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Podcast Bengalas: Geriatra fala sobre conceito de Capacidade Intrínseca e impacto na saúde física e mental

Podcast Bengalas: Geriatra fala sobre conceito de Capacidade Intrínseca e impacto na saúde física e mental
Foto: Divulgação
Capacidade Intrínseca (CI), de acordo com o conceito introduzido pela Organização Mundial da Saúde, é o composto de todas as capacidades físicas e mentais de um indivíduo, avaliadas por cinco domínios: Cognição, Humor, Sensorial, Locomoção e Vitalidade. E quando se fala do cuidado de idosos, essa visão completa e complexa é essencial não só para a saúde dos pais, mas também dos filhos e demais membros da família. Para explicar as implicações desse debate, o Podcast Bengalas recebe, nesta terça-feira (7), a Geriatra e Gerontóloga Cristiane Machado.

Podcast Bengalas explica benefícios e serviços de uma Concierge 60+

Podcast Bengalas explica benefícios e serviços de uma Concierge 60+
Foto: Divulgação
O serviço de concierge já é bastante conhecido em hotéis. Auxiliar hóspedes, tirar dúvidas e até fazer reservas em restaurantes e compras urgentes estão entre os benefícios oferecidos. Mas você já ouviu falar do "Concierge 60+"? A alternativa pode ajudar idosos e seus familiares com um acompanhamento no dia a dia, como companhia para consultas médicas ou alguma atividade que a pessoa com idade mais avançada precise ou queira fazer. E para debater mais sobre esse serviço, que pode fazer diferença na rotina, o Podcast Bengalas convidou nesta terça-feira (23) a concierge Silvia Clenice.

Entrevistas

Caso de cólera confirmado na Bahia: Infectologista explica sintomas, causas e tratamentos da doença
Foto: Reprodução/Freepik

A Bahia registrou no último dia 20 um caso de cólera. A infecção constatada foi o primeiro caso do Brasil dos últimos 18 anos. A notificação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que indicou não ter outros registros após uma apuração da pasta. 

 

Tanto o órgão, quanto às secretarias de saúde da Bahia e de Salvador, apontaram que o caso identificado seria isolado e que o monitoramento é feito com cautela. 

 

No entanto, a doença ainda é um assunto desconhecido por parte da população. Diante disso, o Bahia Notícias entrevistou a infectologista e Lorena Galvão, para explicar o que seria a doença, as principais formas de contaminação, os sintomas, as causas e os tratamentos. 

 

De acordo com a médica Pós-graduada em gestão em saúde e controle de infecção hospitalar , e mestre em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz, a cólera é uma infecção aguda causada pela bactéria Vibrio Cholerae, que provoca diarreia aquosa intensa e leva à desidratação. 

 

“A cólera é um quadro de diarreia aguda causada por uma bactéria, o Vibrio Cholerae. É uma doença que está presente na humanidade há muitos séculos. Já causou surtos e epidemias, mas nos últimos anos nós não tínhamos casos documentados aqui no Brasil. Nas últimas vezes que a gente teve foram no estado de Pernambuco nos anos de 2004 e 2005 e desde então nós estávamos sem notificação de novos casos até este que foi notificado aqui em Salvador”, esclareceu Galvão. 

 

A profissional apontou também que o diagnóstico é realizado através de exames da cultura das fezes. 

 

“O diagnóstico da cólera é feito através da cultura das fezes, que é o exame que a gente chama de coprocultura. Então é necessário a coleta de uma amostra de fezes, a análise laboratorial para que se identifique a bactéria. Também existem outras técnicas mais modernas de identificação de material genético, porém o mais habitual e acessível é a cultura das fezes do que a coprocultura”, explicou Lorena. 

 

CONFIRA ENTREVISTA COMPLETA 

O que é cólera? Quais são as principais causas da doença? 

A cólera é um quadro de diarreia aguda causada por uma bactéria, o Vibrio Cholerae. É uma doença que está presente na humanidade há muitos séculos. Já causou surtos e epidemias, mas nos últimos anos nós não tínhamos casos documentados aqui no Brasil. Nas últimas vezes que a gente teve foram no estado de Pernambuco nos anos de 2004 e 2005 e desde então nós estávamos sem notificação de novos casos até este que foi notificado aqui em Salvador.

 

É transmitido de forma fecal oral, principalmente através do consumo de alimentos e de água contaminada. Pode também acontecer através da ingestão de crustáceos de moluscos que estejam contaminados. Essa bactéria produz uma toxina que no nosso intestino faz com que a pessoa elimine muita água e sais. Então o principal problema da cólera é justamente relacionada à desidratação que é ocasionada por essa toxina que a bactéria produz 

 

Quais são os principais sintomas?

Principalmente o desconforto abdominal, náuseas, vômitos e o que mais chamam atenção realmente é o quadro de uma diarreia muito volumosa, uma diarreia aquosa que muitas vezes tem um aspecto de água de arroz, a febre é frequente, pode acontecer cãibras também e dores pelo corpo. 

 

Qual o tempo de incubação da cólera? 

Após a exposição à bactéria o período de incubação é bem variável, pode variar de 5 a 12 horas, ou até em torno de 5 dias, mas para fins de vigilância epidemiológica tem se considerado o período de até 10 dias desse período de incubação, que é o momento entre a infecção e a manifestação da doença 

 

Como é feito o diagnóstico de cólera? 

O diagnóstico da cólera é feito através da cultura das fezes, que é o exame que a gente chama de coprocultura. Então é necessário a coleta de uma amostra de fezes, a análise laboratorial para que se identifique a bactéria. Também existem outras técnicas mais modernas de identificação de material genético, porém o mais habitual e acessível é a cultura das fezes que a coprocultura. 

 

Quando e como é iniciado o tratamento contra cólera? 

De forma geral, assim como as outras demais diarréias, para a maioria das diarreias agudas, o tratamento é de controle de sintomas e hidratação. Então definitivamente nossa maior preocupação na cólera é manter o paciente hidratado. Tendo o quadro de diarreia aguda, já está indicado o início de uma hidratação nos quadros moderados a graves da cólera essa hidratação precisa ser feita de forma endovenosa, ou seja, através da veia por acesso venoso, pois a perda de fluidos é muito grande, além da reposição de eletrólito. 

 

Para alguns casos está indicado também o uso de antibiótico, mas normalmente nos casos mais graves, a hidratação está indicada para todos os pacientes. De forma geral nas diarréias agudas, vai ser o tratamento recomendado para todos os pacientes ou hidratação via oral vigorosa e naqueles pacientes mais graves, será necessário cuidados no serviço de saúde para que essa hidratação seja feita por via endovenosas. 

 

                                                                       Foto: Divulgação Hospital da Bahia 

 

Como os especialistas têm acompanhado a cólera na Bahia e no Brasil? É necessário um acompanhamento mais intenso? Ou ainda pode se continuar com cautela? 

