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Entrevista

Filho de ídolo do Itabuna, Mathaus Sodré comanda o Dragão após título em primeiro ano como técnico

Por Hugo Araújo

Filho de ídolo do Itabuna, Mathaus Sodré comanda o Dragão após título em primeiro ano como técnico
Foto: Reprodução/Instagram/@mathausodre

Aos 36 anos de idade, Mathaus Sodré será o treinador mais jovem do Campeonato Baiano de 2024. Contratado pelo Itabuna, equipe por onde atuou como jogador entre 2009 e 2011, Mathaus estreou como técnico no ano passado à frente do Águia de Marabá. A experiência em terras paraenses rendeu a taça do Campeonato Paraense após 11 anos seguidos de títulos da dupla Remo e Paysandu.

 

Além do primeiro título estadual da história do Águia de Marabá, Mathaus e seus comandados alcançaram uma heroica terceira fase da Copa do Brasil, eliminando os favoritos Botafogo da Paraíba e Goiás. Tudo isso no primeiro ano da carreira do promissor treinador. 

 

Filho de Gérson Sodré, ex-jogador com passagens por Portuguesa, Guarani, Ceará e ídolo do Itabuna nos anos 70, Mathaus tabela com o pai, seu auxiliar técnico e companheiro de vida. Em conversa com o Bahia Notícias, o jovem treinador do Azulão contou que foi Gérson quem escolheu o seu nome, uma homenagem ao histórico jogador alemão Lothar Matthaus, campeão da Copa do Mundo em 1990 e eleito melhor do mundo pela Fifa em 1991.

 

"Foi uma homenagem ao Matthaus e meu pai quer que deixe claro que eu nasci em 1987 e o Lothar Matthaus brilhou pro mundo, digamos assim, em 1990, então, ele fala que não foi 'modinha' ter colocado este nome após o título mundial da Alemanha (risos). O Lothar Matthaus era um jogador que ele gostava muito, que tinha um estilo de liderança e aí ele acabou convencendo a minha mãe para eu me chamar Mathaus", explicou o técnico.

 

Sobre o acerto com o Itabuna, que mandará os seus jogos no em 2024 no estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, estreando neste domingo (14), às 18h30, contra o Atlético de Alagoinhas, Mathaus disse que as conversas foram positivas pelo fato do seu bom relacionamento com o diretor de futebol e o presidente do clube, os irmãos Ricardo e Rodrigo Xavier, respectivamente. Inevitavelmente, a história do seu pai na cidade também contribuiu para o casamento, além da força do Campeonato Baiano.

 

"Aqui é um clube onde meu pai nasceu. É a cidade onde meu pai nasceu. O clube que projetou ele pro futebol. Ele é considerado um ídolo aqui. Eu não poderia não dar esse presente para ele e, consequentemente, pra mim também, porque eu acredito que o Campeonato Baiano seja muito forte e vai me projetar ainda mais pro futebol brasileiro", disse Sodré.

 

No bate-papo, entre outros assuntos, Mathaus contou como chegou até o Águia de Marabá, falou sobre seu estilo de jogo e referências profissionais e projetou a temporada do Itabuna, equipe semifinalista do último Baianão e que este ano ainda disputará a Série D e Copa do Brasil.

 

Confira abaixo a entrevista completa:

 

Gérson e Mathaus, pai e filho, constroem história de sucesso no futebol | Foto: Reprodução/Instagram/@mathausodre

 

Mathaus, primeiramente conta como foram os seus primeiros passos no futebol até você assumir o seu primeiro time profissional como técnico, o Águia de Marabá, no ano passado? Como você avalia a sua passagem pela equipe, conquistado o Campeonato Paraense e chegando à terceira fase da Copa do Brasil?

