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“Tá nítido que o circuito Barra/Ondina está saturado”, afirma secretário de Cultura sobre Carnaval

Por Bianca Andrade

Bruno Monteiro secretário de cultura
Foto: Vagner Souza/ Salvador FM

O Carnaval segue em pauta para o Governo do Estado, que sugere a criação de um novo circuito para a folia acontecer em Salvador em uma tentativa de tornar a festa realizada no Circuito Dodô (Barra-Ondina), mais confortável para o folião, que se queixa do aperto ao longo dos cerca de 4,5 km de um ponto ao outro da avenida.

Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na Salvador FM, o secretário de cultura Bruno Monteiro reforçou a ideia de um debate para propor a criação de um circuito alternativo que venha a “desafogar” um dos espaços mais buscados pelos foliões durante os seis dias de festa.

 

“É um crescimento que é constante, em progressão, não tem mais volta. O que a gente verifica a cada verão e no Carnaval de forma muito especial, as pessoas vem e decidem não só voltar, como elas convidam outras pessoas para vir também. Então o fluxo turístico aumenta a cada ano, o número de pessoas aumenta a cada ano, nós chegamos a quase 12 milhões de pessoas somente nos três circuitos de Salvador ao longo dos seis dias de Carnaval, é muita gente, quase a população da Bahia toda concentrada ali no Campo Grande, Barra e Pelourinho.”

 

Monteiro defende a ideia de que a população precisa ser ouvida para que uma alternativa confortável para todos seja criada. “O que nós precisamos e temos defendido isso nos nossos posicionamentos é a necessidade agora de se estudar medidas para novas opções do Carnaval. Ninguém quer reduzir, ninguém quer limitar, nós precisamos pensar esse crescimento. Tá nítido que o circuito Barra/Ondina está saturado, isso já era algo que vinha acontecendo nos últimos anos, no ano passado houve muita reclamação sobre isso”, afirmou.

 

O secretário pontua que o Governo já vem trabalhando em ações para movimentar todos os circuitos da festa, em especial o Campo Grande com grandes atrações, no entanto, mesmo com as propostas, a Barra continua como foco dos foliões.

 

“Nós assumimos no ano passado o compromisso de uma maior valorização do Campo Grande, a própria valorização do Ouro Negro, grandes artistas estiveram lá em um número grande. Isso não representou um esvaziamento do circuito barra ondina que continua saturado. O que estamos falando é a necessidade de dialogar com todos os setores envolvidos , não pode haver imposição, mas precisamos de fato, considerado a opinião de todo mundo que participa e faz o Carnaval acontecer para que a gente se pense em alternativas, já se falou na Paralela, na Boca do Rio, no Comércio. O governo não tem preconceito com nada nem decisão sobre nada, porque não nos cabe isso. O que nós queremos é, em cima de estudos, um diálogo amplo e democrático.”

 

Questionado sobre o investimento nos blocos afro, que neste ano recebeu verba inédita do edital Ouro Negro, R$ 15 milhões, e a falta de espaço nos circuitos para as instituições, como o Ilê, que neste ano foi tema do Carnaval pela Prefeitura e Governo, o secretário pediu ajuda do Conselho do Carnaval (COMCAR), que define a ordem dos desfiles.

 

Uma das maiores queixas das agremiações foi a questão do horário na avenida, ou cedo demais e sem a presença da grande mídia para noticiar o momento, ou tarde demais e sem a presença da mídia e dos foliões para prestigiarem a festa.

 

“Nós queremos publicamente solicitar ao Conselho do Carnaval (COMCAR), que é quem faz a ordem do Carnaval, um diálogo transparente, aberto e desarmado sobre isso. É verdade que muitos blocos afro tem uma opção do seu horário, tem uma tradição. O Ilê Aiyê sai no sábado à noite e vem passar na avenida já na madrugada, é uma tradição do bloco. Mas nós queremos essa discussão, porque nós ouvimos muito. Nós fazemos essa proposta e reivindicação.”