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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou, na última quarta-feira (10), no Palácio do Planalto, a Seleção Brasileira Feminina pelo título da Copa América. A conquista garantiu vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e deu ainda mais protagonismo do Brasil rumo à Copa do Mundo de 2027, que será disputada pela primeira vez na América do Sul.
Ao lado do presidente da CBF, Samir Xaud, Lula recebeu algumas jogadoras da equipe, o técnico Arthur Elias e a coordenadora de Seleções Femininas da CBF, Cris Gambaré. Também participaram o ministro do Esporte, André Fufuca, e o vice-presidente da CBF, Gustavo Dias.
Durante a cerimônia, o presidente da CBF destacou o empenho da entidade no fortalecimento da modalidade.
"Vamos sediar a maior Copa do Mundo Feminina da história e estamos empenhados em consolidar o futebol feminino no Brasil. As atletas têm todo o apoio da nova CBF", afirmou Samir Xaud.
Entre as jogadoras presentes, a goleira Cláudia celebrou o reconhecimento recebido. "É uma honra vestir a camisa da Seleção. Ganhar um título é indescritível. Espero que sigamos fazendo história", disse.
A atacante Amanda Gutierrez, artilheira da Copa América, ressaltou a relevância do apoio governamental.
"Esse incentivo aumenta a visibilidade e fortalece o futebol feminino. É fruto do nosso trabalho, mas também da confiança e do apoio que estamos recebendo", destacou.
Outras atletas, como Kaká, Fátima Dutra e Fê Palermo também marcaram presença no evento de solenidade.
Para o ministro André Fufuca, o futebol feminino tem papel social além do esportivo.
“O futebol feminino não é apenas um jogo: é inclusão, autoestima e oportunidade para milhares de brasileiras. Nosso objetivo é que cada menina e cada mulher do país tenham a chance de sonhar, treinar e jogar em igualdade de condições. No Brasil, as mulheres fazem história dentro e fora do campo. Parabéns para as nossas jogadoras e viva o futebol feminino”, afirmou.
No mesmo evento, Lula assinou e enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que estabelece diretrizes para o desenvolvimento do futebol feminino no país. A proposta foi elaborada em parceria entre o Ministério do Esporte, clubes e confederações. O presidente detalhou os principais pontos da medida.
"Incentivar o futebol feminino de base, promover parcerias entre escolas e universidades para capacitação de talentos, combater a discriminação e a intolerância no esporte, tudo isso exige ajustes na lei geral para garantir que as organizações formadoras ofereçam às atletas mulheres as mesmas condições de desenvolvimento que os homens têm. Vamos fazer tudo o que estiver ao alcance do governo brasileiro para criar condições de disputar de igual para estímulo à presença feminina em gestão, arbitragem, direção técnica e educação física", declarou Lula.
Presente no evento, o técnico Arthur Elias, que atua há 19 anos no futebol feminino e hoje treina a Seleção, avaliou positivamente a iniciativa e fez uma projeção otimista para a Copa do Mundo de 2027, com sede no Brasil.
"É uma ótima notícia. Conheço de perto as dificuldades enfrentadas pelas atletas e sei da importância desses pilares. O governo mostra que está fazendo sua parte. Em 2027 teremos uma Copa do Mundo no Brasil e precisamos de união entre governo, CBF, clubes, iniciativa privada e torcedores. Faremos de tudo para realizarmos o sonho de gerações, que é ser campeãs do mundo em 2027", afirmou.
O governo brasileiro reagiu às declarações da Casa Branca que mencionou a possibilidade de uma ação militar contra o Brasil em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota nesta terça-feira, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou, mais uma vez, o tarifaço e afirmou que não vai se intimidar.
"O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia. O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania. O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais", diz a nota na íntegra.
Nas redes sociais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, atribuiu a fala de Trump a uma articulação da família Bolsonaro contra o país. “Os Estados Unidos ameaçam invadir o Brasil para livrar Bolsonaro da cadeia”, escreveu.
O posicionamento de Itamaraty veio após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmar que o governo de Donald Trump está disposto a "usar meios militares" em caso de uma possível intervenção ou retaliação ao governo brasileiro em caso de uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"O presidente [dos EUA, Donald Trump] não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, disse a porta-voz. "A liberdade de expressão é a questão mais importante dos nossos tempos. Presidente Trump leva isso muito a sério, e por isso tomamos ações contra o Brasil", completou Leavitt.
O tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros vai “prejudicar muito” a nossa economia, o presidente norte-americano é o principal culpado pela iniciativa de taxar as exportações, e Lula deveria deixar de enfrentar Donald Trump e tentar negociar.
Essas foram algumas das opiniões majoritárias apontadas pelos entrevistados da nova edição da Pesquisa CNT/MDA de Opinião, divulgada nesta segunda (8). O levantamento apresenta uma avaliação do governo federal, além de projeções eleitorais para 2026, assim como avalia junto à população temas como o tarifaço imposto aos produtos brasileiros.
No primeiro questionamento no bloco do tarifaço, a CNT/MDA perguntou aos entrevistados qual seria o resultado da elevação das tarifas às exportações do Brasil aos EUA. Para 47,2% dos entrevistados, o tarifaço vai “prejudicar muito a economia brasileira”.
Outros 21,5% disseram que o tarifaço “vai prejudicar um pouco”, e 5,2% afirmaram que “não vai ter impacto”. Enquanto 13,2% marcaram a opção “desconheço/não ouvi falar do assunto”, um total de 7,9% disse que o tarifaço “pode até trazer benefícios”.
Sobre as responsabilidades a respeito do tarifaço, o presidente norte-americano Donald Trump foi considerado o principal causador do problema por 28,6% dos entrevistados. Na sequência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi visto como principal culpado por 20,2%, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve 18% de menções. No final da fila, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi apontado por 16,4% como o causador do tarifaço, e 16,8% não identificaram nenhum responsável.
A CNT/MDA também indagou à população qual seria a principal ação que o presidente Lula deveria fazer em relação ao tarifaço. Para 37%, Lula deveria parar de enfrentar Donald Trump e buscar negociar o final das sanções.
Outros 20,7% disseram acreditar que Lula deveria ouvir mais as empresas afetadas para achar a melhor solução. Já para 20,3%, o presidente deveria fortalecer a produção nacional e reduzir a dependência dos Estados Unidos. A pesquisa ainda identificou 11,7% que acham que Lula deveria manter um posicionamento rígido em nome da soberania brasileira.
Já em relação à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro para estimular o governo dos EUA a impor sanções ao Brasil, 46,7% dos entrevistados acreditam que a postura do parlamentar é negativa, “pois ele está defendendo interesses pessoais ou familiares”.
Para 25,6% dos entrevistados, a atuação de Eduardo Bolsonaro seria positiva, “pois pode trazer benefícios para o Brasil”. Por fim, 17% se manifestaram indiferentes à atuação do parlamentar nos Estados Unidos.
Um último tópico levantado pela CNT/MDA diz respeito à tentativa do governo Trump de influenciar nas questões internas do Brasil. Para 56,1%, a tentativa de Trump é negativa, e atrapalha o Brasil.
Já para 20,6%, a influência que o governo dos EUA tenta exercer sobre questões internas brasileiras é positiva, e ajuda o país. Outros 20,9% enxergam que a ação de Trump não é positiva e nem negativa, e nem interfere nos assuntos do Brasil.
O levantamento da CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 3 e 6 de setembro, em 140 municípios de todos os estados, incluindo o Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou um pronunciamento em rede nacional e defendeu a soberania nacional e destacou a união dos brasileiros em defesa da democracia, do meio ambiente e das instituições. O petista fez o discurso na noite deste sábado (6), às vésperas do 7 de Setembro.
