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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lamentou, nesta sexta-feira (12), a decisão do governo dos EUA de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane, da lista de afetados pelas sanções previstas na Lei Magnitsky. Em nota pública divulgada em sua conta do X (antigo Twitter), Eduardo disse ter recebido "com pesar" a notícia, e sugeriu que o presidente dos EUA, Donald Trump, tomou a decisão de recuar para "defender os interesses estratégicos dos americanos, como é seu dever".
A informação da saída de Moraes da lista consta em um comunicado do governo dos EUA, que não explica, contudo, o que levou à retirada.
"Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil", apontou o parlamentar.
Eduardo foi o principal articulador da sanção contra o ministro do STF. Utilizando da relação criada quando seu pai foi presidente, o deputado se licenciou do mandato em março deste ano e viajou aos EUA para tentar pressionar membros da Corte e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para conseguir a anistia de Jair Bolsonaro.
Na nota divulgada nesta tarde, Eduardo lamentou "que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais". "A falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior contribuíram para o agravamento da situação atual", avaliou.
"Esperamos sinceramente que a decisão do Presidente Trump seja bem-sucedida em defender os interesses estratégicos dos americanos, como é seu dever. Quanto a nós, continuaremos trabalhando, de maneira firme e resoluta, para encontrar um caminho que permita a libertação do nosso país, no tempo que for necessário e apesar das circunstâncias adversas. Que Deus abençoe a América, e que tenha misericórdia do povo brasileiro", conclui o texto.
Moraes e a esposa foram adicionados em julho deste ano à lista - que prevê diversas limitações, como o bloqueio de entrada no país, bens nos EUA bloqueados, e a proibição de utilizar serviços de empresas americanas. A Lei Magnitsky foi criada visando aplicar sanções econômicas a pessoas que violam direitos humanos.
NOTA PÚBLICA
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) December 12, 2025
Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil.
Lamentamos que a… pic.twitter.com/Kcm3MSb4Xr
Datafolha: Recuperação provocada por tarifaço perde força e Lula fecha o ano com aprovação estagnada
Depois de ter visto a sua aprovação se recuperar na esteira do tarifaço aplicado aos produtos brasileiros pelo governo dos EUA e da posterior campanha de defesa da soberania nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao final do ano com seus índices positivos e negativos estagnados.
Foi o que revelou pesquisa Datafolha divulgada na noite esta sexta-feira (5). Segundo o instituto, 32% dos entrevistados consideraram a gestão do líder petista como “boa” ou “ótima”, número praticamente igual ao que foi verificado na última pesquisa realizada em setembro, quando a análise positiva estava em 33%.
Já os que analisam o governo Lula como “ruim” ou “péssima” foram 37% agora, contra 38% em setembro. A avaliação regular sobre a gestão do governo atual está em 30% (era de 28% em setembro). Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, há estabilidade no cenário.
Consideram o governo Lula como ótimo e bom acima da média nacional quem tem 60 anos ou mais (40%), os menos instruídos (44%), os nordestinos (43%) e os católicos (40%).
Já os grupos com maior incidência de eleitores bolsonaristas ou antipetistas reprovam mais o presidente: 46% de quem tem ensino superior, 53% daqueles que ganham de 5 a 10 mínimos, sulistas (45%) e evangélicos (49%).
Quando se pede aos entrevistados a avaliação do trabalho pessoal do presidente Lula, a estabilidade segue a mesma, ainda que melhor do que quando o tema é a análise do seu governo. Dentre a amostra total, 49% aprovam Lula, ante 48% do levantamento anterior.
Já a desaprovação do presidente englobou 48% dos entrevistados. Este foi o mesmo percentual verificado na pesquisa Datafolha realizada em setembro.
O Instituto Datafolha ouviu 2.002 eleitores em 113 cidades do país. O levantamento foi realizado entre a última terça (2) e esta quinta (4).
O presidente Lula telefonou para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tarde desta terça-feira (2). A conversa, classificada pelo Palácio do Planalto como “muito produtiva”, pautou temas como comércio bilateral, econômica e combate ao crime organizado. O telefonema durou cerca de 40 minutos.
Durante a conversa, o presidente brasileiro elogiou a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% imposta a alguns produtos brasileiros, como carne, café e frutas. Lula, no entanto, destacou que ainda há outros produtos tarifados que precisam ser discutidos entre os dois países. No âmbito econômico, o petista indicou que o Brasil deseja avançar rápido nessas negociações.
Com relação à segurança, o presidente Lula ressaltou urgência em reforçar a cooperação com os EUA para combater o crime organizado internacional. Destacou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal e identificou ramificações que operam a partir do exterior.
O Planalto informou que Trump, por sua vez, demonstrou disposição em trabalhar junto com o Brasil e que dará todo o apoio a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas. Os dois presidentes concordaram em voltar a conversar em breve sobre o andamento dessas iniciativas.
O diretor do FIB (Federal Bureau of Investigation), Kash Patel, afirmou que os soldados baleados em frente à Casa Branca nesta quarta-feira (26), não morreram. A morte dos agentes foi divulgada mais cedo e, até então, a Casa Branca havia confirmado apenas os ataques.
Em sua rede social, Truth Social, o presidente Donald Trump pediu orações aos agentes. "O animal que atirou nos dois membros da Guarda Nacional, ambos gravemente feridos e agora internados em hospitais diferentes, também está gravemente ferido, mas, independentemente disso, pagará um preço muito alto", afirmou o republicano.
O suspeito, que também foi ferido, está preso, segundo a polícia de Washington. De acordo com a emissora americana CNN, os dois membros da Guarda Nacional trocaram tiros com o atirador antes de serem baleados. O chefe do Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, no entanto, afirmou em uma entrevista coletiva que os soldados estavam armados no momento do ataque, mas que ainda não se sabe quem atirou no suspeito.
Dois agentes da Guarda Nacional foram baleados, nesta quarta-feira (26), perto da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela imprensa americana e, segundo o The New York Times, o presidente Donald Trump já foi informado sobre o ataque. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos militares.
O presidente Donald Trump já havia deixado Washington na noite de terça-feira (25), em uma viagem a Flórida, onde deve passar o feriado de Ação de Graças. A Casa Branca confirmou o ataque e fechou as entradas e saídas de servidores nesta quarta. A secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA, Kristi Noem, afirmou que o órgão trabalha com a polícia local para reunir mais informações.
Uma pessoa teria sido presa, mas não há mais informações sobre o atirador ou o que motivou o ataque. (A reportagem foi atualizada às 19h40 para retificar informações sobre a saúde dos agentes. O Bahia Notícias pede desculpas pelo erro).
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (21), o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, confirmou que após o anúncio do governo dos Estados Unidos de retirada da sobretaxa sobre mais de 200 produtos brasileiros, apenas 22% das exportações brasileiras permanecem com a aplicação do tarifaço.
A Casa Branca anunciou nesta quinta (20) a decisão do presidente Donald Trump de retirar a tarifa de 40% sobre 238 produtos brasileiros. A decisão é válida para os produtos que entrarem nos EUA a partir de 13 de novembro.
Geraldo Alckmin disse na entrevista que a decisão anunciada pelo governo norte-americano representa o maior avanço até agora nas negociações bilaterais. Ele destacou que, no início da imposição das tarifas, 36% das vendas brasileiras ao mercado dos Estados Unidos estavam submetidas a alíquotas adicionais.
“Gradualmente, tivemos decisões que ampliaram as isenções. Com a retirada dos 238 produtos, reduzimos para 22% a fatia da exportação sujeita ao tarifaço”, disse o presidente em exercício.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam que, tomando como base os US$ 40,4 bilhões exportados pelo Brasil aos EUA em 2024: US$ 8,9 bilhões seguem sujeitos à tarifa adicional de 40% (ou 10% mais 40%, dependendo do produto); US$ 6,2 bilhões continuam enfrentando a tarifa extra de 10%; US$ 14,3 bilhões estão livres de sobretaxas; US$ 10,9 bilhões permanecem sob as tarifas horizontais da Seção 232, aplicadas a setores como siderurgia e alumínio.
Alckmin disse ainda que a decisão do governo dos Estados Unidos foi influenciada pelo diálogo recente entre Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado na Malásia, em outubro. O governo brasileiro enviou aos EUA, em 4 de novembro, uma proposta de acordo comercial.
Outro ponto confirmado por Alckmin na entrevista foi o de que o presidente Lula apresentou a Trump, além do pedido de redução tarifária, questionamentos sobre a aplicação da Lei Magnitsky, que resultou em sanções contra autoridades brasileiras. O principal implicado na Lei Magnitsky foi o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o presidente em exercício, ainda não há uma nova reunião prevista entre os presidentes, embora Lula tenha convidado o mandatário norte-americano para visitar o Brasil. Alckmin afirmou que seguirá empenhado em buscar novas exceções. “Continuamos otimistas. O trabalho não terminou, mas avança com menos barreiras”, declarou.
Um dos setores que seguem com as tarifas de 40% aplicadas pelos Estados Unidos, e que não foi contemplado com a redução desta quinta, são os produtos de madeiras e móveis. E o estado mais afetado neste tipo de produção desde que o tarifaço entrou em vigor, no início de agosto, é Santa Catarina.
Após a divulgação da decisão do presidente Donald Trump, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) disse que a medida representou um avanço para o país, mas não trouxe alívio aos exportadores catarinenses.
"Vemos a medida com otimismo, pois sinaliza que os canais de negociação estão sendo efetivos, mas a lista é composta basicamente por itens primários, enquanto Santa Catarina exporta aos Estados Unidos predominantemente produtos industrializados", disse o presidente da entidade, Gilberto Seleme.
"Não foram contemplados itens que fazem parte da chamada investigação 232, por meio da qual produtos brasileiros como madeira e móveis são sobretaxados. Por isso, seguimos atentos aos resultados deste processo e na expectativa de que as negociações entre os dois países possam avançar também nestas áreas", afirma Seleme.
Os produtos de madeira e móveis representam 37,3% das exportações catarinenses para os Estados Unidos. As vendas aos Estados Unidos, principal destino das exportações do estado, recuaram 9,3% neste ano.
Estudo da FIESC estima a perda de 19 mil empregos em um ano e de 45 mil vagas em até três anos no estado, caso as tarifas sejam mantidas. Os setores mais afetados são madeira, peças automotivas, equipamentos elétricos e móveis.
Após o início do tarifaço, foi registrado pela indústria catarinense, nos meses de agosto e setembro, o fechamento de 1,7 mil postos de trabalho no setor de madeira, 562 no de móveis, 446 em máquinas e equipamentos e 313 na indústria metalúrgica.
O governo de Donald Trump avalia restringir a emissão de vistos a imigrantes em caso de condições de saúde pré-existentes. A medida, encaminhada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos a embaixadas e consulados dos EUA pelo mundo, indica que os consulados analisem as condições físicas e de saúde dos solicitante de vistos possam ter para autorizar ou não entradas no país.
Uma lista de doenças como a hipertensão, a diabete e a obesidade podem agora ser justificativa para barrar cidadãos estrangeiros. O material foi divulgado pela agência de notícias norte-americana Associated Press, que teve acesso ao documento.
Segundo informações iniciais, a diretriz não deve funcionar como uma regra obrigatória, mas já foi encaminhada pelo governo dos Estados Unidos emitida na semana passada a embaixadas e consulados por meio de um comunicado do Departamento de Estado. A intenção é padronizar as análises das embaixadas.
Entre as condições médicas que podem desclassificar um candidato a visto estão: doenças crônicas; obesidade; hipertensão; doenças cardiovasculares, metabólicas e neurológicas (não foram especificadas quais); depressão; ansiedade; condições de saúde mental que possam exigir “centenas de milhares de dólares em cuidados”.
Democratas do Congresso dos EUA revelaram e-mails em que Jeffrey Epstein revela que o presidente Donald Trump teria "passado horas" na casa dele com uma de suas vítimas. As mensagens, divulgadas nesta quarta-feira (12), sugerem que o líder americano sabia mais sobre os crimes de Epstein, que incluem tráfico sexual, do que admite.
Trump nega firmemente ter qualquer envolvimento ou conhecimento do esquema de Epstein. Segundo ele, sua relação com o suspeito era amigável, mas houve uma separação.
No entanto, os democratas que integram o Comitê de Supervisão Americana afirmou que os e-mails, tirados de algumas das milhares de páginas recebidas, levantam novas questões sobre a relação entre o presidente e o suspeito. Os documentos foram publicados pelo jornal The New York Times.
Em uma das mensagens, Epstein afirma categoricamente que Trump "sabia sobre as garotas", que eram em sua maioria menores de idade. Em outra mensagem, Jeffrey pondera sobre como responder perguntas de jornalistas sobre a relação dos dois a medida em que Trump virou uma figura política.
"Esses últimos e-mails e correspondências levantam questões sobre o que mais a Casa Branca estaria escondendo e qual a natureza da relação entre Epstein e o Presidente", declarou o representando democrata do comitê, Robert Garcia.
Os três e-mails diferentes, que foram divulgados nesta quarta, fazem parte do acordo judicial, fechado na Flórida em 2008, onde promotores federais concordaram em não prosseguir com as acusações. Elas surgiram anos depois de Trump e Epstein relatarem um afastamento, no começo dos anos 2000.
Num e-mail de abril de 2011, Epstein disse a Ghislaine Maxwell, que mais tarde foi condenada por acusações relacionadas à facilitação de seus crimes: “Quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é Trump”. Ele acrescentou que uma vítima não identificada “passou horas na minha casa com ele, ele nunca foi mencionado”, ao falar com a confidente.
"Eu tenho pensado sobre isso", respondeu Maxwell.
Em um e-mail de janeiro de 2019, Epstein escreveu ao autor Michael Wolff sobre Trump: “É claro que ele sabia sobre as meninas quando pediu a Ghislaine que parasse”. Os democratas da Câmara, citando um denunciante não identificado, disseram esta semana que Maxwell estava se preparando para pedir formalmente a Trump que comutasse sua sentença de prisão federal.
Os e-mails foram fornecidos ao Comitê de Supervisão com uma parcela maior de documentos do espólio de Epstein que o painel solicitou como parte de sua investigação sobre Epstein e Maxwell, que cumpre pena de 20 anos por acusações de tráfico sexual.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o Departamento de Justiça (DOJ) vai investigar os frigoríficos do país que, segundo ele, estão elevando o preço da carne bovina. A declaração, dada por meio das redes sociais nesta sexta-feira (7), chama a atuação dos estabelecimentos de “conluio ilícito”.
