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afoxe filhos de gandhy
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Associação Afoxé Filhos de Gandhy para garantir a inclusão de homens transexuais e transgênero no bloco, que possui 76 anos de história. O acordo foi firmado na última segunda-feira (30) e a informação foi divulgada pelo MP nesta sexta-feira (4).
Ação ocorre após o bloco anunciar, em fevereiro deste ano, que a participação de homens trans estaria vetada do desfile. Em comunicado enviado aos sócios e compradores do abadá, o afoxé informou que, "De acordo com o artigo 5º do estatuto social, só poderão ingressar na associação pessoas do sexo masculino cisgênero, por isso, a venda do passaporte será apenas para esse público", apontava o documento. A Associação chegou a suspender a cláusula após a repercussão, mas o tema deu início a uma investigação no Ministério Público.
Por meio do acordo firmado junto a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da População LGBTI+ e Combate à LGBTfobia, a Associação Afoxé Filhos de Gandhy se comprometeu a excluir a cláusula do estatuto que restringia a participação de homens trans no bloco. A associação ainda deve divulgar a alteração em suas redes sociais e site, por meio de uma nota pública, afirmando que homens trans são bem-vindos no Afoxé Filhos de Gandhy.
O Afoxé ainda irá doar R$ 10 mil ao Coletivo Mães da Resistência, que atua na defesa de familiares de pessoas LGBTI+ vítimas de violência. O valor será revertido para projetos voltados a homens trans. E o bloco será responsável ainda pela produção de até 400 camisas para o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat).
A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, reagiu sobre a proibição do bloco Afoxé Filhos de Gandhy informado nesta segunda-feira (24). A associação tradicional do Carnaval de Salvador proibiu a participação de homens trans no bloco.
“Não existe justificativa para qualquer tipo de proibição para o acesso a blocos de Carnaval, há cerimonias religiosas, há participação de pessoas trans em qualquer espaço”, declarou a presidente.
Segundo Benevides, esse tipo de proibição é motivado pela transfobia, muitas vezes estrutural. “Para além de tudo, o próprio Carnaval remete a um processo de participação, inclusão, proteção e segurança de todas as pessoas que compõem a sociedade”, acrescentou.
Para a líder, que também é fundadora do Fórum Estadual de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro, a proibição do afoxé viola o direito das pessoas trans, em especial, de homens trans e pessoas trans masculinas “de serem quem são”, “desumaniza” e “nega o reconhecimento das potências e das contribuições que essas pessoas podem trazer”.
“A gente vive no país que mais assassina pessoas trans no mundo. Portanto, esse tipo de proibição ajuda a perpetuar transfobia, discriminação e violência e não pode ser aceita”, declarou.
A proibição do afoxé foi informada em um termo de aceite entregue aos seus associados durante a entrega dos trajes para o desfile de Carnaval de 2025. No item 10 do termo, fica definida a participação apenas de homens cisgêneros.
Benevides afirma que a proibição contradiz o termo 3 do termo de aceite, em que o bloco define que “não será aceita qualquer manifestação de desrespeito ao próximo”.
“É contraditório dizer que não é permitido nenhum tipo de discriminação quando um bloco decide colocar no seu estatuto a proibição de participação de determinado segmento da população”, afirmou.
“Se esses homens são legalmente reconhecidos enquanto homens, devem ser inseridos. Caso contrário, coloque-se ‘homens que nasceram com pinto’ e aí deixou de ser bloco de homem e passa de ser ‘bloco de portadores de pinto’ porque aí sim, eles vão celebrar quem é que tem esse determinado órgão genital, porque no final das contas é sobre isso que eles estão querendo dizer”, concluiu.
O Afoxé Filhos de Gandhy, o maior e mais tradicional afoxé do Carnaval de Salvador proibiu a participação de homens trans no Carnaval 2025. A informação foi dada no termo de aceite do afoxé.
Entre uma lista com 10 itens, o afoxé informa a proibição da ‘permanência feminina’ dentro da corda, da importância do turbante e indica o cuidado de seus sócios com bebidas alcoólicas.
Foto: Reprodução / Leitor BN
No 10º e último item, o Afoxé define que “de acordo com o artigo 5º do estatuto social, só poderão ingressar na associação pessoas do sexo masculino cisgênero”, barrando a participação de homens trans no desfile do tradicional ‘tapete branco da paz’.
Segundo o portal Dois Terços, diversas denúncias da comunidade LGBTQIA+ sobre a situação foram recebidas. Nas redes sociais, internautas repudiaram a decisão da instituição.
“E os filhos de gandhy proibindo homens trans de desfilarem??? pq o problema eh de fato a transsexualidade né, homens cis assediando mulheres a anos no carnaval de boa”, escreveu uma internauta, na plataforma X. “O bloco filhos de gandhy é uma vergonha, nunca ouço nada positivo agora vem e mete essa com homens trans? vai se fuder, tem q acabar com esse bloco pra ontem”, reagiu outra.
Um dos blocos mais tradicionais do carnaval soteropolitano, o Afoxé Filhos de Gandhy atrai em seus desfiles nomes famosos e importantes para o estado como Gilberto Gil, Lázaro Ramos e Caetano Veloso.
