falta a camisa UV e uma alimentação reforçada. A expectativa para o Carnaval de 2025 é que essas reivindicações sejam atendidas.
 

 
“A esperança é a última que morre. É um cenário de muita luta ainda, muita luta, porque para se arrancar um valor digno tem sido algo muito difícil. E a gente precisa conscientizar esses empresários que os profissionais precisam de um valor justo, um valor que atenda a categoria, que os cordeiros tenham o poder de compra, que tenham o seguro, que ele não faça um papel de duplicidade.”

Carnaval dos cordeiros foi defasado mesmo após reivindicações, afirma presidente do Sindicorda
Foto: Sindicorda/ Divulgação

Visíveis a olho nu para quem paga pouco mais de R$ 300 em um abadá, afinal, são eles que delimitam quem fica dentro e quem fica fora do bloco, os cordeiros continuaram invisíveis aos olhos de quem deveria dar condições dignas de trabalho durante os dias oficiais do Carnaval de Salvador em 2024, mesmo com promessas e reivindicações da categoria.

 

Um balanço feito pelo presidente do Sindicato dos Cordeiros (Sindicorda), Matias Santos, apontou que algumas das promessas básicas firmadas em acordos prévios não foram cumpridas, como, por exemplo, a camisa UV e uma alimentação reforçada. Segundo Santos, os atrasos também afetaram a categoria, fazendo com que os profissionais tivessem a carga horária de trabalho dobrada, porém, o valor da diária continuou a mesma, R$ 80.

 

"Esse ano tiveram vários fatores que atingiram os cordeiros, como os atrasos, trio quebrado. Tudo isso afetou diretamente o trabalho da categoria, foi uma desorganização no circuito da Barra. O cordeiro ficou trabalhando mais de 10 horas. Tivemos relatos de cordeiros que chegaram 17h e o trio só foi sair 23h, quando saiu ainda teve o tempo do percurso, totalizando mais de 12 horas de trabalho. A gente não tem nada a ver que um trio quebrou, que faltou organização para a saída dos trios e que teve um contingente de público maior que o esperado. Quem paga isso ao cordeiro?."

 

Foto: YouTube

 

De acordo com o sindicato, cerca de 17 mil cordeiros atuaram no Carnaval de Salvador em 2024 e se dividiram entre mais de um bloco e em dois circuitos. Segundo Matias, cada bloco de grande porte, a exemplo das Muquiranas, Camaleão, Nana, contou com 1500 cordeiros.

 

"A gente tinha um valor de R$ 65 e conseguimos colocar mais um pouco em cima para chegar a R$ 80, alguns blocos pagaram um valor a mais esse ano. Mas tiveram muitos casos de cordeiros que trabalharam em dois lugares. Teve profissional que fez a corda do Algodão Doce no Campo Grande e desceu para fazer outro bloco na Barra."

 

Uma das principais reivindicações da categoria foi um ponto de apoio nos circuitos. Para o presidente do Sindicorda, se o espaço existisse já neste ano, evitaria denúncias por parte dos profissionais ao sindicato sobre falta de auxílio.

 

"Nós não tivemos atendimento do poder público, seja municipal ou estadual. Nós buscamos o ponto de apoio por saber da atenção que se tem ao ambulante, aos catadores, mas os cordeiros tomaram chuva neste ano, antes mesmo do desfile começar. E precisou fazer o percurso inteiro assim, eles ficaram na água. Quando o cordeiro sai desse trio, ele não vai para casa, fica no circuito. Onde é que ele vai descansar? Precisa ter um envolvimento maior. A alimentação também foi uma queixa dos trabalhadores. O lanche era um biscoito e um suco de caixa. Não tem como sustentar um trabalho braçal dessa forma", afirmou.

 

A cobrança passa também para os patrocinadores da festa. Neste ano, o Carnaval teve como principal patrocinador a Ambev, a festa contou também com o apoio do Aposta Ganha, 99 Moto, iFood, Mercado Pago, Zé Delivery, Guaraná e Beats. "O cordeiro faz parte do Carnaval e é um grande atrativo para os turistas, por exemplo, que procuram os blocos pela segurança que ele traz. Ninguém quer estar no Carnaval inseguro, e se pagam caro para os abadás, precisa se pagar bem para os cordeiros. É de interesse também das cervejarias, dos patrocinadores, que haja uma boa remuneração".

