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Presidente da CBF diz que vai acatar decisão dos clubes sobre paralisação, mas faz alerta para calendário

Por Redação

Presidente da CBF diz que vai acatar decisão dos clubes sobre paralisação, mas faz alerta para calendário
Foto: Fabio Souza / CBF

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, disse que vai acatar a decisão dos clubes e paralisar o Campeonato Brasileiro. O pedido pela interrupção é por conta das enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, o dirigente alertou para os impactos da decisão no calendário. O posicionamento deverá ser oficializado na reunião extraordinária do Conselho Técnico convocada para o dia 27 de maio, às 14h.

 

"Temos um calendário difícil, e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil", declarou em entrevista ao ge na Tailândia, onde acontecerá o Congresso da Fifa. "Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes", disse.

 

Na noite desta segunda-feira (13), os 11 clubes que formam a Liga Forte União divulgaram comunicado pedido a paralisação do Brasileiro. O grupo é formado por Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco. Antes disso, o Ministério do Esporte já havia se manifestado favorável à interrupção da competição. Desde as últimas semanas, os clubes gaúchos tiveram seus jogos adiados por todos os campeonatos promovidos pela CBF. A medida também foi adotada pela Conmebol em relação às partidas do Grêmio e do Colorado respectivamente pela Libertadores e Sul-Americana. A entidade continental remarcou os duelos para o início do mês de junho. Além da questão do calendário, Ednaldo Rodrigues ainda alertará aos clubes sobre o impacto econômico da suspensão das competições.

 

"Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: "Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda". Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota dão sustento às suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol", comentou.

 

A reunião do Conselho Técnico vai debater sobre aspectos técnicos das competições bem como a situação de registro e transferência de atletas, questões jurídicas com relação aos acessos às competições internacionais como Libertadores, Sul-Americana e Mundial de Clubes e questões de direitos de transmissão e patrocínios. O dirigente baiano rechaçou qualquer proteção aos clubes gaúchos em relação ao rebaixamento.

 

"Essa teoria eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece leis e princípios. E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer "[um time] não vai ser rebaixado" se [o mesmo time] puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade", finalizou.