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Podcast Bengalas discute visão da antropologia sobre a revolução da longevidade

Podcast Bengalas discute visão da antropologia sobre a revolução da longevidade
Foto: Divulgação
A longevidade da população brasileira não traz apenas demandas sobre saúde e estrutura, mas promove uma mudança significativa na construção do país enquanto sociedade. E o psicólogo Carlos Linhares foi convidado pelo Podcast Bengalas para trazer também uma visão antropológica sobre essa revolução.

Podcast Bengalas: Geriatra fala sobre conceito de Capacidade Intrínseca e impacto na saúde física e mental

Podcast Bengalas: Geriatra fala sobre conceito de Capacidade Intrínseca e impacto na saúde física e mental
Foto: Divulgação
Capacidade Intrínseca (CI), de acordo com o conceito introduzido pela Organização Mundial da Saúde, é o composto de todas as capacidades físicas e mentais de um indivíduo, avaliadas por cinco domínios: Cognição, Humor, Sensorial, Locomoção e Vitalidade. E quando se fala do cuidado de idosos, essa visão completa e complexa é essencial não só para a saúde dos pais, mas também dos filhos e demais membros da família. Para explicar as implicações desse debate, o Podcast Bengalas recebe, nesta terça-feira (7), a Geriatra e Gerontóloga Cristiane Machado.

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Ministério da Saúde alerta para riscos de grávidas com febre do oropouche

Por Patrícia Pasquini | Folhapress

Ministério da Saúde alerta para riscos de grávidas com febre do oropouche
Foto: Arquivo/MDS

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o risco de febre oropouche para mulheres grávidas. Segundo nota técnica, há risco de transmissão vertical, isto é, da gestante para o feto. Por isso, a pasta pediu às unidades da federação que intensifiquem a vigilância em saúde sobre a possibilidade.
 

A orientação foi emitida após o Instituto Evandro Chagas detectar presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e outros quatro de microcefalia. Segundo o ministério, ainda não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito com as malformações neurológicas.
 

No feto, cuja morte ocorreu com 30 semanas de gestação, foi identificado material genético em sangue de cordão umbilical, placenta e diversos órgãos fetais (tecido cerebral, fígado, rins, pulmões, coração e baço).
 

Entre as recomendações feitas pelo Ministério da Saúde estão intensificar a vigilância nas fases finais da gestação e no acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram dengue, zika e chikungunya ou febre de oropouche, com coletas de amostras e preenchimento da ficha de notificação.
 

De janeiro a 6 de julho, o Brasil confirmou 7.044 casos da febre do oropouche. Em abril deste ano, o Ministério da Saúde já havia identificado alta nos casos no país.
 

De acordo com o órgão, neste momento, a transmissão da doença ocorre em mais da metade do país. Os estados são Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. Antes, os casos ficavam restritos ao Norte do Brasil.
 

Nos casos notificados no Ceará, Mato Grosso do Sul e no Paraná, o local provável de infecção ainda está em investigação.
 

A febre do oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim.
 

O quadro clínico é semelhante ao da dengue e da chikungunya. Os sintomas são dor de cabeça, muscular e articular, além de febre, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Parte dos pacientes pode apresentar recorrência dos sintomas, ou apenas febre, dor de cabeça e muscular após uma a duas semanas do início das manifestações iniciais. Os sintomas duram de dois a sete dias, em média. Na maioria dos pacientes, a evolução da febre do oropouche é benigna e sem sequelas.
 

ORIENTAÇÕES PARA AS GESTANTES
 

- Evitar áreas onde há muitos insetos (maruins e mosquitos);
 

- Usar telas de malha fina em portas e janelas;
 

- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas;
 

- Manter limpos casa, terrenos e locais de criação de animais;
 

- Recolher folhas e frutos que caem no solo;
 

- Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão.