Com 75 anos de história, o bloco divulgou no último fim de semana o tema para o desfile deste ano. “Ogum - O senhor do Ferro, dos Metais e da Tecnologia”.
O Afoxé Filhos de Gandhy homenageará a Rainha das Águas, Yemanjá, no próximo domingo (2). A programação começa às 7h, com a concentração na sede do bloco, no Pelourinho, de onde os integrantes partem em cortejo até o bairro do Rio Vermelho para a entrega do balaio com presentes à Rainha das Águas.
Após a celebração no Rio Vermelho, o Filhos de Gandhy retorna ao Pelourinho para dar início ao seu ensaio pré-carnavalesco. A partir das 14h, a sede do bloco recebe a energia da Banda Show Gandhy, que entoa os clássicos do afoxé em um momento de celebração e preparação para o Carnaval 2025.
O evento é aberto ao público e gratuito, reafirmando o compromisso do Afoxé Filhos de Gandhy com a cultura, a tradição e a religiosidade do povo baiano.
Serviço:
Evento: Homenagem a Yemanjá no Rio Vermelho + Ensaio pré carnavalesco com a Banda Show Gandhy
Data: 2 de fevereiro de 2025
Local: Concentração na sede do Filhos de Gandhy (Pelourinho), cortejo ao Rio Vermelho e retorno à sede para o ensaio
Entrada: Gratuita
A sessão solene que homenagearia o bloco Afoxé Filhos de Gandhy nesta terça-feira (14) na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi adiada após a agremiação ser impedida de embarcar para o Distrito Federal.
Membros da delegação do afoxé e o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, foram proibidos de embarcar devido a uma manutenção na aeronave da Latam.
O deputado federal Jorge Sola (PT-BA), proponente da sessão, lamentou o imprevisto.
"Não teria o mesmo brilho nem a mesma relevância mantermos uma homenagem sem a presença das figuras que ajudaram a escrever essa linda história do Filhos de Gandhy, e sem o secretário Bruno Monteiro, que representaria o Governo da Bahia", afirmou Solla.
A sessão solene em homenagem aos 75 anos do Filhos de Gandhy ganhará uma nova data.
O bloco Afoxé Filhos de Gandhy será homenageado em uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, na terça-feira (14). O momento marca uma celebração aos 75 anos de um dos maiores e mais tradicionais afoxés do país.
A homenagem, uma iniciativa do deputado federal Jorge Solla (PT-BA), acontecerá a partir das 11h no Plenário Ulysses Guimarães da Casa Legislativa.
No início do ano, dias após o fim do Carnaval, o bloco celebrou o aniversário de 75 anos com uma série de eventos na capital baiana. A festa contou com missa na Igreja Rosário dos Pretos e shows de Gerônimo, Virgílio Forrozeiro e as bandas Filhos de Gandhy e Samba Trator.
Esta não é a primeira vez que o afoxé é homenageado na Câmara. Em 2019, quando completou 70 anos, o bloco foi exaltado no plenário. Na época, a solenidade foi proposta pelos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e João Roma, que integrava o PRB.
BUSCA PELO REGISTRO COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DA BAHIA
Fundado em 18 de fevereiro de 1949 por um grupo de trabalhadores negros do cais do Porto de Salvador, os Filhos de Gandhy surgiram como uma entidade afro-brasileira, inspirada pela filosofia de paz, igualdade e resistência de Mahatma Gandhi.
Em 1951, o grupo foi transformado em afoxé, adotando o Candomblé como referência religiosa e incorporando o agogô em seus cânticos de ijexá na língua iorubá. Atualmente, com aproximadamente 100 mil associados, o bloco está entre as mais importantes manifestações artísticas e religiosas da cultura do Brasil, e busca o registro especial como Patrimônio Imaterial da Bahia.
A Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia deu entrada no processo no início do ano. De acordo com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), o registro de bens culturais de natureza imaterial é uma forma de identificação e produção de conhecimento sobre o bem cultural, de forma a permitir a continuidade dessa forma de patrimônio.
Em 2010, o Desfile dos Afoxés foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial da Bahia, em um decreto assinado pelo governador Jaques Wagner.
Fora da Bahia, o grupo carioca Associação Cultural Recreativa Afoxé Filhos de Gandhi, inspirado no Afoxé Filhos de Gandhy, foi declarado Patrimônio Cultural de natureza imaterial do Rio de Janeiro no início do ano.
O tradicional bloco Afoxé Filhos de Gandhy arrasta uma multidão de foliões que curte o quinto dia de Carnaval no circuito Dodô (Barra/Ondina), nesta segunda-feira (12).
A fantasia de 2024 do bloco, que reúne cerca de quatro mil associados, traz elementos ancestrais ligados à tradição do Gandhy e foi confeccionada pelo estilista Antonio dos Santos, conhecido no meio artístico como Junior Pakapym.
