Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Coluna

Coluna

Turbilhão Feminino: Genial, fora e dentro de quadra, Janeth é imortal!

Por Caio Henrique

Turbilhão Feminino: Genial, fora e dentro de quadra, Janeth é imortal!
Foto: Paulo Roberto Conde

Na segunda parte que fala sobre as mulheres negras que revolucionaram o esporte, falo de Janeth, peça importante e essencial para o basquete nacional.

 

Diretamente de Carapicuíba para o mundo, é assim que podemos começar a falar de Janeth, ala-armadora da seleção brasileira, a terceira maior pontuadora da história da amarelinha. Sua carreira é marcada por pódios e conquistas que elevaram o basquete feminino brasileiro a um patamar gigantesco, foram medalhas pan-americanas (um ouro e duas pratas), mundiais (um ouro) e Olímpicas (uma prata e um bronze). Foi com a medalha de prata conquistada no Pan em 2007 que a Janeth se aposentou das quadras e deixou um lindo legado à modalidade.

 

Janeth nunca escondeu que o esporte a fez superar várias dificuldades, inclusive a racial, foi o que disse em uma entrevista em 2016: “Sim, ele é, com certeza, ele é! Eu tive vários momentos em que eu passei por essa inclusão, até mesmo na escola, na educação física. Eu participei também de alguns clubes antes de ser federada, até minha professora de educação física me levar para Catanduva, onde eu fui realmente federada. Então, por vir de uma família muito simples, por ser uma mulher, por ser negra, era muito mais preconceito. O esporte me fez superar todas essas dificuldades.”

 

Em 2019 entrou no Hall da fama do basquete mundial, sendo homenageada no mundial da FIBA realizado na China.

 

Ela só queria ser Janeth e foi, e é.

 

Janeth é a história viva de uma modalidade que ao longo do tempo foi sendo esquecida e pouco incentivada no esporte brasileiro. Sua história é gigante e sua contribuição as conquistas realizadas pela seleção brasileira é reconhecida por suas companheiras da época: “ Foi quando a Janeth entrou na seleção que começamos a ganhar títulos. Existia a dupla Paula e Hortência, mas não era o suficiente para levar o Brasil ao topo, principalmente porque ficávamos muito sobrecarregadas. Com a Janeth e a energia que ela trouxe, nos tornamos vencedoras. Fomos campeãs pan-americanas, campeãs mundiais e vice-campeãs olímpicas. A Janeth desafogou a responsabilidade que recaía sobre Paula e Hortência de obrigatoriamente fazer 40 pontos por jogo. Ela dividiu esse olhar do adversário. E reconheço isso até hoje” - afirmou Hortência (Em reportagem ao G1).

 

Falo de Janeth e cito Janeth, pois é um nome para ser reverenciado, lembrado e jamais esquecido pelos brasileiros e brasileiras, amantes, ou não, da bola laranja.

 

O Brasil tem história, tem ídolos e tem Janeth que é uma ídolo com história.

 

Enquanto houver basquete, haverá Janeth.

 

Enquanto houver Janeth, haverá esperança.

 

Enquanto houver esperança, haverá sonhos.

 

Enquanto houver sonhos, haverá futuro.

 

E será no futuro que encontraremos novas Janeths (com outros nomes) para voltarmos ao lugar que o basquete brasileiro merece: o topo!