 

O sindicato informa ainda que alguns blocos não entregaram os EPIs necessários para o trabalho como as luvas para segurar as cordas, por exemplo. "Existiram várias irregularidades de alguns blocos que não deram luvas, saíram com corda arrastando por terem contratado 50 cordeiros para sair em um bloco com 500 associados. Isso é desumano. O cordeiro não chega no circuito e vai logo trabalhar, ele chega com duas horas de antecedência para estar preparado".

 

Foto: Rafa Mattei

 

Em casos de atrasos, a solução para Matias é de um pagamento de hora extra aos cordeiros. O sábado de Carnaval, dia em que o desfile mais atrasou, o Bloco Coruja de Ivete Sangalo estava previsto para iniciar o desfile às 17h e só deixou o Farol às 20h.

 

"Quando você me diz 'ah, os cordeiros pararam no bloco de Ivete', eles estão certos. Vai gerar hora extra aquele momento? Porque eles têm outros blocos para pegar, o cordeiro não fica exclusivo de um bloco não. O ideal seria que tivesse a cada hora passada uma porcentagem, para que o cordeiro não ficasse penalizado pelo atraso."

 

Questionado sobre a tentativa de um aumento no valor para 2025, Matias afirma que a categoria irá lutar por uma diária melhor no próximo Carnaval. O Sindicorda busca ainda que o valor de transporte não seja incluído na diária dos profissionais.

 

"Queremos um olhar social do poder público para a nossa classe. Com esse auxílio, conseguiremos organizar melhor e cuidar dos profissionais. Vamos atrás do nosso ponto de apoio, de cursos profissionalizantes e de um aumento na diária. Ficou pré-discutido com os blocos um aumento de 20% em cima desse valor de R$ 80 mais o transporte. Não iremos aceitar diária junto com o transporte, vai ter que ter o aumento para valorizar a categoria. Se não for assim, a gente não vai sair no bloco. O Carnaval não é feito de amadores."

Sindicato descarta greve de cordeiros no Carnaval e anuncia acordo de diária com grandes blocos
Foto: Diuvlgação

O Sindicato dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindcorda) descartou entrar em estado de greve durante o Carnaval de Salvador em 2024. A informação, ventilada nas redes sociais, foi desmentida pelo presidente do sindicato, Matias Santos, em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (16).

 

A movimentação envolvendo a categoria voltou a ganhar espaço na mídia após a determinação da diária dos profissionais, R$ 80 por bloco puxado no circuito. De acordo Matias, apesar da insatisfação, já que o valor que foi acertado em assembleia não atingiu o que foi pedido pelos cordeiros, uma diária de R$ 150, não há indícios de greve durante a festa.

 

"Eu não posso ventilar essa inverdade de que os cordeiros vão parar. Essa informação não procede, até porque o Carnaval já está na porta, já iniciamos o processo para a contratação de cordeiros e isso iria mexer com uma grande parte da estrutura do Carnaval. Não somos irresponsáveis."

 

Foto: Reprodução/ YouTube

 

O presidente do sindicato ainda revelou um acordo firmado com grandes blocos do Carnaval de Salvador, que irá pagar um adicional aos profissionais durante os dias trabalhado. Segundo Matias, os empresários buscaram a entidade para informar o desejo de colaborar com a remuneração para além do valor determinado. Ao todo, cerca de 15 mil cordeiros atuam no Carnaval de Salvador.

 

"Alguns blocos de grande porte irão pagar um pouco mais, fizeram um plano de ação para remunerar os profissionais que seguirem até o final do percurso. O valor ficou por conta dos blocos, mas tem alguns que vão dar R$ 50 a mais, outros vão dar cesta básica, outros vão fazer sorteios. Isso foi uma estratégia interna que vem a agregar. Mas os blocos menores, os blocos Afro, blocos de samba, vão pagar um valor mínimo, que é o que eles tem. São os que colocam uma quantidade menor de cordeiros para acompanhar o trio, mas os blocos maiores vão pagar muito mais."