Lula afirmou que a data simboliza a conquista da liberdade do país. “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro".
Em referência a ataques às instituições, o presidente criticou políticos que, segundo ele, atuam contra o Brasil. “Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará”, afirmou.
O chefe do Executivo ressaltou que a defesa da soberania se expressa em ações como o combate à desigualdade, a proteção das conquistas trabalhistas, a criação de oportunidades para jovens e o apoio a empreendedores e pessoas em situação de vulnerabilidade. “Se temos direito a essas políticas públicas, é porque o Brasil é um país soberano e tomou a decisão de cuidar do povo brasileiro”.
Lula também defendeu a manutenção do Pix como sistema público e gratuito e criticou o uso das redes digitais para disseminação de desinformação, discurso de ódio e crimes como exploração sexual de crianças e adolescentes.
Entre os avanços do governo, citou a redução do desemprego, a abertura de mais de 400 novos mercados para exportações brasileiras em dois anos e oito meses, a queda pela metade do desmatamento na Amazônia e a preparação da Conferência do Clima da ONU (COP30), que será realizada em Belém, em novembro.
Ao encerrar, o presidente convocou os brasileiros à união: “Este é o momento da união de todos em defesa do que pertence a todos: a nossa pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país”.
Confira:
O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) receberá neste sábado (6) o ator Antônio Pitanga e sua filha, Camila Pitanga, para uma sessão especial do filme “Malês”. O filme será exibido em pré-estreia no domingo (7), em Brasília.
Segundo o jornal O Globo, a sessão contará ainda com a presença das ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial, e Margareth Menezes, da Cultura. O filme é dirigido e protagonizado pelo ator baiano e possui em seu elenco os filhos Rocco e Camila Pitanga.
Com roteiro de Manuela Dias e cenas gravadas em Salvador, Cachoeira e Maricá (RJ), “Malês” conta a história de dois jovens muçulmanos vendidos como escravo no Brasil. Separados, os dois lutam para sobreviver e se reencontrar, enquanto se envolvem na Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador, no ano de 1935.
O longa-metragem participou em 2024 da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e estreará nos cinemas no dia 2 de outubro. O filme ganha ainda uma pré-estreia em Salvador durante a programação do “Open Air Brasil”, que vai de 30 de setembro a 12 de outubro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro venceriam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Distrito Federal se as eleições fossem hoje. Em um terceiro cenário, entretanto, Lula derrotaria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Esses são alguns dos resultados de um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas com eleitores do Distrito Federal. A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 27 de agosto.
No primeiro cenário apresentado pelo Paraná Pesquisas aos entrevistados, o ex-presidente Bolsonaro, que está inelegível, alcança 36,8% das intenções de voto no Distrito Federal, contra 27,1% de Lula.
Outros nomes que aparecem na simulação são do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 10,5%; do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9,5%; do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), com 3,2%; e do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,6%.
No segundo cenário, Michelle Bolsonaro lidera com 31,4%, contra 27,2% de Lula. Logo depois, na sequência, estão Caiado (13,1%), Ciro Gomes (9,9%), Ratinho Junior (4,7%) e Helder Barbalho (0,6%).
O terceiro cenário opõe o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas. Lula aparece na frente, com 27,4% das intenções de voto, contra 22,5% de Tarcísio. O detalhe é que o presidente Lula tem praticamente a mesma porcentagem dos outros cenários.
No terceiro cenário, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tem seu melhor resultado, com 14,2%. Logo depois aparecem Ciro Gomes, com 12,3%; Ratinho Junior com 5,2%; e Helder Barbalho, com 0,7%.
Para realizar o levantamento, o Paraná Pesquisas entrevistou 1.510 pessoas no Distrito Federal. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (4), o programa Gás do Povo, em Belo Horizonte (MG), a iniciativa garante gratuidade na aquisição do botijão de gás de cozinha. A Bahia terá 1.844.658 famílias beneficiadas pelo programa
O programa foi criado para garantir mais justiça social, saúde e dignidade às famílias de baixa renda e fortalecer o acesso ao gás de cozinha. Ao todo, 15,5 milhões de famílias em todas as Unidades da Federação serão contempladas com o benefício, que chegará a 50 milhões de pessoas.
Na visão do presidente Lula, o programa é uma medida essencial para reduzir desigualdades e garantir dignidade às famílias de baixa renda, assegurando que nenhum trabalhador precise comprometer parte significativa do salário para comprar um botijão de gás.
"Nós estamos assumindo a responsabilidade de que uma pessoa não pode gastar 10% do salário mínimo para comprar gás. A gente vai arcar com a responsabilidade de fazer com que as pessoas mais pobres possam receber o gás de graça", destacou.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o gás de cozinha agora passa a ser tratado como item essencial, fundamental para assegurar segurança alimentar, dignidade e bem-estar social.
“O Gás do Povo combate a pobreza energética, garante alívio no orçamento das famílias que mais precisam e ainda protege a saúde, principalmente de mulheres e crianças, que utilizam a lenha, álcool e outros materiais inflamáveis e tóxicos. Portanto, é um dos programas sociais mais importantes e completos do nosso governo, cuidando diretamente das pessoas”, afirmou.
Ao lado do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (4) o programa Gás do Povo. A solenidade foi realizada no Aglomerado da Serra, maior conglomerado de favelas da capital mineira.
O programa Gás do Povo substitui o modelo anterior do Auxílio-Gás. Com o novo programa, que terá formato diferente do benefício vigente, o governo federal dará um botijão de gás a cada dois meses a milhões de famílias.
A iniciativa do governo Lula tem expectativa de alcançar 15,5 milhões de famílias brasileiras, com benefício a cerca de 50 milhões de pessoas, segundo informações da Secretaria de Comunicação da Presidência. O novo programa tem previsão de gastos de R$ 5,1 bilhões em 2026.
Atualmente, todos os contemplados pelo Auxílio Gás recebem o valor equivalente a um botijão de 13 kg a cada dois meses, sem considerar o tamanho da família e sem uso obrigatório para compra de gás. Com o programa Gás do Povo, o crédito será proporcional ao número de pessoas no domicílio e só poderá ser usado na compra do botijão em estabelecimentos credenciados.
A mudança elimina a transferência em dinheiro e passa a garantir a entrega direta dos botijões nos pontos de revenda em todo o país. O beneficiário deverá apresentar o aplicativo da Caixa Econômica Federal para validar o direito aos botijões.
Terão direito ao benefício as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa, com prioridade para aqueles que recebem o Bolsa Família. Cada família terá direito a uma quantidade de botijões por ano, conforme a composição familiar: até três botijões para famílias de dois integrantes; até quatro para famílias com três integrantes; e até seis botijões anuais para famílias com quatro ou mais membros. Ao todo, o programa distribuirá cerca de 65 milhões de botijões por ano.
No seu pronunciamento durante o evento, o presidente Lula destacou que o botijão de gás de 13kg sai da Petrobras a R$ 37, e chega na casa das pessoas a R$ 140, R$ 150. O presidente disse que o programa foi pensado para possibilitar que mais famílias de baixa renda pudessem ter acesso a pelo menos um botijão de gás por mês.
“É um absurdo o preço que sai da Petrobras e o preço que o gás chega para as pessoas. Já que tinha um grupo de gente recebendo o vale gás, nós resolvemos aumentar o programa. Ao invés de atender cinco milhões de pessoas, nós vamos atender 17 milhões de famílias, o que chega a quase 50 milhões de pessoas, e as pessoas vão receber no ano o gás necessário para cozinhar”, disse Lula.
