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Titular da Secult de Salvador critica falta de investimento privado em eventos destinados ao público negro

Por Ana Clara Pires

Titular da Secult de Salvador critica falta de investimento privado em eventos destinados ao público negro
Foto: Reprodução / Instagram

Pedro Tourinho, secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), desabafou, nas redes sociais, sobre a falta de investimentos de empresas particulares nos eventos que estão sendo produzidos em Salvador, no mês de novembro. Segundo ele, a prefeitura está “apoiando tudo sozinha, pois nenhuma marca do país chegou junto dessa programação”.

 

“Em novembro, Salvador irá receber mais de 20 eventos produzidos por e para pessoas negras. Vamos receber através de festivais artistas internacionais  do nível de Viola Davis,  ngela Bassett, Victoria Monét, artistas nacionais como Alcione, Iza, Baco e Luedji Luna”, começou o secretário.

 

Em seguida, ele falou sobre a concentração de recursos no eixo Rio-São Paulo, onde as marcas gastam “mais em ativações em Interlagos do que em todo o resto do país”. Para Pedro, essas empresas estão controlando suas verbas e investimentos com um tipo de “miopia cultural”.

 

“A forma como o LAB Fantasma foi tratado no caso Balducco, a diferença de remuneração entre artistas profissionais brancos e negros, a falta de diversidade no mesa que decide, a falta de letramento e empatia dos brancos que estão com a caneta na mão, o cinismo com que distribuem gorjetas para colorir um ou outro frame para ficar bem na fita, o racismo, o racismo enraizado no cerne das decisões”, prosseguiu Tourinho.

 

O secretário de Salvador finalizou seu texto fazendo um convite a esses grandes empresários. “Ainda há tempo: se não dá para investir esse ano, convido os gestores de grandes verbas, de marcas que podem ter um impacto gigantesco na vida do povo desse país, a passar uns dias em Salvador e entender, sentir, ver com os próprios olhos a potência do que está acontecendo aqui.”

 

“Meus amigos, potencializar a diversidade é a única saída para nosso país. Venham. Serão muito bem-vindos e tudo custará muito barato diante da transformação que a cultura oferece”, disse finalizando a sequência de stories em seu Instagram.