Existem outros países ao redor do mundo, mais de 30 que têm surtos ativos de Cólera, mas que não é o caso do Brasil. Até o momento foi identificado esse quadro, esse caso isolado que foi considerado caso autóctone, uma vez que o paciente não havia saído do país. Então é um caso em que a contaminação realmente aconteceu aqui, mas foi feita toda a investigação epidemiológica, análise de água, análise de contactante e até o momento não foram identificados os outros casos. Então obviamente precisamos estar atentos pois sabemos que o agente está presente no território, uma vez que, esse paciente se contaminou aqui, mas neste momento é a vigilância que está recomendada.É um alerta claramente, mas neste momento não traz uma preocupação adicional. 

 

O que pode influenciar e impactar a infecção por cólera facilmente? 

A cólera está muito associada com a falta de saneamento básico. Então os países que têm surtos ativos de cólera são justamente aqueles de populações pobres e que não têm acesso à saneamento básico, a tratamento de água ou tratamento de esgoto. Então definitivamente essas situações de vulnerabilidade social são aquelas que apresentam o maior risco a infecção e o adoecimento. 

 

Existe vacina para cólera no Brasil? Como ela pode contribuir com a saúde pública do país? 

Então existe uma vacina, uma vacina que é segura e que é utilizada em países e que tem o número de casos expressivos de cólera. No nosso país o último caso notificado foi no ano de 2005, então a vacinação para a escola não faz parte do nosso programa nacional de imunizações, mas é uma vacina que pode ser utilizada justamente em situações de surtos e de epidemias no intuito de conter a disseminação dessa bactéria e o aumento de casos 

 

Quais as principais formas de prevenção da cólera? 

Ainda precisamos expandir em termos de saneamento básico. Temos um percentual expressivo da população que não têm acesso ao saneamento básico e isso definitivamente coloca a população numa situação de vulnerabilidade. Os principais cuidados são a higiene das mãos, principalmente antes da alimentação é importante ter cuidado com a higienização dos alimentos, frutas, verduras; sempre consumir água filtrada porque definitivamente essas são as principais formas de contaminação pela bactéria causadora da cólera.

Especialista explica sobre uso de métodos e procedimentos estéticos para cuidados com o corpo
Foto: Divulgação

Os dias de sol de verão, e a grande busca para alcançar e exibir o corpo perfeito, tem ocasionado muitas dúvidas sobre procedimentos estéticos. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil é um dos principais países com maior número de procedimentos não cirúrgicos de preenchimento com PMMA, que é um dos tipos de métodos estéticos. 

 

Além dessa ferramenta, diferentes procedimentos têm se popularizado no país, é o caso da Mini Extração Lipídica  Ambulatorial, uso de polimetilmetacrilato entre outros. 

 

No entanto, mesmo com a autoestima preenchida para realização desses procedimentos, a pressa para alcançar resultados positivos, pode trazer alguns problemas, caso não sejam realizados da forma correta. 

 

Diante disso, a reportagem do Bahia Notícias, entrevistou o médico nutrólogo Icaro Pereira para saber quais são os métodos e procedimentos que têm resultados mais eficientes e saudáveis, além dos riscos que podem acontecer. 

 

“Na verdade existe uma técnica específica para se executar o procedimento e são dois procedimentos médicos que são feitos exclusivamente por médicos. Ele pode executar qualquer atividade médica, contando que ele tenha o treinamento e habilidade para executar e para fazer o procedimento de retirada de gordura corporal. Enfim, ele requer e exige uma técnica apurada para se fazer e para ser seguida no procedimento, para que isso seja feito da forma mais segura possível”, explicou.  

 

Confira entrevista completa 


Quais os efeitos e problemas que podem acontecer caso esses procedimentos e métodos estéticos sejam realizados de forma incorreta, apressadamente? 

A “pressa” vamos falar assim, ela é do paciente, de ter o resultado mais rápido. Mas existem alguns métodos que nós podemos utilizar tanto como preenchedores corporais como esvaziadores corporais. O grande ponto é que existe um prazo mínimo para recuperação desses pacientes,  que querem um resultado visível mais rápido. A gente tem alguns métodos que nós vamos retirar a gordura no procedimento minimamente invasivo de forma localizada. Para a gente ele vai ter um resultado visível rápido, porém o resultado final do procedimento vai demorar mais ou menos quatro a cinco meses, só que precisamos de recuperação mínima de 15 dias 15 dias. 


Os resultados desses procedimentos podem se tornar visíveis após quanto tempo? 

O PMMA que é o polimetilmetacrilato vai dar volume corporal, onde podemos aumentar estruturas corporais como glúteo que a maioria das mulheres querem, homens gostam muito de aumentar a panturrilha, ombro bíceps, entre outros. A recuperação desse paciente, vai ser de 15 a 20 dias para ele voltar a fazer suas atividades físicas e o resultado também visível na sua melhor forma vai ser no período de aproximadamente 2 A 3 meses. Então os procedimentos acabam sendo visíveis sim de uma forma tecnicamente rápida; questão de 15 a 20 dias, porém o resultado final desses procedimentos será na casa de três a quatro meses. Então vai depender muito do prazo que essa pessoa quer para ter o resultado


As técnicas realizadas nesses procedimentos são consideradas seguras para os pacientes? 

Sim, são seguras. Na verdade existe uma técnica específica para se executar o procedimento e são dois procedimentos médicos que eu trouxe que são feitos exclusivamente por médicos. Ele pode executar qualquer atividade médica, contando que ele tenha o treinamento e habilidade para executar e para fazer o procedimento de retirada de gordura corporal. Enfim, ele requer e ele exige uma técnica apurada para se fazer e para ser seguida no procedimento, para que isso seja feito da forma mais segura possível



Por que o uso de terapia hormonal, reposição hormonal tem crescido constantemente nos últimos anos? 

R -  No mundo que vivemos hoje, uma correria absurda, nível de estresse elevado, alimentação ruim e carência nutricional; falta de atividade física; sono prejudicado todos esses elementos são fatores para a redução da produção de hormônio e nós sabemos que a produção de estradiol regulam diversas funções no nosso organismo em relação à disposição; energia qualidade de sono vitalidade. Inclusive nossa parte estética, os hormônios sexuais querendo ou não exercem uma função extremamente importante no nosso nível de massa muscular; no nosso nível de gordura. Então a população em geral está com deficiência hormonal. Nós tratamos isso no consultório quando atendemos pacientes de meia idade, além dos processos naturais de envelhecimento nós temos o estilo de vida que é muito prejudicado hoje com acesso à informação. As pessoas têm buscado a orientação, tem buscado investigar e se cuidar e quando nós realizamos a reposição hormonal de forma correta, conseguimos observar não só a melhora física do paciente, mas principalmente a melhora da qualidade de vida, a pessoa se sente mais disposta com mais energia com mais libido ou melhora a qualidade do sono e muitas vezes a melhora do rendimento no trabalho porque a pessoa está ali mais ativa.

Especialista explica sobre benefícios dos cuidados paliativos em tratamento de pacientes com doenças graves
Fotos: Igor Barreto / Bahia Notícias

A importância dos cuidados paliativos em casos de pacientes com doenças graves tem crescido nos últimos anos no Brasil. O tema ganhou mais proporção, após o jogador Pelé ser diagnosticado com metástases no intestino, no fígado e no pulmão, mas não responder ao tratamento quimioterápico e passar pelos cuidados paliativos. 

