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Entrevista

Três anos após voltar à ativa, Federação Baiana de Arco e Flecha traz duas competições nacionais para o estado

Por Leandro Aragão

Três anos após voltar à ativa, Federação Baiana de Arco e Flecha traz duas competições nacionais para o estado
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

Com apenas três anos de fundação, a Federação Baiana de Arco e Flecha já consegue dar passos de gente grande. A entidade trouxe duas competições nacionais para serem disputadas na Bahia neste ano, ambas no segundo semestre. A primeira é o Brasileiro Field marcada para o dia da Independência do estado, 2 de Julho, em Mata de São João, enquanto a segunda será o Campeonato Open Brasileiro programado para setembro, no estádio de Pituaçu, em Salvador. Quem anunciou foi Renata Barros, presidente da federação, em entrevista exclusiva concedida no estúdio do Bahia Notícias.

 

A dirigente, de 34 anos, começou a atirar suas primeiras flechas em 2012 e teve uma rápida ascensão desde que começou a participar de competições profissionais há dois anos. Os bons resultados, levaram a bióloga de formação, que trabalha no setor administrativo na área de Recursos Humanos, à seleção brasileira da modalidade para representar o país em competições internacionais. "Sempre tive o sonho de viajar para competir". Além de contar sua trajetória no esporte que foi praticamente uma paixão à primeira vista, ela também fala da luta para trazer a Federação Baiana à ativa, da criação do seu próprio clube, e analisa o cenário do Tiro com Arco no estado e no Brasil, além de projetar a possibilidade de algum brasileiro trazer uma medalha dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, que acontecem entre os dias 26 de julho e 11 de agosto.

 

Foto: Divulgação

 

Fala um pouco como foi que você começou no Tiro com Arco, que não é uma modalidade muito comum no Brasil e na Bahia. Como foi seu início e suas inspirações?

Gosto de brincar que quando eu comecei tudo ainda era mato, porque realmente não tinha o esporte quando comecei. Exista um grupo que fazia atividades medievais e dentro dessas atividades tinha o arco e flecha, mas era de forma recreativa. Eu conheci justamente esse grupo num evento de cultura pop japonesa e me apaixonei. Fui ao encontro deles, que nesse dia ia ter arco e flecha, ainda cheguei atrasada, porque errei o local. Já que eu cheguei atrasada, me deram o arco de qualquer jeito, tipo "se vira aí, perdeu a instrução". Eu atirei, fui péssima, era a pior da turma. Só que eu era apaixonada por essa cultura nerd, essa coisa de elfo e tal. E eu queria ser elfo, me imaginava um elfo. Só que para os padrões elfos que são altos, magros, eu era totalmente fora dos padrões. Na época, que foi em 2012, era muito fechado a gordofobia e essas coisas eram muito fortes, aí eu não poderia ser elfo, porque estava fora dos padrões. Eu pensei: "É? Então está bom, vou atirar melhor do que os elfos". Aí comecei a treinar bastante. Só em 2018 me profissionalizei mesmo, comecei a me apaixonar. Fui para Maceió fazer um curso de instrutor pela Confederação Brasileira e lá as portas foram se abrindo para o esporte propriamente dito. Aí eu vi como é que era e depois que conheci a atividade, queria atirar de longas distâncias. Depois fiz o curso 2 e comecei a competir e levar de forma mais profissional.

 

Qual foi o custo neste início com o material?
Então, na época eu ganhei do meu atual técnico, Paulo Merlino, que me deu o primeiro arco de presente. Na verdade, aqui na Bahia a gente recebeu um senhor chamado Mauri, que já era atleta de anos e veio para cá, porque ele é engenheiro e veio fazer uma obra. Ele procurou nosso grupo de atividades medievais, porque queria implantar essa semente esportiva aqui. Aí as primeiras aulas dele nos guiando para o mundo do esporte foi graças a ele que trouxe equipamentos, tudo de doação. A partir disso que eu fui para Maceió fazer o curso. Depois ganhei meu próprio equipamento de presente do meu técnico e comecei a me dedicar, participar das primeiras competições. No início era difícil, porque a gente ficou meio autodidata. Tinha ajuda de Mauri, mas ele não estava disponível para dar aula para a gente. Então, fomos buscando, estudando. Fomos ao Rio de Janeiro para a Confederação Brasileira para verificar formas de nos profissionalizarmos aqui na Bahia. E foi assim o surgimento da Federação Baiana que sou a fundadora e atual presidente.

