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Entrevista

'Eu tô muito mais solto', diz Dan Miranda após sair do Filhos de Jorge

Por Aymée Francine

'Eu tô muito mais solto', diz Dan Miranda após sair do Filhos de Jorge
Foto: Milena Abreu / Bahia Notícias
Dan Miranda, ex-vocalista da Banda Filhos de Jorge, conversou com o Bahia Notícias sobre sua nova fase, agora no comando do grupo Avenida Sete. Sobre a mudança, Dan disse não ter tido nenhum problema com sua antiga banda, apenas que agora diz "estar fazendo o que sempre quis fazer, o samba reggae". "Eu tô muito mais solto. Os Filhos de Jorge era muito limitado até pelo ritmo ser mais devagar, mais pra trás e tal. Aquela coisa mais assim... na Avenida Sete eu toco música para a galera dançar, toco de tudo, participo junto com o público, e isso é muito importante. Você ter essa comunicação, ter essa proximidade com o público". Leia a entrevista completa.



Como foram os primeiros shows com a banda nova?

Tudo ótimo, tudo fluindo da forma mais legal possível, graças a Deus. Tenho recebido vários recados. Pessoal coloca foto, publica em nossa página, já temos um primeiro fã clube, de Aracaju, “É tudo nosso”. Ainda não fizemos show lá, mas o pessoal veio acompanhando no Réveillon, no ensaio. Em Praia do Forte, tinha gente com faixa demonstrando apoio, cantando nossa música. Isso é muito importante, é o alimento do artista.

Em dezembro, o BN foi informado de que você levaria com a banda Filhos de Jorge até o fim dos compromissos de carnaval. Houve mudança de planos? Como foi essa decisão?

Na verdade, como ainda estávamos conversando, resolvemos que seria antes mesmo. Seria melhor para os Filhos de Jorge lançar o cantor novo, seria melhor para mim também já lançar a carreira no início do verão, pegando as festas de final e início de ano. Ficou melhor pra todo mundo adiantar o processo.

Como está a relação de Dan com a banda Filhos de Jorge?

Melhor possível. Muita gente especula que teve briga, que teve problema, não teve. Na verdade, a questão da separação foi de divergência filosófica mesmo, de trabalho. Hoje eu tô fazendo o que eu sempre quis fazer, a verdade que eu sempre quis fazer, o samba reggae. Costumo dizer que assim como a gente nasce na barriga da mãe, aí vai crescendo, crescendo e sai de casa, então acho que chegou a hora de tá levando esse novo trabalho, do jeito que eu gostaria de fazer já há muito tempo. E graças a Deus tem agradado, a gente fez alguns shows já no início do ano, na verdade estamos fazendo shows desde o dia 31 – fizemos o réveillon da cidade no palco dois, agradou bastante. Depois fizemos no dia 2, no Batuba Beach em Ilhéus, a galera gostou pra caramba. Muita gente leva faixa, já pede a música – a música já tá no rádio tocando, isso é muito gratificante. Ver que o nosso trabalho está sendo assimilado de uma forma positiva.


Com relação ao Djalma Luz, você o conhece, acredita que os Filhos de Jorge estão em boas mãos?

Não. Eu não o conhecia, não conhecia o trabalho dele, mas acho que ele tem uma carreira promissora na banda. Os Filhos de Jorge é uma banda maravilhosa, que tem vários sucessos, eu falei até isso ontem. Acho que vai dar tudo certo sim tanto para eles, quanto para a Avenida Sete.

E produção e empresariado da banda. Mudou?

Mudou. Hoje, eu tô com a Online Entretenimento, de Leo e Clarinha , e o Filhos de Jorge continua com a mesma produtora.

Qual a principal diferença entre Avenida Sete e a banda Filhos de Jorge?

Então, na verdade eu tô muito mais solto. Os Filhos de Jorge era muito limitado até pelo ritmo ser mais devagar, mais pra trás e tal. Aquela coisa mais assim... na Avenida Sete eu toco música para a galera dançar, toco de tudo, participo junto com o público, e isso é muito importante. Você ter essa comunicação, ter essa proximidade com o público. Na verdade, eu acho que o artista tem a obrigação de fazer o que o povo quer. O artista não sobrevive sem o público. Então se o público pede alguma coisa, você tem a obrigação de estar fazendo, independente do estilo que você toque ou do que você goste ou não de tocar, ou do que você goste de ouvir. A gente tem esse compromisso e a Avenida Sete tem essa preocupação, eu tenho essa preocupação no trabalho de fazer sempre o que o público quer ouvir, ter a participação deles. Pra gente isso é muito importante.

Com relação à banda, o pessoal é todo novo, alguém veio com você?