 

A abordagem multidisciplinar tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e minimizar o sofrimento de pessoas com doenças graves, a exemplo do câncer, entre outras. Engana-se quem pensa que o tipo de tratamento é utilizado para quem está em fase terminal, mas é um tipo de cuidado que busca promover o conforto e a dignidade do paciente. 

 

Para entender melhor sobre os cuidados paliativos, a reportagem do Bahia Notícias, foi entrevistar a médica paliativista, Fernanda Tourinho, que explicou sobre a importância do tipo de tratamento para pacientes, familiares e cuidadores.  

 

“A gente diz que cuida do binômio.Naturalmente o paciente no centro do cuidado, como o personagem mais importante, mas a saúde por algum tempo ignorou o fato de que as famílias adoecem em conjunto e sofrem em conjunto e são os principais cuidadores. Então quando você abre espaço para essa família, para educar sobre o que está acontecendo, para discutir qual é o prognóstico, o que é que vai acontecer no futuro; como eles podem se preparar para falar das suas dores; da sua sobrecarga; do Burnout que enfrentam ao cuidar de um paciente durante muitos anos você também alivia esse sofrimento e melhora os índices de qualidade de vida; de estresse pós traumático”, disse Tourinho. 

 

“Você reduz as chances de um luto prolongado que era antigamente chamado de luto complicado. Então você integra esse cuidado e para de achar que a família é complicada para na verdade uma família que está sofrendo É muito importante incluir os cuidadores que estão na linha de frente, que estão ali prestando cuidado, muitas vezes são cuidadores profissionais, mas que não estão participando das decisões, não estão sendo informados adequadamente sobre aquilo que está acontecendo e acabam sofrendo muito em conjunto”, observou a paliativista. 

 

Confira entrevista completa

 

Apesar de ser um tema que avançou bastante nos últimos anos, muitas pessoas ainda não conhecem a definição sobre os cuidados paliativos. O que significa os cuidados paliativos? Qual o conceito deste tipo de cuidado? 

Cuidado paliativo é uma abordagem realizada por uma equipe multidisciplinar que tem como objetivo principal aliviar o sofrimento e promover qualidade de vida. Sofrimento  de pacientes familiares e cuidadores que estão enfrentando o que a gente chama de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Ou seja, é uma doença ativa, grave e progressiva e que coloca o paciente em face de uma série de problemas que são de ordem física por conta do próprio nascimento. Mas também de ordem social, de ordem psíquica, de ordem espiritual. Então diante de todas essas dificuldades que são enfrentadas pelo paciente. A gente vai fazer uma abordagem por uma equipe multidisciplinar olhando para todas essas quatro dimensões para aliviar o sofrimento desses pacientes. 

 

Quais são os profissionais de saúde que fazem parte dessa equipe multidisciplinar?  Quais são os pacientes que podem receber cuidados paliativos? Quando que esses pacientes devem iniciar os tratamentos? 

Não somente o médico, a equipe de cuidados paliativos é composta por todos os profissionais da área de saúde e ainda por outros profissionais de cuidado, como o próprio cuidado ou de terapias integrativas. Elas devem ser iniciadas em conjunto com essa assistência modificadora de doença. Então se um paciente recebe um diagnóstico de uma doença grave, de um câncer que já é metastático, que já se espalhou para outras regiões do corpo, esse paciente vai procurar um oncologista e vai começar o tratamento oncológico, mas ele também vai poder ter o acompanhamento de uma equipe de cuidados paliativos, que vai cuidar de seus sintomas, que vai fazer um planejamento de cuidados. Como é que esse paciente deseja ser cuidado? Quais são seus valores? Quais áreas da sua vida estão sendo afetadas. Então não é que a gente tenha um profissional para cada uma das áreas, né para espiritual, para psíquica. A gente tem a Capelania, a gente tem o psicólogo, a gente tem o serviço social, né? O assistente social tem o papel de cuidar das questões sociais, mas sobretudo que todos os profissionais da equipe possuem esse olhar integrado para todas as dimensões. Então existem as especificidades de cada profissão, mas existe esse olhar integrado. 

 

Quais tipos de doenças podem ter esse tipo de tratamento? 

Doenças neurológicas, demências que a gente tem, por exemplo a doença de Alzheimer. A gente está falando de pacientes com doenças renais hepáticas, então a etiologia não importa o que importa é a gravidade e o sofrimento que o paciente esperanciar durante o adoecimento cardiovascular. Doenças cardiovasculares quer que eu estou falando, doenças como insuficiência cardíaca que é uma doença que tem um altíssima morbidade, ou seja, atrapalha demais a qualidade de vida dos pacientes e também tem uma mortalidade muito alta. Doença de Parkinson dentro das doenças neurológicas. Insuficiência renal de alítica paciente, tem uma mortalidade muito grande associada a isso e também um sofrimento muito grande por conta do seu processo de adoecimento. Então há diversos exemplos de doenças que acometem diferentes órgãos e sistemas que podem se beneficiar da abordagem de cuidados paliativos como alívio de sintomas da melhora da qualidade de vida, de colocar o paciente no centro do cuidado, pois o que importa é a pessoa e não uma doença. A gente trata o indivíduo utilizando todos os recursos tecnológicos e não tecnológicos. 

 

 

Como que a parte religiosa e espiritual contribui também para esse tipo de cuidado. Como é que ele atua dentro dos cuidados paliativos? 

A primeira coisa para gente entender é que espiritualidade não é a mesma coisa de religiosidade. A manifestação da sua espiritualidade ?ode acontecer através de uma prática religiosa ou não. Espiritualidade é algo próprio de todo ser humano, mesmo uma pessoa que seja ateia tem a sua espiritualidade, a sua relação com o consagrado de alguma forma. Essa é uma dimensão fundamental do ser humano, a dimensão que envolve a esperança, a dimensão que envolve a busca por significado e que portanto precisa ser olhada e cuidada. E mais ainda espiritualidade é ciência. A gente dispõe de diversos artigos científicos que demonstram a importância dessa abordagem e existem formas técnicas de fazer isso, de abrir espaço para que o paciente coloque a sua espiritualidade, e como esses valores espirituais influenciam inclusive na sua jornada de tratamento e de doença. Então, a grande palavra do cuidado paliativo é integrar e não fragmentar. A medicina moderna evoluiu muito e isso é muito bom, pois hoje a gente consegue ofertar tratamentos que antes a gente não conseguia para condições que antes não eram possíveis de ser tratadas, mas ela acabou separando o biológico do biográfico.

 

A gente precisa integrar porque a nossa vida biográfica, ela tem talvez mais valor, inclusive do que nossa vida biológica. A gente não trata corpos, a gente trata pessoas, então com esse conceito é possível ter esse olhar multidimensional para aliviar o sofrimento. 

Mesmo com o avanço da discussão do tema, ainda enfrentamos grandes desafios na falta de conhecimento popular sobre os cuidados paliativos. O que faz isso acontecer? 

