Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Artigos

Colunistas

Podcast Bengalas discute visão da antropologia sobre a revolução da longevidade

Podcast Bengalas discute visão da antropologia sobre a revolução da longevidade
Foto: Divulgação
A longevidade da população brasileira não traz apenas demandas sobre saúde e estrutura, mas promove uma mudança significativa na construção do país enquanto sociedade. E o psicólogo Carlos Linhares foi convidado pelo Podcast Bengalas para trazer também uma visão antropológica sobre essa revolução.

Podcast Bengalas: Geriatra fala sobre conceito de Capacidade Intrínseca e impacto na saúde física e mental

Podcast Bengalas: Geriatra fala sobre conceito de Capacidade Intrínseca e impacto na saúde física e mental
Foto: Divulgação
Capacidade Intrínseca (CI), de acordo com o conceito introduzido pela Organização Mundial da Saúde, é o composto de todas as capacidades físicas e mentais de um indivíduo, avaliadas por cinco domínios: Cognição, Humor, Sensorial, Locomoção e Vitalidade. E quando se fala do cuidado de idosos, essa visão completa e complexa é essencial não só para a saúde dos pais, mas também dos filhos e demais membros da família. Para explicar as implicações desse debate, o Podcast Bengalas recebe, nesta terça-feira (7), a Geriatra e Gerontóloga Cristiane Machado.

Artigos

Endometriose na adolescência: como diagnosticar e tratar?

Por Alexandre Amaral

Endometriose na adolescência: como diagnosticar e tratar?
Foto: Divulgação

Sentir cólicas intensas e incapacitantes não é normal, principalmente quando não há melhora dos sintomas após uso de anti-inflamatórios. A falta de informação somada ao fato de uma crença equivocada em que cólica menstrual é algo comum, faz com que muitas adolescentes sofram por anos prejuízos escolares, sociais, físicos e psíquicos decorrentes da endometriose não diagnosticada. 


Nesse cenário, acredita-se que 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, 50% a 60% de adolescentes e adultos com dores pélvicas e até 50% de mulheres com infertilidade sejam afetadas pela doença, segundo uma publicação da Revista Febrasgo em 2023. Contudo, apesar da alta incidência, ainda é uma doença subdiagnosticada e a falta de informações se destaca como um dos principais fatores que prejudicam o diagnóstico precoce dessa condição. 

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio (camada interna que reveste o útero) em locais fora da cavidade uterina. O principal sintoma da doença é a cólica intensa. Outros indícios incluem dor para urinar (disúria), dor nas relações sexuais (dispareunia), dor ao evacuar (disquezia), dor pélvica crônica, além de sensação de fadiga e dor nas pernas.

Acompanhamento ginecológico
Como a enfermidade não tem um diagnóstico fácil, é necessário que a adolescente realize consultas ginecológicas regulares para relatar os possíveis sintomas da endometriose, além de fazer exames como ultrassonografia com preparo intestinal (caso já tenha tido relação sexual) e/ou a ressonância magnética da pelve sempre que necessário. Quando a doença é detectada precocemente, há mais possibilidades terapêuticas e, assim, é possível recuperar a qualidade de vida das pessoas acometidas.
 
Tratamento
O tratamento da doença exige acompanhamento multidisciplinar. São estratégias que precisam incluir um nutricionista para propor uma mudança na alimentação com uma dieta anti-inflamatória, prática de exercícios físicos aliada, eventualmente, ao tratamento hormonal, para as adolescentes que desejam utilizar hormônios, além de acompanhamento sempre com ginecologista especialista em endometriose. A cirurgia é a última opção de tratamento, a não ser em casos específicos, por isso, cada caso precisa ser avaliado individualmente.

 

*Alexandre Amaral é ginecologista, especializado em cirurgia ginecológica minimamente invasiva e membro do Núcleo de Endometriose e Fertilidade, em Salvador.  
 

Combate à infecção hospitalar ganha um importante aliado com a expansão dos hospitais-dia
Foto: Divulgação

A retomada dos procedimentos cirúrgicos e o aumento da presença de pacientes em hospitais após o fim da fase mais crítica da pandemia de Covid-19 traz à reflexão uma questão que mobiliza a comunidade científica em todo o planeta: o controle das infecções hospitalares.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 234 milhões de pacientes passam por um procedimento cirúrgico por ano, um número bastante significativo. No Brasil, o Ministério da Saúde projeta que a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações no país e, segundo a Associação Médica Brasileira, mais de 45 mil brasileiros morrem anualmente devido a infecções hospitalares.