O presidente, durante seu pronunciamento, chamou o ministro Alexandre Silveira para explicar novamente como iria funcionar o programa. O ministro havia falado antes do presidente Lula sobre o Gás do Povo e como seria o formato do programa, mas Lula pediu para ele retornar e explicar de forma simplificada como as pessoas teriam acesso aos botijões de gás.
Depois de falar dos benefícios do programa, Lula voltou a fazer críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, elencando ministérios que foram extintos e iniciativas sociais que, segundo ele, deixaram de ser realizadas, enfatizando, neste ponto, diferenças entre realizações atuais que seriam superiores à gestão anterior.
“O que falta neste país não é dinheiro. O que falta neste país é tratar o povo com respeito e a decência que merecem. Por isso eu quero dizer que eu governo para todo mundo, e no meu coração, estão as pessoas mais pobres. Meu coração funciona como um coração de mãe”, disse Lula. "Vocês são a minha causa, e enquanto vocês existirem, eu estarei ao lado de vocês", completou o presidente.
Além do presidente Lula, quem também falou foi o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que vem sendo estimulado pelo governo a se candidatar ao governo de Minas Gerais. Em um discurso recheado de elogios a Lula e ao governo, Pacheco falou da importância do programa para as famílias mais necessitadas, e fez coro com o discurso do governo de criticar a “extrema direita” e a tentativa de interferência dos Estados Unidos no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
“Nada é mais capaz de nos unir do que a defesa da democracia no nosso país. A democracia que foi atacada, a democracia que foi vilipendiada, tentaram dar um golpe neste país, e o povo brasileiro disse não, elegendo o Lula, e afirmando que a nossa democracia é um valor sagrado para todos nós”, disse Pacheco, interrompendo sua fala após as pessoas presentes ao evento gritarem “sem anistia” por algum tempo.
“O que mais temos de valioso neste momento é a força do povo brasileiro para dizer não àqueles que sejam antidemocráticos, a dizer não àqueles que querem atentar contra a nossa soberania”, completou Pacheco.
Antes da solenidade, o presidente Lula participou de uma conversa com influenciadores e lideranças da comunidade do Aglomerado da Serra, na periferia de Belo Horizonte (MG). No bate-papo, Lula criticou o projeto que prevê anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro, e pediu mobilização dos apoiadores contra a proposta.
“Outra coisa que nós temos que saber: se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia. Esse Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo que o governo queria, mas a extrema direita tem muita força ainda. Então é uma batalha que tem que ser feita pelo povo”, disse Lula.
Com 50 votos a favor e 4 contra, foi aprovado no Senado, na tarde desta terça-feira (2), o 192/2023, que altera a Lei da Ficha Limpa (Lei 134/2010) e flexibiliza as regras de inelegibilidade. Como já foi aprovado também na Câmara, o projeto segue agora para sanção presidencial.
O PLP 192/2023, de autoria da deputada Dani Cunha (PSD-RJ), promove significativas alterações na Lei da Ficha Limpa, unificando os prazos de inelegibilidade e enfraquecendo as restrições atuais. A votação da proposta vinha sendo adiada desde o ano passado, e nesta semana, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), permitiu a votação em modo remoto, para dificultar a obstrução da matéria.
Alcolumbre inclusive desceu da Mesa Diretora e anunciou que iria votar a favor do projeto. Caso as alterações propostas no texto do projeto sejam sancionadas integralmente, políticos que já enfrentaram condenações e se encontravam barrados pela Lei Ficha Limpa, como o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e o ex-deputado federal Eduardo Cunha, poderão estar aptos a se candidatar já nas eleições de 2026.
Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, que pode vir a ser um dos principais beneficiados com a futura nova lei, é pai da deputada Dani Cunha, autora do projeto.
O relatório do senador Weverton Rocha (PDT-MA) unifica em oito anos o prazo em que os candidatos ficam impedidos de disputar eleições por condenação judicial, cassação ou renúncia de mandato. O projeto estabelece que esse prazo passa a contar a partir da condenação em segunda instância. Hoje, os oitos anos contam somente a partir do final da pena.
A proposta aprovada no Senado estabelece que o período de inelegibilidade será fixo em oito anos, a partir de eventos como a perda do mandato, renúncia do cargo, ou condenação em segunda instância, independentemente da conclusão das penas. Ou seja, o projeto tornará menor o tempo de inelegibilidade. Se aprovado, o texto passa a valer para casos de inelegibilidade já definidos, e não apenas para as próximas condenações.
Por meio de emenda proposta pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), uma solução foi encontrada para permitir que os prazos de inelegibilidade se somem apenas em casos específicos, como crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, visando pacificar discordâncias entre as lideranças.
Outra alteração significativa na proposta é o aumento das exceções à aplicação da inelegibilidade em casos de improbidade administrativa, além de estabelecer um limite de 12 anos de inelegibilidade quando houver múltiplas condenações. Esses novos parâmetros podem efetivamente criar um caminho mais fácil para políticos anteriormente condenados que desejam retornar à vida pública.
Os três senadores da Bahia - Angelo Coronel (PSD), Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) - votaram a favor da aprovação do projeto.
A primeira semana do mês de setembro se inicia com todas as atenções voltadas para o Supremo Tribunal Federal (STF), que inicia nesta terça (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus que integram o chamado “núcleo crucial” do processo sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As sessões se estenderão até 12 de setembro, quando haverá uma definição do caso.
No Congresso, a oposição segue pressionando pela votação do projeto de anistia dos presos do 8 de janeiro, projeto que pode incluir também o ex-presidente Jair Bolsonaro. Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende priorizar a proposta de aumento da isenção do Imposto de Renda.
De parte do governo, além da atenção ao julgamento no STF, há a expectativa de anúncio de importantes indicadores da economia, como o PIB do segundo semestre deste. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai a Minas Gerais nesta semana anunciar um novo programa para entregar botijões de gás às famílias carentes.
Confira abaixo a agenda dos três poderes em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula inicia a semana nesta segunda-feira (1º) com uma agenda de reuniões com sua equipe. Ministro da A agenda foi iniciada no Palácio do Planalto com a já tradicional reunião das 9h com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Acompanhou a reunião o secretário de Imprensa, Laércio Portela.
Às 10h, o compromisso de Lula foi com o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Marco Aurélio Marcola. Acompanhou a reunião o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete Pessoal da Presidência, Oswaldo Malatesta.
A agenda do presidente Lula para esta segunda possui apenas outros dois compromissos na parte da tarde. Às 16h Lula terá uma reunião com o secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcelo Weick, e logo depois, às 16h30, a conversa será com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Para o restante da semana, o único evento confirmado pela Secretaria de Comunicação é uma solenidade na próxima quinta (4), em Belo Horizonte (MG). Na capital mineira, o presidente Lula vai lançar o novo programa de acesso ao gás de cozinha, agora chamado de Gás do Povo.
O novo modelo substitui o pagamento em dinheiro do benefício pela entrega de botijões de gás gratuitamente às famílias. A gratuidade será limitada a um benefício por família, e o governo vai reembolsar as distribuidoras e revendedoras pelos itens.
Fechando a semana, no domingo (7), o presidente Lula participará das solenidades oficiais do Dia da Independência. O evento acontece na Esplanada dos Ministérios.
A semana será recheada de anúncios de indicadores econômicos. O primeiro deles virá nesta terça (2), quando o IBGE divulga o desempenho do PIB no segundo trimestre do ano.
Na quarta (3), o IBGE apresenta os resultados da Produção Industrial Mensal. Na quinta, será a vez do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços divulgar os números da balança comercial de agosto, o primeiro resultado após a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.
PODER LEGISLATIVO
Na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) pretende reunir os líderes partidários nesta terça (2), para definir a pauta de votações no plenário para esta semana. Motta quer tentar votar o projeto que eleva a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.
