Em lançamento Festival de Verão 2024 na capital paulista, Alê Youssef fala da importância da economia criativa para Salvador

O Festival de Verão Salvador está lançando na noite desta terça-feira (24) a edição de 2024 do evento nacionalmente, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Entre as personalidades presentes está o gestor cultural brasileiro e ex-secretário Municipal de Cultura de São Paulo, Alê Youssef , que em entrevista ao Bahia Notícias falou sobre a importância de fomentar a economia criativa na capital baiana.

“Acho muito importante, a população de São Paulo está conectada totalmente com que acontece no coração cultural do Brasil que é Salvador… é a Bahia, mas é bem representada por Salvador. Sempre fui um defensor muito árduo de um calendário cultural público-privado que pudesse unificar toda agenda cultural do Brasil com uma forma de estopim, de apoio, de fortalecimento do que chamamos de economia criativa. Acho que um calendário cultural público-privado em que todas a cidades do Brasil saiba o que está acontecendo uma nas outras podem gerar intercâmbios, captação de patrocínio, assim vamos ter muita geração de emprego e renda e perceber muito mais essa desenvoltura estratégica da economia criativa super importante para o PIB, desenvolvimento econômico e só assim vamos conseguir ter o apoio necessário de todas as esferas que o setor merece”, declarou.

Ainda em conversa com o BN,  gestor cultural brasileiro chegou a comentar sobre o desabafo de Pedro Tourinho, realizado nesta segunda-feira (23) nas redes sociais, sobre  a falta de investimentos de empresas particulares nos eventos que estão sendo produzidos em Salvador. “Compartilho da visão do [Pedro Tourinho], inclusive eu e Pedro somos amigos e temos a mesma compreensão sobre essa importância estratégica da cultura e economia criativa para o desenvolvimento e esse intercâmbio vai além de um calendário de eventos e atividades culturais. Esse intercâmbio é importante para o fortalecimento regional, territorial, para geração de emprego e renda, inclusive, para abrir novas portas e novos espaços de investimentos para marcas do Sudeste, para marcas de São Paulo principalmente, porque sabemos que o mercado está muito concentrado aqui em São Paulo. [...] Acho importante sempre batemos nessa tecla, o gestor público que estava na vez está na ativa, assim como o Pedro, para mostrar para esse setor que economia criativa não é um bicho de sete cabeças, não vai tirar dinheiro das linguagens artísticas tradicionais, do folclore, do patrimônio, de nada… vai gerar mais oportunidades de emprego e renda”, afirmou Alê.