 

Meus primeiros passos foram através do meu pai, Gérson Sodré. Ele foi um jogador profissional e desde bebê, na barriga da minha mãe, ele costuma falar que eu já sou um campeão. Quando ele conquistou o tricampeonato cearense pelo Ceará, um ano eu estava na barriga da minha mãe e nos outros dois eu presenciei “pequenininho". Com certeza foi ele que me deu a inspiração para estar nessa carreira que eu estou hoje.

 

Cheguei a jogar em alguns clubes, mas não levei muito a sério, como o futebol tem que ser. Participei de algumas categorias de base. Tive uma oportunidade até no Itabuna. Fiquei três temporadas aqui no clube. Em 2009, 2010 e 2011 tive a oportunidade de fazer parte do grupo que conseguiu m acesso para a Série A. Após algumas contusões, eu acabei optando por encerrar a carreira de jogador e dei continuidade na Portuguesa de Desportos, onde meu pai estava sendo treinador das categorias de base. Aí veio essa primeira oportunidade de trabalhar com ele. Eu já fazia algumas coisas como olheiro, na época que meu pai trabalhou com o Estevam Soares e era auxiliar dele, eu saía para alguns clubes, ia visitar os adversários para passar relatório para ele, isso tudo ainda muito jovem. Eu considero que foi aí a minha primeira oportunidade no futebol, nessa função de auxiliar técnico, olheiro.

 

O grande pulo foi em 2015, onde o Maurício Copertino, que foi auxiliar do Vanderlei Luxemburgo, teve uma passagem pela Portuguesa e eu acabei sendo auxiliar dele. Nesse período, a gente deu liga. Aí eu deixei um pouco de ser o filho do Gerson Sodré, ídolo da Portuguesa, para começar a ser um pouco do Mathaus Sodré. O Maurício acabou elevando meu nome para os caras enxergarem minha qualidade, além do meu sobrenome, o qual eu sou muito honrado e levo por tudo que meu pai conquistou. Não tenho nada a esconder sobre isso.

 

Acabei ficando na Portuguesa até o final de 2017 quando o Maurício me fez um convite para gente passar uma temporada no futebol chinês, me convidando para ser seu auxiliar dele lá na China, já no futebol profissional. Prontamente eu aceitei, tivemos um ano muito vitorioso em 2018, uma campanha muito boa com um clube chinês da Segunda Divisão, o Zhejian Yiteng. Depois, eu retorno pro Brasil e tenho a oportunidade de ir para o Oeste, na Série B. Acabei ficando lá, como auxiliar do clube e consequentemente treinador do sub-20, onde fizemos uma campanha boa no Campeonato Paulista.

 

Eu terminei o Campeonato Paulista no ano da pandemia e não teve a Copa São Paulo. Dessa forma, a gente encerrou as atividades e o preparador físico, Geziel, que estava no Oeste, estava indo pro Águia de Marabá, em 2021, trabalhar no Campeonato Paraense. Ele me fez o convite para ser auxiliar do clube, do técnico João Galvão. Eu aceitei o desafio, conseguimos a classificação, mas acabamos sendo eliminados pelo Remo. Até que em 2022, o Águia de Marabá, com o presidente Ferreirinha e o vice-presidente Pedrinho Correia, entraram em contato comigo para ser treinador. O clube havia conquistado um calendário cheio, com pré-copa do Brasil e com um Campeonato Brasileiro da Série D.

 

Prontamente eu aceito esse desafio na minha vida. Tinha certeza que isso ia ser muito importante para minha carreira. Consegui resgatar meu pai para ser meu auxiliar e aí entra essa dupla Mathaus Sodré e Gerson Sodré. Avalio como uma passagem muito vitoriosa, conquistando um título paraense que desde 2011 não ia para uma equipe do interior, sempre ficando Remo e Paysandu. Encaramos a Copa do Brasil, iria ser a nossa coroação pelo trabalho que a gente vinha desenvolvendo no Campeonato Paraense e foi isso que aconteceu. Veio o Botafogo da Paraíba, vencemos. Deu um respiro financeiro para o clube, continuamos firme no Paraense e consequentemente veio o Goiás e a torcida nos abraçou. Eliminamos o Goiás também, criando uma atmosfera incrível lá em Marabá.