Urologista explica sobre estética e cirurgia plástica genital; procedimento ganha espaço entre o público masculino
Foto: Reprodução Redes Sociais

Os procedimentos visam não só melhorias estéticas, mas também podem corrigir problemas funcionais. Eles não afetam a fertilidade e não trazem malefício à vida sexual do homem  

 

No dia 15 de julho, celebramos o Dia do Homem, uma data que reforça a importância do cuidado com a saúde masculina em todas as suas dimensões. Este ano, além de destacar a necessidade de exames preventivos e práticas de vida saudáveis, queremos trazer à luz um tema ainda pouco discutido, mas de grande relevância: a estética genital masculina.  

 

A preocupação com a estética não é exclusividade feminina. Cada vez mais, homens estão se conscientizando da importância do autocuidado, incluindo a estética genital, como parte integral da saúde e bem-estar. Questões estéticas podem impactar diretamente a autoestima e a qualidade de vida, influenciando as relações interpessoais e a saúde mental. 

 

Os homens têm procurado cada vez mais procedimentos de estética genital, como redução do tamanho da bolsa escrotal, chamada de escrotoplastia, e lipoaspiração da gordura suprapúbica. Esses tratamentos não são contraindicados pelas sociedades médicas, ao contrário de outros, como alongamento com extensores ou engrossamento peniano, que podem causar danos ao órgão.   

 

As entidades médicas proíbem técnicas de alongamento ou aumento peniano para quem tem o órgão de tamanho considerado normal (em média 9,16 cm em estado flácido), pois não há estudos científicos que comprovem o benefício do procedimento, e tais intervenções no pênis podem gerar deformidades e perda da função.    

 

De acordo com o urologista especializado em reconstrução genital e que atua em grupos de pesquisa de procedimentos para melhorar a estética genital, inclusive em pacientes amputados, Dr. Ubirajara Barroso Jr., a procura pelos tratamentos tem aumentado uma média de 20%. “Antes os homens procuravam exclusivamente formas de aumentar o pênis, agora descobriram que alguns procedimentos simples podem aparentar um pênis maior”, diz o médico.    

 

A realização de procedimentos estéticos genitais pode trazer diversos benefícios, como: aumento da autoestima e confiança pessoal, melhoria na função sexual, redução de desconfortos físicos em situações cotidianas, promoção de uma melhor higiene íntima.  

 

ESTÉTICA GENITAL 

A busca por procedimentos estéticos genitais pelo público masculino tem crescido nos últimos anos. Esses procedimentos não só visam melhorias estéticas, mas também podem corrigir problemas funcionais, proporcionando maior conforto e bem-estar. Entre os procedimentos mais comuns estão a retirada da gordura do púbis, a correção de curvatura peniana, prega penoescrotal, escrotoplastia e a bioplastia peniana.  

 

Dr. Barroso explica que em razão de algumas doenças como hidrocele, varicocele, linfedema, decorrente de cirurgia bariátrica ou até mesmo pela idade, o escroto pode ficar baixo, disforme e ter o seu tamanho aumentado causando dor e/ou desconforto. Nesses casos, alguns procedimentos cirúrgicos são recomendados visando corrigir os defeitos relacionados à genitália e devolvendo a autoestima do paciente.    

 

Os procedimentos estéticos com toxina botulínica para deixar o escroto com aspecto menos rugoso têm sido comentados de forma recorrente.

 

“Esse tratamento, por sua vez, precisa de manutenção e atua apenas na rugosidade e não no excesso de pele, já a escrotoplastia traz mais benefícios de forma prolongada”, destaca o médico para procedimento que elimina o excesso de pele garantindo a redução da rugosidade e a suspensão da região, que traz um aspecto de pênis maior.    

 

“Primeiramente, é um procedimento estético, assim como as mulheres têm direito a fazer procedimento estético, os homens também têm, isso é uma procura cada vez maior. Entretanto, para uma decisão de qualquer procedimento estético, é preciso que o suficiente pelo médico sabendo o que é a normalidade no tamanho peniano, porque muitos homens sub-superestimam o tamanho médio do pênis. Importante lembrar que o peniano não é algo que as mulheres têm como”, explicou o especialista. 

