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CBF pede à FIFA que punições por manipulação sejam válidas em todos os países

Por Redação

"Todos os casos estão sendo encaminhados para a FIFA e os envolvidos vão responder onde quer que estejam", disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
Foto: Rodrigo Ferreira/CBF

Nesta sexta-feira (11), a CBF informou em nota oficial que pediu à FIFA para que as punições do STJD (Superior Tribunal de Justiça) para os jogadores envolvidos em manipulações de resultados no futebol brasileiro sejam estendidas para todas as 211 federações membros da entidade máxima do futebol. Além disso, CBF mapeou e notificou as associações nacionais de futebol para onde esses jogadores se transferiram.

 

Na última quarta-feira (9), os jogadores punidos em primeira instância pelo STJD, e que ainda serão julgados pelo pleno, foram: Nino Paraíba, do Paysandu; Bryan, ex-Athletico Paranaense; Diego Porfírio, do Desportivo Aliança-AL; Vitor Mendes, do Fluminense; Sávio Alves, ex-Goiás; Thonny Anderson, do ABC; Dadá Belmonte, do América-MG; e Igor Cariús, do Sport.

 

O zagueiro Eduardo Bauermann, por exemplo, transferido do Santos para o Alanyaspor, da Turquia, recebeu do STJD uma suspensão de 360 dias sem poder atuar profissionalmente. O jogador ainda não estreou e não foi inscrito no campeonato turco e a federação do país foi notificada pela CBF. Também foi notificada a federação do Vietnã, onde hoje atua o meia André Queixo, punido com 600 dias de suspensão. Ele foi contratado pelo clube Nam Dinh e já fez duas partidas.

 

Nestes casos, o país de destino dos jogadores fica sujeito a aplicar a mesma decisão do país de origem. Ou seja: se a justiça desportiva do Brasil terminar por absolver o atleta, a pena será também revogada em âmbito internacional.

 

Em sua nota, a CBF cita o número de 15 jogadores, mas não especifica quais foram os atletas. O Pleno do STJD (segunda e última instância) puniu 13 jogadores recentemente: Romário, Gabriel Domingos e Moraes, ex-Vila Nova, Gabriel Tota e Paulo Miranda, ex-Juventude, Eduardo Bauerman, ex-Santos, Matheus Gomes, ex-Sergipe, Fernando Neto, ex-Ceará, Kevin Lomónaco, ex-Bragantino, Ygor Catatau e Paulo Sérgio, ex-Sampaio Corrêa, Mateusinho, ex-Cuiabá e André Queixo, ex-Sampaio Corrêa, hoje no Nam Dinh, do Vietnã). 

 

"É importante ressaltar que, desde que tomei conhecimento, pelo Ministério Público de Goiás, das denúncias de manipulação de resultados, encaminhei à presidência da República e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, ofício solicitando que a Polícia Federal passasse a investigar os casos de manipulação de apostas e tive o pedido prontamente atendido. Um passo que foi fundamental para chegarmos à atual situação. Não há a possibilidade de a nossa gestão, em qualquer instância, compactuar com qualquer tipo de crime. Todos os casos estão sendo encaminhados para a FIFA e os envolvidos vão responder onde quer que estejam", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

 

Confira abaixo a nota oficial da CBF:

 

"A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tão logo o STJD decidiu pelas primeiras punições de atletas envolvidos em esquemas de apostas esportivas no Brasil, enviou solicitação à FIFA para que essas punições fossem estendidas para além do território nacional e contemplassem as 211 federações membros da entidade máxima do futebol.

 

Os jogadores que foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ficaram assim impedidos de atuar também em clubes no exterior. O grupo de atletas condenados em julho recebeu punição definitiva, ou seja, sem direito a recurso no âmbito desportivo nacional.

 

Com a decisão, os 15 jogadores que sofreram a condenação definitiva foram bloqueados no Sistema de Registro e Transferências da CBF.

 

A Diretoria de Registro e Transferência da CBF, seguindo os regulamentos da FIFA, notificou as federações estrangeiras diretamente e por meio da plataforma FIFA TMS, acerca da decisão final do STJD, assim como foram abertos procedimentos junto ao Comitê Disciplinar da FIFA, pelo Portal Legal da entidade, para extensão internacional dos efeitos da referida decisão. No caso de um dos atletas, a federação estrangeira recusou a transferência internacional tão logo recebeu a notificação da CBF. Todas estas federações deram ciência quanto ao recebimento da decisão.

 

Quanto ao recente julgamento do STJD, ocorrido na última quarta-feira (09/08), houve uma decisão em primeira instância, que resultou em punições que variam de 360 a 720 dias de suspensão aos jogadores condenados.

 

A CBF, assim que teve notícias da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás, encaminhou ao STJD um pedido de suspensão cautelar dos atletas envolvidos. O STJD, por sua vez, acolheu o pedido de suspensão. A CBF comunica à FIFA todas as decisões do STJD, em qualquer instância."