Bahia decepciona e fica no empate com Juazeiro

A tarde tinha todos os ingredientes para ser perfeita. O Bahia, dono do melhor ataque do Brasil, enfrentava Juazeiro, pior defesa da competição, dentro de casa. Mas a facilidade ficou apenas no papel. Em uma partida irreconhecível, muito abaixo do nível técnico apresentado nas últimas rodadas, o tricolor ficou apenas o empate de 1 a 1, neste domingo (11), no Estádio de Pituaçu, que completou trinta e três anos de construção. Sem a necessidade da segunda partida pela Copa do Brasil, o elenco do Bahia terá uma semana para se preparar antes do clássico contra o Vitória, que acontecerá domingo (18), no Barradão.

Primeiro tempo fraco
Aos 6, Fahel fez ótimo lançamento para Ciro. O atacante, de frente para o adversário, ajeitou a bola para perna direita e encheu o pé. A finalização do camisa 9 acertou o poste esquerdo do goleiro Marcos Vinícius. Três minutos depois foi a vez do Juazeiro chegar ao ataque e proporcionar o primeiro lance polêmico do confronto.  Stefan arrancou pelo lado direito, invadiu a grande área e caiu, depois da chegada de Fahel. Os companheiros pediram pênalti, mas o árbitro Gleison Santos mandou seguir.  Os primeiros vinte minutos de bola rolando apresentaram uma série de passes errados do Bahia. Sem Gabriel, destaque da equipe na temporada de 2012, Falcão optou por um esquema com Filipe e Diones como homens de aproximação ao meia Magno. Mas, na prática, isso não aconteceu e dificultou, e muito, o setor de criação. O reflexo das falhas do esquadrão aconteceu aos 22 minutos. Filipe errou ao tentar um passe de primeira e cedeu o contra-ataque ao Juazeiro. Nino invadiu a área e chutou forte, pela linha de fundo.  O Bahia respondeu de forma imediata. Aos 23, Magno iniciou o contra-ataque e tocou para Júnior. O ‘Diabo Loiro’ devolveu para o meia, que bateu cruzado mas sem muita direção. Ainda que longe da performance das últimas apresentações, o Bahia se soltou um pouco mais. Aos 29, Filipe tocou para William Matheus. O lateral recebeu o passe na entrada da área e chutou cruzado para boa defesa de Marcos Vinícius. O goleiro do Juazeiro esteve bem no lance. Porém, seu companheiro Advaldo, não pode dizer o mesmo. No minuto seguinte, Stefan tocou para o meio da área e achou o companheiro livre de marcação, em uma falha da defesa do Bahia. Dentro da pequena área, o camisa 8 pegou muito embaixo da bola e perdeu uma excelente oportunidade. Um fraco primeiro tempo para quem estava acostumado os bons resultados da ‘Era Falcão’. Pouca criação, espaço para o adversário jogar e muitos erros na saída de bola. Não foi à toa que a equipe deixou o gramado para intervalo debaixo de muitas vaias.

Bahia irreconhecível
A solução encontrada por Falcão para deixar o time mais ofensivo, e com um toque a mais de qualidade, foi colocar Morais no lugar de Filipe. O meia não atuava há quatro partidas por causa de uma forte virose. Ainda que sem a participação direta de Morais, o Bahia iniciou com tudo o segundo tempo. Na saída de bola, após um chutão de Rafael Donato, Titi foi ao ataque e tocou de cabeça para Júnior. O camisa 11 ficou de frente para o gol, encheu o pé esquerdo, mas a bola saiu pela linha de fundo.  Ainda que mais ofensivo taticamente, o tricolor não conseguia espaços para jogar, e errava muito. Aos 10, o Juazeiro quase marcou. Em cobrança de escanteio, o atacante Nino Guerreiro se desvencilhou da marcação e cabeceou para fora, com muito perigo.  O Bahia continuava o mesmo. Os volantes não apareciam para ajudar e os meias deixavam a desejar, e muito. O Juazeiro não tinha o que reclamar. Todo fechado e bem posicionado defensivamente só esperava os erros do tricolor para explorar os contra-ataques. Aos 25, o lateral Madson, principal arma de ataque na segunda etapa, invadiu a grande área e ao invés do chute preferiu tocar para o meio. Errado. A sorte dele foi que Jarbas errou na hora do corte e presenteou Magno. O camisa 10 serviu Morais, que finalizou por cima da meta. Dois minutos depois foi a vez de Diones. O volante arriscou de fora e obrigou uma boa intervenção do goleiro Marcos Vinícius.

Rafael salva o Bahia
O resultado só estava bom para o Juazeiro, que a partir dos 30 minutos só quis se defender.  Do outro lado, esforço não faltava. Os jogadores do Bahia buscavam furar o bloqueio, mas sem sucesso. Êxito mesmo quem teve foi o Juazeiro, aos 36 minutos. O lateral Neílson, em contra-ataque rápido, bateu para o gol e contou um desvio no peito do zagueiro Rafael Donato. O toque no defensor tirou o goleiro Omar da jogada, que apenas assistiu o caminho da bola até o gol. Juazeiro 1 a 0. O gol significou desespero do lado tricolor que jogou ao ataque. E deu certo. Aos 40, William Matheus levantou na área e Rafael, de cabeça, deixou tudo igual.