 

O Dia do Homem é uma oportunidade para quebrar tabus e ampliar o diálogo sobre temas como a estética genital masculina. Promover a conscientização e a educação sobre esses cuidados é um passo importante para que mais homens se sintam à vontade para buscar melhorias que impactem positivamente sua saúde e qualidade de vida.

Estudo mostra que homens representam 30% dos clientes de clínicas estéticas no Brasil
Foto: Reprodução

No dia 15 de julho é celebrado o Dia Internacional do Homem. Instituído pela Organização das Nações Unidas desde 1999, esta data destaca a conscientização da sociedade para problemas que podem atingir o gênero masculino, desde a importância do autocuidado, até a prevenção de doenças.

 

De acordo com informações da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil é o segundo maior mercado de beleza masculino, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

 

Eles já representam 30% da clientela das clínicas de estética no Brasil, conforme aponta a Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC-Spas). Isso deixa evidente o quanto a sociedade passou por um processo de libertação de tabus, os quais colaboraram no debate sobre o autocuidado não ser apenas tema exclusivo das mulheres.

 

Diante desse aumento significativo masculino em se cuidar, a médica dermatologista Marília Acioli, explica que os homens buscam procedimentos que tenham resultados naturais, além disso, relata que a principal queixa masculina nos consultórios médicos está relacionada às rugas no rosto.

 

"A gente vê hoje crescendo o público masculino nos consultórios dermatológicos, lógico que ainda não é a maioria, a maioria ainda são mulheres, mas a gente vê sim crescendo esse público masculino. Dentre sua principal queixa está o aparecimento de rugas no rosto, o qual se dá por conta de uma musculatura maior, mais robusta masculina, fazendo com que as rugas apareçam já numa fase mais precoce. Bem como, é interessante também frisar que o gênero masculino procura por procedimentos que tenham resultados sutis", relata a médica.

 

Ainda sobre o assunto, Marília aborda os produtos específicos e técnicas utilizadas para resolver esse problema, além de compartilhar a procura masculina por uma menor quantidade de produtos para o cuidado com o rosto, mas que sejam amplos.

 

"Em relação às técnicas utilizadas na resolução e diminuição das rugas está MD Codes, que é uma abordagem para rejuvenescimento facial que usa preenchimentos a base de ácido hialurônico. Por outro lado, também destaco que os homens procuram produtos faciais para os cuidados com o rosto, mas, focando em uma  rotina de cuidados com a pele um pouco mais simplificada, com menos produtos, e com produtos que tenham indicações mais amplas." 

 

A especialista também compartilha o principal mito que encontra no consultório dermatológico envolvendo cuidados masculino com a pele, bem como destaca o quanto esse autocuidado é de suma necessidade para todos os setores da vida desse homem. 

 

"O maior mito é que o homem não pode ou não deve querer cuidar da aparência. Porque ele não só pode, como procura a clínica interessados em estar bem e em envelhecer bem, e isso é interessante. Além disso, essas buscas nos consultórios acontecem tanto pela importância do autocuidado, tanto por passar uma imagem melhor para o mercado de trabalho, uma imagem mais positiva e cuidada, finaliza a médica.

Brasil deixa lista dos 20 países com menor índice de vacinação infantil
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Brasil deixou, após dois anos, a lista de países com menor índice de vacinação infantil. É o que aponta estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Em 2021, o Brasil ocupava a sétima posição no ranking. A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023.

 

Segundo a Agência Brasil, o país apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados. A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.

 

“É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias - muitas em situação de vulnerabilidade - estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.

Canal do Bahia Notícias no WhatsApp é ferramenta para leitores se manterem informados
Foto: Bahia Notícias

O Bahia Notícias ampliou a forma com que os leitores podem ter acesso ao conteúdo do portal. Um canal no WhatsApp está disponível para quem quer acompanhar o que acontece em Salvador, na Bahia e no Brasil, permitindo receber, em tempo real, as principais notícias do dia. O canal se une à comunidade, outra plataforma dentro do WhatsApp alimentada pela equipe do site.

 

Diferente das comunidades, em que o membro precisa participar para ter acesso a conteúdos previamente publicados, no canal, ao ingressar, você consegue visualizar as últimas publicações. É uma adaptação do app do Meta ao que já acontece no Telegram, onde o Bahia Notícias também mantém um canal direto com os leitores.

 

Para conhecer o canal do BN no WhatsApp, basta clicar aqui!

Brasil aumenta vacinação infantil em 2023, mas mundo ainda tem 2,7 milhões crianças não imunizadas
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em todo o mundo, 2,7 milhões de crianças continuam sem vacinação ou estão com a imunização abaixo do preconizado, de acordo com o relatório anual global do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado neste domingo (14).
 

As estimativas globais de vacinação, calculadas anualmente pelas entidades com dados de 185 países, mostram que a cobertura do imunizante DTP (difteria, tétano e coqueluche), que protege contra infecções bacterianas na infância, estagnou em 84% (equivalente a 108 milhões de crianças) em 2023.
 

Por outro lado, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina aumentou de 13,9 milhões, em 2022, para 14,5 mi no ano passado, dados alarmantes para a proteção da saúde dos menores.
 

Outras 6,5 milhões de crianças no mundo receberam a primeira, mas não foram imunizadas com a terceira dose, o que é necessário para atingir a proteção completa.
 

A vacina DTP é considerada um modelo para a imunização infantil --isto é, quando suas taxas estão baixas, também estão para as demais vacinas infantis.
 

O estudo calculou o número de crianças que não receberam a primeira dose (também chamadas zero dose) da DTP, que no Brasil também é chamada de pentavalente, pois protege contra cinco tipos de infecções bacterianas. A imunização completa é feita com uma dose aos dois meses de idade seguida de dois reforços: um aos quatro e outro aos seis meses.
 

Se as estimativas globais indicam que houve um aumento no número de crianças sem nenhum dose ou com doses em atraso, o Brasil reverteu a tendência de queda e aumentou a cobertura vacinal: o número de crianças zero dose caiu de 687 mil, em 2021, para 103 mil no último ano, enquanto aquelas que não foram imunizadas com a terceira dose caíram de 846 mil para 257 mil no mesmo período.
 

Isso fez com que o país saísse da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo.
 

"Quando fiquei sabendo, eu dei pulo de alegria, porque isso representa um grande avanço no nosso país. Cada criança imunizada, a gente salva uma vida. Tivemos mais de 500 mil crianças salvas no período", diz Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil.
 

Ela ressalta, porém, que no contexto global não houve um avanço, com uma estagnação em relação ao conceito de criança zero dose. E isso pode ser explicado, em parte, devido à dificuldade de recuperação da imunização infantil em países de baixa e média renda após a pandemia.
 

"A pandemia afetou todo mundo, mas enquanto países que já tinham o sistema de saúde fortalecido recuperaram a cobertura vacinal, aqueles que já não iam bem não conseguiram melhorar."
 

Em países ricos, as principais barreiras no acesso à vacinação foram a desinformação e a hesitação vacinal.
 

O estudo analisou ainda a taxa de vacinação para outros 13 imunizantes disponíveis na infância que previnem contra doenças contagiosas.
 

ZONAS DE CONFLITO
De forma semelhante, a vacina contra sarampo, administrada em duas doses aos 12 meses (tríplice viral) e depois uma dose (tetraviral) aos 15 meses de idade, estagnou mundialmente. No planeta, a cobertura infantil da primeira dose foi de 83%, enquanto a imunização com a segunda dose teve um pequeno aumento no último ano, chegando a 74%. Esses números estão bem abaixo do preconizado pela OMS, de 95%, para eliminação do sarampo.
 