O preconceito vem da ignorância né? Ignorância no sentido de falta de conhecimento, porque não houve acesso. Falando de profissionais de saúde, a gente não tem cuidados paliativos dentro das graduações de saúde. Eu me formei em 2010, sem nunca ter ouvido falar sobre cuidados paliativos. Eu já fazia parte de uma liga de Oncologia, eu sabia que eu gostava de cuidar de pacientes graves, mas eu não conhecia essa abordagem enquanto uma área de atuação que eu poderia me informar e aprender tecnicamente para aliviar o sofrimento dos pacientes. Então, eu acho que é a falta de educação para os profissionais de saúde sobre os benefícios dos cuidados paliativos, a gente tem caminhado bastante nesse sentido. Em dezembro do ano passado se tornou obrigatório o ensino de cuidados paliativos dentro das faculdades de medicina e a tendência é que no futuro outras faculdades de saúde também incorporem isso e eu pessoalmente tenho me dedicado. Deixei a assistência há um ano e hoje eu atuo somente através do ensino de cuidados paliativos nas redes sociais para profissionais de saúde para preencher essa lacuna da formação. Hoje a gente não oferta pois não sabemos fazer e quando a gente não sabe fazer a gente faz errado. Então a gente precisa primeiro aprender para desmistificar. 

 

Quais os benefícios que os cuidados paliativos podem proporcionar para familiares e acompanhantes de pacientes? 

A gente diz que cuida do binômio.Naturalmente o paciente no centro do cuidado, como o personagem mais importante, mas a saúde por algum tempo ignorou o fato de que as famílias adoecem em conjunto e sofrem em conjunto e são os principais cuidadores. Então quando você abre espaço para essa família, para educar sobre o que está acontecendo, para discutir qual é o prognóstico, o que é que vai acontecer no futuro; como eles podem se preparar para falar das suas dores; da sua sobrecarga; do Burnout que enfrentam ao cuidar de um paciente durante muitos anos você também alivia esse sofrimento e melhora os índices de qualidade de vida; de estresse pós traumático. Você reduz as chances de um luto prolongado que era antigamente chamado de luto complicado. Então você integra esse cuidado e para de achar que a família é complicada para na verdade uma família que está sofrendo É muito importante incluir os cuidadores que estão na linha de frente, que estão ali prestando cuidado, muitas vezes são cuidadores profissionais, mas que não estão participando das decisões, não estão sendo informados adequadamente sobre aquilo que está acontecendo e acabam sofrendo muito em conjunto

 

Onde que pacientes podem ter acessos a cuidados paliativos na Bahia e em Salvador? 

A maioria dos grandes hospitais particulares já dispõe de equipe de cuidados paliativos. O Hospital das Clínicas e o Roberto Santos possuem uma comissão de cuidados paliativos. Salvador, tem também uma unidade hospice que é uma unidade para cuidados de fim de vida. E a gente está indo agora para construção do primeiro hospital público que vai ficar no antigo Instituto Couto Maia. É uma iniciativa do Governo do Estado que vai contar com 80 leitos para acolhimento de pacientes em cuidados paliativos que necessitam de internação. A gente tem também ambulatório na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública para acolhimento a pacientes de cuidados paliativos também pelo SUS. A gente tem diversas empresas de home care que possuem atendimento de cuidados paliativos 

 

Primeira mulher a presidir CFMV, Ana Elisa Almeida projeta gestão mais próxima de veterinários e zootécnicas
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

A médica-veterinária, Ana Elisa Almeida, será a primeira mulher a presidir o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). A baiana, que tomou posse na última sexta-feira (15), possui uma trajetória na Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ingressando na vida pública em 1999, ao ser convidada para presidir a Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia (SMVBA). 

 

Em 2001, por meio da SMVBA, levou para Salvador o Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária. Após o evento, a médica foi convidada para ngressar na diretoria do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV-BA). Ela foi ainda secretária-geral da autarquia no triênio 2003-2006. Em 2008, tornou-se a primeira mulher a presidir o CRMV-BA. 

 

Em entrevista exclusiva ao Bahia Notícias, a presidente do CFMV revelou que tem a meta de proporcionar uma maior visibilidade para médicos veterinários e zootecnistas durante sua gestão. 

 

“A gente precisa mostrar à sociedade a importância do médico veterinário e do zootecnista. As pessoas não sabem quando sentam em uma mesa, a quantidade de médicos veterinários responsáveis e presentes ali, já que muitas vezes eles estão envolvidos em um trabalho no laticínio e etc. O médico veterinário está ali presente na vida do cidadão, a gente quer mostrar e fazer com que a própria sociedade entenda onde o médico veterinário está. Nós vamos inclusive destinar um recurso, através de campanhas publicitárias para mostrar à sociedade a importância dessas duas profissões”, disse. 

 

Ana Elisa comentou também sobre a expectativa para o triênio que vai conduzir no órgão.  “A expectativa é grande, principalmente por ser tudo novo. Nós, mulheres, somos assim, temos capacidade de ouvir e de acolher. Eu acho que o mundo está precisando também disso, de decisão, mas também decisões estudadas, decisões pensadas. Então eu espero corresponder todas as expectativas que estão sendo depositadas”, completou. 

 

Confira a entrevista completa:

 

Qual o panorama e a avaliação que você faz da antiga gestão do CFMV? 

Sou suspeita de falar, pois já participava dessa gestão. A gente queria e conseguimos uma mudança quando assumimos em 2017. Hoje, o nosso conselho está mais transparente, tanto que nós tivemos uma referência do Tribunal de Contas com nota máxima no quesito transparência. Tudo nosso é aberto. Nos aproximamos bastante dos Conselhos Regionais que executam as ações, já que a gente é um órgão de segunda instância. Quem executa, quem fiscaliza e faz todo o tribunal de honra são os regionais, que são órgãos de primeira instância. Estamos renovando nosso sistema de forma online. Um sistema unificado de administração pública, onde os processos fluem com mais facilidade e agilidade, que qualquer pessoa tem acesso. 

 

Quais serão as principais metas e objetivos a serem traçados em sua gestão para este triênio? O que ainda precisa ser alcançado e superado no CFMV? 

Nós vamos priorizar quatro eixos: gestão participativa que é importantíssimo, onde queremos ter um canal de comunicação permanente e ouvir nossos colegas dos Regionais. Depois nosso outro eixo nosso é fazer uma articulação institucional, a gente precisa conversar com os órgãos que estamos relacionados. São esses órgãos que fazem as leis e a gente precisa dessa construção com o Ministério da Saúde, Ministério da Educação entre outros. O terceiro item é a modernização dos processos. Já estamos fazendo fiscalização online e remota inclusive. O quarto item é gerar visibilidade das profissões. A gente precisa mostrar à sociedade a importância do médico veterinário e do zootecnista. As pessoas não sabem quando sentam em uma mesa, a quantidade de médicos veterinários responsáveis e presentes ali, já que muitas vezes eles estão envolvidos em um trabalho no laticínio e etc. O médico veterinário está ali presente na vida do cidadão, a gente quer mostrar e fazer com que a própria sociedade entenda onde o médico veterinário está. Nós vamos inclusive destinar um recurso, através de campanhas publicitárias para mostrar à sociedade a importância dessas duas profissões. Vamos destinar outros recursos também para o planejamento, onde pretendemos estar presentes nos grandes congressos das feiras agropecuárias, no agronegócio que é muito forte e que contribui com uma parcela, onde nós somos um dos atores principais. Então queremos ter essa participação mais efetiva nesses segmentos. 