O presidente da Câmara agendou para a manhã de quarta (3), no plenário, a realização de uma Comissão Geral para a discussão do projeto de reforma administrativa. O projeto é colocado como uma das prioridades de Hugo Motta para esse segundo semestre.
O Senado inicia o mês de setembro com uma agenda que mistura dinheiro emergencial para defesa civil, uma PEC que reabre espaço fiscal para estados e municípios, flexibilização das regras de inelegibilidade, o Código de Defesa do Contribuinte e um pacote de acordos internacionais.
Os senadores devem votar a medida provisória (MP 1.299/2025) que abre R$ 520 milhões para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional financiar ações de proteção e defesa civil (gestão de risco, resposta a desastres). O texto está em vigor desde 9 de maio e agora precisa do aval do Congresso.
Na sequência, podem avançar três matérias de alto impacto:
PEC 66/2023 (precatórios e previdência) - proposta do senador Jader Barbalho (MDB-PA) que limita o pagamento de precatórios por entes subnacionais e reabre prazo de parcelamento de dívidas previdenciárias (RPPS e RGPS) para estados e municípios.
PLP 192/2023 - da deputada Dani Cunha (União-RJ), fixa teto de oito anos de inelegibilidade para condenados por órgão colegiado ou cassados independentemente do cumprimento da pena.
PLP 125/2022 (Código de Defesa do Contribuinte) - iniciativa do presidente Rodrigo Pacheco; cria um estatuto nacional de direitos e deveres, define critérios para devedor contumaz, e pode restringir benefícios e contratos públicos a empresas nessa condição; a tramitação vem alternando pautas e adiamentos por falta de consenso desde 2024.
Esse projeto do devedor contumaz foi pautado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após a Operação Carbono Neutro, realizada pela Polícia Federal na última quinta (28/8), contra redes de combustíveis e fintechs ligadas ao crime organizado.
O texto em análise no Congresso define critérios para caracterizar como devedor contumaz o contribuinte que apresentar inadimplência reiterada, substancial e injustificada de tributos. De acordo com o texto, será enquadrado nessa condição quem mantiver débitos em situação irregular em pelo menos quatro períodos consecutivos ou seis alternados em doze meses.
O parecer do relator destaca que a proposta busca atingir “aqueles que usam da inadimplência como estratégia de negócios”.
Para a sessão de quarta (3), está na pauta o PL 4.809/2024 que altera o Código Penal, o Código de Processo Penal, o Estatuto do Desarmamento, a Lei de Crimes Hediondos, a Lei de Drogas e a Lei de Licitações para endurecer a resposta penal a crimes violentos (mais pena para roubo/extorsão, novos tipos como "resistência qualificada", critérios mais duros para preventiva e início da execução).
Também entram em pauta dois projetos de decreto legislativo de política externa com alta probabilidade de aprovação:
PDL 262/2024 - cooperação em indústria de defesa com a Turquia (desenvolvimento conjunto e transferência de tecnologia).
PDL 722/2024 - atualização do acordo para evitar dupla tributação com o Chile.
Para a sessão de quinta (4), estão na pauta três acordos internacionais:
PDL 319/2024 - acordo de transporte aéreo com El Salvador;
PDL 609/2021 - ACFI com a Índia;
PDL 610/2021 - ACFI com a Guiana.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS marcou para esta segunda (1º), às 16h, a oitiva do advogado Eli Cohen, no Senado. Ele é considerado peça-chave nas investigações sobre fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas.
Cohen é apontado como responsável por reunir documentos, registros eletrônicos e comunicações empresariais que revelaram o uso irregular de dados pessoais de segurados e a participação de entidades e empresas privadas no esquema. O depoimento deverá detalhar a origem das provas, o funcionamento das entidades envolvidas e possíveis conexões com agentes públicos.
PODER JUDICIÁRIO
Começa nesta terça (2), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento que vai definir o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além dele, outros sete réus são acusados de participar de uma tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Quase dez meses após o indiciamento dos acusados, a fase da instrução processual, que reuniu depoimentos de testemunhas, interrogatórios, documentos e perícias, chegou ao fim. Agora, os cinco ministros da Primeira Turma começam a decidir o destino do que os investigadores chamam de “núcleo central” da suposta organização que teria tentado impedir a posse de Lula.
Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin fazem a discussão. Eles proferem os votos nesta ordem.
Moraes abre a votação por ser o relator do caso, seguido pelos ministros na ordem de entrada no STF até chegar ao que está há mais tempo na Corte. Zanin, mesmo não sendo o mais antigo, vota por último por presidir o colegiado.
Além desta terça, o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, programou sessões de julgamento também na quarta (3). Outras sessões serão realizadas na próxima semana.
Nesta segunda (1º), termina o prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre denúncia da Polícia Federal contra Jair e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de coibir o STF na ação da trama golpista. A PGR também deverá avaliar sobre se houve descumprimentos de medidas cautelares pelo ex-presidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não acompanhará o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus do chamado “núcleo 1” do suposto plano de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar na próxima terça-feira (2). Em entrevista nesta sexta (29), Lula também comentou que o Bolsonaro possui o direito da “presunção de inocência”, podendo apresentar sua defesa antes de qualquer condenação.
"Eu não vou assistir. Tenho coisa melhor para fazer", afirmou Lula em entrevista à Itatiaia nesta sexta-feira (29), em Minas Gerais.
Para o presidente, cabe ao ex-chefe do Executivo apresentar sua defesa antes de qualquer discussão sobre anistia. “Ele tem que primeiro provar a inocência dele. Ele está tendo direito à presunção de inocência que eu não tive. Ele que se defenda, ele que prove que é mentira”, afirmou.
O projeto de anistia, que é prioridade para setores da oposição, segue parado na Câmara dos Deputados. A intenção dos aliados de Bolsonaro é estender o benefício a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e também ao ex-presidente.
Segundo Lula, o julgamento não se trata da figura política de Bolsonaro, mas das condutas atribuídas a ele. “Não é a figura do Bolsonaro que está sendo julgada, é o comportamento desse cidadão que foi presidente da República em função das denúncias e delações feitas e das provas apuradas pela Polícia Federal. São os autos do processo que vão ser julgados. Se ele cometeu o crime, ele vai ser punido. Se ele não cometeu, ele será absolvido e a vida continua”, concluiu.
Veja o trecho:
??Lula descarta acompanhar julgamento de Bolsonaro “Tenho coisa melhor a fazer”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 29, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/e1ftcrbv6U
Depois de passar por um período de queda da desaprovação e aumento da aprovação ao seu governo, que se seguiu à imposição do tarifaço aos produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma notícia negativa nesta quinta-feira (28) em relação à visão da população sobre sua atuação.
Pesquisa LatAm Pulse, realizada pela AtlasIntel para a Bloomberg News, apurou que subiu dos 49,7% apurados no final de julho para 51% agora na última semana de agosto a desaprovação do presidente Lula. Já a aprovação caiu de 50,2% para 47,9% no mesmo período.
Com o resultado de agosto, a diferença entre desaprovação e aprovação passou para 4,1%. Em julho, o saldo entre aprovação e desaprovação era positivo para o governo Lula, com diferença de apenas 0,5%.
O mês de julho havia sido o primeiro em que a avaliação positiva do presidente Lula foi maior do que a negativa desde a pesquisa LatAm Pulse de outubro do ano passado. Daquele mês em diante, a maior diferença negativa se deu no mês de maio deste ano, quando Lula teve desaprovação de 53,7%, contra um aprovação de 45,4% (diferença de 8,3% entre negativo e positivo).
