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Chuva torrencial em Maceió lava a alma de tricolores em 2022 'sofrido, mas gostoso'

Por Ulisses Gama, de Maceió

Chuva torrencial em Maceió lava a alma de tricolores em 2022 'sofrido, mas gostoso'
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

Tenho o privilégio de cobrir um dos maiores clubes do Brasil desde 2015. A delícia de trabalhar com jornalismo - principalmente esportivo - são as histórias. E ontem eu pude acompanhar de perto mais uma delas.

 

O acesso do Bahia já era uma realidade antes mesmo do juiz Ramon Abatti Abel apitar o fim do jogo no estádio Rei Pelé. Foi uma campanha consistente, com o Tricolor presente por todas as rodadas no G-4, após um início de ano marcado por eliminações no Campeonato Baiano e na Copa do Nordeste. A zuada do objeto que pertence ao cara de amarelo só fez confirmar o que já se esperava: um Esquadrão de elite.

 

"Sofrido, mas gostoso". Guto Ferreira não sabia a proporção que essa frase tomaria e como ela se tornaria uma realidade para a torcida. Apesar da consistência dos números na tabela, a Série B foi marcada por atuações duvidosas, decepções dentro de casa e um longo jejum como visitante. O lado bom da história é que o elenco é dedicado, comprometido com o objetivo e conseguiu grandes resultados, principalmente na Arena Fonte Nova.

 

Talvez a história desse ano combine perfeitamente com Vitor Jacaré. O menino de 23 anos, nascido em Caririaçu, no Ceará, jamais imaginaria ser tão baiano e representativo para uma torcida. Além dos gols e assistências, o carisma e a dedicação de um trabalhador tornaram ele o reflexo de quem se dedica para estar nas arquibancadas. Diria que foi o casamento perfeito.

 

E o que falar de Ignácio? Outras vezes descartado para compor o elenco, ele se tornou gigante durante a temporada e mais do que nunca pode responder como um jogador da casa. 

 

O acesso à Série A também é especial para Mateus Claus. Após passar por uma saia justa nas redes sociais quando ainda era reserva, assumiu a responsabilidade de substituir Danilo Fernandes e cumpriu com defesas importantes.

 

Conseguir o objetivo foi um prêmio para a diretoria, que viveu dias infernais após a queda em 2021 e a consequente dúvida sobre o futuro do Bahia. No entanto, mesmo com alguns tropeços durante este ano, Guilherme Bellintani, Vitor Ferraz, Eduardo Freeland e Renê podem celebrar, principalmente neste momento de passagem de bastão para o Grupo City.

 

Eu poderia passar a manhã inteira contando histórias do clube, mas na verdade foram milhões que fizeram a diferença e deram essa promoção. A torcida do Bahia nunca abandonou e neste ano reforçou ainda mais o seu laço de fidelidade. Foram recordes de público quebrados, apoio incondicional mesmo quando a equipe estava devendo e uma verdadeira invasão em Maceió para fechar com chave de ouro. O final de semana na capital alagoana foi de muita chuva, água pra valer. Era São Pedro lavando a alma desse povo e dando o sinal de um futuro melhor.

 

Parabéns, Esporte Clube Bahia!

 

O acesso à Série A foi da torcida do Bahia | Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias