Rogério Ceni vê jogo 'abaixo do normal' de Cauly mas reforça: ''Ele é essencial para o time''
O Bahia perdeu a segunda partida consecutiva no Campeonato Brasileiro. Com gol marcado por Ángel Romero, o Tricolor perdeu no placar de 1 a 0 para o Corinthians neste domingo (21), na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. Rogério Ceni iniciou sua entrevista coletiva avaliando a partida de Cauly, que fez um jogo abaixo nesta tarde em Salvador, reconhecido até mesmo pelo treinador, que reforçou a importância do camisa 8 no time titular.
''A gente lamenta novamente o resultado, principalmente na Fonte Nova com tanta gente apoiando. É a primeira vez que a gente perde dois jogos consecutivos com esse time (...). O Cauly continua sendo importante e será importante até o fim da temporada pra gente. Realmente acho que fez um jogo abaixo do normal hoje. Acho que o time todo fez um jogo abaixo tecnicamente do que a gente costumeiramente joga. Mesmo assim cedemos poucas oportunidades ao Corinthians, jogamos 20 bons minutos no começo do jogo, caímos e voltamos a jogar nos últimos 15/20 minutosnovamente, pressionando o Corinthians. É um elenco enxuto que a gente precisa de todas as peças, especialmente do Cauly. Dentro do time que montamos ele é uma das peças essenciais'', analisou o treinador.
Questionado sobre o sistema defensivo que atuou contra o Alvinegro Paulista, Ceni falou sobre a escolha de Cuesta no lugar do suspenso Gabriel Xavier e explicou a utlização de Santiago Árias, que veio de uma final de Copa América.
''Victor Cuesta é um substituto natural, é um zagueiro que tem boa construção. Tomamos um gol de contra-ataque e não oferecemos muitas oportunidades para a equipe do Corinthians. O Arias deu uma entrevista falando que estava bem fisicamente, estava bem e foi para a Copa América chegando numa final da competição. Chegou um pouquinho cansado na sexta-feira, ontem tava melhor e hoje se sentiu bem e ai é uma opção nossa de jogar. Achei que no final pesou um pouco pra ele e ai colocamos o Gilberto'', revelou.
Ceni também fez questão de afirmar que as bolas paradas - apesar de serem treinadas - não são o ponto forte da equipe, que se destaca pouco pela altura. Apesar da avaliação, o Tricolor chegou algumas vezes com perigo em algumas cobranças.
''Nosso time não é tão alto. Não conseguimos agredir o adversário em bola parada. Hoje quase empata o jogo nessa situação, mas não é o ponto forte desse time. Sofre um pouco nesse sentido, mas tem a característica de jogar, trabalhar a bola e achar espaços para entrar na defesa adversária'', pontuou o professor.
Muito perguntado sobre estilo de jogo e sobre uma possível mudança após os resultados negativos na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, Rogério fez questão de afirmar que a equipe não vem sendo previsível diante dos adversários, confiando cada vez mais no estilo da equipe.
''Acho que não. É a característica do time, jogamos contra o Flamengo dessa maneira, contra o Athletico-PR em Curitiba dessa maneira. Não é previsível, eu entendo, quando não faz um gol e quando não ganha o jogo é natural que a gente encontre mais coisas do que o normal. Assim como quando ganha, as pessoas valorizam até mais o trabalho da gente. A responsabilidade (da derrota)é toda minha, mas é minha responsabilidade também estar onde estamos. Temos que voltar a vencer e vencer fora de casa'', reiterou o técnico.
O Bahia terá apenas dois dias para treinar e retorna a campo na próxima quarta-feira (24), às 24h, contra o Atlético Goianiense, em Goiânia, no estádio Antônio Accioly. O confronto será disputado pela décima nona rodada do Brasileirão.