“Pedi ao DOJ que inicie imediatamente uma investigação sobre as empresas frigoríficas que estão elevando o preço da carne bovina por meio de conluio ilícito, fixação de preços e manipulação de preços”, disse Trump em publicação no Truth Social, sem mencionar os nomes das empresas.
Trump completa dizendo que o preços do gado têm caído, mas que o da carne embalada subiu. “Portanto, sabe-se que há algo de suspeito. Vamos descobrir a verdade muito rapidamente. Se houver crime, os responsáveis pagarão um preço alto!”, declarou.
A Procuradora-Geral do país, Pamela Bondi, disse que a investigação já está em andamento. Por outro lado, os pecuaristas norte-americanos seguem criticando o republicano, depois do presidente sugerir que o país importe mais carne bovina da Argentina.
Na ocasião, Trump disse que usaria a medida para reduzir os preços da carne bovina nos EUA, que atingiram níveis recordes. Os produtores viram o comentário como uma ameaça já que tem lucrado com a alta demanda e menos concorrência no mercado de carnes desde o tarifaço.
Sobre isso, Trump respondeu, citando o tarifaço contra o Brasil, que era o maior fornecedor de carne para a indústria norte-americana. "Os pecuaristas, que eu amo, não entendem que a única razão pela qual estão indo bem, pela primeira vez em décadas, é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos EUA, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil", disse Trump em sua rede social.
Neste dia 6 de novembro, no qual se completam três meses desde que o governo dos Estados Unidos começou a cobrar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 7 bilhões em outubro deste ano. O resultado representa um aumento de 70,2% frente ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de US$ 4,1 bilhões.
O bom desempenho da balança comercial em outubro é resultado de exportações que somaram US$ 32 bilhões e importações de US$ 25 bilhões. A corrente de comércio totalizou US$ 57 bilhões no mês, com crescimento de 4,5% na comparação com o mesmo período no ano de 2024.
Os dados foram anunciados nesta quinta-feira (6) pela Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
No mês de outubro, as exportações cresceram 9,1%. As vendas foram impulsionadas pela agropecuária e indústria extrativa. As vendas de carne bovina registraram alta de 40,9% e as de soja aumentaram 42,7%. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 30% no mês.
Do lado das importações, houve uma queda de 0,8% em relação a outubro de 2024. Petróleo (- 28,2%), e acessórios de veículos (- 14,7%) foram os itens que registraram a maior queda nas importações.
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, as exportações brasileiras somaram US$ 289,7 bilhões, uma leve alta de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2024. As importações, por outro lado, cresceram 7,1% e atingiram US$ 237 bilhões.
No acumulado do ano em comparação com os mesmos meses do ano passado, o saldo da balança comercial caiu 16,6%.
Já no resultado de janeiro a outubro de 2025, as exportações brasileiras somaram 289,73 bilhões de dólares e as importações, 237,34 bilhões de dólares. O superávit foi de US$ 52,39 bilhões de dólares e corrente de comércio de US$ 527,07 bilhões.
No terceiro mês desde que começou a vigorar o tarifaço norte-americano de 50% sobre a maior parte dos produtos exportados pelo Brasil, as exportações para os Estados Unidos caíram 37,9% em relação ao mesmo mês de 2024. No entanto, a diminuição nos embarques para o segundo maior parceiro comercial do Brasil não impediu o avanço das exportações totais e das vendas para América do Sul, China e Europa.
As exportações para a China, que é a maior compradora do país, cresceram 33,4%, totalizando US$ 9,21 bilhões. Já os embarques para a Argentina avançaram 5,8%, totalizando US$ 1,64 bilhões e a consolidaram como uma das principais parceiras comerciais do Brasil em outubro.
Por fim, as vendas de produtos brasileiros para o continente europeu cresceram 4,5%, totalizando 4,62 bilhões de dólares.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) deflagrou, nesta quinta-feira (6/11), a Operação Sentinel após um homem enviar mensagens com ameaças eletrônicas a autoridades dos Estados Unidos, incluindo o ex-presidente Donald Trump, e tentar acessar a embaixada norte-americana em Brasília no dia seguinte, carregando uma mala. O suspeito foi impedido de entrar no local pela equipe de segurança da missão diplomática.
Segundo a Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV/CI/DGI), o homem vinha disseminando conteúdos extremistas de cunho ideológico e racial, o que gerou alerta máximo para risco de uma possível ação violenta contra alvos estrangeiros.
Após a identificação do autor, a PC-DF cumpriu um mandado de busca e apreensão em Goiânia (GO), onde ele mora atualmente. A operação teve como objetivo coletar provas, investigar possíveis conexões com grupos extremistas nacionais e internacionais e impedir novos atos no Distrito Federal.
A ação, de caráter preventivo e investigativo, contou com o apoio do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do DF (NED/MP-DFT), da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) e do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em nota, a PC-DF destacou que o foco da operação é neutralizar ameaças antes que elas saiam do ambiente digital e representem risco concreto, principalmente contra alvos sensíveis como representações diplomáticas na capital federal.
Em uma entrevista concedida na tarde desta terça-feira (4) na Base Naval de Val de Cães, em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que caso não avancem as negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre o tarifaço, ele irá ligar e conversar pessoalmente com Donald Trump. Lula afirmou que falará com o presidente norte-americano ao final da COP30 caso as tratativas não tenham progredido.
Na entrevista, Lula falou sobre o encontro que teve na Malásia com o presidente dos Estados Unidos, e lembrou que Trump determinou aos seus secretários que dessem prosseguimento às conversas e negociações sobre o tarifaço aplicado os produtos brasileiros exportados aos EUA.
“Saí da reunião com o presidente Trump certo de que chegaremos a um acordo. Disse a ele que era muito importante que nossos negociadores começassem a conversar em breve”, explicou.
Lula disse também que o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão prontos para uma nova rodada de conversas com os negociadores escalados por Donald Trump para tratar do tema com o Brasil.
Alguns correspondentes estrangeiros questionaram ainda o presidente Lula sobre a tensão entre países da América do Sul e os Estados Unidos da América, como Venezuela e Colômbia. Lula respondeu que a reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e da União Europeia (Celac-UE) em Santa Marta, na Colômbia, pode servir de ambiente apropriado para receber discussões sobre a situação.
“Só tem sentido a reunião da Celac, neste momento, se a gente for discutir essa questão dos navios de guerra americanos aqui nos mares da América Latina. Tive oportunidade de conversar com o presidente Trump sobre esse assunto, dizendo para ele que a América Latina é uma zona de paz. Aqui não proliferam armas nucleares. Somos uma zona de paz, não precisamos de guerra aqui. O problema que existe na Venezuela é um problema político que deve ser resolvido na política”, ressaltou Lula.
Lula reforçou aos jornalistas estrangeiros que a solução para o embaraço diplomático é o diálogo.
‘Eu pedi ao presidente Trump que ele converse com o ex-presidente Bush para que ele conte o que fizemos em 2003, quando propus a criação de um Grupo de Amigos da Venezuela”, finalizou o presidente.
Antes do início da reunião oficial, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump conversaram por cerca de oito minutos com jornalistas brasileiros e norte-americanos. Trump foi questionado se as penas contra o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, eram uma das condições para as negociações com o governo brasileiro, e disse gostar do líder oposicionista.
“Eu gosto de Bolsonaro. Ele é um bom sujeito. Nós ficamos incomodados com as penas contra ele”, afirmou Trump.
Logo depois, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu com irritação quando uma repórter perguntou se o tema Bolsonaro seria abordado na conversa. Trump respondeu de forma seca: “None of your business” (“não é da sua conta”, em tradução livre).
Membros do governo brasileiro afirmaram após o encontro, porém, que o ex-presidente Bolsonaro foi um assunto brevemente tocado na conversa. O próprio presidente Lula teria citado o caso Bolsonaro durante a reunião.
Segundo membros do governo brasileiro, a citação a Bolsonaro feita por Lula teria sido apenas para deixar claro que o ex-presidente foi julgado pelo Judiciário brasileiro, um órgão independente.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump tiveram uma reunião de cerca de 50 minutos neste domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia. Essa foi a primeira conversa presencial agendada entre os dois presidentes. Ambos estão na Malásia para participar da 47ª reunião de cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).
Donald Trump disse acreditar que Brasil e Estados Unidos vão chegar a um “bom acordo” após a imposição de tarifas aos produtos brasileiros.
“Acho que conseguiremos fechar alguns bons acordos, como temos conversado, e acho que acabaremos tendo um ótimo relacionamento”, disse o presidente dos EUA.
Em uma rápida declaração à imprensa, o presidente dos EUA disse: "Vamos chegar a uma conclusão rápida sobre tarifas".
“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. É um grande país e eles estão indo muito bem até onde eu sei”, disse ele.
Já o presidente Lula afirmou que a imprensa teria boas notícias após a reunião com o líder republicano. “Não há nenhuma razão para ter desavença entre Brasil e Estados Unidos”, disse ele. Lula disse que tinha uma “longa pauta” a ser tratada com Trump acrescentando que estava otimista com a possibilidade de Brasil e EUA avançarem na manutenção da relação “mais civilizada possível”.
Lula estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, do assessor da Presidência da República, Audo Faleiro, e do secretário-executivo do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Márcio Elias Rosa. Trump, por sua vez, levou o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário de Estado, Marco Rubio.
Após a reunião, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou à imprensa que Trump e Lula trataram de “todos os assuntos”, incluindo as tarifas.
‘Lula começou dizendo que não havia assunto proibido e renovou o pedido brasileiro de suspensão das tarifas impostas à exportação brasileira durante um período de negociação”, afirmou Vieira.
Segundo o ministro, a reunião entre os presidentes foi “muito positiva”.
“O saldo final é ótimo. Trump declarou que dará instruções à sua equipe para que comece um processo de negociação bilateral, que pode ser iniciada hoje ainda. Hoje mesmo devemos ter um encontro”, disse.
O chanceler declarou também que a conversa entre os presidentes foi “descontraída” e “muito alegre”.
“Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, tendo sido, por duas vezes, presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, tendo provado sua inocência e voltado a conquistar seu terceiro mandato como presidente da República”, colocou Vieira.
Ainda segundo o ministro, Lula e Trump estabeleceram, que farão visitas recíprocas. “Trump quer ir ao Brasil e Lula disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos no futuro’, pontuou Vieira.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (EUA) impôs sanções econômicas contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sua esposa Veronica Garcia e seu filho Nicolas Petro Burgos. A medida, que estabelece um bloqueio dos bens e proibindo transações com cidadãos americanos, foi oficialmente anunciada nesta sexta-feira (24). O governo de Donald Trump justificou que Petro permitiu o fortalecimento de cartéis de drogas e beneficiou organizações narcoterroristas, sem apresentar provas concretas dessas acusações.
As sanções também atingem Armando Villaneda, e surgem um dia após Petro acusar os EUA de realizar "execuções extrajudiciais" em operações militares marítimas. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a decisão ocorre em um contexto de crescente deterioração nas relações diplomáticas entre os dois países.
Em resposta às sanções, o presidente colombiano publicou uma declaração: "De fato, a ameaça de Bernie Moreno se cumpriu: eu, meus filhos e minha esposa entramos na lista OFAC. (...) Lutar contra o narcotráfico durante décadas e com eficácia me traz esta medida do governo da sociedade à qual tanto ajudamos para combater o consumo de cocaína. Toda uma paradoxa, mas nem um passo atrás e jamais de joelhos".
A escalada das tensões começou quando o presidente colombiano criticou operações militares americanas no Caribe e no Oceano Pacífico contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas. O presidente Trump, por sua vez, chamou Petro de "líder narcotraficante" e "meliante".
Na quinta-feira (23), durante coletiva de imprensa em Bogotá, Petro declarou: "Nesse tipo de manobras, que acreditamos violar o direito internacional, os Estados Unidos (...) estão cometendo execuções extrajudiciais. Há um uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário".
O mandatário colombiano também denunciou a presença militar americana: "O mar do Caribe está repleto de navios de guerra, aeronaves navais e mísseis. (...) Inclusive, um pescador de Santa Marta foi assassinado em seu barco. Quando anularam a certificação antidrogas, achamos muito paradoxal e, obviamente, recebemos isso como se fosse um insulto".
Desde 2 de setembro, os EUA atacaram 10 embarcações suspeitas de transportar drogas, resultando em mais de 40 mortes. Washington divulga regularmente vídeos dos destroços em chamas após os ataques. O governo colombiano denunciou que, durante essas operações, os Estados Unidos violaram águas nacionais da Colômbia.
Um grupo de especialistas nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU criticou as operações americanas na quarta-feira (22), afirmando que "mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais".
Os especialistas alertaram que "Esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe", acrescentando que uma ação militar contra outro Estado soberano constituiria "uma violação ainda mais grave" da Carta da ONU.
Em comunicado, o Tesouro americano mencionou declarações anteriores de Petro, quando em fevereiro ele comparou substâncias entorpecentes a bebidas alcoólicas, afirmando que "cocaína não é pior que uísque", em crítica à abordagem dos EUA no combate às drogas. Respondendo às acusações de Trump, Petro afirmou: "O senhor Trump me caluniou e insultou a Colômbia".
Em 19 de setembro, a Procuradoria da Venezuela solicitou à ONU que investigue os ataques dos Estados Unidos a embarcações no Caribe.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não haverá assuntos vetados no encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi feita nesta sexta-feira (24), durante o encerramento da visita de Estado à Indonésia. A reunião entre os dois líderes está agendada para domingo (26), em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
"Vai ser uma reunião livre em que a gente vai pode dizer o que quiser, como quiser, e vai ouvir o que quiser e não quiser também. Estou convencido de que vai ser boa para eles e para o Brasil essa reunião. Vamos voltar a nossa normalidade", afirmou o presidente brasileiro.
As tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil devem dominar a pauta do encontro. Lula também pretende abordar as sanções aplicadas a ministros do Supremo Tribunal Federal, como a Lei Magnitsky e a cassação de vistos, além de questões geopolíticas envolvendo China, Venezuela e Rússia.