Mais importante, diz o relatório, 3 em cada 4 crianças no mundo vivem em um dos 103 países onde foram registrados surtos de sarampo nos últimos cinco anos, colocando esses jovens em maior risco para adoecimento e até morte.
 

Isso é especialmente preocupante ao considerar que mais da metade das crianças não imunizadas vive em países em conflito, onde a garantia dos direitos básicos infantis --incluindo a vacinação-- é frágil.
 

No relatório anterior, divulgado em abril do ano passado, 48 milhões de crianças não haviam recebido nenhuma dose preconizada da vacina DTP de 2019 a 2021. No caso do Brasil, o período da pandemia deixou 1,6 milhão de crianças sem vacinação, e outras 2,4 milhões com atraso vacinal.
 

"O Brasil está avançando. Para continuar avançando, duas coisas vão ter que ser feitas. Uma é aumentar a velocidade desse avanço. A outra é pensar na imunização de forma intersetorial, unindo vários setores, para recuperar a cobertura vacinal -e nesse sentido os três entes responsáveis, federal, estadual e municipal, cada um tem o seu papel", diz Phebo.
 

Para Isabella Ballalai, pediatra e diretora da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), o governo federal passou a investir mais na recuperação das taxas vacinais com planejamento nos municípios e busca ativa de crianças em atraso. "A gente volta a um cenário melhor também, o brasileiro confia em vacina, o brasileiro acredita na importância da vacina. Quando a gente tem uma queda da confiança, é muito mais Covid [os pais que não querem vacinar os seus filhos] do que outra coisa", afirma.
 

HPV

Um dado animador do relatório foi o aumento da cobertura vacinal do HPV (papilomavírus humano) em meninas, impulsionado pela introdução do imunizante em países como Bangladesh, Indonésia e Nigéria por estratégias como a Gavi, Aliança da OMS para distribuição de vacinas.
 

Em 2022, a taxa de vacinação em meninas adolescentes (9 a 14 anos) era de 20%, passando para 27%, em 2023. O uso do esquema de dose única também ajudou a aumentar a cobertura vacinal.
 

Apesar de um avanço, ainda é bem abaixo da meta de 90% para eliminar o câncer de colo de útero, explica Sania Nishtar, diretora executiva da Gavi. "Com vacinas disponíveis [nesses países] para mais de 50% das meninas nos países africanos, temos muito trabalho a fazer, mas podemos hoje ver um caminho claro para eliminar essa terrível doença."
 

No Brasil, segundo os dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal nas meninas com a primeira dose contra o HPV não atingiu 76%; para a segunda ficou abaixo de 60%. Em relação aos meninos, 42% receberam a primeira dose e 27% a segunda.
 

Na última semana, a pasta da Saúde anunciou a inclusão no calendário para a imunização contra o HPV no SUS (Sistema Único de Saúde) usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o HIV de 15 a 45 anos. Em abril, o ministério já havia incluído adolescentes de até 19 anos e pessoas com papilomatose respiratória recorrente (tumor benigno causado pelo vírus HPV que pode acometer crianças ou adultos), independentemente da idade.
 

Phebo aponta a comunicação, especialmente focada em certos grupos e territórios, como ferramenta de auxílio para imunização. "As famílias que levam as crianças [para vacinar] e não conseguem por falta de estoque, ou porque o posto está fechado, não se sentem com seus direitos garantidos. Isso pode ser um motivo de não levar na próxima vez, além da falta de informação sobre as doenças e como preveni-las."

Programa de saúde realiza atendimentos neste final de semana em Salvador; confira localidades
Foto: Jefferson Peixoto / PMS

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador conta com uma quarta estrutura para oferta de serviços do Programa Saúde nos Bairros aos finais de semana, em bairros alternados. A unidade móvel se encontra neste domingo (14) no bairro Boa Vista do Lobato, na praça do Final de Linha, Rua Itaquaraci, das 8h às 16h.