 

De acordo com o Sindcorda, cerca de 27 blocos entraram no acordo para pagar a mais do que o determinado, entre eles, o Camaleão. "Os blocos de grande porte, a gente tem uma lista de 27 blocos, eles vão pagar além do que foi acordado. O que preocupa são os blocos pequenos, que não tem como pagar isso. Então a busca é para que esses blocos busquem o apoio dos patrocinadores para pagar a diária. O Camaleão, por exemplo, além da diária, eles vão ganhar um ticket em um valor que vai reforçar a questão da diária", conta.

 

Segundo Matias Santos, os blocos de grande porte costumam ter entre 500 a 800 cordeiros, e alguns chegam a desfilar com 1.500 profissionais na avenida. "Eles se comprometeram para os próximos anos darem um aumento de 20% a mais desse valor no próximo Carnaval", contou.

 

O Sindcorda informa ainda que, em 2024, a média de blocos com corda no circuito Dodô (Barra-Ondina), é de que pouco mais de 5 blocos desfilem por dia. Segundo Matias, os blocos lutam para manter os profissionais. "Ter um cordeiro no bloco se tornou 'artigo de luxo', e os blocos lutam para manter. Mas precisamos também dar condições de trabalho. Não é só a diária que a gente discute, o cordeiro precisa de um lugar para beber água, para descansar, se alimentar, tem uma estrutura por trás disso que precisa ter espaço".

 

No acordo firmado no último final de semana, além do valor da diária, os cordeiros conquistaram o seguro de vida, EPIs de qualidade e um espaço no Conselho Municipal de Carnaval. O Sindcorda ainda busca, junto a Prefeitura de Salvador, um ponto de apoio para os profissionais nos circuitos da festa. A atuação dos cordeiros na folia será acompanhada pelo Ministério do Trabalho.

Cordeiros terão diária de R$ 80 no Carnaval de Salvador e seguro de vida homologado pelo sindicato
Foto: Divulgação

Os cordeiros que irão atuar no Carnaval de Salvador em 2024 receberão uma diária de R$ 80. O valor foi definido após uma reunião entre a Associação de Blocos e Trios e o Sindicorda, representado pelo presidente Matias Santos.

 

A remuneração difere do que foi pago em 2023 e do que foi pedido pelos profissionais para o novo ano de folia. No último Carnaval, os cordeiros receberam o valor de R$ 64 para acompanhar o trio em um dos circuitos da festa, e para 2024, a reinvindicação era para que os empresários pagasse R$ 150.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Matias relatou as principais queixas da categoria, entre elas melhores condições de trabalho, EPIs de qualidade, uniforme único e treinamento.

 

“O que estamos pedindo é o básico. Os cordeiros querem uma remuneração melhor, querem um lanche adequado e nutritivo para aguentar as 10h de circuito, mais água no circuito, queremos que a Prefeitura faça a contrapartida social, que não existe. São uma série de situações que a gente tem que jogar no colo do gestor do Carnaval, é essa provocação que a gente faz com a Prefeitura.”

 

O valor acertado pelos empresários "compromete" R$ 120 mil da renda de um bloco na avenida, em uma conta básica na qual cada trio precise de 1.500 mil cordeiros, como foi informado por Matias.

 

Ao Bahia Notícias, Matias ainda informou que das reivindicações feitas pela categoria o pedido de seguro de vida para todos os cordeiros, homologado no sindicato, foi atendido.

 

O Sindcorda ainda tenta um acordo junto a Prefeitura de Salvador para um ponto de apoio para categoria. Os profissionais passarão a ser representados no Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares (Comcar), com um assento.

Emenda que amplia Comcar é aprovada na Câmara de Salvador; veja novos membros
Foto: Valter Pontes/Secom

Em meio a uma série de mudanças na Lei Orgânica do Município (LOM) de Salvador, propostas pela prefeitura, vereadores da capital baiana ampliaram a representatividade do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar). O texto original, enviado pela gestão Bruno Reis (União), não tratava do órgão e aprovado por 36 votos a favor e 7 contrários, da oposição. 