Questionado sobre o prazo que o Brasil considera adequado para resolver as questões comerciais, Lula respondeu que "quanto antes melhor", sem especificar uma data. O presidente brasileiro planeja argumentar que os EUA não têm déficit comercial com o Brasil, contestando as justificativas para as tarifas.
"O Brasil tem interesse e é colocar a verdade na mesa, mostrar que os Estados Unidos não é deficitário, portanto não tem explicação à taxação feita ao Brasil. Não tem porque explicar a punição de ministros nossos, de personalidades públicas brasileiras nas leis americanas, não tem nenhuma explicação, porque eles não cometeram nenhum erro, eles estão cumprindo a Constituição do meu País e ao mesmo tempo a política de tributação é uma coisa que depende do Brasil, depende do Congresso Nacional", declarou Lula.
O presidente também criticou as operações militares americanas no Mar do Caribe contra supostos integrantes de cartéis de drogas venezuelanos. Ele expressou preocupação com o que vê como possível ameaça de intervenção militar na Venezuela.
Em resposta à comparação feita por Trump entre narcotraficantes e grupos terroristas como Al-Qaeda e Estado Islâmico, Lula defendeu o devido processo legal. "Você não fala que vai matar as pessoas, você tem que prender as pessoas, julgar as pessoas, saber se a pessoa estava ou não traficando e aí você pune as pessoas de acordo com a lei. É o mínimo que se espera que faça um chefe de Estado."
Lula sugeriu que os Estados Unidos deveriam priorizar o tratamento de usuários de drogas em vez de enviar Forças Armadas para operações externas. "É muito melhor os Estados Unidos se disporem a conversar com a polícia dos outros países, com o Ministério da Justiça de cada país, para a gente fazer uma coisa conjunta. Porque se a moda pega, cada um acha que pode invadir o território do outro para fazer o que quer, onde é que vai surgir a palavra respeitabilidade da soberania dos países? É ruim. Então eu pretendo discutir esses assuntos com o presidente Trump, se ele colocar na mesa", afirmou.
O presidente brasileiro também comentou sobre a relação entre traficantes e usuários de drogas: "Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra, de gente que compra porque tem gente que vende."
Em meio à forte repercussão negativa nas redes sociais após ter dito nesta sexta-feira (24), durante entrevista coletiva na Indonésia, que traficantes de drogas são “vítimas de usuários”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou um comunicado afirmando que teria feito uma “frase mal colocada”. A declaração sobre traficantes e usuários vem sendo explorada pela oposição com fortes críticas a Lula.
“Quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país”, disse Lula na rede X, comentário que depois foi reproduzido nos stories da conta oficial do presidente no Instagram.
“Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado”, completou o presidente Lula.
A declaração do presidente Lula sobre traficantes e usuários repercutiu fortemente nas redes sociais nesta sexta. O comentário na entrevista foi feito em resposta a perguntas sobre a política antidrogas dos Estados Unidos.
“Toda vez que a gente fala em combater drogas, possivelmente era mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também. É preciso que a gente tenha mais cuidado no combate à droga”, disse o presidente na entrevista.
Durante uma entrevista coletiva após seus compromissos em Jacarta, na Indonésia, nesta sexta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado sobre as ações do governo dos Estados Unidos contra o tráfico internacional e em especial em relação aos países da América Latina. Na sua resposta, Lula disse que os narcotraficantes são vítimas dos usuários de drogas.
“Toda vez que a gente fala em combater drogas, possivelmente era mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também. É preciso que a gente tenha mais cuidado no combate à drogfa”, disse o presidente.
“Você não pode simplesmente dizer que vai invadir, que vai combater o tráfico na terra dos outros sem levar em conta a constituição dos outros países, a autodeterminação dos povos, sem levar em conta a soberania territorial dos países”, completou Lula.
Enquanto falava sobre o narcotráfico, Lula disse, ainda, ter “prazer” em discutir o tema com o líder norte-americano, caso fosse do seu interesse.
“Se ele quiser discutir comigo, terei imenso prazer em discutir com ele esse assunto. Esse e outros assuntos, porque o mundo não pode continuar nessa polarização do bem contra o mal”, disse o presidente.
A declaração do presidente Lula sobre traficantes e usuários repercutiu fortemente nas redes sociais nesta manhã de sexta. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Calvacante (RJ), usou as redes para criticar a fala do presidente.
“É inacreditável. O homem que governa o país defende quem destrói famílias, quem enche os cemitérios e quem espalha violência nas ruas. O país precisa de Justiça, não de romantização do tráfico”, escreveu.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) reproduziu a declaração do presidente em suas redes sociais e disse que a fala era "surreal". Na mesma linha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez fortes críticas à colocação de Lula, e disse que para Lula, a culpa das drogas seria do usuário e não do traficante.
"Lula trata o traficante como vítima. É uma atrocidade disfarçada de loucura. O Brasil não aguenta mais a esquerda", afirmou o senador.
Quem também comentou a fala do presidente Lula foi o senador Ciro Nogueira, presidente do PP: "Os traficantes são vítimas dos usuários, os assaltantes são vítimas dos assaltados, os assassinos são vítimas dos mortos, os estupradores são vítimas das violentadas e por aí vai. Presidente Lula, vítima é o povo brasileiro dessa visão em que as vítimas são culpadas e os culpados são vítimas".
Críticas sobre a fala também foram postadas pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente. Mourou criticou Lula e a esquerda por "romantizarem o crime", afirmando que discursos que tratam traficantes como vítimas enfraquecem a segurança e os valores do país.
"Enquanto Lula chama narcotraficantes de “vítimas” e Gustavo Petro os trata como “trabalhadores do tráfico, nós, brasileiros de bem, seguimos pagando o preço da violência das drogas. É inacreditável ver a esquerda romantizando o crime e invertendo a lógica da responsabilidade. O Brasil precisa de líderes que defendam a lei e a ordem, não que abracem discursos perigosos que só enfraquecem nossa segurança e valores", afirmou.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou que o país dispõe de um arsenal com mais de 5 mil mísseis antiaéreos russos do modelo Igla-S. A declaração ocorreu nessa quarta-feira (22) durante transmissão na televisão estatal venezuelana, em um momento de crescente tensão entre Venezuela e Estados Unidos.
"Qualquer força militar do mundo conhece o poder da Igla-S, e a Venezuela tem nada menos que 5 mil Igla-S em posições-chave de defesa antiaérea para garantir a paz, a estabilidade e a tranquilidade do nosso povo. Mais de 5 mil (…) quem entende, entende", afirmou o presidente venezuelano durante o pronunciamento.
O líder venezuelano descreveu os equipamentos como "uma das armas mais poderosas que existem". Segundo Maduro, os mísseis estão estrategicamente posicionados em pontos de defesa antiaérea por todo o território nacional.
O anúncio acontece no mesmo dia em que o jornal The Washington Post revelou que o presidente Donald Trump autorizou a CIA a realizar "ações agressivas contra o governo venezuelano". De acordo com a publicação, "o documento [que dá aval para as ações] não ordena explicitamente que a CIA derrube Maduro, mas autoriza medidas que podem levar a esse resultado, disseram pessoas familiarizadas com o assunto".
Na terça-feira anterior (14), Trump havia anunciado um novo bombardeio contra uma embarcação venezuelana. Este foi o quinto ataque desse tipo desde agosto de 2025. Os Estados Unidos têm realizado operações militares no Caribe, abatendo embarcações que, segundo a versão norte-americana, transportariam drogas com destino ao país.
Os ataques americanos contra embarcações na região já resultaram em 27 mortes desde agosto, conforme mencionado pelo presidente venezuelano. O governo da Venezuela interpreta essas ações como agressões diretas ao país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu país realizará "operações terrestres" contra cartéis de drogas latino-americanos "muito em breve". A declaração foi feita nesta quinta-feira (23) durante conversa com jornalistas. Sem mencionar diretamente a Venezuela, a fala do presidente americano ocorre em um momento de crescente tensão com o governo de Nicolás Maduro em Caracas.
Ataques a embarcações nas águas da América do Sul já causaram pelo menos 37 mortes. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Trump expressou que os EUA estão "muito insatisfeitos" com o regime venezuelano. Mais cedo no mesmo dia, o republicano havia desmentido relatos sobre bombardeios americanos se aproximando do espaço aéreo da Venezuela.
Importantes setores do governo americano, liderados pelo secretário de Estado Marco Rubio, defendem uma intervenção para derrubar o regime de Maduro. A CIA recebeu autorização de Trump para realizar operações secretas em solo venezuelano com esse objetivo.
O governo Trump ainda não apresentou ao Congresso americano provas de que as embarcações atacadas transportavam drogas para território dos EUA, conforme alega. Especialistas indicam que o direito internacional permite ações desse tipo, quando não há ameaça iminente, apenas em situações de guerra declarada.
Sobre a necessidade de uma declaração formal de guerra, Trump declarou: "Não precisamos fazer uma declaração de guerra. Nós simplesmente vamos matar quem tentar trazer drogas ao nosso país. Matar, assim."
Em resposta, o governo venezuelano afirmou que as agressões americanas não prosperarão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Indonésia nesta quarta-feira (22) para participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Durante a viagem oficial de quatro dias, há expectativa de um encontro bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, programado para domingo (26).
O Itamaraty trabalha na confirmação da reunião entre os dois líderes, apesar das agendas intensas de ambos. O encontro representa uma oportunidade estratégica para o Brasil abordar questões comerciais sensíveis com os EUA, especialmente a tarifa de 40% imposta pelo governo americano sobre produtos brasileiros.
A pauta da possível conversa com Trump inclui também discussões sobre a situação política na Venezuela, considerando as recentes sanções e ações norte-americanas contra o país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo quanto aos resultados do encontro, sinalizando possibilidade de reversão das tarifas aplicadas às exportações brasileiras.
Na cúpula da Asean, o Brasil participará como "parceiro de diálogo setorial", o que limita sua presença ao formato de reuniões paralelas. A associação reúne dez nações: Brunei, Camboja, Laos, Indon, Malásia, Tailândia, Mianmar, Filipinas, Singapura e Vietnã. O Timor-Leste deve se integrar ao grupo ainda este ano.
A agenda oficial de Lula começa amanhã (23), quando se encontrará com o presidente indonésio para fortalecer a cooperação bilateral em áreas como comércio, agricultura, segurança alimentar, bioenergia, desenvolvimento sustentável e defesa.
Na sexta-feira (24), o presidente brasileiro estará na Malásia, onde ocorrerá a cúpula da Asean e serão assinados diversos acordos bilaterais. A programação inclui ainda reuniões com outros chefes de Estado da região.
A comitiva brasileiraque acompanha Lula é formada por ministros de alto escalão: Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Alexandre Silveira (Minas e Energia), além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A Coreia do Norte disparou um míssil balístico em direção à sua costa leste, segundo informações divulgadas por autoridades militares da Coreia do Sul. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira (22), durante a madrugada no horário local. O projétil foi direcionado ao mar na região oriental norte-coreana.
Os militares sul-coreanos, que confirmaram o disparo, não divulgaram informações adicionais sobre características técnicas ou a trajetória completa do míssil. A ação representa mais um avanço no programa de desenvolvimento de armamentos do regime norte-coreano.
O governo de Pyongyang mantém seus testes de mísseis apesar das restrições internacionais. O país não reconhece as proibições apoiadas por diversas nações, incluindo os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que buscam limitar o desenvolvimento de mísseis balísticos pelo regime norte-coreano.
A agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul, informou que o disparo foi direcionado ao mar na costa leste da península coreana. Esta região tem sido frequentemente utilizada pelo regime para seus testes de armamentos.
O último teste de mísseis balísticos norte-coreano havia ocorrido em 8 de maio deste ano, quando foram lançados vários projéteis de curto alcance também a partir da costa oriental do país.
O lançamento acontece poucos dias antes de uma importante visita à Coreia do Sul de líderes que participarão de um fórum econômico da região Ásia-Pacífico. Entre os participantes esperados estão o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping.
A Coreia do Norte apresentou seu mais recente míssil balístico intercontinental durante um desfile militar realizado neste mês. O evento contou com a presença do primeiro-ministro da China.
Até o momento, não foram divulgadas declarações oficiais das partes envolvidas sobre este novo lançamento.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que o Hamas poderá ser "erradicado" se o grupo não cumprir o acordo de cessar-fogo estabelecido com Israel. A declaração foi feita nesta segunda-feira (20) durante pronunciamento oficial na Casa Branca, em Washington D.C., quando o líder americano foi questionado sobre a situação no Oriente Médio.
Na ocasião, o republicano deixou claro que tomará medidas severas caso o Hamas descumpra os termos do acordo. Segundo informações da CNN, Trump afirmou que uma possível intervenção seria implementada rapidamente e com uso intenso de força para resolver a situação na Faixa de Gaza.
"Se for preciso, eles serão erradicados, e eles sabem disso", declarou Trump. Ele acrescentou que, se as hostilidades persistirem, "iremos intervir e resolver a situação, e isso acontecerá muito rapidamente e com bastante violência".
A advertência presidencial surge após recentes episódios de violência que comprometeram o cessar-fogo. No fim de semana, dois soldados israelenses morreram na Faixa de Gaza, o que provocou uma série de ataques aéreos israelenses. Confrontos internos entre o Hamas e grupos rivais palestinos também aumentaram a instabilidade na região.
Trump indicou que outros países estão preparados para agir mediante suas ordens, embora tropas americanas não participem diretamente de novos combates. "Alguns países me ligaram quando viram alguns dos assassinatos do Hamas, dizendo que adoraríamos entrar e cuidar da situação nós mesmos", disse o presidente.
Apesar do tom firme, Trump finalizou com uma perspectiva menos belicosa: "Vamos dar uma pequena chance e, com sorte, haverá um pouco menos de violência".
A semana em Brasília tem grande parte das atenções voltadas a decisões que serão tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da viagem que fará à Ásia. Lula, que nesta segunda lança um programa para facilitar a reforma de residências de famílias de baixa renda, pode decidir já nesta segunda-feira (20) o nome do seu indicado para virar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Existe a possibilidade de que Lula anuncie o advogado-geral da União, Jorge Messias, como seu escolhido, apesar da defesa feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e por ministros do STF, em prol do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente, entretanto, já teria indicado a seus auxiliares que iria indicar Messias.