Fotos: Andrey Sindeaux / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias
O presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira, foi reeleito em chapa única por aclamação para o ciclo que vai de 2021 a 2025. A eleição foi realizada neste domingo (15), na sede da associação cultural recreativa e carnavalesca, situada no Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.
Na ocasião, também foram confirmados os membros da diretoria executiva: Ildo Pedro Celestino de Souza, vice-presidente; Paulo César do Sacramento, 1º Secretário; João Paulo dos Santos Gomes, 2º Secretário; José Francisco Ferreira de Lima, 1º Tesoureiro e Altamiro Alves da Conceição - 2º Tesoureiro.
Foram escolhidos ainda os membros do conselho fiscal: Antônio Raimundo de Souza Guerreiro, Valdir Conceição Ferreira, Orlando Santos Pereira; os suplentes Jurandir Moreira da Silva e Luís Passos.
“Quero agradecer a confiança, a lealdade e o companheirismo de todos. Tem sido uma experiência extraordinária, de aprendizado e de muitas conquistas. A pandemia e as crises econômica e sanitária atrapalharam muito, mas nós do Afoxé Filhos de Gandhy estamos empenhados e continuaremos assim para tornar o nosso Afoxé cada vez mais forte e unido”, comemorou Gilsoney de Oliveira.
A posse e missa da diretoria será realizada no dia 28 de agosto, às 10h, na Igreja do Rosário dos Pretos, no Pelourinho.
Ex-presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Agnaldo Silva morreu na manhã desta segunda-feira (5), em Salvador. Ele estava internado no Hospital do Subúrbio há dois meses, após ter sofrido um AVC.
“É com imensa tristeza e pesar que a Associação Afoxé Filhos de Gandhy informa a todos os associados, adeptos do candomblé e ao povo da Bahia, o falecimento do ex-presidente dessa instituição Professor Agnaldo Silva”, anunciou a instituição, em nota oficial.
Nascido em Salvador em 1949, ano de fundação dos Filhos de Gandhy, Agnaldo era conhecido como “Professor” e foi o dirigente que mais tempo ficou à frente da instituição, de 1996 a 2017.
A assessoria do bloco destacou que Agnaldo Silva foi um ativista cultural inquieto, responsável pela informatização e do uso das mídias sociais para dar mais visibilidade ao campo cultural. Segundo o comunicado, ele “consolidou o tapete branco da paz em simbologia e devoção, elevando a marca Filhos de Gandhy da Bahia para o mundo”.
Os presidentes do Bloco Alerta Geral e do Afoxé Filhos de Gandhy, José Luis Lopes, mais conhecido como Zé Arerê e Gilsoney de Oliveira, serão agraciados com o Troféu Samba da Feira. A cerimônia de entrega do prêmio que reconhece o trabalho que realizam para a cultura baiana acontece neste domingo (19), a partir das 10h, no Pier, que funciona na área da nova Feira da São Joaquim. Na ocasião haverá apresentações dos grupos Bambeia, Fora da Mídia e do sambista carioca Délcio Luiz.
SERVIÇO
O QUÊ: Troféu Samba da Feira
QUANDO: Domingo, 19 de agosto, às 10h
ONDE: Pier (area nova da Feira de São Joaquim)
VALOR: R$ 15 (1º lote)
O projeto Concha Negra será aberto neste domingo (3), a partir das 18h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, com a apresentação do Afoxé Filhos de Gandhy. Com direção artística de Elísio Lopes Jr., a noite contará com a abertura do ator Luís Miranda, através do projeto Janela Baiana, e a participação especial de Carlinhos Brown. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), e estão à venda na bilheteria do teatro, nos postos do SAC nos shoppings Barra e Bela Vista, ou pela internet (clique aqui). O projeto Concha Negra segue na programação mensal do equipamento cultural, com apresentações de Muzenza (8 de outubro), Ilê Aiyê (19 de novembro), Cortejo Afro (17 de dezembro), Olodum (7 de janeiro) e Malê Debalê (4 de fevereiro).
SERVIÇO
O QUÊ: Afoxé Filhos de Gandhy – Concha Negra
QUANDO: Domingo, 3 de setembro, às 18h
ONDE: Concha Acústica do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
O Afoxé Filhos de Gandhy irá homenagear o Dia de Santo Antônio, celebrado nesta terça-feira (13), emanando a solidariedade. A entidade abrirá as portas da sua sede, localizada no Pelourinho, para louvor ao padroeiro dos pobres e distribuir feijoada e sopa. A cerimônia religiosa terá a duração de três dias, a realização iniciou neste domingo (11) e termina na terça-feira (13). Na ocasião, além de rogar a um dos santos mais populares do catolicismo, a feijoada de Ogum será servida para associados e amigos, às 12 horas. Ainda no mesmo dia, às 18 horas, serão distribuídos 300 pratos de sopa para a comunidade local. A tradição é mantida pelo afoxé há mais de 20 anos.
SERVIÇO
O QUÊ: ‘Reza de Santo Antônio’
QUANDO: 11,12 e 13 de junho, distribuição apenas dia 13, às 12h e 18h
ONDE: Sede do Afoxé Filhos de Gandhy, no Pelourinho
VALOR: Gratuito
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.