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Marvvila reforça importância de união feminina no pagode: “A gente precisa ser ouvida”

Por Laiane Apresentação

Marvvila reforça importância de união feminina no pagode: “A gente precisa ser ouvida”
Foto: Divulgação

Conhecida nacionalmente também por sua participação na edição do Big Brother Brasil 2023, a cantora Marvvila estará em Salvador, neste fim de semana. Grande defensora da presença feminina do pagode, a artista carioca conversou com o Bahia Notícias sobre suas conquistas na música e a possibilidade de abrir portas para novas artistas femininas no gênero, majoritariamente dominado por homens.

 

No próximo domingo (28), Marvvila se consagrará como a primeira e única artista feminina de pagode a fazer parte do line-up do evento Samba Piatã, realizado desde 2015, em Salvador. A inclusão feminina veio logo após o festival receber críticas da sambista Ju Moraes, vocalista do grupo Sambaiana, no ano passado pela ausência de mulheres em suas atrações. Ao BN, Marvvila considerou sua participação no festival como o começo para uma mudança no gênero. 

 

“Estou me sentindo muito especial, mas sinto também que vai ser um começo de uma mudança. O que a gente mais quer é ver, de fato, a mulherada dominando e, nas próximas edições, a line-up dominada por mulheres. Não só do Samba Piatã, mas de vários outros eventos. É o que a gente tem lutado firme no seguimento. Nós mulheres temos unido forças, porque é só se juntando mesmo na raça pra fazer isso mudar”, declarou a artista.

 

Um dos nomes de maior ascensão no gênero, a cantora revelou que seu objetivo é que a união feminina fortaleça uma possível dominância das mulheres no pagode. “O sertanejo um dia já foi um gênero que era extremamente dominado por homens e acredito que muita gente não acreditava que hoje seria assim dessa forma. Tantas mulheres dominando, tantas mulheres na cena de igual para igual aos homens”, explicou Marvvila.

 

Para reforçar a importância de uma igualdade de dominância dentro do gênero, Marvvila que já gravou colaborações com outras artistas da cena, como Cinthia Ribeiro e Andressa Hayalla, em seu projeto musical “Só Vvamo Vol. 1”, e contou sobre a necessidade de um apoio coletivo. 

 

“Eu já escutei até as pessoas dizerem que ‘ah, mas não tem muita mulher fazendo um samba hoje’ e, caramba, tem muitas mulheres incríveis. E é isso que a gente precisa. A gente precisa de espaço mesmo. A gente precisa ser ouvida. Nós, mulheres, se juntarem e até mesmo os homens da cena, de sucesso, nos ajudarem, nos darem essa força”, declarou.  

 

Sobre a existência de projetos musicais femininos no pagode, a cantora admitiu a relevância do projeto Numanice, criado pela cantora Ludmilla, para alcançar novos públicos. “É muito importante o apoio de outros artistas, de outros eventos grandes, como Numanice, que tomou toda essa proporção”, revelou. 

 

Marvvila chegou a participar da primeira edição do projeto da funkeira, lançado em 2020. A artista gravou uma música com Ludmilla, “Não é Por Maldade”, mas a canção foi excluída das plataformas digitais após um desentendimento entre as duas. 

 

Atualmente, a ex-BBB possui seu projeto audiovisual “Só Vvamo”, lançado em outubro do ano passado. Com colaborações musicais de nomes como Ferrugem, Péricles e Buchecha, o projeto já possui três blocos lançados nas plataformas de streamings. 

 

“O Só Vvamo é um sonho meu que a gente realizou. Ele nasceu na minha gravação, do meu audiovisual, mas é muito mais que isso. Eu tô lançando ele aos poucos e é um projeto audiovisual lindo e ainda tem muitas participações para serem reveladas”, compartilhou a pagodeira. 

 

Segundo Marvvila, a intenção é de que o evento percorra o Brasil e sirva como porta de entrada para novos músicos da cena. “Em breve ele vai virar evento. É a parte maior do meu sonho. Como outros eventos que tem do segmento, como Tardezinha, Numanice, Resenha do Mumu… vai ser mais um evento lindo”, declarou. “Eu vou poder chamar muitas outras artistas pra estarem lá comigo, pra estarem lá cantando. E uma ajudando a outra, espalhando o nosso som, espalhando nossa verdade”, reforçou.  

 

Ao BN, Marvilla revelou que pretende trazer o projeto para Salvador assim que possível. “A energia de Salvador é muito incrível, eu realmente sou muito fã”, confessou. “Tudo que eu mais quero, eu acho que vai ser um esquenta [o Samba Piatã]. Se Deus quiser vai começar aqui no Rio, na minha terrinha, mas eu quero levar para o Brasil todo. E Salvador não pode ficar de fora”.

 

Os projetos audiovisuais estão em grande destaque no gênero. Na Bahia, a banda liderada por Ju Moraes, Sambaiana, lançará o segundo bloco do projeto “Sambaiana Ao Vivo”, neste sábado (27), que reunirá regravações de clássicos do samba, junto com músicas autorais. 

 

O cantor Léo Santana, também entrou na moda com o projeto “PaGGodin”, lançado neste ano. O show chegará em na capital baiana em setembro e também será conduzido por regravações e músicas autorais.