A pesquisa LatAm Pulse mostra que também voltou a crescer a quantidade de pessoas que avaliam o governo Lula como “ruim” ou “péssimo”. Essa avaliação subiu de 48,2% registrados em julho para 51,2% agora no final de agosto.
Já as menções “ótimo” ou “bom” em relação à avaliação do governo caíram de 46,6% em julho para 43,7% em agosto. A diferença entre as menções negativas e as positivas, que havia caído para apenas 1,6% em julho, subiu para 7,5% nesta semana.
A AtlasIntel entrevistou 6.238 pessoas no Brasil entre 20 e 25 de agosto, com margem de erro de mais ou menos 1 ponto percentual e nível de confiança de 95%.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que regulamenta a TV 3.0, chamada de “televisão do futuro” durante evento nesta quarta-feira (27). De acordo com o governo federal, a nova tecnologia revolucionará a forma como o público assiste à programação da televisão gratuita e promete colocar o Brasil “na vanguarda da radiodifusão mundial”. Além disso, a gestão reforçou que a nova integração ocorrerá de maneira gratuita.
A expectativa do governo, segundo ele, é de que a TV 3.0 entre no ar em junho de 2026, a tempo da próxima Copa do Mundo. Para o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, a assinatura do decreto é um momento histórico para o Brasil, fortalecendo a televisão aberta.
“A televisão vai continuar gratuita, como o brasileiro já conhece, mas com a conexão à internet. O Brasil possui cerca de 80 milhões de domicílios e mais de 75 milhões deles têm sinal de televisão. Por outro lado, 75 milhões de lares têm internet. Vamos integrar digital com TV para que a gente possa evoluir na prestação de serviço na cidadania. A televisão aberta é um ponto de encontro do povo brasileiro e precisa evoluir para continuar sendo popular e democrática”, destacou o ministro.
A fase preparatória está prevista para ser concluída em 2025, com início das primeiras transmissões da TV 3.0 no primeiro semestre de 2026, nas grandes capitais. O processo de expansão até atingir a cobertura de todo o território nacional deve levar até 15 anos.
Ao todo, a política recebeu investimentos de R$ 7,5 milhões. A maior eficiência na transmissão do serviço vai permitir a entrada de novos radiodifusores, tornando o setor mais democrático e acessível. Com o uso da internet, a TV 3.0 terá potencial de servir como ponto de acesso a serviços públicos digitais e como ferramenta de inclusão e participação social.
EIXOS
MODERNIZAÇÃO
A nova tecnologia modernizará a televisão digital brasileira, oferecendo imagens em 4K e 8K, som imersivo, maior interatividade e integração com a internet. O objetivo é proporcionar uma experiência mais rica e personalizada para os telespectadores, aproximando a TV aberta dos serviços de streaming.
ACESSIBILIDADE
A TV 3.0 foi desenvolvida para ampliar a acessibilidade, oferecendo recursos que garantem inclusão e personalização da experiência do público. O sistema contará com legendas configuráveis, permitindo ajustar posição, fonte, cores e tamanho do texto, além de possibilitar o uso de imagens junto às legendas. A nova tecnologia também trará inovações como gerador automático de Libras, fluxos adicionais de áudio com audiodescrição e até mesmo fluxo extra de vídeo, que poderá exibir intérprete de língua de sinais em tempo real.
IMPLANTAÇÃO
A assinatura do decreto é resultado de anos de estudo, pesquisas, discussões e debates liderados pelo Ministério das Comunicações (MCom), envolvendo diversas empresas do setor, acadêmicos e especialistas. A partir da regulamentação, emissoras brasileiras poderão iniciar o processo de implantação do novo sistema.
SISTEMA
O decreto estabelece a adoção da tecnologia de transmissão do sistema ATSC 3.0, conforme recomendação do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD). O Fórum, criado para assessorar tecnicamente o governo brasileiro na implantação do serviço de TV digital no país, é uma entidade sem fins lucrativos que reúne representantes dos setores de radiodifusão, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento, além de fabricantes de televisores, transmissores e softwares. O ATSC 3.0 é um conjunto de padrões que especifica um dos sistemas de transmissão digital mais avançados do mundo.
AMBIENTE DIGITAL
O decreto também estabelece a implantação da Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, que integrará conteúdos de comunicação pública e informações governamentais. A plataforma permitirá interatividade por meio do acesso à internet, viabilizando a prestação de serviços públicos digitais e fortalecendo a relação entre o Estado e a sociedade.
EMISSORAS PÚBLICAS
Os aplicativos das emissoras públicas, como TV Brasil, TV Câmara, TV Senado e TV Justiça, terão posições garantidas no catálogo DTV+ – que será o ícone da TV 3.0. Os usuários poderão reorganizar manualmente a ordem dos ícones, garantindo uma navegação fácil e intuitiva. Entre os aplicativos, Gov.br será o primeiro a ser visualizado pelos usuários na tela inicial.
Veja detalhes:
Em reunião ministerial, que ocorreu nesta terça-feira (26), o ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, anunciou o novo slogan do governo Lula (PT), que deixará de ser "União e Reconstrução", e passará a ser Governo do Brasil / do lado do povo brasileiro". A nova frase será utilizada nos próximos dias.
Na reunião, o presidente voltou a pedir que os ministros voltem a defender o governo publicamente e disse que eles devem saber de todas as entregas do governo na totalidade, não apenas na especialidade de cada um.
Além disso, cada um dos ministros recebeu um livro com as principais realizações do governo e o boné azul com a frase "O Brasil é dos brasileiros".
O petista também falou que está se sentindo muito bem de saúde e, se continuar assim, pretende disputar a reeleição ano que vem. As informações são de Lauro Jardim.
Vestido com um boné onde se lê a frase “O Brasil é dos Brasileiros”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta terça-feira (26) a segunda reunião ministerial do seu governo, e no pronunciamento que abriu o encontro, o tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o tema principal da fala.
O boné azul usado por Lula foi vestido também por outros ministros presentes na reunião. A ideia do boné surgiu no começo do ano, para fazer um contraponto ao presidente norte-americano. Trump foi eleito usando um boné vermelho com a inscrição MAGA (Make America Great Again).
Sobre o tarifaço, Lula disse que o presidente dos Estados Unidos age como se fosse o imperador do planeta Terra. Lula criticou também declarações recentes de Donald Trump de que ninguém deveria “mexer” com as big techs, sob pena de sofrerem represálias.
No seu pronunciamento, o presidente Lula voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Lula classificou Eduardo Bolsonaro como um “traidor da pátria” e disse que ele já deveria ter sido cassado pela Câmara dos Deputados.
“O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente e com o comportamento do filho dele nos EUA é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, disse Lula.
“Não conheço na história desse país algum momento em que um traidor da pátria teve a desfaçatez de mudar para o país, que ele está adotando como pátria, negando a sua pátria e tentando insuflar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro”, acrescentou o presidente.
Lula ainda orientou seus ministros a destacarem a defesa da soberania do país em declarações públicas e entrevistas. "Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado com o Império", disse o presidente.
Na abertura da reunião, realizada no Palácio do Planalto, o presidente Lula disse que o encontro seria mais rápido do que outros, porque poucos ministros iriam se pronunciar. Segundo o presidente, só iriam falar na reunião os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, além do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Apenas os discursos iniciais foram abertos à imprensa. Na fala do presidente Lula, ele também reforçou críticas à guerra em Gaza. Outro ponto destacado pelo presidente foi a defesa da soberania brasileira, e o respeito à Constituição e as leis do país. Lula também destacou a atuação do vice-presidente Geraldo Alckmin e de outros ministros nas negociações para reverter o tarifaço imposto pelos EUA.
