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Terreiro mais antigo do Brasil, localizado em Salvador, será homenageado na Sapucaí no Carnaval de 2025; saiba mais

Por Bianca Andrade

Terreiro da Casa Branca e Unidos de Padre Miguel
Foto: Divulgação/ UPM

A Bahia irá marcar presença por mais um ano na Sapucaí. A escola de samba Unidos de Padre Miguel, que estreia no Grupo Especial em 2025, levará para a avenida um enredo que irá contar a história do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho e da africana Iyá Nassô.

 

Segundo a escola, a inspiração e aprovação da ideia do enredo surgiram após uma visita de uma comitiva da escola ao terreiro. "Os diretores de carnaval, os carnavalescos e os enredistas do Boi Vermelho foram recebidos com muito carinho pela Iyalorixá Neuza Cruz de Xangô e demais membros do conselho espiritual da Casa Branca, que abençoaram e apoiaram a iniciativa da agremiação", disse a agremiação.

 

Idealizado pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, o enredo promete entoar uma história de tradição afro-brasileira e exaltar o papel do templo, localizado no Engenho Velho da Federação, que é o mais antigo ainda em funcionamento.

 

“Estamos maravilhados em poder contar a história de Iyá Nassô, a semeadora do culto aos Orixás no Brasil. Este é um enredo que celebra a ancestralidade africana e que consagra o primeiro Ilê plantado em terras brasileiras, instaurando a religião do Candomblé”, disse Alexandre Louzada.

 

O enredo está sendo desenvolvido por Victor Marques e Clark Mangabeira.

 

Em 2023, a Bahia foi homenageada pela Estação Primeira de Mangueira com o enredo ‘As Áfricas que a Bahia canta’. Já a Unidos da Tijuca levou a Baía de Todos os Santos para a Sapucaí com o enredo "É onda que vai… É onda que vem… Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra".

 

SOBRE O TERREIRO DA CASA BRANCA

Fundado por três mulheres africana da nação nagô, uma delas a iorubá Iyá Nassó (Mãe Nassô), por volta de 1830, o Terreiro da Casa Branca foi o responsável pela origem de diversos outros templos na capital baiana, como o Terreiro do Gantois e o Ilê Axé Opô Afonjá.

 

Inicialmente, o Ilê Axé Iyá Nassô Oká (nome em iorubá), ficava localizado em um terreno atrás da Igreja da Barroquinha. A mudança para o Engenho Velho da Federação veio após a perseguição as manifestações religiosas que não fossem católicas. 

 

Em 1982, o terreiro foi reconhecido como Patrimônio Cultural da Cidade pela Prefeitura Municipal de Salvador, e se transformou em Área de Preservação Cultural e Paisagística Municipal.

 

Quatro anos depois, foi homologado o pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para transformar a Casa Branca no primeiro templo não católico a ser tombado como Patrimônio Histórico do Brasil.