 

Estão sendo oferecidos à população atendimento com clínico geral e exames de ultrassonografia do abdômen total, vias urinárias, tireoide, mamas, pelve, próstata, além de consultas com dentista.

 

Para realizar o atendimento, basta apresentar Cartão SUS, RG e, caso necessário, o guia dos exames pretendidos. Caso não tenha requisição, o paciente passará com o médico clínico no próprio local e realizar os exames.

 

PROGRAMAÇÃO

13 e 14/07: Boa Vista do Lobato

20 e 21/07: Capelinha

27/07: Mussurunga

Dia D da Saúde do Homem é realizado neste sábado em Salvador com serviços gratuitos
Foto: Lucas Moura / Secom

Em alusão ao Dia Nacional do Homem, celebrado no dia 15 de julho, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realiza neste sábado (13), o Dia D para cuidados com a saúde do homem em mais de 50 unidades e com a oferta de diversos serviços. A intenção é estimular o autocuidado, facilitar o acesso e oportunizar um ambiente acolhedor a este público.

 

Serão realizadas consultas diversas de atenção integral à saúde do homem, entre médicas, de enfermagem e odontológicas; pré-natal do parceiro; planejamento reprodutivo com distribuição de preservativos e encaminhamentos para vasectomia; consultas especializadas e avaliação de exames.

 

Também serão realizados aferição de pressão arterial, glicemia capilar, vacinação, medidas antropométricas (peso, altura, dobras cutâneas e circunferências), testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), prescrição de medicamentos (receitas) e respectivas dispensações (de acordo com estoque da farmácia), emissão da 2ª via do Cartão SUS e de Cartão SUS com nome social.

 

Enquanto aguardam os atendimentos, o público presente terá acesso ainda a atividades educativas, como palestras, oficinas e rodas de conversa sobre IST, tabagismo/etilismo, alimentação saudável e saúde bucal. Para garantir o atendimento, basta apresentar Cartão SUS e RG. Caso não tenha requisição, o paciente passará com o médico clínico para avaliação.

 

O titular da SMS, Alexandre Reis, convida o público-alvo a comparecer aos postos. “O cuidado com a saúde deve ser permanente, pois a prevenção é sempre o melhor caminho. Buscamos fortalecer essa cultura também entre os homens e este Dia D é uma excelente oportunidade para o autocuidado”, destaca.

 

CONSCIENTIZAÇÃO 

No Brasil, o Dia do Homem é comemorado desde 1992, com o intuito de chamar a atenção da população masculina para a importância do cuidado com a própria saúde. Isso acontece porque, historicamente, esse é o público que costuma evitar a ida em consultas preventivas, e que raramente vai ao médico, mesmo quando apresenta sintomas, como dores, por exemplo.

 

POSTOS PARTICIPANTES  

Distrito Sanitário Barra/Rio Vermelho – USF Professor Sabino Silva, USF Menino Joel, USF Ivone Silveira (8h às 12h) e USF Federação (8h às 17h).

 

Distrito Sanitário Brotas – USF Santa Luzia, USF Vale do Matatu, USF Polêmica e USF Candeal Pequeno (8h às 12h).

 

Distrito Sanitário Cabula/Beiru – UBS CSU Pernambués, UBS Calabetão, USF Deputado Cristóvão Ferreira, USF Alto da Cachoeirinha, USF Raimundo Agripino, USF Mata Escura, USF Antônio Ribeiro Neiva, USF Nova Sussuarana e USF Calabetão (8h às 17h).

 

Distrito Sanitário Centro Histórico (das 7h às 14h) – USF Dona Iraci Isabel da Silva, USF Terreiro de Jesus e UBS Dr. Péricles Esteves Cardoso.