“Esse homem aqui [Alckmin], aquele homem ali que é o Haddad, aquele ali que é o Mauro Vieira, estão 24 horas por dia à disposição de negociar com quem quer que seja o assunto que for, sobretudo na questão comercial. Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém”, colocou o presidente Lula.
Logo após sua fala inicial, o presidente Lula passou a palavra ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, que falou sobre as últimas medidas anunciadas pelo governo para incentivar a indústria e reduzir as perdas de exportadores com o tarifaço.
Após a reunião, Alckmin viajará para o México, junto com uma comitiva de empresários brasileiros. A missão oficial do vice-presidente tem como objetivo ampliar as relações comerciais entre Brasil e México, após o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Alckmin estará acompanhado na viagem pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Integrantes do governo Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam a possibilidade de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aplicar novas sanções econômicas contra o Brasil e novas restrições a autoridades com o andamento do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Suprema Corte, em setembro.
Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, ministros destacam que há interesse dos EUA interferir politicamente no Tribunal conforme o julgamento sobre a trama golpista, em que Jair Bolsonaro é apontado como um dos líderes. As mesmas fontes, no entanto, negam que o STF vá se “curvar a essas pressões”.
Além do julgamento de Bolsonaro, integrantes do governo temem o impacto econômico da recente decisão do ministro do STF Flávio Dino. Em resposta a um processo relacionado ao rompimento da barragem de Mariana (MG), Dino decidiu que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no Brasil se confirmadas pela corte. Assim, o governo Lula teme que a manifestação seja interpretada como uma possibilidade de o tribunal punir bancos que aplicarem sanções financeiras estipuladas pelo governo americano, como a Lei Magnitsky, utilizada pelos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes.
A utilização da Lei Magnitsky e a aplicação da sobretaxa de 50% na importação de produtos brasileiros foram ações americanas pautadas no argumento de que Bolsonaro é perseguido pelo Judiciário no Brasil, em benefício do governo Lula, e de que o ministro Alexandre de Moraes atua contra os direitos humanos.
Ministros dizem acreditar que os americanos têm outras ferramentas à disposição, como sanções a outros integrantes do tribunal, que podem ser utilizadas durante o processo de julgamento, como forma de intimidação aos ministros. As informações são da Folha de S. Paulo.
Representantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberam, nesta sexta-feira (22), as maiores empresas do digital e da tecnologia para apresentar o projeto de regulamentação dos serviços digitais do Brasil.
A regulamentação traz as obrigações das empresas, incluindo medidas de retirada de publicações consideradas criminosas.
As empresas de tecnologia que atuam no Brasil deverão adotar medidas imediatas para prevenir e interromper a prática de crimes previstos em legislação específica, além de coibir violações aos direitos de crianças, adolescentes e outros grupos vulnerabilizados. Também entram na lista condutas que atentem contra a integridade das eleições e do processo democrático, bem como fraudes envolvendo o uso indevido de identidades de pessoas públicas, contas ou marcas.
No caso das chamadas big techs, a exigência é ainda mais rigorosa. As gigantes do setor terão de cumprir regras adicionais para manter suas operações no país, incluindo a obrigação de prevenir os crimes mencionados, além de apresentar relatórios de transparência sobre as medidas adotadas e as ações tomadas para proteger usuários e instituições.
Confira representantes do governo:
- Governo: Samara Castro – chefe de Gabinete do ministro Sidônio Palmeira (Secom);
- João Brant – secretário de Políticas Digitais;
- Nina Santos – secretária de Políticas Digitais;
- Fabio Bello – Ministério da Fazenda;
- Ricardo Horta – Ministério da Justiça; Guilherme Cintia – da AGU (Advocacia-Geral da União);
Representantes das seguintes empresas e entidades:
- Kawai;
- Amazon;
- Google;
- YouTube;
- ALAI;
- Apple;
- Uber;
- Mercado Livre;
- Anobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia);
- Brasscom;
- CamaraNet;
- Shopee;
- E-pedia; 99;
- TikTok;
- Magalu;
- Shein;
- Hotmart;
- IFood;
- Airbnb;
- Microsoft;
- B.;
- OLX;
- Meta;
- Open AI.
Não temos medo de ninguém que venha gritar com a gente, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deve vir dar palpite no Brasil. Essas foram alguma das afirmações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quinta-feira (21), ao participar de um evento na cidade de Sorocaba (SP), organizado pelo Ministério da Saúde.
No evento, aconteceu a entrega de 400 novas Unidades Odontológicas Móveis para levar saúde bucal a famílias de baixa renda, que fazem parte do programa Brasil Sorridente. Depois da entrega, o presidente Lula falou sobre as ações do governo e criticou Donald Trump.
“É preciso que a gente saiba mais do que fazer ponte ou viaduto. É preciso que a gente saiba fazer aquilo que o povo necessita, carinho, aconchego, tratá-lo com amor. Essa é a diferença entre governar e cuidar, porque a palavra correta não é governar, é cuidar. Eu quero cuidar desse país, por isso o presidente americano não dê palpite aqui, porque, aqui, cuidamos nós”, disse Lula.
Ao lado dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além de deputados e prefeitos, o presidente Lula falou também sobre a defesa da soberania nacional.
“Soberania não é apenas cuidar da nossa fronteira, do nosso mar, da nossa floresta. É cuidar do povo, isso sim é a soberania de um país. É por isso que nós não temos medo de ninguém gritar com a gente. Aliás, nós somos educados, eu não grito com ninguém”, acrescentou Lula no interior paulista.
O projeto de lei do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para regulamentar o conteúdo das plataformas digitais, conhecido como "PL das big techs", quer proteger os direitos de influenciadores digitais e de figuras públicas pelo uso indevido da imagem. A medida cobrar transparência sobre o uso de imagens de criadores de conteúdo, além de prevenir o uso indevido das imagens para a aplicação de golpes e na disseminação de informações falsas.
Segundo informações do g1, o texto deve fazer parte de um dos dois projetos de lei a seres enviados pelo presidente Lula ao Congresso na próxima semana, com relação as big techs. Uma proposta, elaborada pelo Ministério da Justiça e pela Secretária de Comunicação Social, cria regras para regulação de conteúdo, e a outra, redigida no Ministério da Fazenda, trata da regulação econômica, com medidas para coibir práticas de concorrência desleal pelas plataformas.
Apesar do desejo de Lula de encaminhar os textos ainda essa semana, o presidente deve organizar o envio das medidas com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a votação do projeto da “adultização”, que cria medidas para proteger crianças e adolescentes de crimes virtuais. O texto, do senador Alessandro Vieira (MDB-ES), deve ser votado essa semana.
O texto prevê, como medida de último caso, o bloqueio das plataformas que ignorarem de forma recorrente as notificações e que não adotarem o dever de prevenção. Neste caso, a estratégia seria similar ao que ocorre na União Europeia, sem necessidade de decisão judicial. Nesse caso, a suspensão das plataformas pode ser feita diretamente pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Dentro dos projetos a serem enviados pelo Governo, não há no texto menções à necessidade das plataformas ou órgãos de controle combaterem a desinformação, ou as fake news.
INFLUENCERS E CLÁUSULA DRÁUZIO VARELLA
O projeto que regula o conteúdo foca as plataformas digitais que possuem mais de três milhões de usuários. As menores vão ser obrigadas a criar canais de comunicação com o público, mas estarão sujeitas a regras menos rígidas e de alcance mais limitado.
A proposta tem uma espécie de cláusula de proteção aos influenciadores. Nos casos de conteúdo impulsionado ou monetizado, as plataformas serão obrigadas a informar quais são os critérios e as regras de remuneração. Os serviços também terão de explicar, de forma clara, os motivos pelos quais alguém é suspenso, bloqueado ou desligado das plataformas.