 

Votaram contra as mudanças originalmente propostas pelo prefeito os vereadores Randerson Leal (PDT), Marta Rodrigues (PT), Laina - Pretas Por Salvador (PSOL), Augusto Vasconcelos (PCdoB), Hélio Ferreira (PCdoB), Arnando Lessa (PT) e Silvio Humberto (PSB).

 

Entretanto, em meio às alterações, os oposicionistas emplacaram a adição de três categorias com assento fixo no Comcar: catadores de materiais reciclados, cordeiros, trabalhadores da limpeza urbana e rodoviários, de autoria de Augusto Vasconcelos, Suíca e Hélio Ferreira, respectivamente. 

 

O relator da proposta, Paulo Magalhães (União), acatou essas três emendas que ampliaram a o Comcar, que organiza os festejos na capital, para inserir um representante dos sindicatos da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), um dos cordeiros e um dos rodoviários. Com isso o conselho passa a ter três novos representantes - cujas adições foram aprovadas pelos oposicionistas. 

Cordeiros protestam e cobram pagamento de empresa responsável por blocos puxados por Bell
Foto: Reprodução / TV Bahia

Um grupo de cordeiros que trabalhou no bloco puxado pelo cantor Bell Marques, no carnaval de Salvador, fez um protesto neste sábado (25). Eles cobram o pagamento do valor da diária que seria de R$ 60. Alguns dos presentes disseram ainda que nem esse valor teria sido entregue. Segundo o G1, o protesto se concentrou na Rua Afonso Celso, no bairro da Barra, onde a empresa responsável pelo pagamento havia montado uma estrutura.

 

Um dos cordeiros ouvidos pela reportagem contou que recebeu por seis dias de trabalho R$ 300 e não os R$ 360 previstos.  Outra cordeira, que estava grávida, declarou que mesmo com a pulseira com o chip no braço, usados para identificar os trabalhadores na hora do pagamento, chegou a ser colocada para fora da sala quando tentava cobrar pelo dinheiro. Ela disse que trabalhou por seis dias na segurança dos foliões dos blocos Vumbora, Camaleão e Bloco de Quinta, todos puxados por Bell Marques.

 

À emissora, o chefe de segurança dos blocos, identificado apenas como Farias, afirmou que o pagamento ocorreu de forma normal para os profissionais que comprovaram o trabalho por meio da apresentação das camisas e da conferência no chip das pulseiras. Porém, declarou que pessoas que não trabalharam ou saíram do posto de trabalho não serão contempladas.

 

A assessoria do cantor Bell Marques informou que repassou o valor dos cordeiros à empresa responsável pela segurança.

Maria Marighella quer mudança no formato do Carnaval e propõe folia sem cordas
Foto: Bruno Leite/ Bahia Notícias

A vereadora licenciada Maria Marighella (PT) e atual mandatária da Funarte defendeu uma mudança significativa no Carnaval de Salvador: quer o fim dos trios com cordas e consequentemente a extinção dos cordeiros. Para Marighella, o formato atual é segregador. 

 

“O que a gente quer ter é uma agenda do carnaval sem cordas e portanto sem cordeiros. Reivindicamos um modelo de Carnaval sem segregação, sem distância e que o espaço público, o espaço da rua seja radicalmente socializado e coletivo. Nós não podemos tolerar que o espaço da rua, espaço tão nosso e coletivo, seja um espaço de partes. A rua é um espaço de todos nós em que a convivência com a diversidade prevaleça”, disse a dirigente, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Na visão de Maria Marighella, o modelo atual do Carnaval é ultrapassado. “Claro que o modelo de cordeiros vem de um modelo de Carnaval, que não nos representa mais. Então, nós precisamos avançar. Superar esse modelo e entrar definitivamente no século XXI. Esse modelo é o ideal”, destacou.

 

A gestora cultural, no entanto, reconheceu que enquanto não se vislumbra um novo formato para a folia, é preciso reivindicar direitos para os trabalhadores. "Sabemos que eles trabalham em condições muito indignas. Então, não é porque o modelo ideal não chegou que a gente também não vai defender mais direitos, segurança, proteção, dignidade", ponderou, se referindo não apenas aos cordeiros como também a ambulantes e catadores.

