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“Salvador tem porte e tem público, mas são vários fatores”, afirma Marcelo Britto sobre shows internacionais na capital baiana

Por Bianca Andrade

Marcelo Britto
Foto: Reprodução/ YouTube

Se tem vontade e tem público, o que mais falta para que Salvador seja palco de grandes shows internacionais? A equação poderia ser fácil de decorar como a fórmula de Bhaskara, mas ainda quebra a cabeça de quem anseia por ver seu artista favorito se apresentar na “terrinha” e também de quem tenta trazer os nomes para a capital.

 

Ao Bahia Notícias, o empresário Marcelo Britto, dono da Salvador Produções, foi enfático ao afirmar que a capital baiana tem porte e público para receber os grandes nomes, no entanto, há muito além da vontade para fazer acontecer.

 

Segundo o empresário, a falta de shows internacionais na capital baiana perpassa a questão da falta de espaços e possível falta de público.

 

Segundo o produtor, é necessário tornar a capital baiana como a “única escolha” no eixo Nordeste para que Salvador seja a escolhida em uma possível vinda de alguma turnê.

 

A tarefa é difícil, já que cidades como Recife e Fortaleza, que também já receberam grandes nomes do cenário mundial, estão na mesma briga que a capital para o retorno dos shows nas respectivas cidades.

 

“A gente precisa travar uma agenda Nordeste para que o artista não faça apresentações em Salvador, Fortaleza e Recife, por exemplo, e escolham esses destinos. Que seja Salvador a capital do Nordeste. Seria muito mais fácil um cara sair de Maceió, Aracaju, Recife e vir para Salvador do que ir para São Paulo”, afirma.

 

Ao BN, outros empresários pontuaram o fator da questão do poder de consumo na capital baiana. Britto ainda cita a disponibilidade do público em investir um valor alto, em comparação ao ticket de show nacional, para assistir uma grande atração internacional.

 

“O nosso ticket é sempre um pouco mais baixo. Em São Paulo eles pagam R$ 800. É uma praça difícil de trazer internacional pelo conjunto.”

 

Outro fator que impacta não só as atrações internacionais, como nacionais e também uma das maiores festas de rua do mundo, o Carnaval, é a dificuldade de patrocínio. Com o dólar alto, o custo de um show internacional ao bolso de uma produtora local acaba sendo 6x mais caro. Porém, não é algo desconsiderado pela produtora baiana.

 

“Salvador tem porte e tem público, mas são vários fatores. A gente está com dólar hoje a quase R$ 6, mas é um momento delicado porque o Nordeste sempre teve dificuldade com captação de patrocínio. A gente avalia tudo, não é só o artista solo, dupla, internacional. O que está sendo desejado pelo público e que tem uma capacidade financeira de ser realizado, para a gente também ter o êxito, é o que a gente quer levar para o público.”

 

Neste ano, a produtora já trouxe um nome internacional para a capital baiana através do Festival de Verão. O cantor norte-americano CeeLo Green se apresentou em Salvador em janeiro de 2024, em um show que aconteceu no Parque de Exposições.

 

A Salvador Produções ainda trará novos nomes antes do ano terminar. Através da República do Reggae, a produtora traz para a capital grandes nomes do gênero de alcance internacional.

 


Foto: Sercio Freitas/ Reprodução

 

Na grade do evento, que se tornou o maior festival do ritmo da América Latina, estão confirmados Alpha Blondy (Costa do Marfim), Clinton Fearon (Jamaica), Steel Pulse (Reino Unido), Eek-A-Mouse (Jamaica) e Etana (Jamaica). Além dos brasileiros Edson Gomes, Mato Seco, Tribo de Jah e Leões de Israel.

 

Os ingressos estão sendo vendidos no site do Bora Tickets e custam a partir de R$ 93.