 

Nos meios médicos, ao mesmo tempo em que cientistas e pesquisadores tentam reduzir o impacto desses números com o desenvolvimento de novos procedimentos e tecnologias de ponta, crescem as estruturas conhecidas como hospitais-dia, que surgiram e se desenvolveram em torno do conceito de desospitalização. Para os principais pesquisadores e especialistas da área, essas unidades trazem como um dos principais benefícios para os pacientes que realizam procedimentos de baixa e média complexidades uma menor permanência no ambiente clínico e cirúrgico e, consequentemente, um risco muito menor de contrair uma infecção.

 

A proposta dos day hospitals é oferecer atenção maior para pacientes, familiares, profissionais e operadoras de saúde, além de proporcionar maior satisfação em relação ao que é observado nas enfermarias tradicionais, mitigando riscos de infecções. A criação destas estruturas específicas com fluxo otimizado evita a espera e a burocracia das internações, a disputa por leitos hospitalares e proporciona menor trauma psíquico e emocional, reduzindo o risco de infecção e menores custos dos procedimentos”, complementa.

 

*Edson Bastos é otorrinolaringologista da Otorrino Center, clínica que integra o H+Brasil

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Vivemos uma epidemia mundial de diabetes: é preciso investir em tratamento
Foto: Divulgação

No Dia Nacional de Prevenção ao Diabetes, celebrado em 26 de junho, devemos lembrar a advertência feita pelo professor Andrew Boulton, ex-presidente da Federação Internacional do Diabetes (IDF, na sigla em inglês), de que a doença é uma epidemia mundial sem controle. Vamos aos fatos: a mais recente edição do Atlas do Diabetes estima que 537 milhões de pessoas no mundo, com idade de 20 a 79 anos, têm a doença. Essa população cresceu 16% em dois anos (2020 a 2021). 

 

A previsão é de que atinja 643 milhões de pessoas em 2030. A prevalência da doença no mundo é de 10,5% da população. Desse total, 44,7% não sabem que têm diabetes e, portanto, não a tratam. É o mesmo que dizer que a cada 1 mil adultos, 100 terão diabetes e 50 sequer saberão do diagnóstico.

 

Sabemos que o diabetes pode causar diversas complicações no nosso corpo: como cegueira, amputação dos pés e pernas, e levar à insuficiência renal ou à dependência de diálise. É também uma doença difícil de tratar, pois o paciente necessita de remédios, de insulina, precisa seguir uma dieta alimentar específica, realizar atividade física e um acompanhamento multidisciplinar, com oftalmologista e ortopedista, entre outras especialidades.

 

O Brasil ainda precisa evoluir mais, para ter sucesso no controle do diabetes. Em 2021, eram 16,8 milhões de pacientes e mais 18 milhões com grande risco de desenvolver a doença. Apesar de haver diversas formas, inclusive gratuitas, de tratamento e prevenção para diabetes, é necessário atenção redobrada no cuidado do médico com o paciente. É importante estar atento na análise da retina para identificar a retinopatia diabética, por exemplo, que pode levar à cegueira, e também nas avaliações para identificar o pé diabético, uma das principais complicações em pacientes.

 

A partir desses dados e da iminência de um aumento exponencial de casos da doença, a Hapvida NotreDame Intermédica desenvolveu, ainda em 2017, um programa dedicado exclusivamente aos pacientes diabéticos: o Viver Bem.

 

Entre as principais características da linha de cuidado com o paciente estão as informações centralizadas em sistema, o monitoramento do quadro de saúde e da evolução da doença, um programa que mostra quem fez o exame dos olhos e dos pés, se houve internação ou atendimento recente em Pronto Socorro. Outro diferencial são as consultas com enfermeiras especializadas em diabetes. Elas acolhem os pacientes, além de esclarecer dúvidas quanto a exames e medicações. A ação envolve diferentes profissionais da saúde, como nutricionistas e fisioterapeutas. A telemedicina é nossa aliada, com consultas regulares entre os pacientes e a equipe médica.

 

Os números do programa são impressionantes e não encontram muitas semelhanças com outras iniciativas em curso no mundo. Participam do Viver Bem 47.316 pacientes, de 13 cidades do Brasil, entre elas grandes capitais como Fortaleza, Recife, Salvador, Goiânia, Manaus, São Paulo e Curitiba. Nesse universo, a média de realização de exame para controle da hemoglobina glicada (que mede a quantidade de açúcar no sangue) é de 60%, número que destaca o sucesso do programa dentro da rede. 