Nesse começo de semana também pode sair o anúncio, por Lula, da entrada do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) em seu governo. A transformação de Boulos em ministro vem sendo trabalhada há alguns meses pelo Palácio do Planalto, e há a sinalização de que desta vez será mesmo efetivada.
Também há a expectativa pela viagem do presidente Lula à Indonésia e à Malásia. Lula vai participar da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, e é possível que nas atividades em Kuala Lumpur, haja um encontro com o presidente norte-americano Donald Trump.
Uma eventual reunião ainda está sendo acertada e o encontro na Malásia não deverá ser um compromisso para negociações. A ideia é que seja apenas uma conversa informal, para selar um novo momento entre os dois países para discussão do tarifaço e de futuras cooperações, como no caso da exploração de minerais de terras raras.
Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula iniciou sua semana nesta segunda (20) em uma reunião com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges. Logo depois, às 10h, Lula foi para o Palácio Itamaraty, onde participa da solenidade de entrega de credenciais de novos embaixadores no Brasil.
Depois de almoço com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente Lula participará de cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar o programa Reforma Casa Brasil. O programa vai disponibilizar R$ 40 bilhões em crédito para reformas e melhorias em moradias populares em todo o país.
A iniciativa, desenvolvida pelos ministérios das Cidades e da Fazenda em parceria com a Caixa Econômica Federal, tem como público-alvo famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais como telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação.
A agenda de Lula nesta segunda ainda prevê uma reunião, às 17h, com o presidente mundial do Grupo XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group), Yang Dong Sheng. Logo depois, às 18h, Lula se reúne com o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
Lula deve anunciar ao secretário a sua troca na pasta pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP). O presidente Lula quer que Boulos reorganize a ligação do governo com os movimentos sociais, já com vistas às eleições de 2026.
Ainda fora da agenda, está prevista uma reunião, nesta segunda (20) ou no máximo na terça (21), entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). É provável que Lula comunique a Alcolumbre sua escolha pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Aguarda-se em Brasília que Lula faça a indicação oficial de Messias antes de sua viagem à Indonésia, agendada para a próxima quarta (22). No mesmo dia da viagem, o presidente Lula deve anunciar o programa Município Mais Seguro. A iniciativa é destinada a fortalecer e qualificar as Guardas Municipais em todo o país.
Ainda na quarta, o presidente Lula inicia viagem à Ásia, que se iniciará em Jacarta, na Indonésia, onde terá compromissos na quinta (23) e na sexta (24). Naquele país, Lula fará uma visita oficial ao presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, como uma forma de retribuir a visita do líder a Brasília em julho.
De lá, Lula embarcará para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participará da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Na cúpula, é esperado que Lula se encontre com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O encontro será apenas amistoso, sem uma reunião formal entre os dois. Os governos do Brasil e dos Estados Unidos estão articulando uma reunião de trabalho conjunta, a ser realizada antes do final do ano.
Na agenda da divulgação de indicadores econômicos, o destaque é a apresentação dos números do IPCA-15 do mês de outubro. O indicador apresenta os resultados da prévia da inflação mensal no país.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reúne os líderes partidários nesta terça (21) para definir a pauta de votações no plenário durante a semana. Um dos temas que Motta quer priorizar é o pedido de urgência para o projeto de lei que garante a gratuidade da bagagem de mão em voos nacionais e internacionais.
A proposta, apresentada pelo deputado Da Vitória (PP-ES), proíbe a cobrança por malas pequenas (de até 10 a 12 quilos) que os passageiros colocam no compartimento superior. A iniciativa ganhou força após Latam e Gol lançarem uma tarifa que não dá direito a mala de mão em voos internacionais.
Com esta nova tarifa mais econômica lançada, o passageiro só pode levar gratuitamente um item pessoal, como bolsa ou mochila que caiba embaixo do assento. O presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a cobrança como “abuso” e afirmou que pretende acelerar a tramitação do PL 5041/2025, do deputado Da Vitória.
“A Câmara não vai aceitar esse abuso. O consumidor vem em primeiro lugar”, declarou Motta na semana passada. “Vamos pautar a urgência do projeto que garante o direito do passageiro de levar consigo uma mala de mão e um item pessoal sem cobrança adicional”, completou.
Na reunião de líderes, a oposição pretende retomar a pressão pela votação do projeto de anistia a presos e condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), ainda não apresentou o seu parecer, mas já adiantou que focará apenas na redução de penas.
A oposição diz que não aceita votar o projeto se for apenas para reduzir as penas dos condenados do 8 de janeiro e até por tentativa de golpe, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Já alguns partidos governistas e de esquerda dizem que votarão contra inclusive no caso da redução de penas, e com esse impasse, o projeto pode sofrer mais um adiamento nesta semana.
No Conselho de Ética, nesta terça (21), será realizado o sorteio de dois nomes para a lista tríplice para análise da representação que pede a suspensão dos mandatos de parlamentares que obstruíram a Mesa Diretora, depois que os deputados Zé Haroldo Cathedral e Castro Neto, sorteados anteriormente, desistiram.
O Senado também terá uma semana movimentada de votações no plenário, e o destaque da pauta anunciada pelo presidente Davi Alcolumbre é a retomada da análise do projeto de lei complementar (PLP) 168/2025, que cria mecanismos fiscais excepcionais para compensar os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras.
A proposta, de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA) e relatada por Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), foi aprovada em texto-base em setembro e volta à pauta para votação dos destaques. O PLP 168/2025 busca criar um “espaço fiscal temporário” no arcabouço orçamentário para permitir que o governo financie ações emergenciais voltadas às empresas afetadas pelas tarifas americanas.
Na prática, o texto do senador Jaques Wagner autoriza a União a realocar despesas e renúncias fiscais sem que esses gastos sejam contabilizados nas metas de resultado primário nem nos limites de despesa do novo regime fiscal. O projeto também amplia o Reintegra, programa que devolve parte dos tributos pagos por exportadores.
Além desse projeto, os senadores devem votar medidas voltadas à área social, de saúde e igualdade de gênero, entre elas o Programa Nacional de Cuidados Paliativos, a ampliação de datas comemorativas ligadas aos direitos das mulheres e o incentivo ao diagnóstico de autismo em adultos e idosos. Na área da saúde, o destaque é o PL 2.460/2022, de autoria da deputada Luisa Canziani (PSD-PR), que institui o Programa Nacional de Cuidados Paliativos.
A iniciativa busca garantir atendimento integral a pacientes com doenças crônicas ou em estágio avançado, oferecendo suporte físico, psicológico e social a eles e às famílias. O texto prevê ainda formação específica para profissionais de saúde e inclusão dos cuidados paliativos nas políticas do SUS.
Outro projeto relevante na pauta é o PL 4.540/2023, de autoria do deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), que altera a Lei nº 12.764/2012 para incentivar a investigação diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em pessoas adultas e idosas. A proposta reconhece que muitos brasileiros só recebem diagnóstico tardiamente, o que dificulta o acesso a políticas públicas e benefícios sociais.
Na quarta (22), o Senado realiza uma sessão especial para lançar o programa “Zap Delas - Senado”, voltado à inclusão digital e combate à violência contra a mulher por meio do uso de aplicativos de mensagens.
Também será apreciado o PL 2.562/2025, de autoria da deputada Soraya Santos (PL-RJ), que propõe alterar a legislação para incluir o Dia Nacional da Mulher e o Dia Internacional das Meninas no calendário oficial. A ideia é valorizar o papel feminino e incentivar políticas públicas voltadas à equidade de gênero.
A pauta da semana inclui ainda dois projetos de decreto legislativo (PDLs) com foco nas relações internacionais:
- PDL 552/2021 - aprova o Tratado de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal entre Brasil e Emirados Árabes Unidos, que reforça a cooperação em investigações criminais.
- PDL 480/2023 - ratifica a Convenção sobre Facilitação do Tráfego Marítimo Internacional, atualizada pela Organização Marítima Internacional, visando modernizar o comércio marítimo.
Já a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS ouve, nesta segunda (20), duas peças centrais na investigação dos descontos indevidos: Tonia Andrea Inocentini Galleti, ex-membro do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB).
Tonia Galleti foi convocado para prestar depoimento sobre o bloqueio de suas denúncias e pedidos de regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com associações e sindicatos. A oitiva foi solicitada por cinco parlamentares: Izalci Lucas (PL-DF), Damares Alves (Republicanos-DF), Beto Pereira (PSDB-MS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Duarte Jr. (PSB-MA).
Por sua vez, Gomes será ouvido no papel de investigado, em resposta de requerimentos de sete parlamentares: Fabiano Contarato (PT-ES), Damares Alves (Republicanos-DF), Rogério Correia (PT-MG), Orlando Silva (PCdoB-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES). O depoente foi identificado por investigações da Polícia Federal como possível operador do esquema de fraudes no INSS.
PODER JUDICIÁRIO
Nesta segunda (20), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participa, por videoconferência, da Conferência Magna sobre ‘Democracia: a dignidade humana e o dever de solidariedade”, no encerramento do Fórum DiversaMente – Neurodiversidade, Justiça Cognitiva e Democracia.
Na terça (21), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) continua o julgamento do núcleo quatro da trama golpista, conhecido como o “núcleo de desinformação”. A sessão começa com a apresentação do voto do relator, Alexandre de Moraes.
Na sequência votarão os demais ministros: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Com o andamento rápido da última sessão de julgamento, na semana passada, a expectativa é que o julgamento seja concluído ainda nesta segunda sessão, com a análise do mérito e definição das penas em eventual condenação.
Na quarta (22) haverá sessão ordinária de julgamento no Supremo Tribunal Federal. Estão na pauta, a partir das 14h: Reestruturação do Gaeco-RJ (ADI 7170) - discute a validade de resolução do MP-RJ que reestruturou o Gaeco e atribuiu a membros do MP a tarefa de presidir e conduzir investigações criminais.
Inelegibilidade do Executivo (RE 1355228) - ação que discute se a substituição do chefe do Poder Executivo por breve período, em razão de decisão judicial, é causa legítima de inelegibilidade para um mandato consecutivo.
Luis Tibé (Inq 3744) - STF analisa se recebe a denúncia contra o deputado federal Luís Tibé (Avante-MG) pelo suposto crime de peculato por meio de notas frias apresentadas à Câmara para reembolso de serviços gráficos ao seu gabinete.
Na quinta (23), no plenário do STF haverá sessão ordinária de julgamento que inclui os processos remanescentes das sessões de outubro, além das seguintes ações, a partir das 14h: Nepotismo (RE 1133118) - discute se a proibição do nepotismo abrange a nomeação de parentes para cargos políticos, como os de secretário municipal e estadual ou de ministro de Estado.
Imposto sobre grandes fortunas (ADO 55) - analisa se o Congresso foi omisso ao não aprovar lei complementar para instituir o imposto sobre grandes fortunas.
Ainda na quinta (23), o STF realizará uma audiência pública sobre a rastreabilidade e a transparência das emendas parlamentares. O objetivo é discutir mecanismos para garantir maior clareza no uso dos recursos públicos destinados por emendas.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram uma declaração conjunta em que consideraram “positivo” o encontro desta quinta-feira (16), em Washington, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, Marco Rubio.
Além da indicação de que ambos os governos pretendem colaborar em um futuro imediato, o texto indica que Brasil e Estados Unidos concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de uma reunião presencial entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “na primeira oportunidade possível”.
As reuniões entre o secretário Marco Rubio e o chanceler Mauro Vieira aconteceram na Casa Branca. Inicialmente houve uma primeira conversa a sós entre Vieira e Rubio, que durou cerca de 15 minutos. Em seguida, ambos partiram para outra reunião expandida, que teve duração aproximada de 50 minutos.
A declaração conjunta dos dois governos foi assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e do ministro Mauro Vieira.
Veja a declaração conjunta na íntegra:
Hoje, o Secretário de Estado Marco Rubio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos Jamieson Greer se reuniram com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e mantiveram conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento.
O Secretário Rubio, o Embaixador Greer e o Ministro Mauro Vieira concordaram em colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto.
Ambas as partes também concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de reunião entre o Presidente Trump e o Presidente Lula na primeira oportunidade possível.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (12), durante embarque para Israel, que a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza “pode ocorrer um pouco antes do previsto”. A previsão inicial é que a troca entre reféns israelenses e prisioneiros palestinos ocorra a partir das 8h de segunda-feira (13), no horário local – 2h da manhã em Brasília.
Trump embarcou no Air Force One com destino a Jerusalém, onde tem compromissos oficiais ao longo da segunda-feira. A visita inclui reuniões com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com familiares de reféns. Ele também deve discursar no Knesset, o parlamento israelense.
Antes de deixar os Estados Unidos, Trump comentou sobre a primeira fase do cessar-fogo entre Israel e Hamas, afirmando que "todo mundo está muito animado" com o avanço das negociações. O conflito já dura dois anos.
“Isso nunca aconteceu antes. Normalmente, se você tem um celebrando, o outro não está. Esta é a primeira vez que todo mundo está surpreso e emocionado, e é uma honra estar envolvido”, disse.
Mais cedo, o vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, afirmou, em entrevista à NBC News, que a libertação dos reféns pode ocorrer “a qualquer momento”. A troca será feita com a libertação de prisioneiros palestinos por parte de Israel.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos da China a partir do dia 1º de novembro. O comunicado foi feito formalmente pela Casa Branca, nesta sexta-feira (10). Atualmente, a sobretaxa dos EUA em vigor sobre produtos chineses é de 30%.
Na mesma data, também serão aplicados controles de exportação para todos os tipos de software crítico, segundo a publicação de Trump na plataforma Truth Social. As medidas, segundo o republicano, são uma resposta à "posição extraordinariamente agressiva" da China de "impor controles de exportação para todos os tipos de produtos", em um movimento descrito por Trump como "obviamente um plano elaborado há muitos anos".
Ele acrescentou que as tarifas adicionais podem ser impostas até antes do dia 1º de novembro, a depender das ações ou mudanças de postura adotadas pela China. As novas tarifas reacendem o risco de uma guerra comercial em grande escala, semelhante à do início do ano, quando ele impôs tarifas de 145% sobre produtos chineses e Xi respondeu com 125% sobre mercadorias americanas.
A tarifa média dos EUA sobre importações da China está próxima de 58%, de acordo com análise do Instituto Peterson de Economia Internacional. A tarifa média da China sobre produtos americanos é de aproximadamente 37%.