 

Distrito Sanitário Itapagipe – UBS Virgílio de Carvalho, UBS Ministro Alkimin, USF São José de Baixo (8h às 14h) e USF Joanes Centro Oeste (8h às 14h).

 

Distrito Sanitário Itapuã – UBS Professor José Mariane, USF Parque São Cristóvão, USF Coração de Maria (8h às 15h), USF Itapuã (7h às 16h) e USF Mussurunga I (7h às 16h).

 

Distrito Sanitário Liberdade – USF IAPI.

 

Distrito Sanitário Pau da Lima – UBS SETE DE ABRIL (8h às 12h), UBS Pires da Veiga, USF São Marcos, USF Dom Avelar, USF Gal Costa, USF João Roma Filho, USF Vila Canária e USF São Marcos II.

 

Distrito Sanitário São Caetano/Valéria – USF Jaqueira do Carneiro, USF Alto do Cabrito, USF Capelinha de São Caetano, USF Recanto da Lagoa II e USF Boa Vista de São Caetano (8h às 12h).

 

Distrito Sanitário Subúrbio Ferroviário (8h às 15h) – USF São Tomé de Paripe, USF Teotônio Vilela 2, USF Estrada da Cocisa, USF Fazenda Coutos I, USF Rio Sena, USF Itacaranha, USF Fazenda Coutos 2, UBS Periperi, USF Bate Coração, USF Vila Fraternidade e USF Fazenda Coutos 3 (8h às 16h).

Vacina Covid-19
Foto: José Cruz/ Agência Brasil/ Arquivo

A primeira vacina 100% brasileira para a Covid-19, está em fase avançada de desenvolvimento. A informação foi confirmada pela  ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na sexta-feira (12), durante uma visita às obras do CNVacinas, em Belo Horizonte. As informações são da Agência Brasil. 

 

Chamada de Spin-TEC, o imunizante tem previsão de entrar na última fase, a de testes clínicos, ainda neste ano.

 

“O CNVacinas tem uma importância estratégica para o país porque aqui tratamos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, novos fármacos e insumos. A UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e o CNVacinas já estão numa fase mais avançada da vacina contra a covid-19. E há pesquisas sendo realizadas para dengue, leishmaniose e malária. Que são desafios brasileiros para responder às demandas das doenças locais”, destacou a ministra.

 

De acordo com a Agência Brasil, o Centro Nacional de Vacinas será o primeiro complexo nacional usado para pesquisas e fabricação de insumos farmacêuticos, sendo capaz de executar todas as etapas para o desenvolvimento de vacinas. As obras devem ser finalizadas em 2026.

Internações por queimaduras de fogos de artifício crescem na Bahia entre 2021 e 2023; estado é o 3º com mais casos em jovens
Foto: Reprodução Saúde Business

A Bahia registrou um pequeno aumento no número de internações por queimaduras de fogos de artifício, entre os anos de 2021 e 2023. Os dados foram obtidos pela reportagem do Bahia Notícias, através de um levantamento da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIHSUS). 

 

O estudo traz informações da quantidade dessas internações na rede pública estadual em cada ano e em cada mês, mas sem contar o período do São João, considerado por especialistas um dos mais incidentes. O maior número obtido foi em 2023 com 68 casos, contra 62 em 2022 e 55 em 2021. Foram registradas 13 novas internações durante este período.

 

Antes, no ano de 2020, foram obtidos cerca de 82 hospitalizações por queimaduras e em 2019 um total de 142. Os números, que correspondem às internações na rede SUS até o mês de março de 2024, foram atualizados no dia 08 de maio e acessados no último dia 03 de junho. 

 

Vale lembrar que a Bahia também obteve a 3º posição no ranking de crianças e adolescentes internadas em decorrência de acidentes com queimaduras nos últimos 2 anos no Brasil, com 1.572 internações, conforme Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O estudo mostrou apenas casos graves, com indicação de acompanhamento hospitalar. 

