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Ex-jogador de futebol americano desmente filme sobre sua vida e processa família: "Uma mentira"

Por Redação

Michael Oher está processando Sean e Leigh Anne Tuohy
Foto: The University of Mississippi

Michael Oher, ex-jogador da NFL, liga de futebol americano dos Estados Unidos, e que teve a sua vida retratada no filme "Um Sonho Possível", de 2009, entrou com um processo em um tribunal no Tennessee contra a família alegando nunca ter sido, de fato, adotado por Sean e Leigh Anne Tuohy (papéis vividos no filme por Tim McGraw e Sandra Bullock).

 

A história do filme, que rendeu o único Oscar da carreira de Sandra Bullock até agora, foi supostamente inspirada na vida real de Michael Oher. O filme tem como enredo a história do garoto sem-teto, que foi acolhido pelo casal e então teria lhe adotado, o incentivando na sua carreira no esporte, ao mesmo tempo em que os dois exigiam bom desempenho escolar do jovem.

 

De acordo com o processo, Michael Oher jamais foi adotado por Leigh Anne Tuohy e Sean Tuohy, que o aceitaram em sua casa quando ele ainda estava no ensino médio. O casal teria convencido o atleta em 2004, três meses após ele completar 18 anos de idade, a assinar um acordo que os tornava seus "conservadores", o que lhes dava autoridade legal para fazer acordos comerciais em seu nome.

 

Segundo Oher, os Tuohy teriam lhe dito que conservadores eram praticamente a mesma coisa que pais adotivos, mas que, por ele ser maior de idade, as leis ditavam que não poderiam adotar. Em fevereiro deste ano, contudo, o ex-jogador descobriu que o acordo não lhe dava nenhuma relação de parentesco com a família, e que ele entregou autoridade sobre seus assuntos financeiros apesar de não ter nenhuma deficiência física ou psicológica.

 

O processo acusa Leigh Anne e Sean Tuohy, além de seus dois filhos, de lucrarem em cima da história de Oher sem dividir nada com ele. O filme "Um Sonho Possível" rendeu cerca de US$ 300 milhões na bilheteria e mais dezenas de milhões de dólares em vendas de vídeos caseiros. Segundo a ação, cada um dos Tuohy recebeu US$ 225 mil de royalties, além de 2,5% dos lucros do filme, e Oher teria assinado um contrato em 2007 no qual entrega os direitos de sua história sem nenhum pagamento por isso. O atleta afirma que não se lembra de ter assinado esse contrato e que jamais recebeu nenhum dinheiro pelo filme.

 

A petição de Oher pede que a corte encerre a posição de conservadores de Leigh Anne e Sean Tuohy, e que impeça o casal de usar seu nome e imagem. O ex-jogador também pede uma contabilidade completa do dinheiro que a família recebeu usando o nome do atleta, e que o casal pague sua parte dos lucros, além de danos compensatórios não especificados.