O impasse foi parcialmente resolvido em Londres, e novas rodadas de negociação em Estocolmo e Madri abriram caminho para o encontro entre Trump e Xi. O atual cessar-fogo de 90 dias, que mantém tarifas nos níveis atuais, expira em meados de novembro.
Em entrevista dada nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebeu um telefonema do secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, Marco Rubio, e que as negociações entre os dois países vão levar “a gente a se acertar”. Rubio foi escalado por Trump para ser o interlocutor da Casa Branca na negociação comercial com o Brasil.
“Ainda ontem o Marco Rubio ligou para o Mauro Vieira. Talvez comece a ter conversa a partir de agora. E vamos ver se a gente começa a se acertar, porque o Brasil não quer briga com os Estados Unidos”, disse Lula.
Apesar de Lula ter dito que a ligação teria sido ontem, na verdade a conversa entre Vieira e Rubio se deu na manhã desta quinta. Durante o telefonema, que durou 15 minutos, Marco Rubio convidou o chanceler brasileiro para uma ida a Washington, a fim de negociar sobre o tarifaço.
De acordo com informações do Palácio do Planalto, Mauro Vieira aceitou o convite e a viagem acontecerá nos próximos dias. Em nota, o governo brasileiro confirmou o encontro.
“Após diálogo muito positivo sobre a agenda bilateral, acordaram que equipes de ambos os governos manterão reunião proximamente em Washington, em data a ser definida, para dar seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes. O Secretário de Estado convidou o ministro Mauro Vieira para que integre a delegação, de modo a permitir uma reunião presencial entre ambos, para tratar dos temas prioritários da relação entre o Brasil e os Estados Unidos”, afirma o comunicado.
A conversa entre Rubio e Mauro Vieira é um desdobramento do telefonema que aconteceu na última segunda entre os presidentes Lula e Donald Trump. Após ambos conversarem por 30 minutos, ficou acertado que aconteceriam reuniões entre membros do primeiro escalão dos governos brasileiro e americano para preparar um futuro encontro presencial entre os dois mandatários.
Na entrevista desta quinta, Lula disse que se surpreendeu no tom cordial do telefonema, e que esperava que a conversa com Trump transcorresse com maior dificuldade.
“Ele me telefonou e eu estava na expectativa que teria muito discussão, ele me ligou da forma mais gentil que um ser humano pode tratar o outro, eu tratando ele de forma civilizada e ele me tratando de forma civilizada”, afirmou o presidente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Israel e o Hamas aprovaram a primeira fase do acordo de paz proposto por Washington para o conflito em curso na Faixa de Gaza. Em pronunciamento na noite desta quarta (8), o presidente americano diz que o entendimento prevê a libertação de todos os reféns israelenses pelo grupo terrorista e a retirada das tropas de Tel Aviv para uma linha previamente acordada.
"Estou muito orgulhoso em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso plano de paz", escreveu Trump na rede social Truth Social. "Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve, e que Israel retirará suas tropas até uma linha combinada como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e permanente".
Após o anúncio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu ao anúncio. "Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa", disse em uma breve declaração. O Hamas também publicou um comunicado em que confirma o acordo e apela a Trump e outros Estados para que garantam que Tel Aviv cumpra os termos negociados. As informações são da Folha de S. Paulo.
Em seu anúncio, Trump ainda agradeceu "aos mediadores do Qatar, Egito e Turquia", que trabalharam "para que este evento histórico e sem precedentes acontecesse". Mais cedo nesta quarta, o Hamas havia entregado uma lista de reféns e prisioneiros palestinos que poderiam ser trocados em uma permuta e disse estar otimista quanto às conversas em Sharm el-Sheikh, no Egito, para uma trégua.
A expectativa nesta quarta girava em torno dos pontos de discórdia: Israel exige que o Hamas entregue as armas para encerrar a guerra. Nos próximos dias, autoridades das outras partes envolvidas nas conversas devem começar a chegar à cidade turística egípcia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último domingo (5) que a Casa Branca será palco de um evento do Ultimate Fighting Championship (UFC) no dia 14 de junho de 2026, data em que completará 80 anos.
“Em 14 de junho do próximo ano, teremos uma grande luta de UFC na Casa Branca”, afirmou o presidente durante discurso a marinheiros na base naval de Norfolk, na Virgínia.
Trump não mencionou que a data coincide com seu aniversário. Em 2025, ele celebrou seus 79 anos com um desfile militar. A informação sobre o evento confirma a declaração feita em agosto pelo presidente do UFC, Dana White, que havia adiantado planos para uma luta na residência oficial, inicialmente marcada para 4 de julho, data em que os Estados Unidos comemoram 250 anos de independência.
RELAÇÃO COM ARTES MARCIAIS
Frequentemente presente em eventos de artes marciais mistas, Trump é conhecido por seu entusiasmo pelo esporte, marcado por combates intensos dentro do “Octógono”, estrutura cercada por grades metálicas. A realização de uma luta de UFC na Casa Branca será um acontecimento inédito na história do país.
Apesar do tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos ter derrubado em 18,5% as vendas para o país governado por Donald Trump, o Brasil conseguiu alcançar o total de US$ 30,531 bilhões em exportações no mês de setembro. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Com o volume de US$ 27,541 bilhões importado pelo Brasil, o superávit da balança comercial brasileira no mês de setembro ficou em US$ 2,99 bilhões. Apesar do resultado positivo, o saldo final foi 41% menor do que no mesmo mês do ano passado.
De janeiro a setembro, o país acumula saldo positivo de US$ 45,5 bilhões, uma queda de 22,5% em comparação com o mesmo período de 2024. Com as mudanças nos volumes de exportação e importação, afetados pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o Mdic revisou as projeções da balança comercial para 2025:
- Superávit comercial: subiu de US$ 50,4 bilhões para US$ 60,9 bilhões
- Exportações: subiram de US$ 341,9 bilhões para US$ 344,9 bilhões
- Importações: caíram de US$ 291,5 bilhões para US$ 284 bilhões
Se por um lado os números da balança comercial mostram que, se caiu o volume exportado para os EUA, o Brasil viu o crescimento de suas vendas para outros mercados e parceiros comerciais.
Para a Ásia, por exemplo, houve aumento de 14,9% ou US$ 1,1 bilhões para a China; 133,1% ou US$ 0,5 bilhões nas embarcações para Singapura; de 124,1% ou US$ 0,4 bilhões para a Índia; 80,6% ou US$ 0,1 bilhões para Bangladesh; 60,4% ou US$ 0,1 bilhões para a Filipinas.
Também foi registrado crescimento nas vendas de produtos brasileiros para os países da América do Sul.
Nos negócios com os parceiros sulamericanos, as exportações brasileiras tiveram alta de 29,3% e somente com a Argentina houve aumento de 24,9% nas compras do país governado por Javier Milei. Já para a União Europeia, o crescimento de exportações foi de 2%.
Os longas produzidos fora dos Estados Unidos terá uma tarifa de 100% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O anúncio foi feito pelo democrata nesta segunda-feira (29), através do perfil na rede social Truth.
De acordo com o gestor, o negócio de cinema foi "roubado dos Estados Unidos por outros países, assim como roubam ‘doce de um bebê".
“A Califórnia, com seu governador [Gavin Newsom] fraco e incompetente, foi particularmente afetada. Portanto, para resolver esse problema antigo e sem fim, vou impor uma tarifa de 100% sobre quaisquer e todos os filmes que forem feitos fora dos Estados Unidos”, afirmou.
Em maio deste ano, o presidente já tinha anunciado uma tarifa para filmes estrangeiros. E da mesma forma como fez no início do ano, Trump não explicou como a tarifa será aplicada, nem quando começa a valer.
A semana em Brasília começa com a perspectiva de uma conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, dos Estados Unidos. Na semana passada, durante rápido encontro entre os dois na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, foi discutida a possibilidade de um encontro entre ambos.
Segundo fontes do governo brasileiro, até o momento não estão definidos data, formato e local da conversa entre os dois presidentes. A diplomacia brasileira considera que a forma mais rápida para viabilizar o contato no momento será a realização de um telefonema ou videochamada.
Para o Itamaraty, a estratégia permitiria a Lula e Trump tirarem dúvidas e identificarem pontos de convergência e divergência na negociação comercial. Eles também poderiam estabelecer aos poucos uma relação de confiança que levaria a um encontro presencial no futuro.
No Congresso, a semana será marcada pela votação, na Câmara, do projeto que aumenta para R$ 5 mil faixa de isenção para o pagamento do Imposto de Renda. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que votar o projeto na quarta-feira (1º), apesar de ainda não haver consenso principalmente a respeito das medidas de compensação pela renúncia fiscal advinda do aumento na faixa de isenção.
E a semana também tem como destaque a posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que assume no lugar do ministro Luís Roberto Barroso. Após se tornar presidente, Fachin já comandará, como presidente, sua primeira sessão plenária na próxima quarta (1º), com o julgamento sobre vínculo trabalhista para motoristas e entregadores por aplicativos.
Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula iniciou sua semana nesta segunda-feira (29) participando da abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, em Brasília. O evento tem como tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, e terá diversos painéis e mesas de debates e discussões até a próxima quarta (1º).
Na tarde desta segunda será realizado o painel “Políticas Públicas e Ações para as Mulheres do Brasil, com a participação de todas as ministras mulheres do governo. Estarão no debate as ministras Márcia Lopes (Mulheres), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente), Anielle Franco (Igualdade Racial), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Margareth Menezes (Cultura), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).
Às 16h, Lula participará da solenidade de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin. Na ocasião também será empossado o novo vice-presidente, ministro Alexandre de Moraes.
A agenda já conhecida de Lula nesta semana inclui uma viagem ao Pará na próxima quinta (2). O presidente vai visitar a Ilha de Marajó.
Ainda no Pará, na sexta (3), o presidente visitará obras para a COP30, na cidade de Belém. O evento mundial será realizado no mês de novembro na capital paraense.
No calendário da divulgação de indicadores econômicos, a semana começa com a apresentação nesta segunda (29), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), referentes ao mês de agosto de 2025. A apresentação será feita pelo ministro Luiz Marinho.
Na terça (30), o IBGE apresenta os números da Pnad Contínua sobre a taxa de desemprego no Brasil. Os dados são relativos ao mês de agosto deste ano.
Na quinta (2), será a vez de o IBGE divulgar levantamento com os números do fluxo de turistas no país no ano de 2024. Já na sexta (3), será divulgada a Pesquisa Industrial Mensal, com os resultados do setor no mês de agosto.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara, Hugo Motta, pretende votar nesta semana, na próxima quarta (1º), o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5.000. O objetivo de Motta é acalmar os ânimos depois de semanas de desgastes com o avanço do PL da Anistia e a aprovação da PEC da Blindagem.
O projeto do aumento na faixa de isenção do IR é uma das principais apostas do presidente Lula para a reeleição em 2026. Deputados da oposição, porém, tentarão desidratar a proposta no plenário.
A oposição também pode apresentar emendas para tentar elevar a faixa de isenção, ou mesmo para que o benefício só entre em vigor no ano de 2027. O relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), por enquanto mantém o texto que foi aprovado em julho na comissão especial.
Motta reunirá os líderes na tarde de terça (30) para tentar fechar a pauta de votações da semana. Dificilmente há clima nesta semana para a votação do projeto da anistia aos presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Segundo o presidente da Câmara, o relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), está conduzindo as conversas com os líderes e faltam alguns partidos para serem ouvidos nesta semana. Motta disse que precisa de um tempo para ver o sentimento da Casa para saber se pauta ou não o texto.
Já o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça (30) para decidir sobre a instauração de quatro processos contra três parlamentares. Também deve ser definida a lista tríplice para o sorteio do relator de cada caso.
Todas as representações foram encaminhadas pela Mesa Diretora. Os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) são acusados de infringir o Código de Ética e Decoro Parlamentar durante a ocupação do Plenário no início de agosto.
No caso de Pollon, há duas representações a serem analisadas, pois a falta foi considerada mais grave em razão de ter feito declarações ofensivas ao presidente da Câmara. Os outros dois são acusados de obstruir a cadeira do presidente.
No Senado, a semana será de intensa movimentação, com duas matérias de grande impacto no radar: a votação em plenário do projeto de regulamentação da reforma tributária e o avanço do projeto de lei (PL) 4.871/2024, que amplia direitos dos usuários de serviços financeiros, como a portabilidade automática de salários e novas regras de crédito.
Relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), o projeto de lei complementar (PLP) 108/2024 regulamenta a Emenda Constitucional 132/2023, que criou o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
O substitutivo aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) traz inovações como:
- Distribuição do IBS a partir de 2033, com base na arrecadação do ICMS em 2032;
- Seguro-receita estendido até 2096 para compensar perdas de estados e municípios;
- Regras para responsabilização de plataformas digitais que não emitirem nota fiscal;
- Imposto seletivo sobre bebidas açucaradas e produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, limitado a 2% e aplicado gradualmente;
- Adoção do split payment, sistema que separa automaticamente o tributo no ato da transação;
- Expansão do cashback tributário para famílias de baixa renda;
- Criação do Comitê Gestor do IBS (CG-IBS), com participação de estados e municípios e mecanismos de transparência.
Também relatado por Eduardo Braga, o projeto de lei 4.871/2024 foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na semana passada. O texto, que vai a votação no Plenário esta semana, garante quatro novos direitos aos usuários de serviços bancários:
Portabilidade automática de salários, aposentadorias e pensões, sem necessidade de autorização do banco de origem; Débito automático entre instituições, permitindo que empréstimos sejam pagos com recursos de outra conta; Direito à informação clara sobre tarifas e condições de crédito; Nova modalidade de crédito com juros menores.
Para Braga, a proposta combate o “quase aprisionamento” dos clientes em bancos específicos e aumenta a competitividade do setor financeiro.
Agenda da semana no plenário do Senado distribuída pelo presidente Davi Alcolumbre (União-AP):
Terça (30)
Sessão deliberativa com a votação do PLP 108/2024 (reforma tributária) e, em seguida, do PL 2.336/2023 (atividade de condutor de ambulância), além de dois acordos internacionais.
Quarta (1º)
Sessão deliberativa com o PL 4.871/2024 (portabilidade e direitos financeiros) como destaque da pauta, além de tratados de extradição e o acordo do Mercosul sobre matrículas profissionais.