 

Outros resultados clínicos conquistados evidenciam que o Viver Bem se constitui em um grande benefício aos pacientes. A frequência de amputação é 49% menor nos pacientes do programa, bem como a ocorrência de infarto agudo do miocárdio é 51% menor no grupo monitorado de diabéticos.

 

O sucesso do programa pode ser atribuído, principalmente, ao modelo de operação da companhia. A Hapvida NotreDame Intermédica é uma empresa de saúde verticalizada, o que significa dizer que as estruturas necessárias para o cuidado integral do paciente, como hospital, ambulatório, Pronto Socorro e farmácia, estão disponíveis aos nossos beneficiários. Para o tratamento adequado do diabetes, isso faz toda a diferença.

 

*Rodolfo Pires de Albuquerque é Diretor técnico corporativo da Hapvida NotreDame Intermédica

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Procedimentos Íntimos: rompendo tabus para o bem-estar feminino

Por Maíne Trece

Procedimentos Íntimos: rompendo tabus para o bem-estar feminino
Foto: Divulgação

A independência conquistada pela mulher moderna trouxe inúmeras vantagens, desde a autonomia financeira até a liberdade de escolha em diversos aspectos da vida. No entanto, a discussão sobre a saúde íntima feminina ainda é cercada por tabus, o que dificulta o acesso à informação e aos tratamentos adequados, além de gerar desconforto e insegurança. Promover a educação e a conscientização sobre a importância desses cuidados é essencial para quebrar preconceitos e permitir que as mulheres busquem os procedimentos que desejam sem julgamentos.

 

A insatisfação com a estética e a funcionalidade da região íntima é um desses assuntos sensíveis que muitas evitam discutir, mas que impactam significativamente em sua qualidade de vida e bem-estar. As alterações neste órgão podem ocorrer devido a fatores como gravidez, parto, envelhecimento e até mesmo genética. Essas mudanças podem resultar em desconforto físico, redução da autoestima e uma vida sexual menos prazerosa. As soluções são simples, mas, muitas vezes, desconhecidas pela maioria.

 

Contudo, a busca por intervenções íntimas está cada vez mais frequente. Isso porque, as mulheres  entenderam que têm o direito de se sentirem bem com seus corpos em todas as áreas da vida. Por que não cuidar da sua intimidade com o mesmo empenho? Existem procedimentos que são realizados de maneira minimamente invasiva e proporcionam resultados significativos com tempos de recuperação curtos, permitindo que as mulheres voltem rapidamente às suas atividades diárias. 

 

Mulheres que antes se sentiam constrangidas ou inseguras podem experimentar uma nova sensação de confiança e liberdade, tanto em suas relações íntimas quanto em outras esferas. O impacto desses tratamentos vai além da estética. Eles podem transformar a vida de uma mulher, proporcionando um aumento na autoestima e uma vida com muito mais prazer na sua intimidade. Eles oferecem uma oportunidade de reconexão e empoderamento, permitindo que vivam suas vidas plenamente. 

 

Fique por dentro dos principais procedimentos íntimos para a região íntima

- A ninfoplastia (ou Labioplastia) reduz o tamanho dos pequenos lábios, proporcionando maior conforto e melhorando a aparência estética;
- O tratamento da flacidez vaginal utiliza tecnologias como laser e radiofrequência, além de bioestimuladores de colágeno, para recuperar a firmeza e a elasticidade da vagina, perdidas com o envelhecimento e o parto;
- O rejuvenescimento vulvovaginal combina técnicas para a flacidez e melhora da lubrificação vaginal, aumentando a satisfação sexual e a confiança da mulher;
- O reposicionamento do clitóris, não só recupera a estética e a sensibilidade da região, mas também proporcionam um maior prazer durante as relações sexuais; 
- O preenchimento dos grandes lábios, restaura o volume perdido dos grandes lábios,utilizando enxerto de gordura ou preenchedores, melhorando assim a aparência e o conforto na região;
- A lipoaspiração do Monte Pubiano é feita em consultório e consiste em diminuir o abaulamento da região pubiana.

