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Baía de Todos-os-Santos é homenageada em desfile da Unidos da Tijuca no Rio de Janeiro

Por Lula Bonfim

Baía de Todos-os-Santos é homenageada em desfile da Unidos da Tijuca no Rio de Janeiro
Juliana Alves como Iemanjá | Foto: Marcos Serra Lima / G1.

Com o enredo “É onda que vai... É onda que vem... Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra”, a Unidos da Tijuca, escola de samba do carnaval do Rio de Janeiro, homenageou a segunda maior baía do mundo no desfile que realizou na madrugada desta segunda-feira (20), no sambódromo da Sapucaí.

 

Os tijucanos apresentaram a Baía de Todos-os-Santos, localizada entre Salvador e o Recôncavo da Bahia, com 29 alas, seis carros, dois tripés e 3,3 mil integrantes. Como destaque da comissão de frente, a escola de samba da Zona Norte carioca escolheu a atriz Juliana Alves para representar a orixá Iemanjá.

 

No abre-alas, a Unidos da Tijuca lembrou a presença das baleias jubarte na Baía de Todos-os-Santos. Os mamíferos costumam deixar o mar gelado da Antártica para se reproduzirem nas águas mornas baianas.

 

Depois, a escola de samba carioca fez referências à mestiçagem das culturas europeias e africanas que resultaram no sincretismo religioso tão tradicional em Salvador, que mistura santos católicos e as divindades da cultura iorubá, os orixás.

 

No final do desfile, a Unidos da Tijuca enfrentaram um grande problema no caminho por seu quinto título do Grupo Especial da folia carioca: uma das alegorias da escola de samba esbarrou em um viaduto e acabou entrando no sambódromo um pouco torta, fato que chamou a atenção nas redes sociais.

 

O samba-enredo tijucano referencia a Baía de Todos-os-Santos como “as águas de Oxalá”, citando o orixá que é sincretizado com Nosso Senhor do Bonfim, entidade católica mais idolatrada em Salvador.

 

A canção, composta por Cláudio Russo, Julio Alves e Tinga, também relembra os tupinambás, indígenas que ocupavam os arredores da baía quando os portugueses invadiram a região. Ouça no vídeo abaixo o samba-enredo completo da Unidos da Tijuca.

 

 

A UNIDOS DA TIJUCA E A BAHIA

Não é a primeira vez que a Unidos da Tijuca homenageia os baianos em seu enredo. Em 1970, com o tema “Festa da Bahia”, a escola de samba da Zona Norte do Rio ficou apenas com o 12º lugar.

 

A Bahia também deu sorte para os tijucanos em 1984, quando a escola apresentou o enredo “Salamaleikum - A epopeia dos insubmissos Malês”, que homenageou os negros islâmicos que comandaram uma grande revolução nas ruas de Salvador durante o século XIX. Na oportunidade, a Unidos da Tijuca acabou rebaixada, na sétima posição.

 

A expectativa dos tijucanos é que, em 2023, a Bahia os garanta uma sorte melhor.