PODER JUDICIÁRIO
O ministro Edson Fachin assume na tarde desta segunda (29) a presidência do Supremo Tribunal Federal em momento delicado conturbado para a Corte. Além de estar envolvida nas disputas criadas pela polarização política, ainda está no alvo de sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Além disso, Fachin assume em meio à conclusão dos julgamentos sobre a tentativa de golpe e em semana na qual o STF se prepara para discutir temas de grande repercussão, como a regulação do trabalho por aplicativos, além da execução das emendas parlamentares conhecidas como Pix.
Fachin toma posse como presidente em cerimônia com a presença de autoridades e um rito marcado por discursos, assinatura de posse e troca de cadeiras. Na mesma solenidade, o ministro Alexandre de Moraes tomará posse como vice-presidente do STF.
Além de assumir o comando do Supremo, Fachin presidirá o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ele estará à frente da Corte e do Conselho no biênio 2025-2027, sucedendo o ministro Luís Roberto Barroso.
Em sua estreia no plenário do STF como presidente, na próxima quarta (1º), Fachin dará início ao julgamento sobre o reconhecimento de vínculo empregatício entre entregadores e motoristas de aplicativos e as plataformas digitais. A controvérsia é conhecida como uberização das relações de trabalho.
A decisão a ser tomada pela Corte terá impacto em 10 mil processos que estão parados em todo o país à espera do posicionamento do plenário. Serão julgadas duas ações que são relatadas pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes e chegaram ao Supremo a partir de recursos protocolados pelas plataformas Rappi e Uber.
As empresas contestam decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram o vínculo empregatício com os motoristas e entregadores. Além das defesas das plataformas, os ministros vão ouvir durante o julgamento as sustentações orais de entidades que defendem o reconhecimento do vínculo trabalhista de motoristas e entregadores.
A Rappi alegou que as decisões trabalhistas que reconheceram o vínculo de emprego com a empresa desrespeitaram posição da própria Corte que entende não haver relação de emprego formal com os entregadores.
A Uber sustentou que é uma empresa de tecnologia, e não do ramo de transportes, e que o reconhecimento de vínculo trabalhista altera a finalidade do negócio da plataforma, violando o princípio constitucional da livre iniciativa de atividade econômica.
De volta ao Brasil após uma série de compromissos em Nova York, que valeram inclusive um rápido encontro e elogios públicos de Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma boa notícia a respeito de seu governo. Pela primeira vez neste ano de 2025, de acordo com a pesquisa Ipespe, a aprovação da sua administração foi mais alta do que a desaprovação.
De acordo com os números divulgados pelo Ipespe nesta quinta-feira (25), a aprovação do governo Lula subiu de 43% em julho para 50% agora em setembro. Já a desaprovação caiu de 51% para 48% no mesmo período.
Apesar do resultado ser considerado um empate técnico, devido à margem de erro, para o governo federal a boa notícia é a reversão de uma diferença negativa de 14 pontos percentuais no pior momento da gestão petista, em maio, para uma positiva de dois pontos agora em setembro.
A virada do presidente Lula nas pesquisas coincide com o episódio do tarifaço imposto pelo norte-americano Donald Trump a produtos brasileiros. O relatório da pesquisa Ipespe reforça a análise de que a resposta política do Palácio do Planalto ao tarifaço, inclusive com campanhas de marketing voltadas à defesa da soberania brasileira, ajudaram a melhorar a percepção positiva da população em relação a Lula.
Em outro recorte da pesquisa, o Ipespe apurou que os entrevistados notaram que o noticiário se tornou menos hostil ao governo Lula. Neste levantamento atual, 38% dizem ver mais notícias positivas sobre o governo, contra 35% que relatam notícias negativas e 19% que percebem cobertura neutra.
Na pesquisa de maio, 45% diziam ter visto mais notícias negativas a respeito do governo, contra apenas 19% que relatavam enxergar mais notícias negativas. De uma diferença de 26% a favor da visão negativa em maio, o Ipespe agora verifica um quadro de 3% de diferença entre a visão positiva e a negativa.
A pesquisa Ipespe contou com a participação de 2.500 pessoas de todas as regiões do país, em entrevistas telefônicas e pela internet, realizadas entre 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Ipespe destaca que o levantamento não captou a repercussão das manifestações do último domingo (21) contra a PEC da Blindagem, nem o discurso de Lula na Assembleia-Geral da ONU, e o relato de Donald Trump sobre o encontro entre ambos, com promessa de reunião na próxima semana.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (24), ao final de seus compromissos em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o encontro que teve com Donald Trump, na abertura da Assembleia Geral da ONU, e declarou que ficou feliz pelo norte-americano ter dito que “pintou uma química boa entre os dois”.
"Satisfação de ter um encontro com o presidente Trump. Aquilo que parecia impossível, deixou de ser impossível e aconteceu. Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós. Como eu acho que a relação humana é 80% química e 20% emoção, é muito importante essa relação. Torço para que dê certo, porque Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente", disse o presidente Lula.
Lula e Trump tiveram um rápido encontro logo após a fala do brasileiro, quando o presidente dos Estados Unidos se dirigia ao púlpito para discursar. O encontro foi relatado de forma elogiosa por Trump em seu discurso, além de ter falado da boa química entre ambos e da impressão positiva que teve do líder brasileiro.
Questionado pelos jornalistas sobre o que espera para o encontro com Trump, possivelmente na próxima semana, o presidente Lula disse ter boas expectativas em torno da conversa entre ambos. Lula afirmou esperar que a conversa com Trump seja principalmente civilizada.
“Acho que vamos conversar como seres humanos civilizados, não existe espaço para brincadeira. O que existe é espaço e necessidade para conversar sobre os conflitos”, comentou.
O líder petista ressaltou que vai tratar Trump com o “respeito que merece o presidente dos Estados Unidos” e que “certamente” será tratado com o respeito que ‘merece o presidente do Brasil”.
Outro ponto salientado por Lula sobre o encontro futuro é o fato de ele acreditar que as diferenças precisam ser colocadas na mesa antes de ambos começarem a tomar decisões. Ele afirmou acreditar que os problemas recentes com o republicano começaram porque o Trump não recebeu “as informações corretas”.
“Na hora que ele tiver as informações corretas, eu acho que ele pode mudar de posição tranquilamente, da mesma forma que o Brasil pode mudar de posição”, declarou Lula.
Sobre essa questão da falta de conhecimento do presidente dos EUA a respeito do Brasil, Lula deu indiretas de que Trump estaria ouvindo as pessoas erradas.
‘Nós nunca tínhamos nos encontrado, e nos encontramos por acaso. Eu disse para ele que Brasil e EUA têm muita coisa para conversar. E eu acho que ele está mal informado com relação ao Brasil, e possivelmente isso tenha levado ele a tomar algumas decisões que não são aceitáveis na relação de dois países que tem relação diplomática há mais de 200 anos. Na hora que a gente tiver o encontro eu acho que tudo isso ficará resolvido”, disse.
O presidente Lula afirmou ainda que o Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente, e que ambos os países têm muitos interesses empresariais, industriais, tecnológicos, científicos e comerciais.
“Portanto, se nós somos as duas maiores economias e os dois maiores países do continente, não há porque o Brasil e os Estados Unidos viverem em momentos de conflito”, destacou o presidente brasileiro.
“Eu fiz questão de dizer ao presidente Trump que nós temos muito o que conversar, tem muitos interesses dos dois países em jogo, tem muita coisa para discutir sobre a necessidade de garantir a paz no planeta Terra. E eu fiquei satisfeito quando ele disse que é possível a gente conversar. Quem sabe dentro de alguns dias a gente possa se encontrar e fazer uma pauta positiva entre Estados Unidos e Brasil. É isso que eu quero e eu acho que é isso que ele deve querer também”, concluiu Lula.
Após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrar a indicação, pelo PL, do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como liderança da minoria, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista nesta terça-feira (23), que vai “levantar a temperatura em cima dele”. O deputado, que está desde fevereiro nos Estados Unidos, se referiu a buscar sanções do governo Donald Trump a Motta.
Eduardo Bolsonaro afirmou que a decisão do presidente da Câmara teria se dado por conta de “extorsão” que ele estaria sofrendo do ministro Alexandre de Moraes.
“Temos que levantar a temperatura em cima dele [Motta]. Se ele está indo por esse caminho, temos que seguir com as ferramentas que temos aqui”, disse ao portal Metrópoles.
Na última terça (16), a oposição na Câmara anunciou a indicação de Eduardo para a liderança da minoria na casa. A medida foi uma forma de tentar driblar a perda do mandato por faltas, e permitir que ele continue como deputado mesmo à distância.
Em sua decisão, Hugo Motta afirmou que o exercício do mandato é inerentemente presencial, e a função de Líder “o é com ainda maior intensidade”.
“A ausência física do parlamentar do país o impede de exercer prerrogativas e deveres essenciais à Liderança, tornando seu exercício meramente simbólico e em desacordo com as normas regimentais”, diz a decisão de Motta.
O presidente da Câmara citou ainda em sua decisão algumas atividades incompatíveis com o exercício remoto da liderança na Câmara. Entre essas atividades estariam a atuação em plenário e nas comissões.
Na entrevista dada nesta tarde, Eduardo Bolsonaro disse que tem a intenção de disputar a Presidência da República em 2026, caso o seu pai não seja anistiado. Fez a ponderação, no entanto, de que o “sistema” atua para condená-lo em colegiados do STF e inviabilizar a sua candidatura.
O deputado também repetiu o discurso de “perseguição política” e disse que só retornará ao Brasil caso aprovada uma anistia ampla. “Fora isso, volto direto para a cadeia, e eu não sou bandido. Não vou pagar por uma perseguição de insanos que querem se perpetuar no poder”, concluiu.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio inesperado nas tratativas e relações com o Brasil. Isso porque, durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o líder americano fez afagos e acenos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (23).
VÍDEO: Trump faz afagos a Lula, diz ter abraçado brasileiro e revela encontro na próxima semana: "Ótima química"
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 23, 2025
Confira ?? pic.twitter.com/oGYS4DR3sH
Em sua declaração, Trump revelou que obteve um momento com o brasileiro nos bastidores da ONU e que abraçou o petista, antes do começo da cerimônia. No entanto, ele voltou a criticar e afirmar que o Brasil enfrenta grandes tarifas por "interferir" nos EUA.
“O Brasil agora está enfrentando uma resposta com tarifas grandes, depois de seus esforços de interferir no direito e no na liberdade de cidadãos americanos e outros com censura e repressão e militarização da corrupção e alvejando também gente política dos EUA. Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem", disse Trump.
O presidente dos EUA afirmou, em sequência, que terá um encontro com Lula na próxima semana e indicou ter gostado do brasileiro. Segundo Trump, os dois tiveram uma "ótima química."
"Estou dizendo e podem acreditar, nós concordamos em nos encontrar na semana que vem. Conversamos e tivemos uma boa conversa. Ele parece ser um cara muito legal, ele gostou de mim e eu gostei dele. Só faço negócios com gente que eu gosto. Quando eu não gosto, não faço e não gosto. Nos 39 segundos tivemos uma ótima química."
A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Poder Judiciário brasileiro de forma independente e soberana, foi um forte recado a todos os “candidatos a autocratas” do mundo e àqueles que os apoiam. Com essa declaração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu seu discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), em Nova York, nos Estados Unidos.
Lula focou seu discurso na defesa do multilateralismo e da cooperação internacional. “Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades, cultuam a violência, exaltam a ignorância, atuam como milícias físicas e digitais e cerceiam a imprensa", afirmou o presidente.
O líder petista criticou, em seu discurso, o que chamou de “sanções arbitrárias” e “intervenções unilaterais” tomadas contra o Brasil. O presidente brasileiro não citou diretamente o seu colega norte-americano, Donald Trump, mas reforçou que a condenação de Jair Bolsonaro seria um recado principalmente ao governo dos Estados Unidos.
“O Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e aqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, afirmou Lula, também sem citar nominalmente Bolsonaro.
O presidente Lula chegou na ONU acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva. Na delegação, estão o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, e os ministros das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, Mauro Vieira e Ricardo Lewandowski, respectivamente.
No seu pronunciamento, Lula fez uma defesa da soberania brasileira, discurso que ele já vem fazendo desde que o governo Trump impôs o tarifaço aos produtos nacionais.
A fala de Lula também teve fortes críticas a pessoas que ele chamou de "falsos patriotas", de uma "extrema-direita subserviente". O presidente brasileiro criticou de forma indireta o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo ele, estaria arquitetanto e promovendo publicamente ações contra o Brasil.
"A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade", afirmou Lula.
Para Lula, o Brasil seguirá como "nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela".
"Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral. Seu vigor pressupõe a garantia dos direitos mais elementares: alimentação, segurança, trabalho, moradia e saúde”, disse o presidente brasileiro.
A Assembleia foi aberta pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que fez um apelo à “necessidade imperativa do direito internacional”, além de ter afirmado que “a magnitude da morte e da destruição” em Gaza supera qualquer conflito na última década.
A convocação da 80ª Assembleia Geral está sendo realizada sob o tema “Juntos somos melhores: mais de 80 anos servindo a paz, o desenvolvimento e os direitos humanos”. Este também é o resumo do discurso de Guterres, que mencionou especificamente três conflitos em andamento: os do Sudão do Sul, da Ucrânia e de Gaza.
“Na Ucrânia, a violência implacável continua a matar civis, destruir infraestruturas civis e ameaçar a paz e a segurança globais. Devemos trabalhar por um cessar-fogo abrangente e uma paz justa e duradoura, em conformidade com a Carta, as resoluções das Nações Unidas e o direito internacional”, afirmou.
Em relação a Gaza, o secretário-geral disse que “o horror está se aproximando de um terceiro ano monstruoso”, e que a “escala de morte e destruição supera qualquer outro conflito em meus anos como Secretário-Geral”. Guterres lembrou as medidas provisórias emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça, que são "legalmente vinculativas" para implementar "a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza".
Na semana que se abre com a repercussão das manifestações em todo o país em repúdio à PEC da Blindagem e ao projeto da anistia, o Congresso Nacional terá uma semana decisiva em relação a essa duas propostas. No Senado, a expectativa é de que a PEC da Blindagem seja rejeitada já na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Otto Alencar (PSD-BA).