Acordo prevê remuneração mínima de R$ 60 por dia para cordeiros no Carnaval de Salvador
Foto: Divulgação

Através de um acordo firmado perante o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA), os cordeiros receberão equipamentos de proteção individual, alimentação, seguro de acidentes pessoais e uma remuneração mínima de R$ 60 - já com o valor do transporte - por dia, das entidades carnavalescas. O documento foi assinado nesta terça-feira (14) na sede do MPT, no Corredor da Vitória. 


Estima-se que este ano haja 15 mil postos de trabalho de cordeiros. O entendimento entre patrões e empregados, celebrado em reunião realizada em 11 de janeiro deste ano. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) dos Cordeiros é um caso de sucesso do MPT. Ele contou com parceiros institucionais, com a sensibilidade das agremiações carnavalescas e “estabelece não só padrões de saúde e segurança do trabalho, que são o mais importante, mas também cuida do dinheiro que entra no bolso do trabalhador”, conforme avaliou o procurador-chefe do MPT na Bahia, Luís Carneiro. O chefe do MPT lembra que esse “é um valor que pode e precisa ser melhorado, mas é um avanço de 15% em relação ao último Carnaval”. Em caso de descumprimento do TAC, podem ser cobradas multas de R$12 a R$30 mil por cláusula.


O presidente do Sindicorda, Matias Silva, lembrou que a entidade estará nos circuitos da festa para identificar qualquer descumprimento do TAC para comunicação imediata ao MPT. O líder dos trabalhadores destacou a importância da garantia de um seguro de acidentes pessoais, que substitui a necessidade de que cada cordeiro seja registrado junto ao INSS como trabalhador temporário. “Negociamos com os blocos e já temos a garantia de uma apólice de seguros para cobrir os custos de tratamento e de indenização a qualquer cordeiro que possa sofrer algum tipo de acidente durante o Carnaval”, salientou.


A coordenadora do Carnaval de Salvador e dirigente do bloco Fissura, Márcia Mamede, destacou a importância da negociação. “A gente entende que tem que ter um alinhamento. Nós cumprimos terminantemente o TAC. Porque fazendo com que a qualidade do trabalho do cordeiro seja melhor, melhora também o nosso desfile”. Além da diária mínima, estão previstos no TAC o fornecimento de luvas, protetor auricular, filtro solar e camisa de algodão ao cordeiro, lanche com biscoitos e suco e água mineral e a disponibilização pelas entidades dos dados dos trabalhadores por até dois anos para eventuais ações fiscais. O documento proíbe a contratação de menores de 18 anos e gestantes.


O aspecto da atuação do MPT no Carnaval mais destacado durante o evento desta terça-feira foi a garantia de estrutura para o trabalho realizado pelas cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Como fruto de anos de articulação, pela primeira vez foi possível unir as 14 cooperativas de reciclagem que operam na região metropolitana de Salvador para negociar com o estado e o município. Elas vão poder atuar na folia em 12 pontos de apoio, com banheiros, abrigo para chuva, locais de descanso e espaço para refeições. Esses pontos funcionarão como área de apoio aos catadores e como centrais para compra e armazenamento do material recolhido nos circuitos da festa. Com as cooperativas instaladas ao longo de todo o percurso, há um desestímulo à presença de atravessadores. Nessas centrais, também haverá a distribuição de kits de proteção individual para os catadores.


“Nós temos trabalhado com os catadores de material reciclável desde 2017 para promover melhores condições de trabalho para eles durante o Carnaval”, lembrou a procuradora Adriana Campelo. Ela destaca que esses espaços e os equipamentos de proteção individual – saco de ráfia, luvas, camisetas – estão sendo custeados pela prefeitura por meio dos patrocinadores do Carnaval. Outro ponto importante é a eliminação do atravessador. “No circuito só poderá haver a compra desse material pelas cooperativas. A prefeitura se comprometeu a fiscalizar para impedir a presença desses atravessadores”, finalizou a procuradora.
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

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