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Relatório do STJD aponta 13 punições em 19 casos sobre atos discriminatórios em 2022

Por Redação

Relatório do STJD aponta 13 punições em 19 casos sobre atos discriminatórios em 2022
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) divulgou um relatório sobre o combate ao preconceito ao longo de 2022. Dos 19 casos denunciados ao STDJ ao longo da última temporada, 13 deles resultaram em punição após julgamento. De acordo com a entidade, a soma das penas aplicadas chega a R$ 335 mil em multas e o total de cinco partidas e 370 dias de suspensão aos clubes e infratores. As informações são da Agência Brasil. 

 

Das 19 denúncias feitas ao STJD, seis foram de injúria racial, 11 de cânticos homofóbicos e dois de cunho sexista. 

 

No ano passado, o número de casos de injúria racial, especificamente, dobrou em relação ao ano anterior. O aumento na incidência desse tipo de ato discriminatório não surpreendeu Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol (ODRF).

 

"Foi o ano que o futebol voltou do período de pandemia, sem torcedores nos estádios, e o futebol volta mais violento, com mais casos de discursos de ódio dentro e fora das quatro linhas", explicou Carvalho em entrevista ao programa Stadium da TV Brasil. 

 

A estatística do STJD tem como base os casos denunciados nas partidas de todas as competições organizadas pela CBF e que envolvam ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

 

"Isso é inadmissível. Precisamos cada vez mais trabalharmos em conjunto com todas as organizações para que o racismo não entre dentro do futebol. O racismo não pode existir em lugar algum da sociedade, mas no esporte que é um instrumento de socialização, jamais. Estamos agora crendo que com a mudança da lei assinada pelo presidente da República [Luiz Inácio Lula da Silva], que equipara racismo à injúria racial, com um olhar mais atento do STJD e com trabalho que começou em 2022 na CBF, creio que temos tudo para avançar no combate ao racismo", pontuou o diretor do ODRF.