Já o projeto da anistia segue sendo motivo de forte disputa entre a base governista e a oposição, que tenta garantir na proposta benefícios para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já antecipou que fará um parecer baseado na redução da dosimetria das penas e não na anistia geral, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende votar o projeto ainda esta semana.
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Nova York, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas e de diversos eventos paralelos e encontros bilaterais. E o Supremo Tribunal Federal (STF) tem a sua última semana sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso, que será substituído na cadeira por Edson Fachin.
Confira abaixo um resumo da semana nos três poderes.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula inicia a sua agenda de compromissos em Nova York nesta segunda-feira (22) participando de uma reunião com o diretor-executivo do TikTok, Shou Zi Chew. O encontro se dá uma semana após Lula ter sancionado o projeto da adultização, que estabelece regras para combater crimes contra crianças e adolescentes nas plataformas digitais, como redes sociais, jogos e aplicativos, caso do TikTok.
Após a reunião com o representante do TikTok, Lula vai à Sede das Nações Unidas, no começo da tarde, para participar da Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados.
A conferência foi convocada por França e Arábia Saudita. No encontro, Lula deve reforçar sua posição de que a ação militar de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza seria um “genocídio”.
No final do dia, o presidente Lula tem um encontro oficial com o Rei Carl XIV Gustaf e a Rainha Sílvia, da Suécia. Outros encontros bilaterais ainda podem ser fechados durante o dia.
Já nesta terça (23), o presidente Lula fará no início da manhã o discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Há expectativa de que Lula aproveite o discurso para enviar a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, devido à imposição do tarifaço a produtos brasileiros e sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo sem citar diretamente o presidente americano, falas em defesa da soberania do Brasil e críticas à imposição de tarifas terão os objetivos de marcar a posição do governo brasileiro, fazer um contraponto aos EUA e reconhecer a independência do STF no julgamento de Jair Bolsonaro e outros réus. O discurso também deve abordar outros temas que Lula costuma mencionar em eventos internacionais, a exemplo de democracia, multilateralismo e reforma da ONU.
Lula deve dedicar ainda parte da fala à cobrança por mais empenho nas ações de preservação ambiental e transição energética. Como anfitrião em novembro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, o governo brasileiro tenta viabilizar o financiamento por países ricos de ações contra as mudanças climáticas.
Ainda na terça, o presidente Lula participará, ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, de um evento sobre clima. O encontro tem como objetivo incentivar ações dos países na COP30.
O governo brasileiro também apresentará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa brasileira a ser lançada na conferência para captar recursos e financiar ações de preservação ambiental.
Na quarta (24), o presidente brasileiro estará no evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”. O encontro será realizado em Nova York como agenda paralela à Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
O evento foi idealizado por Lula em parceria com os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Espanha, Pedro Sánchez, da Colômbia, Gustavo Petro, e do Uruguai, Yamandú Orsi. A expectativa é reunir representantes de cerca de 30 países.
Os Estados Unidos não foram convidados para participar deste evento. A justificativa é que ações dos Estados Unidos sob Trump não cabem dentro de um evento que faz a defesa da democracia e busca uma articulação contra o extremismo no mundo.
A volta do presidente Lula ao Brasil está marcada para a noite de quarta. Não há ainda previsão de agenda do presidente para o restante da semana.
No calendário da divulgação de indicadores econômicos, na terça (23) o Banco Central divulga a Ata do Copom, com as posições dos membros do Conselho que nortearam a decisão de manter a taxa básica de juros no patamar de 15% ao ano.
Na quinta (25), o IBGE apresenta os resultados do IPCA-15, indicador que revela a prévia da inflação para o mês de setembro. No mês passado esse indicador mostrou deflação de -0,14%.
Já na sexta (26) o Banco Central apresenta estudo com as estatísticas do setor externo relativas ao mês de agosto.
PODER LEGISLATIVO
A semana se inicia no Congresso sob a influência das manifestações realizadas em todo o Brasil com críticas à aprovação da PEC da Blindagem e da urgência para o projeto da anistia. Na Câmara, o presidente Hugo Motta reunirá os líderes nesta terça (23) para definir a pauta de votações no plenário.
Hugo Motta já externou sua intenção de dar prioridade nesta semana ao projeto do governo que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. O projeto, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), aguarda desde o início de agosto uma melhoria no ambiente da Câmara para ser levado à votação.
Outro projeto que pode ser analisado nesta semana é a proposta da anistia aos presos e condenados pelo 8 de janeiro. O relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), promete apresentar o seu relatório até a próxima quarta (24), e pode ser que o projeto seja votado neste mesmo dia. Vai depender, ainda, da concordância dos líderes.
Já o plenário do Senado terá uma semana decisiva, com votações que podem definir rumos importantes para a economia e a educação. Entre os principais itens da pauta estão a conclusão da regulamentação da reforma tributária, a criação do Sistema Nacional de Educação (SNE) e medidas emergenciais para socorrer produtores afetados pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
O destaque a pauta anunciada pelo presidente, Davi Alcolumbre (União-AP), é o projeto de lei complementar (PLP 108/2024), que regulamenta a última etapa da reforma tributária. Relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), o texto cria o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS), estabelece regras de transição para o novo modelo e confirma um período de testes em 2026.
A proposta também trata do Imposto Seletivo, aplicável a cigarros, bebidas alcoólicas e, após mudanças no Senado, também a refrigerantes e outras bebidas açucaradas, com alíquota limitada a 2%. Caso seja aprovado, o texto voltará à Câmara dos Deputados.
Outro ponto de destaque é o substitutivo da Câmara ao projeto de lei complementar (PLP 235/2019) que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE). Conhecido como o "SUS da Educação", o sistema organiza a cooperação entre União, estados e municípios na formulação de políticas e metas para a área.
O projeto prevê padrões mínimos de infraestrutura, formação de professores e resultados de aprendizagem, além de um plano nacional a ser revisado periodicamente. A matéria tramita em regime de urgência.
Também pode ser votado nesta terça o PLP 168/2025, de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA), que institui medidas emergenciais para reduzir os impactos das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
O texto autoriza a União a ampliar sua participação em fundos garantidores e a criar mecanismos de apoio fiscal a exportadores sem que esses gastos entrem no cálculo do arcabouço fiscal. Além disso, eleva para até 3% o percentual adicional do Reintegra, que devolve parte dos tributos pagos por exportadores.
Os senadores também precisam votar a medida provisória (MP 1.301/2025), que cria o programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa busca ampliar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de parcerias com hospitais privados e deve ser votada até sexta (26), prazo final para não perder a validade.
O programa prevê três eixos principais: credenciamento de hospitais privados, com pagamento em créditos tributários; troca de débitos de operadoras de planos de saúde por prestação de serviços; execução direta de ações especializadas pela União em situações de urgência.
Na Comissão de Constituição e Justiça, o presidente Otto Alencar (PSD-BA) deve colocar como primeiro item da pauta a chamada PEC da Blindagem, aprovada na semana passada pela Câmara. O relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), deve ler nesta sessão o seu parecer, e ele já indicou que votará pela rejeição ao projeto.
É possível que haja pedido de vista para que o projeto seja analisado somente na próxima semana. Segundo levantamento do Bahia Notícias, 17 dos 27 senadores titulares da CCJ já se manifestaram contrários ao projeto.
Já na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), pode ser votado na reunião desta terça (23) o PL 1952/2019, que eleva a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 4990. Esse projeto de lei, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), tem como relator o próprio presidente da CAE, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O texto, que propõe isenção semelhante à defendida pelo governo, será votado como forma de alerta do Senado para a inércia da Câmara. Renan Calheiros já havia demonstrado insatisfação com a tramitação do projeto do governo que na Câmara foi aprovado em comissão especial, mas ainda não foi levado à votação no Plenário daquela Casa.
Na CPMI do INSS, os trabalhos da semana serão abertos nesta segunda (22), com a oitiva de Rubens Oliveira Costa, da Vênus Consult Assessoria Empresarial. Requerimentos que pediam a oitiva citam Rubens Oliveira Costa como um operador financeiro do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
PODER JUDICIÁRIO
No Judiciário, a semana será marcada pelo encerramento do mandato do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O mandato se encerra na quinta (25), e o novo presidente do STF, ministro Edson Fachin, assumirá na próxima segunda (29).
Nesta semana, os ministros do STF vão decidir se o prazo prescricional de cinco anos para entrar com ações na Justiça contra a Fazenda Pública se estende às causas contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A matéria é objeto do Recurso Extraordinário (RE) 790059.
A discussão tem origem em uma ação movida pela Viação Aérea São Paulo (Vasp) para obter indenização por valores relativos à correção monetária de parcelas quitadas com atraso pelos Correios referentes a um contrato de transporte de cargas.
No STF, a massa falida da VASP argumenta que o próprio Supremo já negou a concessão de todas as prerrogativas da Fazenda Pública aos Correios, uma vez que empresas públicas e sociedades de economia mista, de acordo com a Constituição Federal, devem se submeter às regras do regime privado.
Ao se manifestar pela repercussão geral do tema, o ministro Luiz Fux destacou que o Supremo, no julgamento do RE 220906, reconheceu que a ECT é pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública e, portanto, aplica-se à empresa o privilégio da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. Para Fux, a questão ultrapassa os interesses das partes sob aspectos políticos e sociais, e o tema de fundo deve ser examinado para fins de segurança jurídica.
O STF analisa também nesta semana na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222 a constitucionalidade da lei que instituiu o piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras, especialmente quanto à indicação de fonte de custeio adequada.
Relator da ação, o ministro Luís Roberto Barroso, apresentou o voto defendendo a fixação de jornada de 40 horas semanais como referência para o cálculo do piso, destacando a aplicação também ao setor privado. Até o fechamento da reportagem, outros ministros não haviam votado nesse caso.
Outro tema em julgamento nos próximos dias é a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5255 sobre a constitucionalidade da lei do Rio Grande do Norte que obriga a inclusão da Bíblia no acervo das bibliotecas públicas do estado. O ministro Nunes Marques, relator da matéria, votou pela procedência total do pedido, concluindo que a lei estadual é integralmente inconstitucional.
Sua tese central é que a obrigatoriedade de disponibilizar o livro sagrado cristão mediante o uso de recursos públicos configura um privilégio injustificado a uma confissão religiosa específica. Nunes Marques sustentou que o Estado laico não pode promover ou favorecer adeptos de uma crença em detrimento de outras, e que tal imposição violava os princípios constitucionais da isonomia, da liberdade religiosa e, principalmente, da laicidade estatal.
Nos embargos de declaração do Recurso Extraordinário (RE) 979742, o PV analisa o pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto à tese fixada pelo STF, que reconhece o direito de Testemunhas de Jeová de recusarem transfusões de sangue e de terem acesso a procedimentos alternativos disponíveis no SUS.
O CFM solicita que a decisão seja complementada a fim de esclarecer pontos específicos e assegurar maior segurança jurídica, diante da repercussão geral da matéria. Relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, não aceitou os embargos apresentados (CFM).
Barroso se baseou em que o CFM era um “sujeito estranho” ao processo, pois não havia sido aceito como parte ou como amicus curiae (amigo da corte). Ele também reforçou que, pela jurisprudência, mesmo entidades admitidas como amicus curiae não possuem legitimidade para recorrer de decisões que tratam do mérito em casos de repercussão geral.
Ainda nesta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Caso a denúncia seja aceita, Eduardo e Bolsonaro viram réus. No caso de Jair Bolsonaro, ele também foi indiciado pela PF por enviar R$ 2 milhões via Pix para o filho nos EUA, o que pode ser caracterizado como financiamento do crime de coação.
O apresentador Paulo Figueiredo, que auxilia Eduardo Bolsonaro nas ações contra o Brasil junto ao governo dos Estados Unidos, também foi indicado e provavelmente deve ser denunciado pela PGR ao STF.
Uma exigência do Departamento de Guerra dos Estados Unidos gerou polêmica entre os jornalistas. A medida obriga profissionais credenciados a obter aprovação do governo para publicar qualquer informação, seja ela classificada ou não, relacionada ao departamento.
As informações são da AFP. A medida, comunicada na noite de sexta-feira (19), pode resultar na perda de acesso ao Pentágono para aqueles que não cumprirem a regra.
O documento estabelece que a informação do Departamento de Guerra "deve ser aprovada para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes de sua publicação, mesmo que não seja classificada." Essa aprovação se estende a informações obtidas de fontes internas anônimas, fora dos canais de comunicação oficiais. O não cumprimento da norma é explicitamente citado como motivo para a revogação da credencial de imprensa.
A decisão gerou forte reação entre os jornalistas. Mike Balsamo, presidente do Clube Nacional de Imprensa de Washington, criticou a medida, afirmando que ela compromete a independência da informação.
"Se as notícias sobre nossas forças armadas devem ser aprovadas primeiro pelo governo, o público já não recebe informação independente. Só recebe o que os funcionários querem que vejam. Isso deveria alarmar todos os americanos", afirmou, pedindo que o Pentágono revogue a exigência.
Nas redes sociais, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, defendeu as novas regras. "A imprensa já não pode circular pelos corredores de uma instalação segura. Use sua credencial e cumpra as normas, ou vá para casa", escreveu ele, reforçando a postura do governo.
As novas regras se somam a uma série de embates de Trump com a imprensa. O presidente, que já processou veículos como o Wall Street Journal e o The New York Times, recentemente se manifestou contra o que classificou como uma cobertura midiática "ilegal" e excessivamente negativa a seu respeito.
Sem nenhum voto contrário, apesar de parlamentares da oposição atribuírem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a culpa pelo tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos, foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (16), projeto que exclui do arcabouço fiscal os gastos emergenciais voltados a mitigar os efeitos do aumento das tarifas.
O projeto, o PLP 168/2025, foi apresentado no mês de agosto pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Na reunião, os senadores da CAE também aprovaram a urgência para a matéria, que agora seguirá direto para ser apreciada no plenário.
De acordo com a proposta do senador baiano, os gastos de medidas para mitigar o tarifaço e beneficiar principalmente o setor exportador não seriam considerados nas metas de resultado primário e no limite de despesas previsto no arcabouço fiscal. O projeto foi relatado na CAE pelo senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB).
Na justificativa do projeto, o senador Jaques Wagner disse que a taxação americana atinge 36% do valor total de produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos em 2024 (US$ 14,5 bilhões de um total exportado de US$ 40,4 bilhões).
