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Russo Passapusso desilude sobre BaianaSystem na Micareta de Feira e prevê turnê com o Olodum: “O projeto está pronto”

Por Erem Carla / Lula Bonfim

Russo Passapusso desilude sobre BaianaSystem na Micareta de Feira e prevê turnê com o Olodum: “O projeto está pronto”
Foto: Alexandre Durão / g1

O cantor Russo Passapusso compareceu, na noite desta quarta-feira (22) em Salvador, da pré-estreia do filme “O Rio do Desejo”, no Cine Metha Glauber Rocha, e falou sobre seus projetos individuais e também com a banda BaianaSystem, fenômeno cada vez mais consolidado no carnaval de Salvador.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, ele comentou a sua participação no filme Ó Paí Ó 2, previsto para chegar aos cinemas ainda em 2023. De acordo com ele, a ligação da música com o teatro é uma tradição da cultura baiana, que está sendo explorada devidamente pela produção do longa-metragem.

 

“Eu fiz participação do Ó Paí Ó 2. Foi incrível, foi muito massa. Com Margareth, com a galera. Fala sobre a história. É uma atualização. Todas as artes devem ser interligadas, como sempre foi a ideia de fusão da nossa história baiana, de relacionamento com teatro, com música, com tudo isso. O território é fundamental e a gente tem que mostrar que a gente é universal”, avaliou Passapusso.

 

O cantor exaltou a produção e o poder da representatividade do povo baiano, que aparece na ficção da mesma maneira que na vida real. Segundo ele, temas sociais serão abordados no longa-metragem de uma maneira inteligente. Russo Passapusso interpretará ele mesmo no filme.

 

“Eu participo como eu mesmo dentro da história e é maravilhosa. O Ó Paí Ó faz isso: coloca a representatividade, liga a coisa da ficção com a coisa da vida real de uma forma muito tranquila. E trata temas que são delicados com a sapiência, com a inteligência emocional devida, cabida”, elogiou o cantor.

 

MICARETA DE FEIRA

Para a tristeza dos fãs de BaianaSystem em Feira de Santana, Russo Passapusso praticamente descartou a possibilidade da banda participar da micareta da cidade, que ocorrerá entre os dias 20 e 23 de abril deste ano.

 

“Eu acho que não vai rolar a Micareta de Feira. Porque, depois do carnaval, o Baiana desemprega todo mundo. Todo mundo entra em seus projetos pessoais, então o Baiana está mesmo arrumando a casa. Foi muito de surpresa para a gente esse processo. A gente nunca fez micareta. Sempre fez carnaval. As pessoas conhecem o trabalho que a gente faz. A gente não entra pelo show. A gente entra pela história, principalmente em festas que são manifestações, que são ritos de passagem”, disse o vocalista do BaianaSystem.

 

Russo, entretanto, deixou claro que pretende produzir algo especial junto com a banda para apresentar em Feira de Santana. Para isso, entretanto, o artista avalia que será necessário um tempo maior, para preparar algo à altura da importância do município em que ele nasceu.

 

“Para a gente, é pensar em trabalhar para entregar uma coisa como a gente faz em Salvador. Eu sou filho de Feira de Santana e, para mim, é muito importante a gente levar um material clássico, importantíssimo, para lá. Como aconteceu dessa forma, a gente prefere primeiro arrumar a casa e entender”, disse Passapusso, em tom de promessa.

 

“Depois do carnaval, todo mundo saiu. Eu fui entrar lá no Alto da Maravilha, que é um trabalho que eu estou fazendo com Antônio Carlos e Jocafi. Era um disco que eu queria já estar lançando há muito tempo e, como eu fui para esse trabalho — que é preciso ter muito cuidado, porque trata-se do legado da música baiana — eu não posso agora largar um lado para fazer outro. A gente precisa produzir bem, produzir direito, para que seja um presente mesmo para Feira de Santana”, complementou.

 

OLODUMBAIANA

Questionado sobre uma possível turnê conjunta do BaianSystem com o grupo Olodum, Russo Passapusso afirmou estar na torcida para que o projeto caminhe para frente. A junção, apelidada de Olodumbaiana, fez sucesso na parceria apresentada durante o Festival de Verão de 2023, em Salvador.

 

“Tomara! Na real, os músicos querem tocar, o projeto está pronto e a gente quer que a galera tenha a iniciativa de fazer esse processo, porque trata muito dessa acupuntura cultural, mostrar para as pessoas que hoje pode ter um processo coletivo. Trabalhar com Olodum, com Malê Debalê, com Muzenza, com Didá”, afirmou Passapusso, que incentivou que as novas bandas da música brasileira chamem os blocos afros para parcerias.

 

“Bora, bandas das novas gerações, chamem essas pessoas, misturem com cada vez mais gente, botem os tambores para falar. Vamos entender que a gente não alcançou o futuro do que essas pessoas que passaram fizeram”, finalizou.