 

Os resultados apontaram também que crianças de 1 a 4 anos de idade são as maiores vítimas, totalizando 6,4 mil internações, entre 2022 e 2023, em todo o país. Logo em seguida, aparecem as faixas de 5 a 9 anos com 2.735 hospitalizações; de 15 a 19 anos (1.893); de 10 a 14 anos (1.825); e menores de 1 ano (1.051). 

 

QUEIMADOS NO SÃO JOÃO 
Um outro balanço da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) trouxe uma redução no número de atendimentos a vítimas de queimaduras durante o São João deste ano nas unidades estaduais de referência. A pasta informou que a quantidade de atendimentos foi inferior em comparação aos dados de 2023 (veja aqui). No geral, em 2024, houve 66 ocorrências, contra 71 do ano passado, uma redução de 7%. Os números são referentes aos atendimentos realizados entre 20 de junho até o dia 25 de junho. 

 

Uma das unidades de referência do  Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, o número de atendimentos foi exatamente o mesmo nos dois anos: 47. Destes, 32 foram por explosões de bombas e 15 por queimaduras diversas. Aproximadamente metade dos pacientes foi oriunda do interior do estado. O número preocupante é que, dos 47 pacientes, 21 eram menores de 13 anos, ou seja, 44,6%. No entanto, não houve registros de pacientes graves. 

 

No interior do Estado, o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ), no Recôncavo, recebeu a maior parte dos pacientes e também teve uma boa redução de atendimentos. Em 2024, foram 13 ocorrências, cinco a menos que no ano passado. Quatro pacientes eram moradores de SAJ e os outros nove dos municípios de Muritiba, Governador Mangabeira, Cruz das Almas e Lauro de Freitas.

 

FALTA DE ORIENTAÇÃO E MAIOR ACESSO
A dermatologista Andreia Ramos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) comentou que um dos motivos que influencia as hospitalizações por queimaduras é o maior acesso da população aos fogos de artifícios, principalmente em períodos festivos, a exemplo do São João e do Réveillon. 

 

“As estatísticas correspondem aos casos mais graves, pois muitas pessoas não procuram atendimento, já que a maioria das situações são mais leves, queimaduras de primeiro grau que as pessoas tratam em casa mesmo. Eu acredito que seja mais pela aumento da exposição neste período”, apontou. 

 

A especialista apontou ainda que a falta de orientação e imprudência no uso de fogos de artifício também influência para internações decorrentes de queimaduras. 

 

“Aumenta a exposição e a imprudência. Então para evitar [acidentes] as pessoas precisam seguir as recomendações, especialmente nessas épocas especiais, em que tem uma tradição de uso de fogos, realmente aumenta muito o número [de internações]. Acontece uma maior exposição e maior imprudência no uso de fogos, falta de cuidado, pois a gente nunca acha que vai acontecer conosco”, afirmou. 

 

A dermatologista alertou ainda para os riscos de queimaduras mais profundas. 

 

"A partir de 10% de crianças, algumas áreas do corpo, rosto, mãos, região genital, são mais arriscadas, então precisa de atendimento médico de qualquer extensão. Crianças, idosos, patentes que têm insuficiência renal, diabetes, insuficiência cardíaca são patentes que têm mais risco, então eles precisam de um acompanhamento médico”, observou. 

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Sentir cólicas intensas e incapacitantes não é normal, principalmente quando não há melhora dos sintomas após uso de anti-inflamatórios.

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Caso de cólera confirmado na Bahia: Infectologista explica sintomas, causas e tratamentos da doença

Caso de cólera confirmado na Bahia: Infectologista explica sintomas, causas e tratamentos da doença
Foto: Reprodução/Freepik
A Bahia registrou no último dia 20 um caso de cólera. A infecção constatada foi o primeiro caso do Brasil dos últimos 18 anos. A notificação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que indicou não ter outros registros após uma apuração da pasta.