 

*Dra. Maíne Trece é Cirurgiã Plástica e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Mulheres são mais predispostas à rouquidão e à Doença de Ménière

Por André Apenburg

Mulheres são mais predispostas à rouquidão e à Doença de Ménière
Foto: Divulgação

Além de poder aparecer em qualquer faixa etária e com mais frequência entre os 30 e 50 anos de idade; a Síndrome de Ménière é mais presente nas mulheres (75% dos casos) do que nos homens (25% das ocorrências) e representa um quadro clínico caracterizado pelo aumento da pressão no labirinto, estrutura do ouvido interno relacionada à audição e ao equilíbrio. A patologia se manifesta em etapas progressivas, com sensação de pressão e entupimento no ouvido, piora na audição e zumbido. O desconforto persiste com a vertigem e sensação de rotação, desequilíbrio motor, náuseas e vômitos, em crises severas que podem durar de 20 minutos a uma hora.

 

Não há sintomas no intervalo entre as crises e o diagnóstico se dá por exclusão, com análise do histórico do paciente, avaliação otoneurológica e teste terapêutico. Já se admite que a Doença de Ménière possa ter origem inflamatória, traumática, autoimune, congênita ou de fundo hereditário e degenerativo dos órgãos internos do ouvido.

 

Por não haver cura até o momento atual, os tratamentos se concentram no alívio e na redução dos sintomas durante as crises e na prevenção delas. Procedimentos invasivos, como injeção intratimpânica de medicamentos e cirurgia, são raramente indicados. Habitualmente, há prescrição de medicações para tratar náuseas e vertigens, diuréticos, vasodilatadores e terapia de reabilitação.

 

Os casos clínicos observados em consultório indicam que as mulheres também sofrem mais com a rouquidão e são mais sujeitas ao aparecimento de lesões nas cordas vocais, o que tem a ver com a própria anatomia corporal. A laringe feminina é menor que a masculina e consequentemente possui uma corda vocal de menor tamanho, o que dificulta a dispersão do impacto durante o esforço ao falar e concentra mais energia na região, predispondo ao aparecimento dos nódulos vocais. Para completar o quadro, nesta região anatômica há um “sistema de amortecimento”, composto pelo ácido hialurônico, que também está presente em menor quantidade e concentração nas mulheres.

 

Os especialistas acreditam que estes dois fatores somados explicam o fato que os conhecidos calos vocais sejam mais comuns em mulheres em relação aos homens. Mas há de se tranquilizar o público feminino, pois os nódulos vocais são lesões sem risco de transformação maligna.

 

De todo modo, é imprescindível procurar o otorrinolaringologista quando a rouquidão persistir por mais que duas semanas e quando aparecerem sinais de ouvido tampado, zumbido, perda de audição e vertigens. Ficar atento aos sinais é de fundamental importância para o paciente, pois todo diagnóstico precoce feito por um especialista vai facilitar o tratamento medicamentoso, fonoaudiológico e cirúrgico, se houver necessidade, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

 

*André Apenburg é otorrinolaringologista e diretor médico da Otorrino Center, empresa que integra o Grupo H+Brasil, uma das maiores holdings de saúde do país na área de multiespecialidades

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Glaucoma: Doença silenciosa que não tem cura e se não tratada pode levar à cegueira
Foto: Divulgação

Imagine perder completamente a visão por falta de conhecimento e, também, acompanhamento médico adequado? Essa é a realidade de milhares de pessoas no Brasil que sofrem com glaucoma, doença que pode afetar até 2,5 milhões de pessoas com mais de 40 anos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).O que torna esse dado ainda mais agravante é o fato de que cerca de 80% dos glaucomas não apresentam sintomas no seu estágio inicial e que podem causar danos irreversíveis. O dia 26 de maio foi instituído para a conscientização e combate ao glaucoma em todo o país, o que é tão crucial para alertar a população sobre a importância do acompanhamento oftalmológico adequado como forma de prevenir e tratar essa doença.

 

A patologia é caracterizada por danos no nervo óptico e pode ocorrer sem sintomas perceptíveis até que a visão já esteja significativamente comprometida e os seus dois principais tipos são o de ângulo aberto, que ocorre quando a drenagem do humor aquoso é insuficiente, aumentando lentamente a PIO e o de ângulo fechado, que é menos comum, mas mais perigoso e ocorre quando o ângulo entre a íris e a córnea é muito estreito, bloqueando subitamente a drenagem do fluido e elevando rapidamente a PIO.