Como foi o acerto com o Itabuna e o que o levou aceitar o projeto? Conta também sobre a sua relação e a do seu pai, Gerson Sodré, com o clube.

 

O meu acerto com o Itabuna Esporte Clube foi muito pelo relacionamento com o Ricardo Xavier, com a família Xavier. Por eu ter passado aqui como jogador, eu já os conhecia. O pai deles foi presidente do meu pai também. Aqui é um clube onde meu pai nasceu. A cidade onde meu pai nasceu. O clube que o projetou pro futebol. É considerado um ídolo da cidade. Eu vejo o carinho e via quando eu estava aqui como jogador de futebol. A conversa começou quando eu procurei ajudar o Ricardo com algumas informações de alguns jogadores que ele queria, que tinha trabalhado comigo no Águia de Marabá. Na ocasião, eu confesso que a gente não estava nem cogitando a possibilidade de estar vindo para cá. Eu estava com outros objetivos e também com algumas questões familiares, mas a partir daí, a gente começou a estreitar um pouco mais a relação e veio o convite oficial.

 

Eu jamais poderia dizer não ao Itabuna, por tudo que envolve esse clube, a cidade. Tenho familiares aqui. Tia, tio, primos. Meu pai também não vinha para cá, então acabamos unindo o útil ao agradável. Com o retorno, ele conseguiu estar próximo da família, já que ele abriu mão de muita coisa para embarcar comigo lá para Marabá. Eu não poderia fazer de outra forma que não fosse dar esse presente para ele e, consequentemente, para mim também, porque eu acredito que o Campeonato Baiano seja muito forte. Vai me projetar ainda mais pro futebol e me dar um lastro muito bacana pros próximos porque eu estou apenas começando no futebol brasileiro.

 

Quais as suas referências e lembranças quando pensa em futebol baiano?

 

As referências ao futebol baiano eu vejo mais pelo lado antigo, com as histórias do meu pai falando muito do Berimbau de Ouro (antiga premiação do Campeonato Baiano), que ele foi feliz em conquistar aqui. Na época que eu joguei também eu pude acompanhar um pouco mais de perto. O Campeonato Baiano eu sei que é muito forte, onde as equipes do interior se preparam muito. Tem a mística dos torcedores. Isso é o que me encanta muito. É o torcedor apaixonado, com essa atmosfera muito calorosa. Então, se for para dizer uma das referências, lembranças, com certeza é o torcedor baiano. E sim, é um torcedor muito alegre, muito contente. Claro que tem as cobranças, como em todo lugar, mas eles trazem muita alegria pro futebol.

 

No próximo dia 14, o Itabuna estreia no Baianão contra o Atlético de Alagoinhas. Como está sendo a preparação para o estadual e quais as expectativas para a temporada?

 

Dia 14 temos a nossa estreia pelo Campeonato dentro de casa, entre aspas. A gente sabe que seria muito importante jogar aqui em Itabuna, por tudo que eu falei, com respeito à torcida, à cidade, a mobilização de todos. Mas a preparação vem sendo a melhor possível, esses jogadores vêm se entregando a cada dia, procurando superar algumas dificuldades em cima do entrosamento da equipe, que a gente sabe que é difícil. A equipe está sendo toda reformulada e isso demanda um tempo, mas estamos acelerando o mais rápido possível. Eu fiz a pré-temporada em uma cidade vizinha aqui, para criar esse conjunto e eu estou muito otimista com esse Canpeonato, com tudo que nós estamos desenvolvendo aqui. Não só eu, mas toda a comissão técnica. Estamos trabalhando para iniciar bem já no dia 14 diante do nosso torcedor, que vai se deslocar para Ilhéus. Vai ser nosso cartão de visita e nós temos que fazer uma boa exibição para que eles possam sempre retornar e nos deixar mais fortes.