 

A fundação da Federação foi em que ano?
A Federação Baiana, a gente só conseguiu formalizar mesmo em 2021. Mas desde 2014 que estávamos tentando fazer isso, porque já existia uma federação que era fantasma e ninguém sabia quem era. A gente lutou desde essa época até 2021 para quebrar e assim formar uma federação que fosse realmente ativa.

 

E as competições daqui como eram nessa época "do mato" e como ficaram depois que a federação foi fundada por você?
Existem duas entidades, a Field, que é a IFAA, entidade que é mais família, menos burocrática e temos a World Archery, que é quem organiza os Mundiais e Olimpíadas. Nessa época, a gente não podia fazer torneios ligados à World Archery, porque não tinha federação, então fazíamos os torneios pelas Field, que é essa outra entidade menor, mas que qualquer um hoje pode fazer um polo. Então, a gente fazia esses campeonatos mais amadores até a fundação. Antes da gente conseguir fundar, tivemos o apoio do pessoal da Federação do Maranhão e da Federação de Sergipe. Então, nos federamos no Maranhão, inclusive temos o campeão brasileiro que é o meu técnico, pelo Maranhão. Infelizmente, porque a gente queria estar representando a Bahia. Também nos federamos por Sergipe. Aí depois a gente conseguiu, tanto que na nossa camisa da Federação, temos o apoio da Federação do Maranhão e de Sergipe.

Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

 

Em termos de calendário de competições aqui na Bahia como está?
Hoje nosso foco é justamente os campeonatos da Confederação Brasileira, já que fomos federados, né? Nós temos dois tipos de modalidades, o Indoor e Outdoor. O Indoor temos competições determinadas pela World Archery, pela Confederação Brasileira, que é a Brasil Arco. Por exemplo, vai ter uma competição sábado no país todo, que falamos que é competição indoor, uma competição de 18 metros de distância, que é uma distância curta dentro de uma quadra, um local fechado sem interferência de vento, o alvo é menor. Temos a modalidade Outdoor, que são 30 metros para quem está iniciando, 50 e 70 metros. Temos também categoria de 40m para criança. Nessa categoria a gente define o calendário. A Federação fez um calendário para durante o ano, que também é válido para o campeonato nacional. A gente vai fazendo as provas e os pontos vão gerando para o ranking nacional também, assim como para o baiano.

 

Quais os projetos da Federação para desenvolver o esporte no estado?
Hoje, nós apoiamos o projeto Menina Zeferina, que antes era um projeto da Federação, mas conseguimos apoiar os instrutores. Colocamos eles para fazerem o curso de instrutor e hoje o projeto anda sozinho, mas com nosso apoio. O projeto fica lá na Barragem do Cobre, no São Bartolomeu, e abarca crianças, adolescentes e adultos da região também. Além disso, ainda está em confecção, mas estamos com muita vontade de fazer um projeto com pessoas com deficiência. Já temos apoio e só estamos mesmo em busca de locais para conseguirmos fazer esse projeto com pessoas com deficiência. Mas projeto mesmo, estamos apoiando esse projeto social.

 

Quais são as novidades você pode nos trazer?
Nesse ano, a Federação vai sediar dois eventos nacionais aqui na Bahia. O primeiro vai ser no dia 2 de julho em Mata de São João, que será o Brasileiro Field, que é um campeonato numa trilha lá na Reserva do Sapiranga. Nesse campeonato, são vários alvos durante a trilha e os arqueiros vão em grupo fazendo esse percurso. É muito interessante e é um campeonato que não é muito visto aqui, e queremos que a partir desse, seja mais difundido. É uma caçada e a pessoa não sabe quantos metros vai estar o próximo alvo, se ele é de 40 ou de 20 centímetros, se vai estar no topo ou se vai estar inclinado. Mas é um alvo normal, não é de animal, nem nada disso, mas simula como se fosse uma caçada, porque é uma trilha. Melhor ainda será em setembro que vamos sediar o Campeonato Open Brasileiro, que é o mais importante do ano e será o 50º campeonato. Vai ser um evento comemorativo e eles escolheram a Bahia para sediar. Vai ser no estádio de Pituaçu e vai trazer os grandes atletas do país todo. Inclusive, o número 1 do mundo, que é brasileiro, Marcus D'Almeida. A gente pensa que o Brasil é o país do futebol, mas a gente tem o melhor do mundo do Tiro com Arco, apesar dos coreanos serem as grandes referências da modalidade, mas o melhor do mundo é brasileiro.

 

Voltando um pouco para Renata atleta. Como foi sua caminhada nas competições, sua estreia, e também hoje em dia que você foi convocado para a seleção para disputar o Pan-Americano?
Quando eu comecei a ir para o Campeonato Brasileiro pela primeira vez que foi lá em Maricá, fui por experiência mesmo. Lembro de ver a corda do arco vindo até mim, porque a gente puxa e traz a corda até a gente, tremendo. Fui péssima e fiquei em último lugar, porque era a minha primeira vez e eu estava muito nervosa. Eu saí dessa primeira competição com outra visão do mundo do tiro, conheci várias pessoas. Quando eu voltei, falei: "Eu vou mudar isso aqui, melhorar meu equipamento e treinar mais". Nesse mesmo ano, fui campeã da Copa Nordeste que foi na Paraíba. Desde então, comecei a me dedicar, treinar mais e vim galgando no ranking nacional. O ranking é gradativo, as pessoas vão somando as pontuações que são enviadas e ele vai sendo atualizado. Tanto que no ano passado cheguei a ficar em terceiro lugar por um período do ranking, mas depois fui caindo e fiquei em nono lugar, que era a minha expectativa de ficar. Nesse ano, eu pretendo ficar em pelo menos entre as cinco. Aí eu sempre tive o sonho de viajar para competir. Sempre falei: "Um dia vou juntar dinheiro e viajar para fora para competir, não importa o que seja, mas vou bater no peito e dizer que estou indo para competir". Aí esse sonho veio muito antes do que eu achava que aconteceria e melhor, representando o Brasil. Quando vieram falar comigo e me convidar para fazer parte, eu não acreditei. Para mim foi um felicidade, porque eu queria muito ser da seleção, mas eu pensava que seriam daqui a uns dois anos. Mas veio muito antes e para mim foi incrível, voltei da viagem com outra visão. Ainda mais que eu fui com uma expectativa que "ah, não sei se vou fazer bem". Quando cheguei lá consegui bater meu próprio recorde, me saí muito bem e fui pau a pau com a melhor do mundo. Eu perdi para ela na quartas de final, mas quando acabou as pessoas falaram: "Cara, você botou medo nela?". Claro que falando de brincadeira que eu tinha colocado medo nela, porque é a melhor do mundo, mas o pessoal ficou impressionado e eu fiquei mais ainda. Nunca pensamos que a gente pode. E agora voltei com gás acreditando mais em mim. Quero me manter na seleção, que é algo anual. Não é assim, uma vez na seleção e sempre será da seleção. É uma coisa anual, cada ano tem seus parâmetros e eu pretendo me manter.

 

Sua primeira competição pela Confederação Brasileira como atleta foi em que ano?
Foi em 2022.

 

É pouco tempo no caso.
É, por isso que falei que achava que poderia viajar para competir daqui a dois anos.

Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

 

A viagem foi bancada pela Confederação?
Não. Quando eles fizeram o convite para eu participar, deixaram bem claro que os custos seriam arcados pelo próprio atleta. Eles iriam auxiliar com algumas coisas. Aí entrei em contato com a Sudesb pedindo passagens e eles me atenderam prontamente cedendo as passagens e eu tive ajuda de amigos e alguns empresários e consegui juntar a grana para fazer essa viagem, porque não é só a passagem, tenho que me manter lá também. Mas graças a Deus, não precisei tirar nada do meu bolso, a ajuda que consegui foi suficiente. É muita coisa que um atleta precisa, principalmente se for pensar em atleta olímpico, que vive para isso. Ele tira seis horas do seu dia para poder treinar. Quem hoje tem seis horas no dia para academia e tiro? Não tem, porque precisa trabalhar para pagar as contas. Por isso que estou em busca tanto do FazAtleta quanto do Viva Esporte do Município, porque aí, conseguindo isso, o céu é o limite. Sei que vou melhorar bastante. Eu consegui esse índice treinando capengamente. Então, tenho fé que quando eu conseguir, vou melhorar bastante.

 

Como foi que você fundou seu clube de tiro?
Desde quando me profissionalizei como instrutora, sempre dei aula. A gente tem outros clubes em Salvador e sempre dava aula para os outros, porque eu não tinha condições de comprar equipamento e tal, mas sempre me sentia presa, porque sempre tive minhas ideias de como daria a aula, de como conduzir, mas sempre tinha que seguir as regras de outros locais. Então, por isso que coloquei o nome [no clube] Asas, porque para mim são asas da liberdade (risos). Aí eu pensei em fundar o clube, guardei dinheiro e de pouquinho em pouquinho fui comprando equipamento sozinha. Eu ficava brincando que eu mesma era a menina do marketing, das compras, a instrutora, eu era tudo. Depois que consegui um sócio Gabriel Trettin e Cláudia Cardozo veio fazendo assessoria de mídia, o mundo se abriu. As coisas no clube saíram de 8 para 80, melhorou muito graças as essas ajudas, porque sozinha, realmente seria muito difícil.

 

E o clube funciona aonde?
Atualmente nossa sede fica em Brotas, mas já estamos nos mudando para o Clube Espanhol. O contrato com o Espanhol já está assinado.

 

Sua categoria é a barebow, que não faz parte do programa olímpico. Você tem o sonho de mudar de categoria para disputar uma Olimpíada um dia?
Eu entrei nessa modalidade, porque foi onde tudo começou. O barebow é uma categoria simples, porque a gente não usa mira, não usa estabilizador, é o arco cru, como o arco começou. A gente fica até brincando: "Poxa, era para ser o arco olímpico, porque é cru". Mas o arco olímpico já é cheio de apetrechos, o que é diferente. Eu sou apaixonada pelo barebow, não tenho pretensão de mudar de categoria, porque realmente sou apaixonada por essa categoria e que está em ascensão. Tem um movimento de um dia virar categoria olímpica. Então, eu pretendo continuar, porque além de eu ter destaque nela, quando virar olímpica, para mim já seria um pezinho para estar nas Olimpíadas. Então, não pretendo mudar por conta disso.

 

Além de você, tem outros atletas baianos que estão disputando o circuito nacional?
Tem, tem.