 

Muitos podem ser os fatores de risco para desenvolver a doença, tais como idade avançada, miopia elevada, hipertensão ocular, hereditariedade e, ainda, questões de raça – pessoas negras têm mais predisposição ao glaucoma. Trata-se de uma doença crônica e sem cura, mas tem tratamento e este é essencial para uma melhor qualidade de vida. A consulta anual com um oftalmologista é apontada como a única forma de combate à doença, pois permite o diagnóstico precoce e a intervenção adequada para cada caso específico.

 

Os tratamentos para esse mal silencioso vão desde o uso de colírios, medicação oral -  quando os colírios não são suficientes -, e até procedimentos cirúrgicos, quando necessário. Ainda que não seja possível prevenir o glaucoma, a detecção precoce e o tratamento adequado podem prevenir a perda de visão. Mas, é possível adotar medidas importantes para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado como realizar exames oftalmológicos regulares, em especial as pessoas acima de 40 anos ou com fatores de risco, manter as condições de saúde como diabetes e hipertensão sob controle, e usar óculos de proteção para evitar lesões nos olhos. 

 

O glaucoma continua sendo um desafio significativo para a saúde pública global. A conscientização sobre a importância dos exames oftalmológicos regulares e o entendimento dos fatores de risco são passos essenciais para combater essa doença silenciosa. Com o avanço das tecnologias diagnósticas e terapêuticas, as chances de preservar a visão aumentam significativamente, proporcionando uma melhor qualidade de vida para aqueles afetados.

 

*Dra. Fátima Neri é oftalmologista e coordenadora médica do Instituto de Cegos da Bahia.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Quem tem lúpus pode engravidar? Saiba os riscos e cuidados necessários

Por Cláudia Costa

Quem tem lúpus pode engravidar? Saiba os riscos e cuidados necessários
Foto: Divulgação

O Lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que acomete principalmente mulheres em idade fértil e, portanto, uma dúvida comum entre elas é: quem tem lúpus pode engravidar?  Sim, muitas mulheres com lúpus conseguem engravidar e ter uma gestação saudável. No entanto, é importante que elas recebam cuidados médicos especializados antes e durante a gravidez, pois o lúpus pode aumentar o risco de complicações durante a gestação. Todo cuidado visa a saúde da mãe e de seus bebês.

 

Dois pontos importantes de se explicar são: quais as complicações possíveis e o que fazer para ter segurança durante a gestação e o parto. É importante dizer que o cuidado começa antes de engravidar, na fase de tentante (pré-gestação), assim como ressaltar que algumas medicações necessárias ao tratamento podem contraindicar a gestação, por possíveis danos ao feto.   

 

As complicações mais graves são: agudização da doença (flares), com sinais de piora da atividade e/ou gravidade da doença colocando em risco a vida da mãe, aborto espontâneo, pré-eclâmpsia, parto prematuro e restrição do crescimento fetal. Estas complicações podem ser evitadas com um bom controle e acompanhamento de uma equipe médica habituada e especializada. 

 

Para engravidar com segurança, uma mulher com lúpus deve seguir algumas recomendações. Quanto mais disciplina e atenção, maior a chance de sucesso. É importante: 


1.    acompanhamento médico regular com reumatologista e obstetra; 
2.    estar com a doença estável e controlada, se usando medicamentos, que sejam, necessariamente, os que não tenham contraindicações para formação fetal;
3.    uso de suplementação pré-natal que auxiliem na saúde da mãe e do bebê;
4.    Comunicar à equipe qualquer sintoma novo ou alteração do padrão; 

 

É fundamental que as mulheres com lúpus recebam cuidados pré-concepcionais e acompanhamento médico durante a gravidez para gerenciar esses riscos e garantir uma gestação saudável. Obviamente manter seu acompanhamento após o parto e orientações de aleitamento materno. Seguindo essas recomendações e trabalhando em estreita colaboração com uma equipe médica especializada, muitas mulheres com lúpus podem ter uma gravidez segura e saudável.

 

*Cláudia Costa é médica reumatologista, sócia e diretora da Novaclin – Salvador, pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil, es está disponível para entrevistas sobre Lúpus.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

A importância da Experiência do Paciente: construindo relações de confiança no cuidado à saúde
Foto: Divulgação

A discussão sobre a Experiência do Paciente é essencial para fortalecer e aprimorar o sistema de saúde no Brasil. A qualidade e a segurança no cuidado têm um impacto direto nos resultados clínicos e na percepção de valor por parte dos pacientes.

