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Vivendo boa fase no Coritiba, ex-Vitória revela ter superado depressão: "Foi um deserto"

Por Redação

Vivendo boa fase no Coritiba, ex-Vitória revela ter superado depressão: "Foi um deserto"
Foto: JP Pacheco / Coritiba

O meio-campista Matheus Frizzo vive boa fase no Coritiba na disputa da Série B do Brasileiro. Dono da camisa 10 do Coxa, o atleta marcou o famoso "gol que Pelé não fez" na última sexta-feira (7) na vitória sobre o Ituano por 4 a 2, no Couto Pereira, pela nona rodada, ao acertar um chute de antes do meio de campo para estufar as redes. O atleta revelou ter superado uma depressão.

 

"É delicado falar, mas eu tive (depressão). É bem pesado. Hoje eu vejo que no futebol isso não é tratado com a importância que deve ter. Saúde mental é tudo pelo ambiente de pressão que a gente vive. Na quarta você vence e é o melhor. No sábado você perde e é um lixo. Eu aprendi com esse momento a ficar um pouco, não ausente, mas dar menos valor às redes sociais. Foi um deserto. Eu tinha sido campeão da Série B e seis, sete meses depois, toda as portas se fecharam para mim. Você acorda, o telefone não toca como hoje toca. Você não tem mais valor para as pessoas. Eu vejo que as pessoas não te amam. Elas amam o que você produz. Se você está produzindo, você tem valor. Se você não está produzindo, ninguém quer saber de você. Foi um momento complicado de acordar e não querer sair da cama", disse em entrevista ao site ge.globo. "Eu vejo que as pessoas não te amam. Elas amam o que você produz. Se você está produzindo, você tem valor. Se você não está produzindo, ninguém quer saber de você. Eu tenho um cara que virou um grande irmão, que cuida da minha performance, que é o Zilmar Quadros, meu personal e nutricionista, e tinha mensagem dele todo dia me incentivando a treinar. Eu comecei a fazer psicólogo e faço até hoje, não largo nunca mais", completou.

 

Pelo relato, a depressão de Frizzo aconteceu em 2022. Na época, ele havia retornado ao Grêmio após ter sido campeão da Segundona nacional pelo Botafogo. Na sequência, ele se transferiu para o Tombense, onde conseguiu recuperar a saúde mental.

 

"Eu cheguei (no Tombense) sem cabeça e desanimado. Era o primeiro clube sem expressão, sem muita mídia. Você ir para uma cidade de cinco mil habitantes, longe de tudo, sem amigos por perto, foi um momento de provação. Os maiores desafios são os maiores aprendizados. Lá eu me aproximei de Deus. Minha filha não estava perto, meus pais estavam longe. Eu tinha Deus e um sonho, que era dar a volta por cima. Eu poderia largar tudo ou fazer daquilo a minha oportunidade. Eu chegava mais cedo que todos e abria mão das minhas férias. Eu cuido do meu corpo que é a minha ferramenta de trabalho. Eu, hoje, me sinto muito feliz. O vazio que eu tinha, Deus preencheu", falou.

 

Na primeira temporada no time mineiro, ele disputou 12 jogos e marcou um gol, porém, se firmou em 2023 e jogou 50 partidas, sendo 49 como titular, balançou as redes oito vezes e deu nove assistências. O meia começou a carreira na base do São Paulo e se transferiu para o Grêmio, onde se profissionalizou. Em 2020, foi emprestado primeiro para o Atlético-GO e depois para o Vitória, onde disputou 17 partidas e deu duas assistências.

 

Neste momento, Matheus Frizzo é o artilheiro do Coritiba na Série B com três gols marcados. O Coxa ocupa a nona colocação tabela com 14 pontos, um a menos do G-4. O time paranaense volta ao gramado no próximo domingo (16), às 18h30, para enfrentar o Goiás, na Serrinha, pela 10ª rodada.