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“Eu sou negrão”: Baianos refletem sobre sua identidade racial

Por Ana Clara Pires

“Eu sou negrão”: Baianos refletem sobre sua identidade racial
Foto: Priscila Melo / Bahia Notícias

Qual sua identidade racial? Essa pergunta pode parecer simples, mas não é. A complexidade desta questão está no fato da negritude não se resumir apenas a cor de pele, como também a traços. O Bahia Notícias foi até a estação da Lapa para descobrir como a população do estado mais negro fora de África se identifica racialmente.

 

Em sua maioria, a população se declarou negra. Como argumento, eles apontaram ser por causa da cor de pele, traços ou experiências. “A minha mente é negra, eu penso como negro, eu sou negrão”, disse um senhor.

 

“Na verdade, eu sempre soube que não era branca. Eu tive consciência quando eu estava com 16 ou 17 anos e um colega virou para mim e falou: ‘você sabe que você é negra né?’ Então, eu disse que achava que era muito clara. E ele respondeu: ‘mas você é negra’”, contou um jovem sobre seu processo de descobrimento.

 

Já outro, declarou que demorou para entender seu posicionamento na sociedade como uma pessoa preta. “Antes eu achava que era só uma pessoa. Quando eu entendi que era uma pessoa preta, e o que as pessoas pretas passam na sociedade, eu fui mudando a ideia do que eu era”.

 

“Algumas pessoas acham que por eu ter a pele mais clara, eu não sou negra. Apesar de eu já ter passado na pele, de ir em uma loja e as pessoas ficarem no pé”, desabafou uma jovem.