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ana maria goncalves
A escritora Ana Maria Gonçalves se tornou a primeira mulher a ocupar um assento na Academia Brasileira de Letras (ABL). Ana Maria tomou posse na cadeira 33, que pertenceu a Evanildo Bechara, morto em maio deste ano. A cerimônia foi realizada no Petit Trianon, na sede da ABL, no Centro do Rio. As informações são do g1.
Desde a fundação da ABL, em 1897, a autora mineira é a 13ª mulher a ser eleita e a sexta entre os atuais "imortais". Com 54 anos, Ana Maria também é a acadêmica mais jovem a ser eleita.
Durante o discurso, Ana Maria lembrou que durante muitas décadas houve um processo deliberado de exclusão de mulheres e outros grupos. "Acredito que a discussão em torno da candidatura da escritora Conceição Evaristo em 2018 contribuiu para eu estar aqui hoje. Independentemente do resultado, foi uma candidatura que fez com que a ABL olhasse para si e, diante da sociedade, finalmente percebesse o quão homogênea ainda era, o quanto falhava em representar dentro de seus quadros todas as línguas faladas pelo nosso povo", refletiu.
A autora de "Um defeito de cor" foi recebida por Lilia Schwarcz durante a cerimônia e recebeu o colar de Ana Maria Machado e o diploma de Gilberto Gil. A comissão de entrada foi formada por Rosiska Darcy de Oliveira, Fernanda Montenegro e Miriam Leitão; a comissão de saída por Domício Proença Filho, Geraldo Carneiro e Eduardo Giannetti.
A versão do fardão utilizado pela escritora na posse foi feita por integrantes da Portela, que homenageou seu livro "Um Defeito de cor" como enredo para seu carnaval de 2024.
A escritora Ana Maria Gonçalves, autora de “Um defeito de cor”, se tornou a primeira mulher negra eleita na Academia Brasileira de Letras, quase 128 anos desde sua fundação. A autora ocupa a cadeira de número 33.
Segundo ABL, a autora foi eleita nesta quinta-feira (10), com 30 votos de 31 votos após concorrer contra 12 inscrições. A cadeira 33 foi desocupada em maio deste ano, após o falecimento do professor e gramático Evanildo Bechara.
A autora, roteirista e dramaturga é conhecida pelo romance “Um defeito de cor”, vencedor do Prêmio Casa de las Américas, em 2007, e eleito melhor livro de literatura brasileira do século XXI pela Folha de S. Paulo.
Nos comentários, internautas comemoraram a notícia. "Muito merecido!! "Um defeito de cor" é um dos livros mais importantes da literatura brasileira!", escreveu uma seguidora. "Um dia histórico! Que coisa mais linda! Esse é o Brasil que queremos! Muito feliz com essa conquista!", celebrou outro.
O “Mulher com a Palavra” realiza mais uma edição no dia 23 de julho, à partir das 20h, na sala principal do Teatro Castro Alves, em Salvador.
Abrindo o quarto ano do projeto, a cantora Mariene de Castro e a escritora Ana Maria Gonçalves debatem o tema “Maternidade Possível”, com mediação da jornalista e apresentadora Rita Batista.
“Maternidades Possíveis foi escolhido para desconstruir mitos a respeito do tema, muitas vezes pensado de modo romantizado. Por isso, convidamos Mariene de Castro, que concilia a carreira e a criação dos seus quatro filhos e a escritora Ana Maria Gonçalves, que optou por não ser mãe”, explica Dayse Porto, diretora artística do projeto.
Durante o evento serão levantados questionamentos como: quais as visões das mulheres de hoje para a potência da maternidade? Como enxergam as imposições relativas à educação de crianças pela sociedade? E a sacralização da figura da mãe, a quem atende? E a possibilidade de não ter filhos? A impossibilidade de escolher legalmente interromper uma gravidez?
SERVIÇO
O QUÊ: Mulher com a Palavra – Mariene de Castro e Ana Maria Gonçalves
QUANDO: Terça-feira, 23 de julho, às 20h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".