Na verdade, por opção própria, Sérgio Carvalho, que foi violonista dos Filhos de Jorge, saiu antes, inclusive, eu tive a satisfação de convidar ele para trabalhar comigo, e ele veio. Os roadies da banda vieram junto comigo também, que decidiram que não ficariam lá e viriam comigo e Cristiano (produtor) que já tinha saído também da banda antes de eu montar o projeto da Avenida Sete, mas além de ser meu amigo, para mim é um profissional excepcional e eu tive a satisfação de convidar, eles aceitaram, e estão junto comigo. Em relação ao restante da banda, eu não convidei a todos, porque também não tinha a intenção de prejudicar os Filhos de Jorge, então eu vou deixar eles sem banda? De jeito nenhum, acho que o projeto tem que continuar. Montei uma banda nova, entretanto com instrumentos convencionais, porque tínhamos muitos problemas com o Filhos de Jorge, por conta dos instrumentos serem diferentes demais. Alguns festivais a gente não podia fazer ou o contratante deixava de contratar porque tinha que ter um setup completamente diferente do que todo mundo usa. Na Avenida Sete eu trago saxofone, que é uma coisa que eu sempre quis colocar na banda, e nos Filhos de Jorge não tinha espaço pela questão do estilo, então eu trouxe hoje e coloquei. E ainda instrumentos convencionais, três surdos, com timbal, com congas, uma percussão toda normal. Com guitarra, que Os Filhos de Jorge não têm, o diferencial vem mais da questão do som mesmo. Eu faço questão de passar o samba-reggae, a raiz musical que eu tenho, desde pequeno. Sendo sobrinho de Luciano Gomes, que é além de cantor e compositor de “Faraó”, “Swingue da Cor” e outras músicas, também é percussionista, então eu venho trazendo essa vertente da família.


E para o Carnaval, quais os planos da Avenida Sete?

Então, carnaval Avenida Sete está com todos os dias fechados. Tem camarote, tem trio da prefeitura, tem show no interior também. A gente vai ter que se virar em mil. Tem dias que vão ter dois shows, mas é muito legal. Estamos muito bem, recebendo vários pedidos.

Tem algum confirmado já que você possa adiantar para a gente?

Tem o camarote Villa Mix, que vai ter Avenida Sete, Jorge e Mateus, Humberto e Ronaldo, Israel Novaes, Matheus e Kauan. Recebi o convite por ter uma proximidade muito grande com o Jorge e Mateus, são meus amigos, sempre me deram muitas ideias. Vira e mexe quando eles vêm aqui estou fazendo uma participação com eles, sempre me deram o maior apoio em lançar esse projeto, sempre gostaram muito do meu trabalho.  Tem o trio independente da prefeitura que puxaremos para a galera da pipoca, e tem outros camarotes que, na verdade, eu ainda não tenho a confirmação de datas, mas a produção me informou que está tudo fechado e que alguns dias teremos dois shows.

E os Ensaios do Pirraça, fazem parte do projeto?

Isso, o Ensaio do Pirraça fizemos o primeiro, semana passada,  com Kiko e Jeanne e Israel Novais. Agora dia 11 já tem de novo, com o Kiko e Jeanne e Matheus e Kauan.

Tem mais programação até o carnaval? Como está isso?

Tem sim, os Ensaios do Pirraça vão continuar até o carnaval, né? Sempre trazendo uma atração da “Áudio Mix”, que é a produtora deles. Inclusive estamos ajeitando para ver se Jorge e Mateus vêm fazer uma participação com a gente aqui no ensaio.

A banda já tem planos de gravação? CD, DVD, quais os próximos passos?

Já lançamos a música no rádio, foi lançada. Gravaríamos o CD nessa semana, mas não deu tempo de preparar tudo, então gravaremos no dia 11, no Ensaio do Pirraça, um CD ao vivo, né, do show, vai ser muito legal.

Quanto à escolha do nome Avenida Sete? De onde surgiu?

Êta, essa é uma história muito engraçada. Na verdade nós fizemos uma tempestade de ideias em relação ao nome e um amigo nosso falou “Avenida Sete”.  Ainda nos disse “Rapaz, eu tinha pensado, mas não falei porque achei que vocês levariam na brincadeira”. Ai eu disse que gostei e o pessoal ainda perguntou “Você é maluco? Avenida Sete, nada a ver”. E então eu disse que não, que a avenida sete tem uma história no carnaval, ela é pra mim a Times Square de salvador. A Avenida Sete, a Rua Chile, que é onde a alta sociedade baiana frequentava. Minha avó costumava dizer que ela ia pra avenida sete passear com meu avô de chapéu e luva. E o carnaval começou lá, né? Tudo começou lá. Avenida Sete, além da simbologia, para nós o nome tem um significado muito grande até pela rua e o histórico dela em Salvador.

Na banda agora você tem uma liberdade maior por ela ser sua?

Com certeza. Hoje na Avenida Sete, as minhas opiniões são mais levadas em conta. Não que não fosse antes, mas são mais. Porque a ideia do projeto é minha, desde a concepção de arranjo de música, de repertório que é desempenhado no show, eu tenho uma participação direta nisso. O projeto tem mesmo a cara de Dan Miranda. Enfim, queria chamar toda a galera pra estar curtindo com a gente, Avenida Sete foi feita pra vocês, espero que continuem gostando!