 

Além do Baianão, o Itabuna jogará a Série D e a Copa do Brasil. Imagino que a oportunidade de jogar duas competições nacionais esteja mexendo com todo o clube e a cidade, certo?

 

Com certeza, quando você tem um calendário, uma Copa do Brasil, mexe com o clube, o torcedor, os jogadores. Isso acaba atraindo os jogadores para cá em cima da visibilidade da Copa do Brasil, que é logo no primeiro semestre. A Série D também porque dá uma segurança, com calendário o ano inteiro e um planejamento mais longo. Mas, com certeza, a Copa do Brasil é o que mexe bastante, porque já é logo no início do ano. Passar de uma fase acaba mudando a história do o clube pelo fator financeiro. Eu tive essa felicidade de passar duas fases da Copa do Brasil pelo Águia de Marabá, senti esse gostinho, vi o que modificou no clube. Espero que aqui, junto com esses jogadores, junto com a comissão, com o torcedor, nesse primeiro jogo que é dentro de casa para que nós, possamos ser felizes e cada vez mais reestruturar o Itabuna Esporte Clube. Esse clube merece muito. Espero estar fazendo parte disso, podendo fazer um grande trabalho nessas três competições que temos pela frente. 

 

Além dos tradicionais Bahia e Vitória, como você avalia o nível dos times do estado, do interior especificamente?

 

Claro, Bahia e Vitória são os clubes grandes da capital. Hoje, são dois clubes na Série A do Campeonato Brasileiro. Isso qualifica ainda mais o Campeonato Baiano. Mostra a sua força, obrigando os clubes do interior a se fortalecerem se quiserem sonhar com o título. Eu vejo as equipes do interior muito bem montadas, cada vez mais estruturadas. Cada vez mais profissionais, com jogadores de níveis muito interessantes. Vejo o Campeonato Baiano como um dos mais fortes. Estão muito bem niveladas todas as equipes que tenho acompanhado, estudado, buscando informações de alguns treinadores que eu conheço. Alex Alves, que está no Jacobina. O Zé Carlos, que está no Atlético, contra quem nós vamos fazer nossa estreia. Outros treinadores que eu conheço no futebol e sei do poder deles de montagem de elenco, de força de conjunto. E não há dúvidas que o Campeonato Baiano vai ser um torneio muito forte em vista da nossa estreia com um clube que foi bicampeão baiano, que já mostrou a sua grandeza dentro da competição. Eu acredito que este seja o Campeonato Baiano mais forte dos últimos anos.

 

Quais os técnicos você tem como referência e qual estilo de jogo que mais lhe atrai?

 

Meu estilo de jogo consiste em uma linha de quatro defensiva muito sólida, que marca bastante, e com bastante aproximação para jogar, facilitando a tomada de decisão do atleta. Gosto muito do Vanderlei Luxemburgo como referência dos anos 1990/2000 e para citar um de fora: o Jurgen Klopp, do Liverpool.

 

Já aconteceu de você treinar jogadores mais velhos do que você? Como se dá essa relação?

 

Sim, já aconteceu de treinar jogadores mais velhos do que eu ou mesmo de idade muito próximas. A relação com eles tem sido muito tranquila a partir do momento que eu me apresento, que eles vão conhecendo meu dia a dia. É normal ter um pouquinho de receio, mas aí eles vão vendo na conduta, nas falas, no histórico, porque o jogador é assim, eles vão buscar referências e quando você tem consciência de que você faz o seu melhor, não comete injustiças, sacanagem… Hoje o futebol não permite mais essas coisas. Não importa a idade, seja mais velho, seja mais novo, eles acabam te respeitando com que você passa para eles. Esse período da minha carreira onde eu tive experiências de trabalhar com jogadores mais velhos, seja aqui no Brasil ou até mesmo na China, onde trabalhei com os jogadores mais velhos do que eu, na ocasião, três anos atrás, então, tinham bastante jogadores. Eles sempre me respeitaram, sempre tiveram uma postura muito profissional comigo e eu fico feliz de estar podendo ter esse reconhecimento em cima do trabalho.