 

Como está o nível deles?
Tem o meu técnico Paulo Merlino. Ele está entre os 10 no masculino e também é o diretor técnico da Federação Baiana. Infelizmente ele não... Porque o índice masculino é maior para ser da seleção, mas ainda assim, ele poderia ter sido da seleção. Ainda cogitaram chamá-lo, mas por conta do calendário pessoal, ele não pôde ir. Tem Morena Saito, que hoje não está no cenário para ser uma atleta da seleção, mas juntamente comigo, foi uma das primeiras daqui da Bahia a ter destaque. O engraçado é que por mais que tenha mais homens, aqui as mulheres tiveram destaque primeiro. Eu e Morena sempre estivemos lado a lado, ela no arco olímpico e eu no barebow. Na entidade AIFA, que é diferente da World Archer, ela já tem recordes, já participou de competições internacionais da modalidade e teve bastante destaque. Ela atira na distância de 70 metros, a categoria dela é olímpica. A grande diferença do barebow para a olímpica são os apetrechos e também a distância. Ela atira a 70 metros e eu atiro a 50m, além das diferenças de um ter mira, estabilizador...

Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

 

Como você vê o nível do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris?
O Brasil tem crescido muito. A Brasil Arco tem feito um ótimo trabalho, mas hoje a nossa grande promessa mesmo é Marquinhos D'Almeida, que pode trazer realmente uma medalha. Tanto a possibilidade de ele trazer medalha no individual quanto na dupla mista.

 

Na Bahia, tem Morena Saito da categoria arco olímpico. Você acha que ela tem potencial para chegar nas Olimpíadas um dia?
Todo mundo tem potencial de chegar onde quiser, mas tem aquela questão. Hoje, Morena é mãe, então ela não tem o tempo que um atleta olímpico precisa para se dedicar. Acredito que se ela tivesse a mesma oportunidade de um atleta que hoje está na seleção, se dedicando para isso, sim. Mas infelizmente como ela não tem, porque estuda e trabalha, por conta disso, ela não tem condição, porque precisa se dedicar para isso. Potencial para isso ela tem, mas falta tempo para se dedicar.

 

Para quem sonha em entrar no esporte aqui na Bahia, qual é o passo a passo para começar?
Muita gente conhece o esporte através de série e de filme, se empolga e acha que o primeiro passo é comprar o equipamento. Eu nunca indico comprar, porque 98% das pessoas que compram o equipamento compram errado. Sempre quando vem alguém, eu falo: "Gente, o primeiro passo é procurar um clube, procurar um profissional". Porque no clube você não vai precisar num primeiro momento, gastar com equipamento. Você vai usar o equipamento do clube, vai aprender, ver com o que se identifica e a partir daí o instrutor indicar qual equipamento comprar. Então, o primeiro passo é procurar um clube e se matricular. Depois que tiver o próprio equipamento, porque o arco é muito pessoal. Para início, pode usar o da escola, mas depois que for pensar competir, aí vamos indicar qual comprar, o que vai precisar fazer. Depois, quando começar a pensar em competir, se federa para participar dos campeonatos estaduais e depois se confedera para disputar os nacionais.

 

Quanto custa um arco em média?
Depende muito da finalidade. Se for pensando só em se divertir, sem competir, você acha arco de até R$ 600. Mas se for pensando em algo mais estável, numa competição de longa distância, você vai achar arcos de R$ 1,8 mil, R$ 2 mil e até R$ 10 mil. Vai realmente do seu objetivo. Meu arco hoje, se for avaliar o conjunto arco mais flechas, porque eu não uso mira e nem estabilizador, acho que gastei em média uns R$ 3 mil. Mas são peças que você vai trocando, começa com uma peça inferior e depois vende. O bom do Tiro com Arco é que o material se você tiver cuidado, ele não perde muito valor. Então, você consegue vender por um preço parecido e assim vamos fazendo esse rodízio, porque também tem a questão da potência. Você começa com uma potência baixa. São as lâminas do arco que definem a potência. Aí você tem o meio, centro do arco que é seu e as lâminas você vai trocando. "Ah, quero uma lâmina mais potente, aí você vende as lâminas anteriores e pega lâminas novas. A gente faz esse rodízio dentro do clube também. Um aluno que compra a primeira lâmina levinha, aí quando vai passar para a próxima ele vai vender para quem está querendo começar a competir, então vai fazendo essa troca para não ser tão dispendiosa, vamos fazendo esse rodízio.