 

Atualmente, observamos um comportamento cada vez mais proativo, questionador e crítico por parte das pessoas em relação à sua saúde, aos profissionais de saúde, aos serviços e às instituições de saúde. Os termos "empoderamento" e "consumerismo" refletem essa tendência, na qual os pacientes buscam uma maior participação na tomada de decisões sobre sua própria saúde.

 

Atender às necessidades, expectativas e preocupações dos pacientes e de suas famílias é fundamental para promover uma relação saudável, empática e colaborativa entre eles e os profissionais de saúde. Isso contribui para uma maior adesão ao tratamento, para uma utilização mais racional e eficiente dos recursos e serviços de saúde, e para a melhoria da confiança dos usuários no sistema de saúde.

 

Além disso, uma experiência positiva não apenas aumenta a satisfação individual do paciente, mas também influencia a reputação e a escolha de profissionais e serviços de saúde. Isso pode resultar em uma maior fidelidade por parte dos pacientes e suas famílias aos profissionais e instituições de saúde com os quais tiveram uma experiência positiva.

 

Em resumo, aprimorar a experiência do paciente não é apenas uma questão de satisfação individual, mas também um componente crucial para fortalecer e melhorar o sistema de saúde como um todo. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos às necessidades e expectativas dos pacientes, buscando constantemente proporcionar uma experiência de cuidado que seja não apenas eficaz clinicamente, mas também humanizada e centrada no paciente.

 

A metodologia idealizada e aplicada em nível nacional para aprimorar a experiência do paciente no sistema de saúde brasileiro focava em quatro pilares fundamentais: pessoas, processos, ambiente e expectativas. Esses pilares foram cuidadosamente considerados e implementados visando melhorar a interação entre pacientes e profissionais de saúde, bem como a qualidade geral dos serviços de saúde oferecidos.

 

Após a aplicação dessa metodologia e análise dos resultados, observou-se que alguns aspectos são particularmente enfatizados pelos pacientes em relação à sua experiência no cuidado em saúde. Primeiramente, os pacientes esperam que os profissionais de saúde transmitam confiança em suas habilidades e competências, o que é fundamental para estabelecer uma relação de confiança mútua.

 

Além disso, é valorizado pelos pacientes um ambiente limpo e confortável, o que contribui significativamente para o seu bem-estar durante o atendimento. A percepção de que suas necessidades são levadas em consideração e compreendidas pelo profissional de saúde também é algo importante para os pacientes, demonstrando um cuidado individualizado e atencioso.

 

Outro ponto destacado pelos pacientes é a importância de serem tratados com respeito e cortesia pelos profissionais de saúde, o que influencia diretamente na sua percepção sobre a qualidade do atendimento recebido. Por fim, a clareza na comunicação por parte dos profissionais de saúde é essencial, garantindo que as informações sejam transmitidas de forma compreensível e acessível para o paciente.

 

Em suma, os resultados obtidos a partir da aplicação dessa metodologia reforçam a importância de considerar as expectativas e necessidades dos pacientes no desenvolvimento e implementação de estratégias para aprimorar a experiência do paciente no sistema de saúde brasileiro. Ao focar em aspectos como confiança, conforto, atenção individualizada, respeito e comunicação eficaz, é possível promover uma experiência mais positiva e satisfatória para os pacientes, contribuindo para a melhoria do sistema de saúde como um todo.

 

*Dr. Alberto Aguiar é médico ortopedista e gestor em Saúde.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Maximizando o Potencial: O Impacto dos Profissionais de Felicidade Corporativa nas Organizações
Foto: Divulgação

No atual cenário corporativo, marcado por uma competição incessante e uma dinâmica acelerada, as empresas estão cada vez mais conscientes da necessidade de investir em estratégias que impulsionem o desempenho e a satisfação de seus colaboradores. Nessa perspectiva, a presença de profissionais especializados em felicidade corporativa, como o Chief Happiness Officer ou Felicitador, emerge como um diferencial crucial para promover ambientes de trabalho mais coesos, harmoniosos e produtivos.

 

Um dos pilares fundamentais desse profissional é criar e sustentar um ambiente de trabalho positivo e saudável. Estudos revelam que empresas com uma cultura organizacional positiva têm 2,5 vezes mais probabilidade de ter colaboradores engajados do que aquelas que negligenciam esse aspecto crucial.