Para o líder do governo, as tarifas podem gerar prejuízos a empresas de regiões do país e pôr em risco milhões de empregos.
“A proposição legislativa delineia o escopo, a temporalidade e o custo das medidas a serem adotadas, de modo a não comprometer o compromisso com a gestão fiscal responsável, ao mesmo tempo em que viabiliza medidas de preservação do emprego e apoio aos exportadores brasileiros e seus fornecedores afetados pela taxação unilateral imposta pelos Estados Unidos”, argumentou Jaques Wagner.
O texto do projeto isenta despesas e renúncias fiscais de algumas exigências previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal como a demonstração de que o gasto estava previsto lei orçamentária anual.
As despesas que o projeto retira dos limites do Novo Arcabouço Fiscal, até o final de 2026, dizem respeito aos R$ 30 bilhões para empréstimos e renúncias fiscais anunciados pelo governo no início do mês de agosto, a partir da edição da medida provisória 1.309/2025.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou, neste domingo (14), um artigo no jornal norte-americano “The New York Times” com uma mensagem direcionada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na publicação, Lula afirmou que o Brasil está disposto a negociar, mas que a “soberania e democracia não estão em pauta”.
“Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta. Em seu primeiro discurso à Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 2017, o senhor afirmou que 'nações fortes e soberanas permitem que países diversos, com valores, culturas e sonhos diferentes, não apenas coexistam, mas trabalhem lado a lado com base no respeito mútuo',” escreveu Lula, em tradução divulgada pelo g1.
No artigo, o presidente brasileiro reconheceu que a reindustrialização e a recuperação de empregos nos EUA são objetivos legítimos, mas criticou a adoção de medidas econômicas unilaterais de Donald Trump, incluindo as tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. No texto, ele se refere a elas como “ilógicas”. “O aumento tarifário imposto ao Brasil não é apenas equivocado, mas ilógico”, escreveu o presidente.
O julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus na última quinta-feira (11). Se referindo aos textos do governo americano sobre o caso, Lula negou uma “caça às bruxas”.
“Não se tratou de uma 'caça às bruxas'. O julgamento foi resultado de procedimentos conduzidos em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar. A decisão foi tomada após meses de investigações que revelaram planos para assassinar a mim, ao vice-presidente e a um ministro do Supremo Tribunal Federal. As autoridades também descobriram um projeto de decreto que teria efetivamente anulado os resultados das eleições de 2022”, afirmou.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs neste sábado (13) aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a imposição de um grande pacote de "sanções severas" à Rússia. Em documento oficial, o presidente americano ainda delimitou, como condição, que os países europeus do bloco deixem de comprar petróleo russo.
"Estou pronto para impor sanções severas à Rússia quando todas as nações da Otan tiverem concordado e começado a fazer o mesmo, e quando todas as nações da Otan PARAREM DE COMPRAR PETRÓLEO DA RÚSSIA", disse o presidente norte-americano em uma carta endereçada aos países da Otan e publicada em sua rede social Truth Social.
"A compra de petróleo russo, por alguns, tem sido chocante! Isso enfraquece enormemente sua posição de negociação e poder de barganha sobre a Rússia", completou Trump.
Na carta, Trump também sugeriu aos sócios da OTAN a aplicação de tarifas entre "50 a 100% sobre produtos chineses até que o conflito entre Rússia e Ucrânia acabe”, como forma de acelerar o fim da guerra na Ucrânia. "A China tem um forte controle, e até mesmo domínio, sobre a Rússia, e essas tarifas poderosas romperão esse controle", escreveu.
Trump voltou a repetir que a guerra na Ucrânia “nunca teria começado” caso ele estivesse na Casa Branca, chamando o conflito de “ridículo” e responsabilizando o ex-presidente americano, Joe Biden, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Imagens de câmeras de segurança recém-divulgadas mostram o suspeito de envolvimento no assassinato do ativista de direita Charlie Kirk correndo pelo telhado de um prédio dentro do campus universitário, em Utah.
As autoridades informaram que o homem vestia uma camiseta distinta e um boné de beisebol com um triângulo estampado, e pediram que a população auxilie na identificação do suspeito.
“Não podemos fazer nosso trabalho sem a ajuda do público neste momento”, afirmou o governador de Utah, Spencer Cox, em entrevista coletiva na noite de quinta-feira (11). Segundo ele, já foram recebidas mais de 7 mil denúncias e realizadas mais de 200 entrevistas na investigação.
Charlie Kirk era aliado do presidente norte-americano e morreu após ser baleado durante evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah, na última quarta-feira (10).
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio que Washington dará uma resposta "adequada" ao que classificou como "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração veio após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Bolsonaro por cinco crimes diferentes, entre eles, tentativa de golpe de Estado.
Em publicação no X (antigo Twitter), Rubio atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de "violador de direitos humanos sancionado".
"As perseguições políticas pelo violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, enquanto ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro", escreveu o chefe da diplomacia norte-americana.
Na sequência, acrescentou: "Os Estados Unidos responderão adequadamente a esta caça às bruxas".
Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter ficado surpreso com a decisão do STF que condenou Jair Bolsonaro pela acusação de tentativa de golpe de Estado.
Ao ser questionado por jornalistas ao deixar a Casa Branca, o republicano não comentou sobre a possibilidade de aplicar novas sanções a autoridades brasileiras, mas estabeleceu um paralelo entre o caso brasileiro e os processos judiciais que ele próprio enfrentou.
"Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil. Ele era um homem bom, e não vejo isso acontecendo", declarou Trump.
Um vídeo publicado na plataforma X (antigo Twitter) mostra uma pessoa no telhado do Losee Center, na Utah Valley University, nos Estados Unidos. Nas redes sociais, internautas levantaram a possibilidade de o registro ser do suposto autor do disparo contra Charlie Kirk, ativista conservador e aliado do presidente Donald Trump, que foi baleado nesta quarta-feira (10).
Vídeo supostamente mostra o atirador de Charlie Kirk no telhado do Losee Center da Utah Valley University, poucos momentos depois do disparo. pic.twitter.com/LNo5YD6xqZ
— Monica Laredo (@MonicaLaredo2) September 10, 2025
Até o momento, não há confirmação oficial sobre a autenticidade das imagens, a identidade do homem filmado ou a relação dele com o caso.
“O grande, e até mesmo Lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia ou tinha o Coração da Juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Melania e meus pêsames à sua linda esposa Erika e à família. Charlie, nós te amamos!”, disse Trump após a morte do aliado.
Em vídeo, é possível ver o momento em que ele, sentado em uma tenda discursando para uma multidão, foi atingido por disparo no pescoço e todos os presentes no local começam a correr.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse nesta terça-feira (9) que o governo de Donald Trump está disposto a "usar meios militares" em caso de uma possível intervenção ou retaliação ao governo brasileiro em caso de uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"O presidente [dos EUA, Donald Trump] não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.”, disse a porta-voz. "A liberdade de expressão é a questão mais importante dos nossos tempos. Presidente Trump leva isso muito a sério, e por isso tomamos ações contra o Brasil", completou Leavitt.
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O comentário ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia a votação sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Ao final do comentário à imprensa, Karoline Leavitt disse, no entanto, que "não há nenhuma ação adicional" contra o governo brasileiro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus no julgamento da tentativa de golpe respondem por cinco crimes, sendo eles tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado: um ano (mínima) a 3 anos (máxima). As punições podem chegar a até 43 anos de prisão caso sejam condenados com pena máxima.
O tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros vai “prejudicar muito” a nossa economia, o presidente norte-americano é o principal culpado pela iniciativa de taxar as exportações, e Lula deveria deixar de enfrentar Donald Trump e tentar negociar.
Essas foram algumas das opiniões majoritárias apontadas pelos entrevistados da nova edição da Pesquisa CNT/MDA de Opinião, divulgada nesta segunda (8). O levantamento apresenta uma avaliação do governo federal, além de projeções eleitorais para 2026, assim como avalia junto à população temas como o tarifaço imposto aos produtos brasileiros.
No primeiro questionamento no bloco do tarifaço, a CNT/MDA perguntou aos entrevistados qual seria o resultado da elevação das tarifas às exportações do Brasil aos EUA. Para 47,2% dos entrevistados, o tarifaço vai “prejudicar muito a economia brasileira”.
Outros 21,5% disseram que o tarifaço “vai prejudicar um pouco”, e 5,2% afirmaram que “não vai ter impacto”. Enquanto 13,2% marcaram a opção “desconheço/não ouvi falar do assunto”, um total de 7,9% disse que o tarifaço “pode até trazer benefícios”.
Sobre as responsabilidades a respeito do tarifaço, o presidente norte-americano Donald Trump foi considerado o principal causador do problema por 28,6% dos entrevistados. Na sequência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi visto como principal culpado por 20,2%, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve 18% de menções. No final da fila, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi apontado por 16,4% como o causador do tarifaço, e 16,8% não identificaram nenhum responsável.
A CNT/MDA também indagou à população qual seria a principal ação que o presidente Lula deveria fazer em relação ao tarifaço. Para 37%, Lula deveria parar de enfrentar Donald Trump e buscar negociar o final das sanções.
Outros 20,7% disseram acreditar que Lula deveria ouvir mais as empresas afetadas para achar a melhor solução. Já para 20,3%, o presidente deveria fortalecer a produção nacional e reduzir a dependência dos Estados Unidos. A pesquisa ainda identificou 11,7% que acham que Lula deveria manter um posicionamento rígido em nome da soberania brasileira.
Já em relação à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro para estimular o governo dos EUA a impor sanções ao Brasil, 46,7% dos entrevistados acreditam que a postura do parlamentar é negativa, “pois ele está defendendo interesses pessoais ou familiares”.
Para 25,6% dos entrevistados, a atuação de Eduardo Bolsonaro seria positiva, “pois pode trazer benefícios para o Brasil”. Por fim, 17% se manifestaram indiferentes à atuação do parlamentar nos Estados Unidos.
Um último tópico levantado pela CNT/MDA diz respeito à tentativa do governo Trump de influenciar nas questões internas do Brasil. Para 56,1%, a tentativa de Trump é negativa, e atrapalha o Brasil.
Já para 20,6%, a influência que o governo dos EUA tenta exercer sobre questões internas brasileiras é positiva, e ajuda o país. Outros 20,9% enxergam que a ação de Trump não é positiva e nem negativa, e nem interfere nos assuntos do Brasil.
O levantamento da CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 3 e 6 de setembro, em 140 municípios de todos os estados, incluindo o Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos.
O nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de 79 anos, se tornou um dos mais procurados na internet na madrugada deste sábado (30), após rumores de que o empresário teria morrido.
A história passou a circular após o esvaziamento da agenda do republicano para o fim de semana e a ausência do presidente em eventos públicos desde a terça-feira (26).
Uma foto feita pela Agência France-Presse (AFP) na manhã deste sábado (30), derrubou os rumores ao mostrar Trump e a neta, Kai Trump, embarcando da Casa Branca, em uma comitiva presidencial, que tem por destino o caminho do campo de golfe Trump National, em Sterling, Virgínia.
????AGORA: Presidente Trump é visto vivo e jogando golf, após rumores sobre sua morte
— Meio Independente (@meioindep) August 30, 2025
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De acordo com a correspondente da Globo em Washington, Raquel Krahenbühl, Trump já não teria eventos oficiais neste final de semana.
Os rumores da morte de Trump passaram a se intensificar devido a um hematoma na mão do presidente, que foi comparada a mesma que apareceu na mão da Rainha Elizabeth II antes de falecer.
Segundo a Casa Branca, o machucado foi causado por uma irritação na pele causada por aspirina e excesso de cumprimentos.
"Fotos recentes do Presidente mostram pequenos hematomas no dorso da mão. Isso é consistente com uma leve irritação dos tecidos moles causada por apertos de mão frequentes e pelo uso de aspirina, que faz parte de um regime padrão de prevenção cardiovascular. Este é um efeito colateral bem conhecido e benigno da terapia com aspirina", disse o médico Sean Barbabella.
Depois de passar por um período de queda da desaprovação e aumento da aprovação ao seu governo, que se seguiu à imposição do tarifaço aos produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma notícia negativa nesta quinta-feira (28) em relação à visão da população sobre sua atuação.
Pesquisa LatAm Pulse, realizada pela AtlasIntel para a Bloomberg News, apurou que subiu dos 49,7% apurados no final de julho para 51% agora na última semana de agosto a desaprovação do presidente Lula. Já a aprovação caiu de 50,2% para 47,9% no mesmo período.
Com o resultado de agosto, a diferença entre desaprovação e aprovação passou para 4,1%. Em julho, o saldo entre aprovação e desaprovação era positivo para o governo Lula, com diferença de apenas 0,5%.
O mês de julho havia sido o primeiro em que a avaliação positiva do presidente Lula foi maior do que a negativa desde a pesquisa LatAm Pulse de outubro do ano passado. Daquele mês em diante, a maior diferença negativa se deu no mês de maio deste ano, quando Lula teve desaprovação de 53,7%, contra um aprovação de 45,4% (diferença de 8,3% entre negativo e positivo).
A pesquisa LatAm Pulse mostra que também voltou a crescer a quantidade de pessoas que avaliam o governo Lula como “ruim” ou “péssimo”. Essa avaliação subiu de 48,2% registrados em julho para 51,2% agora no final de agosto.
Já as menções “ótimo” ou “bom” em relação à avaliação do governo caíram de 46,6% em julho para 43,7% em agosto. A diferença entre as menções negativas e as positivas, que havia caído para apenas 1,6% em julho, subiu para 7,5% nesta semana.
A AtlasIntel entrevistou 6.238 pessoas no Brasil entre 20 e 25 de agosto, com margem de erro de mais ou menos 1 ponto percentual e nível de confiança de 95%.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"É uma indicação condicionada, inclusive judicial. Nós fizemos tudo o que a justiça pediu. Encaminhamos o projeto de lei para abrir a vaga no TCE e Dialogamos com o TCE. A combinação toda cumprida no campo da política. Então, eu espero que Josias esteja aí dialogando com a Assembleia. É a vez da Assembleia fazer o papel dela. Meu papel enquanto indicador da vaga foi feito".
Disse o governador Jerônimo Rodrigues ao comentar sobre a indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). O pronunciamento chega após o gestor enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a indicação do parlamentar à cadeira do TCE, na última sexta-feira (12).