 

O CFMV reforçou o pedido para o Ministério da Educação (MEC) suspender graduação a distância em Medicina Veterinária. Atualmente como está este processo? E quais serão as novas medidas que vocês vão buscar em 2024? 

Não só Conselho Federal, mas como todo o sistema é radicalmente contra. O curso de medicina veterinária, inclusive as nossas diretrizes curriculares nacionais dizem que é necessário a prática. Então não podemos ter um curso em que o aluno não tenha o treinamento em serviço, não pegue, não sinta. Nós somos radicalmente contra, isso já é pacificado. Estamos inclusive conversando com o MEC, tivemos com o ministro Camilo [Santana] e ele se mostrou favorável a não ter [cursos de Veterinária EAD]. Estamos querendo inclusive retornar o exame de proficiência nos moldes da OAB. Queremos que este exame seja para que a gente tenha um parâmetro nesse sentido. Isso vai fazer com que o Conselho Federal participe das avaliações do MEC, na autorização de novos cursos e abertura de mais vagas. Hoje temos um termo de colaboração com o MEC e a nossa comissão nacional de educação avalia alguns cursos, só que é uma avaliação construtiva que não é deliberativa. Então nós recebemos 40 processos de solicitação de autorização de cursos. Visualizamos que algumas instituições não tinham as mínimas comissões oferecidas. Então a gente gostaria de participar dessa avaliação, mas com critérios técnicos até para que possamos ter uma avaliação mais precisa da qualidade desses cursos. Nós estamos querendo aprovação de um Projeto de Lei que prevê apenas 10% de carga horária para conteúdos teóricos. 

 

Estudantes do curso de medicina veterinária da Universidade Federal da Bahia (UFBA) alegaram que alguns professores estariam perseguindo alunos e calouros. Essa informação já chegou para o CFMV? Como que você vai acompanhar essa questão? 

Isso já chegou ao conhecimento do Conselho Regional e também do Federal. Eu vi inclusive na página no Instagram da Escola Veterinária e fiquei sem entender. Mas eu ainda não sei muito bem especificamente. Vi em grupo também e eu vou até depois conversar com o diretor da Escola, mas em termos assim de denúncia perante o conselho não chegou nada nem no Conselho Regional e no Federal. Os professores são médicos veterinários ou zootecnistas e estão escritos no conselho. Caso seja verificado que essa atitude configure uma infração ética com certeza serão avaliados e caso se comprove serão penalizados. O conselho tendo conhecimento pode ser aberto um processo e aí pode se fazer uma apuração. O conselho vai designar um instrutor, um relator para analisar e ouvir as partes. Depois disso vai ser determinado um relator para analisar aquilo que o instrutor colocou. 

 

Como o CFMV está acompanhando a construção do Hospital Veterinário de Salvador?

Para o médico veterinário será mais uma oportunidade no mercado de trabalho, é algo importante. Agora uma preocupação nossa é a manutenção desse hospital. Como é que o o todos os o aparelhamento os os insumos serão mantidos? Essa é a nossa maior preocupação. Inclusive eu soube até  que poderia ser uma até gestão na área de uma organização social.  A nossa preocupação é que esses hospitais, de primeira, precisam estar inscritos no Conselho pois é uma atividade privativa.

 

Qual a expectativa para iniciar a gestão no CFMV? 

Estou recebendo esse desafio com muita responsabilidade. Nós ingressamos no sistema em 2003, quando eu fui secretária geral aqui do Conselho Regional da Bahia. Mas o Conselho Federal é totalmente diferente. Porém, é um aprendizado. Nós estamos com uma equipe muito boa. Tenho certeza que juntos vamos fazer mais e vamos mais longe. A expectativa é grande, principalmente pois tudo é novo. Nós, mulheres, somos assim, temos capacidade de ouvir e de acolher. Eu acho que o mundo está precisando também disso, de decisão, mas também decisões estudadas, decisões pensadas. Então eu espero corresponder todas as expectativas que estão sendo depositadas.

Médico baiano é integrante da pesquisa que usa técnica de edição de genes no combate a anemia falciforme
Foto: Glenn Ramit / Innovative Genomics Institute

O baiano Bruno Solano, médico pesquisador da Fiocruz e especialista em terapia celular, é um dos integrantes de um estudo que busca  alternativas mais eficientes para reduzir custos de um tratamento para pacientes que sofrem com doenças de falciformes no mundo. Trata-se da técnica de edição de genes CRISPR para atacar doenças como a anemia falciforme, condição genética e hereditária que traz complicações graves, com prevalência na população negra. 

 

 

O CRISPR é uma ferramenta que permite editar com precisão o DNA de microorganismos, plantas e animais e fez com que à Jennifer Doudna e Emmanuelle Charpentier fossem vencedoras do Nobel de Química em 2020. 

 

O pesquisador baiano participa à frente do trabalho em um laboratório no IGI (Innovative Genomics Institute), nos Estados Unidos, fundado pela ganhadora do Prêmio Nobel de Química em 2020 Jennifer Doudna. Atualmente, os custos podem chegar a US$ 2 milhões por paciente.

 

Segundo o especialista, a pesquisa apresentou “resultados muito encorajadores” no combate a condição genética e hereditária, que atinge de 60 a 100 mil pessoas no Brasil. No Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia (um caso a cada 650 nascidos vivos) como locais com alta incidência. 


 

“Essa tecnologia nova que a gente chama de CRISPR é um método novo que a gente consegue ir no ponto específico do DNA e fazer alterações e correções  de mutações e isso tem uma implicação direta em doenças genéticas como o caso da anemia falciforme. É uma técnica que está completando dez anos agora e a gente tem uma série de evoluções para que essa tecnologia seja aplicada a tratamento de doenças humanas como a anemia falciforme”, disse. 

 

 

“Aqui nos Estados Unidos já têm estudos avançados com o tratamento de mais de 70 pacientes com essa doença, com resultados muito encorajadores em termos de segurança do procedimento e da eficácia também no controle dos sintomas e em alguns casos até em cura funcional. Então são muito animadores os resultados, então nos próximos meses vamos ver uma aprovação da agência americana para comercialização”, explicou.   

 

Confira entrevista completa:  

 

Fatores de personalidade podem impactar no desenvolvimento de transtornos alimentares
Foto: Reprodução / Acervo Pessoal

Dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) indicam que cerca de 70 milhões de pessoas no mundo sejam afetadas por algum transtorno alimentar, incluindo anorexia, bulimia, compulsão alimentar e outros. 

 

Com o objetivo de chamar a atenção da população acerca destas condições, o 2 de junho foi formalizado como o Dia Mundial de Conscientização sobre os Transtornos Alimentares.

