Jornalista demitido da TV Bahia entra com representação por racismo contra diretor

O jornalista Hildázio Santana, demitido da TV Bahia sob acusação de furto, voltou a falar sobre o caso que ganhou as redes sociais na última semana após um desabafo do profissional, que atuava como coordenador de esportes na emissora.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias NO AR, na Salvador FM, nesta quarta (3), o jornalista contou que foi pego de surpresa com toda situação e não imaginava que isso aconteceria com ele, com tantos anos de casa.

 

Ao programa, o jornalista revelou que entrou com uma representação no Ministério Público por racismo contra Eurico Meira, diretor de jornalismo da emissora, além de uma ação por calúnia e difamação.

 

"Já entrei com uma representação no Ministério Público de racismo e o próprio ministério público já acatou, e os advogados também entraram com uma ação de difamação e calúnia. Inicialmente são essas ações, nada contra a Rede Bahia e sim contra o diretor de jornalismo".

 

Segundo Hildázio, apesar da acusação de Eurico Meira, diretor de Jornalismo da emissora, a gerente de jornalismo, Ana Raquel Copetti, ficou do seu lado no conflito. O jornalista conta que o diretor tentou fazer uma proposta para que a história não fosse divulgada na mídia.

 

"As palavras foram muito fortes, primeiro foi colocado que eu entrei furtivamente em uma sala. (...) Quando você usa a palavra entrou furtivamente já é uma palavra forte, eu não estou desqualificando o produtor nem o editor de texto, nem outra função. Mas eu acho que naquele momento ele estava falando com o gestor, um dos braços dele na empresa, pessoa que sabia de vários procedimentos da Rede Bahia".

 

O jornalista disse ainda que a gerente de RH da emissora tentou justificar a forma como Eurico o acusou, afirmando que ele teria falado daquele jeito por ser gaúcho e ser mais grosseiro nas palavras.

 

"A gerente pediu para que ficássemos a sós, ela ainda contou que é casada com um gaúcho e que eles tem um jeito muito forte, um perfil mais forte para falar. Mas eu falei que nada justificava o que ele me disse. Aí ela me disse que talvez ele tenha se equivocado com a palavra furto".