O texto estabelece que “os fornecedores de serviços digitais que remunerem seus usuários deverão oferecer: I - nos seus termos de uso, as informações sobre os critérios de remuneração pelo conteúdo ou atividade dos usuários e as regras para a respectiva alteração e para bloqueio e cancelamento; II - o controle da monetização de seu conteúdo ou atividade; e III - canal para recepção de denúncias e solução de práticas irregulares de remuneração de conteúdo ou atividade.”
Os serviços vão ter que adotar o chamado “dever de prevenção e precaução”, pelo qual as próprias plataformas são obrigadas a criar regras para impedir a veiculação de conteúdo ilegal. Outra obrigação é a de apresentar relatórios periódicos sobre as medidas que estão sendo tomadas para coibir publicações ilícitas.
No texto do governo, há menção à necessidade de as plataformas adotarem medidas para coibir fraudes que se utilizem de marcas de governo ou da identidade de pessoas públicas. Esse dispositivo ganhou o apelido de “cláusula Drauzio Varella” pelo fato de a imagem do médico Drauzio Varella ser utilizada, com frequência, de forma fraudulenta e indevida, para aplicação de golpes ou para a disseminação de informações falsas.
“Além dos demais deveres previstos nesta Lei, cumpre aos fornecedores de serviços digitais de grande porte, no exercício do dever de precaução e prevenção de danos:
IV - adotar medidas adequadas para prevenir e interromper a circulação de conteúdo ou de práticas ilícitas que configurem: (...) d) as fraudes que utilizem, sem autorização, a identidade de pessoas públicas, contas ou marcas de Governo nos três níveis federativos, empresas ou entidades sem fins lucrativos, para fins de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, de forma a induzir ou a manter alguém em erro.”
As informações são do g1.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que regulamentar as plataformas digitais é o "grande desafio contemporâneo de todos os estados". A afirmação do ex-presidente ocorreu nesta segunda-feira (18), em semana que o governo planeja enviar ao Congresso Nacional o projeto de Lei que propõe a regulação das redes sociais.
"As redes digitais não devem ser terra sem lei em que é possível atentar impunemente contra a democracia, incitar o ódio e a violência. Erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma obrigação", iniciou ele, em discurso no Palácio do Planalto.
"Expus ao presidente Noboa a urgência com que o governo e a sociedade brasileiras vêm buscando combater a criminalidade na esfera digital. Nossas sociedades estarão em constante ameaça sem regulação das Big techs. Esse é o grande desafio contemporâneo de todos os estados", continuou.
O presidente do Equador, Noboa, em discurso, evitou comentar do tema, mas minimizou as diferenças ideológicas que tem com o petista.
"As discussões ideológicas ficaram no passado. Agora é nosso dever trabalhar para dar soluções às pessoas", disse ele.
Lula também anunciou a reabertura da polícia Federal em Quito para combater organizações criminosas.
O tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil, além da discussão do tema da sexualização e exploração de crianças e adolescentes na internet e nas redes sociais, são os temas em destaque nesta semana. Além disso, a pauta econômica, em especial os rumos do projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda, também mobilizam a classe política nos próximos dias.
Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discute abertura de novos mercados com o presidente do Equador e de outros países, que participarão de encontro de cúpula na Colômbia, o governo federal responde formalmente acusações feitas pela administração de Trump de práticas comerciais danosas do Brasil, como no caso do Pix.
Já no Congresso Nacional segue o embate entre oposição e lideranças governistas em torno da pauta de votações nas duas casas. Enquanto Motta quer priorizar o tema da sexualização de crianças e adolescentes, a oposição segue lutando para votar a anistia aos presos do 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado. Em meio a esse debate, será instalada a CPMI do INSS no Congresso.
Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula abre a semana recepcionando o seu colega do Equador, Daniel Noboa. Esta é a primeira de uma série de visitas oficiais que o presidente brasileiro receberá para negociações em torno da ideia de diversificação dos parceiros comerciais do país nas Américas e na África.
Lula se reúne com Noboa nesta manhã de segunda (18) no Palácio do Planalto e, durante a tarde, os dois almoçam no Palácio do Itamaraty.
Essa é a primeira visita de Daniel Noboa ao Brasil como chefe de Estado desde que ele foi reeleito, em abril deste ano. Noboa é considerado político de direita.
Ainda nesta segunda, o governo federal enviará aos Estados Unidos um documento em resposta à investigação comercial aberta pelo governo Donald Trump contra o Brasil, no mês de julho. O texto deve rebater acusações que embasaram o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o território norte-americano, como, por exemplo, em relação ao uso do Pix no país.
Na terça (19), o presidente Lula participará de solenidade para assinar o decreto que regulamenta a TV 3.0, que pretende se afirmar como a nova geração da tecnologia de televisão aberta e gratuita brasileira. A ideia do governo é que a nova tecnologia produza maior interatividade, qualidade de som, imagem superior e integração com a internet.
O governo federal quer que a TV 3.0 esteja em funcionamento na próxima edição da Copa do Mundo, prevista para junho de 2026, mas não deve incluir no texto do decreto uma data para o início efetivo da operação.
Na próxima quinta (21), o presidente Lula viajará para a Colômbia, onde participará do encontro da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), que será realizado na sexta (22), em Bogotá. Na reunião com outros países amazônicos, Lula quer buscar consensos que possam ser levados pelo grupo para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).
Além do Brasil, integram a organização: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai reunir os líderes partidários nesta terça (19) para definir a pauta de votações no plenário durante a semana. Motta quer dar prioridade ao projeto do Senado que estabelece normas específicas para proteger crianças e adolescentes no ambiente online.
O projeto, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), chamado de ECA Digital, tem entre suas diretrizes a criação de uma Autoridade Nacional de Fiscalização, inspirada na Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Esse novo órgão fiscalizará a atuação das plataformas de redes sociais, podendo aplicar multas de até 10% do faturamento ou R$ 50 milhões por infração cometida por essas empresas.
O tema ganhou destaque depois das denúncias do influenciador Felca, que revelou a circulação de conteúdos de sexualização infantil disfarçados de entretenimento em plataformas digitais. O episódio gerou forte comoção, e mobilizou parlamentares com a apresentação de dezenas de projetos.
Além de priorizar a votação da urgência para esse projeto no plenário, Hugo Motta também deve instalar nesta semana um grupo de trabalho para discutir as mais de 60 propostas apresentadas sobre este tema. A ideia é a criação de um texto comum que represente a média do pensamento dos parlamentares a respeito do assunto.
Hugo Motta também agendou para a próxima quarta (20) a realização de uma Comissão Geral no plenário, com foco na discussão do tema da exploração de crianças e adolescentes nas redes sociais e internet. A sessão deve contar com a participação de parlamentares e especialistas.
Outro tema que Motta quer tornar prioritário é o projeto do governo que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoa que ganham até R$ 5 mil. O presidente da Câmara quer tentar votar a proposta no plenário já nesta semana.
Nesta semana a Câmara contará com a presença de diversos ministros do governo Lula, que comparecerão a audiências públicas de algumas comissões. É o caso do ministro dos Transportes, Renan Filho, que apresentará as prioridades da pasta na Comissão de Viação e Transportes da Câmara.
Já o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, participará de reunião conjunta das comissões de Assuntos Sociais, de Desenvolvimento Regional e de Agricultura do Senado. O ministro prestará esclarecimentos sobre os desafios, metas, planejamento e diretrizes governamentais do ministério e sobre as políticas de desenvolvimento regional e de turismo.