 

No estado, iniciativas como a do Grupo de Atuação em Transtornos Alimentares da Bahia (GATAB), formado por profissionais que atuam na área, reforçam a causa e prestam apoio, através da atenção a pacientes e familiares e na pesquisa desse grupo de transtornos.

 

Uma das integrantes é a psiquiatra Patrícia Lemos, que concedeu entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ela, uma série de situações podem impactar no desenvolvimento destas condições, inclusive fatores de personalidade. Portanto, o tratamento também deve considerar o acompanhamento em diversas esferas. 

 

"Quando a gente fala de tratamento interdisciplinar, estamos falando de acompanhamento com, no mínimo, psiquiatra especializado, psicólogo e um nutricionista", pontuou a médica durante a conversa.

 

Ela ainda comentou acerca do risco de óbito, características do tratamento e locais de atendimento especializado em Salvador, além da prevalência e dos sintomas mais comuns.

 

Confira a entrevista completa: 

Assintomático, glaucoma é mais agressivo na população negra e pode ser prevenido de forma facilitada
Foto: Priscila Melo / BN

Estima-se que 1% a 2% da população global viva com o glaucoma nos dias atuais. No caso da população brasileira, a estimativa é de que 900 mil pessoas sejam portadoras da doença. Para conscientizar a sociedade sobre a necessidade de prevenção desta condição, é comemorado nesta sexta-feira (26) o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.

 

Para falar sobre o assunto, o Bahia Notícias convidou a oftalmologista Aline Uzel, da rede pública da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador. Especialista no assunto, a profissional evidenciou a importância do acompanhamento contínuo e esclareceu quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma.

 

"Muita gente confunde achando que glaucoma é igual a pressão ocular aumentada, mas a gente tem alguns tipos de glaucoma, inclusive existe o glaucoma de pressão normal, em que a pressão está teoricamente normal, mas pra aquele determinado paciente ela pode estar sendo elevada e danificar o nervo ótico", esclareceu a médica sobre os mitos em torno do problema.

 

Segundo ela, a resolução da questão pode estar a poucos metros de casa, uma vez que os postos de saúde servem como porta de entrada para a realização de consultas preventivas e também do tratamento. "Para ter acesso, o paciente pode ir no posto de saúde e pedir para marcar um oftalmologista. Aí ele é direcionado", exemplificou a entrevistada.

 

Queria que a senhora me dissesse de forma sucinta o que, de fato, é o glaucoma.
O glaucoma é uma neuropatia ótica em que o maior fator de risco é o aumento da pressão intraocular. É uma alteração que dá no nervo e pode levar a cegueira, exatamente pela degeneração das células do nervo ótico. E, como eu disse anteriormente, a pressão intraocular é o maior fator de risco. 

 

Muita gente confunde achando que glaucoma é igual a pressão ocular aumentada, mas a gente tem alguns tipos de glaucoma, inclusive existe o glaucoma de pressão normal, em que a pressão está teoricamente normal, mas pra aquele determinado paciente ela pode estar sendo elevada e danificar o nervo ótico.

 

Qual a incidência do glaucoma na população mundial e na população brasileira? Temos esses dados?
Dados e números talvez eu não consiga te dar agora, mas, para você ter uma noção, é a patologia que é a maior causa de cegueira irreversível do mundo. Na Bahia a gente tem uma peculiaridade: o fato de ser um estado com a raça negra um tanto quanto predominante. E nos negros o glaucoma é muito mais agressivo. Então se não tiver controle, uma boa prevenção, a gente acaba tendo incidência de cegueira muito grande.

 

Existem doenças que atenuam essa condição ou outros fatores de risco?
Existem alguns fatores de risco. A pressão intraocular elevada, como eu falei, é um dos maiores fatores de risco, mas tem ainda o fator raça, a presença da miopia - que apesar de ser um fator de risco menor, é uma predisposição, porque o olho do míope é mais frágil -, o histórico familiar e há também o fator idade, porque existe um risco maior após os 40 anos.

 

Se a senhora pudesse indicar medidas de prevenção, quais seriam?
Vá ao oftalmologista! Parece um jargão, mas é a maneira mais fácil de poder prevenir o glaucoma. Ele não tem cura. É uma doença que tem controle, mas o maior risco é que ela é silenciosa. Então, o olho não dói, o olho não coça, o olho não arde, a pressão começa a aumentar, o paciente não sente e o nervo ótico está sendo danificado. O paciente vai perdendo a visão periférica, inicialmente, por isso que não percebe, vai diminuindo e ele só vai se dar conta quando já está tropeçando e se batendo nas coisas. A consulta regular ao oftalmologista é a maior prevenção que a gente pode fazer ao glaucoma. Porque no consultório a gente vai medir sua pressão, a gente vai ver seu fundo de olho, vai ver seu nervo ótico com detalhes, além de colher toda essa história. 

 

Se tratando de acompanhamento oftalmológico, o que seria uma frequência regular?
Quando o paciente é jovem, até 39 anos, uma vez por ano está tranquilo. Como sou especialista em glaucoma, eu aperto mais um pouquinho e aconselho que, após os quarenta ou se tiver história familiar, faça consulta a cada 6 meses.

 

Os instrumentos de diagnóstico são acessíveis? Existe uma rede específica de atenção ao glaucoma, por exemplo?
Temos uma rede do SUS que dá esse suporte. No estado há o Hospital Roberto Santos, no âmbito federal existe o Hospital das Clínicas e a nível municipal a gente tem alguns postos de saúde com o atendimento oftalmológico, além do Multicentro Carlos Gomes, do Multicentro do Vale das Pedrinhas e várias clínicas parceiras que são credenciadas. Para ter acesso, o paciente pode ir no posto de saúde e pedir para marcar um oftalmologista. Aí ele é direcionado. Além dos que citei, Salvador tem hospitais filantrópicos como o Santa Luzia, o Humberto Castro Lima e o Santa Izabel.

 

Como ele é identificado por profissionais oftalmologistas? Há algum tipo de exame?
Bom, quando a gente chega na consulta básica do oftalmologista, a gente vai ver a visão do paciente e colher a história. A anamnese é uma coisa muito importante pra diagnóstico de qualquer patologia. Depois que a gente faz a parte do ajuste da visão, medimos a pressão dele, já partimos para a primeira parte que nos direciona para o glaucoma, então aí vemos o fundo do olho. Se é um paciente que está com a pressão elevada ou tem o nervo ótico suspeito, encaminhamos para os exames específicos de glaucoma, que são: campo visual, retnografia, paquimetria, OCT, gonioscopia. E tudo isso está disponível na rede pública de saúde. 

 

Recapitulando o que conversamos: para além da diminuição do campo de visão, não há sinais, correto? 
Esses sintomas [da diminuição do campo de visão] só aparecem quando já está muito grave, porque não há sinal algum. O risco do glaucoma levar a cegueira é exatamente o fato dele ser assintomático. Para o paciente chegar nesse ponto, ele tem que ter ficado muito tempo sem ir no oftalmologista. Muitas vezes a gente vê pacientes indo em optometristas, principalmente no interior e em bairros de periferia, com técnicos que não são médicos. [É necessário lembrar que] o exame oftalmológico é um ato médico e esses procedimentos estão sendo realizados de maneira ilegal. Então, o pessoal vai, faz só o exame de óculos, passa na ótica e compra, sem o devido acompanhamento. Com isso ele não está vendo o fundo do olho, acha que está sendo examinado e na verdade não está fazendo um exame correto.