 

Seu nome é uma referência ao ex-jogador alemão? Conta um pouco sobre como seus pais tiveram essa ideia.

 

Sim, foi  uma homenagem ao Matthaus e meu pai quer que deixe claro que eu nasci em 1987 e o Lothar Matthaus brilhou pro mundo em 1990, digamos assim, então, ele fala que não foi 'modinha', ter colocado o nome após o título mundial da Alemanha (risos). O Matthaus era um jogador que ele gostava muito, que tinha um estilo de liderança e aí ele acabou convencendo a minha mãe para eu me chamar Mathaus. Não tenho o Lothar, mas tenho o Mathaus em homenagem.

 

Como você avalia a nova safra de técnicos do futebol brasileiro?

 

A safra de treinadores do Brasil vem cada vez mais forte. Não perdendo a sua essência. Eu acho que é fundamental nunca perdemos a nossa essência do futebol brasileiro, do improviso, da criatividade, da ginga. Isso daí eu acho que seja o treinador mais experiente, seja o jovem, seja quem for não pode jamais tirar essa essência do jogador brasileiro. Eu vejo uma safra muito boa, que tem feito bons trabalhos. Não vejo muito essa questão de idade no futebol. Acho que é merecimento, é oportunidade, é entrega o que vai definir se o treinador é capacitado ou não. Eu tenho muito respeito pelos treinadores mais experientes. Gosto demais de vários. Inclusive, eu tenho meu pai como meu fiel escudeiro por tudo que ele fez e ainda pode fazer pro futebol. É claro que a formação dos dirigentes, pessoas envolvidas no futebol, tem que ser cada vez mais profissional. O futebol não permite mais algumas coisas que no passado eram permitidas. Hoje, os jogadores estão mais preparados. Na pré-temporada, cada vez mais, eles estão tendo essa consciência que acabou a fase do jogador amador. E quando a gente fala que acabou essa questão do jogador amador, tem que acabar também a questão do dirigente amador. Acredito muito nisso. Quando as coisas vão se encaixando profissionalmente tem tudo para dar certo e quem ganha somos nós, apaixonados pelo futebol.

 

Até agora, quais os momentos que você considera mais marcantes na sua promissora carreira?

 

Com certeza o momento mais marcante na minha carreira é o título paraense, com a presença do meu pai ao meu lado. Conquistar um título inédito para um clube do interior, por toda a dificuldade que é, com dois clubes grandes na região, Paysandu e Remo, e você conseguir desbancá-los e dar um título inédito para uma cidade no meu primeiro trabalho, foi esse o ápice até agora. Tive a oportunidade da minha mãe Elizete, da minha irmã Ariane e do meu sobrinho afilhado Gael estarem presentes no primeiro jogo dentro de casa contra o Remo, onde nós quebramos um tabu de 11 anos sem vitória contra eles, saindo na frente da finalíssima, ganhando esse jogo por 1 a 0. Esse foi um momento espetacular onde eu pude comemorar com as pessoas que eu amo. Outro momento marcante foi a vitória em cima do Goiás na Copa do Brasil, uma equipe até então de Série D enfrentando uma de Série A e você conseguir competir, fazer com que os jogadores comprem a ideia e sairem vitoriosos, fazendo história, levando o clube à terceira fase da Copa do Brasil onde todos nós sabemos da dificuldade. Posso pontuar esses dois momentos mais marcantes para mim e a vitória contra a Tuna Luso, que decretou a minha primeira vitória como treinador profissional. Nós saímos vencedores por 2 a 1 na segunda rodada do Campeonato Paraense. Eu levo essas três datas aí com bastante carinho e com certeza serão marcantes por longos anos, independente dos títulos que eu venha a conquistar. A gente fala que o primeiro a gente nunca esquece, né? Eu costumo sempre falar que campeão é campeão.