Mauricio de Sousa opina sobre ataques por disputar vaga na ABL: "Não errei tanto"
Por Redação
Mauricio de Sousa viu sua candidatura a ocupar a cadeira número oito na Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga após a morte da acadêmica Cleonice Berardinelli, virar assunto nas redes sociais após os ataques do jornalista James Akel, que diz não considerar quadrinhos da Turma da Mônica como literatura.
Também postulante à vaga, Akel declarou em entrevista à revista Veja que decidiu se candidatar após saber que o quadrinista, em sua carta de candidatura, escreveu que "quadrinhos são literatura pura."
O nome de Mauricio de Sousa ganhou apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), e de integrantes da ABL, como Paulo Coelho.
Em entrevista publicada no portal G1, o quadrinista defendeu que os quadrinhos fazem parte de um gênero literário próprio e que há uma abertura na ABL para recebê-lo, uma vez que todos conhecem suas personagens, todas muito populares.
"[Quadrinhos] São revolucionários porque ficam entre a literatura e as artes gráficas. Eisner [Will Eisner, quadrinista norte-americano] me fez sentir que a linguagem dos quadrinhos é uma revolução de ideias. E com os quadrinhos tudo é possível", declarou o escritor.
Sobre as críticas, Maurício diz ter se surpreendido com a repercussão positiva que seu nome vem ganhando nas redes. "Significa que não errei tanto."
O jornalista James Akel já havia se envolvido em outra polêmica, em 2017, ao defender a tortura durante a ditadura militar no Brasil.