 
Quando diagnosticado, o glaucoma é enquadrado em um tipo, não é?
Vou te falar os mais comuns. O glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum e o que a gente faz agora a campanha de prevenção de forma ativa. Tem o glaucoma de ângulo estreito, que são aqueles que por ter um ângulo mais estreito, por algum motivo a pupila dilata, fecha o ângulo e tem uma crise aguda de glaucoma. Tem o glaucoma congênito também, que é quando a criança já nasce com. Temos o glaucoma infantil e juvenil, que é quando o paciente, na fase da infância ou na adolescência, vem a desenvolver a doença, mas que não é tão comum. Tem o pigmentar, o secundário, o corticogênico... temos então alguns tipos e o ideal é que a gente verifique mesmo no consultório.

 

Como é feito o tratamento?
Hoje a gente inicia, a depender do paciente, com a aplicação do laser - que tem tido um bom resultado para glaucoma inicial a moderado e hipertensos oculares - e partindo daí a gente vai para o medicamento. Mas, como todo tratamento clínico, se não há uma resposta, passamos para a cirurgia. Dentro da cirurgia a gente tem algumas opções, a exemplo da colocação de dispositivos e da trabeculectomia. Enfim, nós temos uma infinidade de procedimentos que podem dar condições ao paciente.

Diagnóstico que é preciso: Olivette Borba, coordenadora do Lacen, fala sobre ações do Fique Sabendo
Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS

Responsável por ações de orientação e detecção de infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) como HIV, Sífilis e Hepatites no Carnaval e durante outras festividades em Salvador, a coordenadora do Laboratório Central do município, Olivette Borba, acompanha de perto os índices de positividade na capital baiana.

 

Segundo ela, em entrevista ao Bahia Notícias, a última edição da folia da soteropolitana apresentou uma estabilidade no quantitativo de pessoas que descobriram, através do projeto Fique Sabendo, viver com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e um aumento no número de pacientes diagnosticados com sífilis.

 

A situação, ressaltou a profissional, se deve ao desinteresse da população acerca dos serviços disponibilizados pela rede pública durante todo o ano. "Na nossa rede temos mais de 150 unidades que fazem teste para ISTs e que a pessoa pode simplesmente chegar lá e pedir para fazer o teste. A gente sente essa falta de interesse", comentou.

 

Para ela, o surgimento de novos métodos de prevenção como o esquema PrEP e a PEP surgem como novos aliados, de modo que cada vez mais uma quantidade maior de pessoas tem aderido a tais fármacos. 

 

"A gente mudou o questionário do Carnaval e vimos que tinha pacientes fazendo PrEP e tinha gente que desejava fazer. E isso também foi uma orientação que a gente fez", salientou. 

 

Queria que você me explicasse o que é o "Fique Sabendo" e em quais ocasiões o programa é executado.

Ele envolve, além da testagem de  várias ISTs (HIV, sífilis, hepatite B, hepatite C, etc), orientações acerca da prevenção delas. Então, no projeto, a gente tem também o aconselhamento. Toda pessoa, mesmo estando negativa, é aconselhada. Nesse momento ela tira dúvidas, fala sobre as suas rotinas sexuais e outras coisas da sua vida. Há uns cinco anos nós entramos com a parte do tratamento para sífilis no próprio momento da detecção, com a aplicação da primeira dose da penicilina e o encaminhamento para nossos serviços de saúde. O Fique Sabendo, além do Carnaval, é desenvolvido em algumas ocasiões aqui na cidade. Na Parada LGBT, por exemplo, estamos sempre presentes, além  de ações em dezembro, porque é o mês de prevenção e combate ao HIV. Distribuímos também preservativos e ensinamos a usá-los, porque muita gente não conhece o modelo interno, e produzimos dados. No Carnaval é onde temos uma maior adesão. É quando a gente atende o maior número de pessoas e com isso a gente consegue obter alguns dados, a exemplo do tipo de público, o índice de positividade que a gente tem na nossa cidade e até mesmo a prevalência.

 

Quando o projeto surge e a partir de qual política pública ele se origina?

Temos ele em Salvador há mais de dez anos. Sendo que houve um intervalo de dois anos que a gente não utilizou. Durante a época da Copa do Mundo de 2014 foi um sucesso, fizemos inclusive uma parceria com a prefeitura de Aracaju, que veio para aqui para fazer com a gente, já que não houve jogos lá. Desde lá temos acompanhado o cenário, a positividade e a gente tem visto que para sífilis os índices estão crescendo. Por isso é tão importante esse diagnóstico, né? 

 

Quanto ao último Carnaval, qual foi o resultado dessa ação de vocês nos circuitos e quais públicos vocês identificaram durante o período? 

O módulo do Fique Sabendo na Barra fica bem no local mais frequentado pelo público LGBT, então foi o público que mais procurou o serviço lá. O da Praça da Piedade não, a gente atendeu diversos públicos. No entanto, o projeto surge como uma oportunidade para um público que dificilmente procura o serviço de saúde, como pessoas em situação de rua, possa ser acolhido. O índice de positividade para HIV esse ano continua na mesma média de 2020, que foi de 2,24. Em 2020 foi 2,5. Então está na mesma média, mas a gente ainda considera alto. A gente pôde perceber que algumas pessoas que iam lá fazer os exames já conviviam sabidamente com o HIV, já estavam fazendo tratamento e foram lá para verificar as outras doenças. Algumas pessoas que procuraram a gente que eram sabidamente positivas disseram ter descoberto a doença lá, em anos anteriores da ação. Isso dá um certo orgulho de estar fazendo esse serviço. Com relação à sífilis, a gente teve um aumento de mais de dois pontos percentuais, quando comparado a 2020. Esse ano a gente teve 13% de positividade. Isso daí é o que mais me chama a atenção. 

 

O que vocês, enquanto Laboratório Central, identificam com relação a esse aumento? Ao que se deve?

Acredito que seja pela falta de tratamento. As pessoas não buscam o serviço, que é gratuito, ofertado para todas as pessoas pelo SUS. Na nossa rede temos mais de 150 unidades que fazem teste para ISTs e que a pessoa pode simplesmente chegar lá e pedir para fazer o teste. A gente sente essa falta de interesse. Chegamos a ficar felizes que durante o Carnaval quem mais procura o Fique Sabendo é o público masculino, mas no restante do ano é esse mesmo público que foge dos nossos serviços. Por isso a gente faz atividades como o Sábado do Homem, que sempre tem testagem para IST, porque a gente entende que talvez seja porque estejam trabalhando e não vão até o local.

 

Me fala um pouco sobre os testes que vocês têm disponíveis?

No Fique Sabendo a gente só trabalha com teste rápido, né? Existem vários fluxos de diagnóstico de HIV. E um deles é através do teste rápido, onde você pode fazer o teste com duas marcas diferentes. Os outros são testes de triagem, mas que têm uma especificidade de mais de 90%. 

 

Uma vez que a pessoa é diagnosticada com IST, qual o fluxo que ela segue para que possa fazer o tratamento? 

No Fique Sabendo, a partir de 2015, a gente teve um ganho muito considerável, porque a gente ficava com aquele dado do paciente positivo, fazia busca ativa com as pessoas, mas achávamos isso insuficiente, aí a gente resolveu marcar consulta lá mesmo, no local da testagem. Então a gente protege a agenda dos médicos, pega algumas consultas dos médicos da nossa rede especializada ou de algum prestador que a gente tenha para atender e lá no Fique Sabendo mesmo a pessoa que apresenta resultado positivo, tanto para hepatite B ou C, quanto para HIV, já sai com sua consulta marcada. 

 

E quem é diagnosticado com sífilis já recebe ali mesmo a penicilina, não é?

Isso. Se a pessoa desejar pode iniciar o tratamento lá, com a primeira dose da penicilina. 

 

A gente tem visto nos últimos anos o surgimento de alguns métodos de prevenção, inclusive com a utilização de antirretrovirais como a PEP e o esquema PrEP. Vocês percebem a influência desses fármacos na redução de resultados positivos?

Acho que as pessoas, estão sabendo cada vez mais desses esquemas PEP e PrEP. A gente mudou o questionário do Carnaval e vimos que tinha pacientes fazendo PrEP e tinha gente que desejava fazer. E isso também foi uma orientação que a gente fez. 

"Ele quis tirar as pastas da Saúde e da Educação de escolhas políticas", diz Ana Paula Matos sobre ida para pasta
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Pouco tempo antes de completar dois meses à frente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) ainda comenta sobre sua indicação para a pasta.

 

Segundo ela, a escolha do prefeito Bruno Reis (União) aconteceu com base numa perspectiva que considerasse a nomeação de um quadro técnico - assim como foi para a Secretaria Municipal da Educação (SMED).

 

"Ele disse que ia buscar os técnicos mais experimentados, que tinham dado entregas e que tinham um perfil com cada pasta", afirma a pedetista durante conversa com o Bahia Notícias.

 

Ligada a pautas sociais, Ana Paula é administradora, formada em Direito, funcionária de carreira da Petrobras e também já exerceu a função de professora de cursos de graduação e pós-graduação e foi a convidada de março para um bate-papo sobre os desafios da gestão.

 

Ao site, ela conta que seu esforço tem sido em dar respostas para o município que sejam pensadas pela equipe que lhe auxilia e pelos usuários que utilizam o serviço público de saúde municipal. Nesse processo, seu maiores aliados têm sido o diálogo e a escuta.

 

"Estou impressionada positivamante com a capacidade dessa minha equipe, mas, sobretudo, tenho consciência de que a gente pode melhorar em diversos pontos. E eles tambêm têm", desenvolve Matos.

 

Os três anos de pandemia devem agora servir como um parâmetro de mudança. Se ao longo deste tempo a atenção da SMS se deu na resolução da crise sanitária, na emergência, agora deverá ser numa atenção preventiva.

 

"Isso significa que na Diretoria de Atenção à Saúde eu tenha que dividir a atenção primária, onde estão as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), com a atenção especializada, onde eu tenho alta e média complexidade, urgência e emergência", exemplifica, ao tratar da necessidade de reorganização da secretaria.

 

A primeira metodologia aplicada por ela foi um mapeamento da rede, através de um sistema, com o diagnóstico da estrutura física das unidades, aspectos relacionados aos recursos humanos empreendidos e outros detalhes que possibilitem uma compreensão das deficiências e potencialidades dos equipamentos de saúde.

 

A implementação deste esforço, explica a vice-prefeita, fará com que a administração possa ter em um segundo momento informações sobre a qualidade do serviço prestado. "Se já está bom, tem que ser ótimo", defende ela.

 

Nessa chegada, as tratativas com o governo do estado - apesar das diferenças político-partidárias - não têm sido um impeditivo. "A secretária Roberta [Santana] tem nos ajudado na regulação de pacientes, em algumas estratégias nas diversas áreas, inclusive na Vigilância Sanitária", revela.

 

No decorrer dos mais de trinta minutos de conversa, a titular fala sobre a criação da política municipal para distribuição de cannabis medicinal, discorreu acerca do desafio das filas de atendimentos especializados e cirurgias eletivas que aumentaram durante a pandemia e esclareceu alguns pontos sobre seu futuro na política.

 

Confira a entrevista completa aqui: 

Membra da transição do governo e nova titular da Sesab, Roberta Santana faz diagnóstico da saúde na Bahia
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

Administradora por formação, a secretária de Saúde da Bahia, Roberta Santana, entende muito das questões técnicas relacionadas ao órgão estadual de gestão da saúde que assumiu no início do mês enquanto titular e que já integra a equipe desde 2021.

 

Baiana de Feira de Santana, Santana já foi chefe de gabinete da pasta durante o mandato da médica Adélia Pinheiro e conduziu neste intervalo a diretoria-geral no enfrentamento da pandemia causada pela Covid-19. 

 

Durante este período, atuou reorganização da rede de assistência à saúde, com a implantação de estrutura e reforço nas unidades hospitalares para assegurar o atendimento à população.

 


Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

 

Convidada pessoalmente pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), ela conta essa atribuição se deu por conta da sua trajetória como servidora, com passagens por diferentes pastas, como a Embasa, a Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (Cerb) e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur). 

 

Também estão no seu currículo a coordenação da presidência da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a cadeita de diretora-geral da Secretaria Estadual da Educação (SEC), onde atuou diretamente com o atual chefe do Executivo baiano.

 

"Acho que fiz uma trajetória de degraus. Acho que é importante a gente passar um pouco do operacional para depois chegar em um nível mais estratégico. Acho que são etapas", definiu a entrevistada.

 


Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

 

Em sua primeira entrevista para o Bahia Notícias, Roberta Santana falou sobre potencialidades, desafios e até mesmo gargalos na área que agora assume, respondeu sobre assuntos que dizem respeito ao cenário que encontra, mas também como pensa o futuro. 

 

Para ela, sua nomeação corresponde a uma representatividade feminina no governo e se configura como seu maior desafio profissional. Apesar disso garantiu que irá, ao longo do tempo que estiver na cadeira, trabalhar "com muita responsabilidade, muito afinco, muito compromisso e muito amor".

 

Confira a entrevista completa: 

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Quem tem lúpus pode engravidar? Saiba os riscos e cuidados necessários

Quem tem lúpus pode engravidar? Saiba os riscos e cuidados necessários
Foto: Divulgação
O Lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que acomete principalmente mulheres em idade fértil e, portanto, uma dúvida comum entre elas é: quem tem lúpus pode engravidar?  Sim, muitas mulheres com lúpus conseguem engravidar e ter uma gestação saudável. No entanto, é importante que elas recebam cuidados médicos especializados antes e durante a gravidez, pois o lúpus pode aumentar o risco de complicações durante a gestação. Todo cuidado visa a saúde da mãe e de seus bebês.