 

O Felicitador desempenha um papel vital na identificação de oportunidades de melhoria nos processos e práticas organizacionais. Por meio de abordagens fundamentadas na ciência da felicidade, esse profissional propõe e implementa mudanças que contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável, feliz e produtivo.

 

Estudos apontam que problemas relacionados à saúde mental custam às empresas cerca de US$ 1 trilhão por ano em produtividade perdida, destacando a importância de investir na felicidade dos colaboradores como uma medida preventiva e rentável.

 

Ambientes de trabalho felizes e saudáveis têm um impacto direto no desempenho e na produtividade dos colaboradores. Empresas que priorizam a felicidade e o engajamento dos funcionários observam um aumento de 3&% na produtividade , 300% em inovação, 31% em vendas, 200% em criatividade e uma redução de 65% na rotatividade de funcionários e de 125% em diagnósticos de síndrome de burnout. 

 

Além disso, a promoção da saúde e bem-estar dos colaboradores está correlacionada com maior satisfação do cliente e melhoria dos resultados financeiros da empresa.

 

O livro recentemente publicado "Felicidade se Aprende", escrito por mim em colaboração com 23 ex-alunos todos certificados como Felicitadores, é um testemunho tangível da importância e do impacto positivo desses profissionais nas organizações. A obra não apenas oferece conhecimento teórico embasado, mas também insights práticos derivados da experiência de cada autor. Recomendamos enfaticamente a leitura deste livro inspirador para líderes, gestores e profissionais interessados em desenvolver estratégias inteligentes para o sucesso sustentável das organizações modernas.

 

*Sandra Teschner é autora do livro “Felicidade se aprende”, especialista em ciência da felicidade. Como fundadora do Instituto Happiness do Brasil promove a capacitação de profissionais para o bem-estar no trabalho, “Chief Happiness Officers”, em parceria com a Must University Florida. Baiana e empreendedora social.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Uso prolongado de celular pode causar lesões na mão

Por Fernando Azevedo Filho

Uso prolongado de celular pode causar lesões na mão
Foto: Divulgação

O celular está cada vez mais presente na vida das pessoas em todo o planeta, que dedicam grande parte do seu tempo para navegar em redes sociais, trocar mensagens, jogar e assistir, especialmente no Brasil. De acordo com o levantamento do portal ElectronicsHub, os brasileiros ficam em 2º lugar entre os que mais passam tempo no celular. O uso prolongado do telefone móvel, no entanto, pode acarretar problemas nas mãos. Isso porque, a prática de movimentos repetitivos durante o manuseio do celular pode desencadear várias lesões no sistema musculoesquelético, especialmente nas mãos, que possuem estruturas pequenas e delicadas.


Portanto, as ações frequentes realizadas no celular podem resultar em sintomas como desconforto, dores e dormência. Além disso, há a possibilidade de desenvolver lesões articulares, como a tendinite, e o surgimento da conhecida Lesão por Esforço Repetitivo (LER), que geralmente se manifesta através de sintomas como dor, formigamento, fraqueza, rigidez e alta sensibilidade.


Os indivíduos com propensão à tendinite são mais suscetíveis ao surgimento frequente de dor e à limitação das funções. Se nenhuma ação preventiva for adotada, o paciente pode desenvolver tendinopatia, agravando o processo degenerativo. Em situações mais graves, há o risco de progressão para osteoartrite, também conhecida como artrose.


Assim, para tratar as lesões causadas pelo uso excessivo do celular, é crucial realizar uma avaliação individual de cada paciente. Em muitos casos, a simples redução do uso do telefone móvel já proporciona respostas positivas. Alternativamente, pode-se adotar um tratamento conservador, incluindo fisioterapia e medicamentos. Contudo, em estágios avançados, a intervenção cirúrgica pode se tornar necessária.


*Fernando Azevedo Filho é ortopedista e especialista em mãos da Clínica CICV - Centro Integrado da Coluna Vertebral.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Entrevistas

Caso de cólera confirmado na Bahia: Infectologista explica sintomas, causas e tratamentos da doença

Caso de cólera confirmado na Bahia: Infectologista explica sintomas, causas e tratamentos da doença
Foto: Reprodução/Freepik
A Bahia registrou no último dia 20 um caso de cólera. A infecção constatada foi o primeiro caso do Brasil dos últimos 18 anos. A notificação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que indicou não ter outros registros após uma apuração da pasta.