Também estarão no Congresso os ministros Wolney Queiroz (Previdência), Camilo Santana (Educação) e André de Paula (Pesca). Os três foram convidados a comparecer na comissão mista da medida provisória que muda a tributação de investimentos para compensar um recuo no alcance do aumento do IOF.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) agendou uma semana de votações no plenário com pautas de impacto fiscal e institucional. O principal destaque é a PEC 66/2023, que muda as regras de pagamento de precatórios e reabre o parcelamento de dívidas previdenciárias de estados e municípios.
A PEC 66/2023, relatada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), é considerada essencial para dar previsibilidade às contas públicas. Ela cria um novo regime de pagamento de precatórios (dívidas judiciais definitivas da União, estados e municípios) e evita que, a partir de 2027, toda a despesa seja incorporada de uma só vez ao orçamento, o que poderia provocar um colapso fiscal.
O projeto também prevê o parcelamento das dívidas previdenciárias. Débitos com o INSS e com regimes próprios de previdência (RPPS) poderão ser parcelados em até 300 meses (25 anos), prorrogáveis para 360 meses se a parcela ultrapassar 1% da receita corrente líquida. Os juros serão mais baixos, entre IPCA + 0% e IPCA + 4% ao ano.
Antes desse projeto, na terça (19), os senadores devem votar em primeiro turno a PEC 76/2019, de autoria do ex-senador Antonio Anastasia. O texto busca dar status constitucional às polícias científicas, responsáveis por perícias criminais e investigações técnicas, incluindo-as formalmente no rol de órgãos de segurança pública.
Outros projetos em pauta
Além das duas PECs, o plenário também pode analisar outras matérias de caráter social e internacional:
PL 3148/2023 (Célia Xakriabá, Psol-MG): define regras para a denominação de escolas indígenas, quilombolas e do campo.
PL 5178/2023 (Laura Carneiro, PSD-RJ): altera oficialmente a ementa da Lei Maria da Penha.
PLP 58/2025 (Mauro Benevides Filho, PDT-CE): prorroga prazos para estados e municípios utilizarem saldos de fundos de saúde.
PL 2549/2024 (Nely Aquino, PSD-MG): cria o Selo Cidade Mulher, reconhecimento a municípios que se destacarem em políticas públicas para o bem-estar feminino.
PDL 722/2024: aprova protocolo que altera a convenção Brasil-Chile sobre tributação e evasão fiscal.
PDL 479/2023: aprova acordo entre Brasil e União Europeia que modifica regras de isenção de vistos de curta duração.
Alcolumbre também prometeu para esta semana a instalação de duas CPIs. Uma delas é a CPI da Pedofilia, de autoria do senador Magno Malta (PL-ES). O senador já presidiu um colegiado sobre o tema há 15 anos.
Outra CPI que deve ser instalada vai investigar o crime organizado no Brasil. A proposta da CPI do Crime Organizado é de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
Já no âmbito do Congresso Nacional, haverá a instalação, na próxima quarta (20), da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar fraudes e desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O senador Omar Aziz (PSD-AM) assumirá a presidência do colegiado, enquanto a relatoria ficará a cargo do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
A escolha de Ayres foi confirmada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após semanas de disputa pelo cargo entre governo e oposição. O PL, partido que articulou a coleta de assinaturas para criação da CPI, defendia que a relatoria fosse entregue a um deputado da oposição.
A comissão parlamentar será formada por 15 senadores e 15 deputados, respeitando a proporcionalidade partidária. Haverá um igual número de suplntes. O prazo de funcionamento do colegiado será de 180 dias.
A comissão terá como foco as investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o desvio de recursos de aposentados e pensionistas por meio dos chamados descontos associativos, cobranças mensais não autorizadas feitas por entidades ligadas a beneficiários.
PODER JUDICIÁRIO
Nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), terá continuidade em plenário virtual o julgamento da deputada Carla Zambelli. O STF decide o futuro da deputada, acusada de perseguição armada contra o jornalista Luan Araújo na véspera do segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo.
Por enquanto seis ministros já votaram pela condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão. O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, foi o primeiro a defender a condenação. Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli acompanharam o voto.
Apenas o ministro Nunes Marques votou pela absolvição da deputada, que se encontra presa na Itália. Faltam votar os ministros André Mendonça, Edson Fachin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.
No plenário presencial, o destaque da semana no STF é o julgamento da validade do pagamento de honorários a procuradores e advogados em casos resolvidos com definição de parcelamentos tributários ou acordos. O tema consta em dois processos que estão em pauta na semana.
A escola de samba Acadêmicos de Niterói convidou o cantor e compositor Chico Buarque para participar da composição do samba-enredo da escola, estreante no Grupo Especial do Rio de Janeiro, que homenageará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O convite foi encaminhado a ele por Arlindinho Cruz, mas foi recusado.
Segundo a revista Veja, a assessoria do artista confirmou que Buarque recebeu o convite, mas que ele prefere “deixar o samba” para outros compositores. “Houve de um fato o convite por parte do Arlindinho Cruz, mas Chico acha mais justo deixar o samba nas mãos dos compositores da comunidade”, dizia a assessoria.
A agremiação estreará na Sapucaí com o enredo “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins. O prazo para apresentação do samba é até 21 de setembro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta sexta-feira (15), de uma reunião com o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) da Bahia, Éden Valadares. O encontro ocorreu fora da agenda oficial do presidente, em meio à formação da nova Executiva do PT, antes da reunião do Diretório Nacional, marcada para o dia 23 de agosto.
Em reunião, os petistas tiveram uma conversa longa, tendo como foco da conversa a comunicação do partido nas redes sociais.
Éden foi convidado pelo presidente nacional da legenda, Edinho Silva, para assumir a Secretaria de Comunicação do PT. Mas a sua escolha ainda depende da deliberação de dentro do partido. As informações são do colunista Lauro Jardim.
A primeira-dama Janja da Silva participou, nesta quinta-feira (14), de um encontro com integrantes da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, em Salvador. A reunião contou também com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Nas redes sociais, Janja comentou sobre o momento. “Iniciando essa manhã com muito afeto e fé”, escreveu no Instagram.
A agenda faz parte da estratégia da primeira-dama de ampliar o diálogo com o segmento evangélico, que apresenta índices elevados de rejeição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O tarifaço imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros foram motivados por questões políticas e ideológicas, um país que quer criar uma “imagem de demônio” contra quem eles querem brigar, e se o presidente norte-americano conhecesse a verdadeira história por trás da tentativa de golpe que ocorreu no Brasil, “ele estaria dando parabéns à Suprema Corte”.
Essas foram algumas das colocações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante solenidade no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (13), para assinatura da medida provisória voltada a socorrer exportadores afetados pelo tarifaço imposto por Donald Trump.
O presidente Lula participou da solenidade ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores, além dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante seu pronunciamento, Lula disse que com a assinatura da medida, a “bola” agora está com o Congresso.
“A bola está com vocês”, disse o presidente olhando para Alcolumbre e Motta. “Quanto mais rápido vocês votarem, mais rápido os prejudicados serão beneficiados”, completou.
Na sua fala, Lula exaltou o trabalho feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin nas negociações feitas junto ao setor produtivo para a definição das medidas que estão sendo tomadas nesta semana. Lula inclusive brincou com o apelido de “Sancho Pança” dado a Alckmin pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. O presidente também elogiou a sua equipe ministerial nas tratativas para conclusão das medidas anunciadas nesta quarta.
“Não tem Real Madrid, não tem Barcelona, não tem Paris Saint Germain, ninguém melhor que essa nossa equipe aqui para negociar. E esse time só sabe negociar. Agora, também, o meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar”, disse.
O presidente Lula também que, em meio à crise gerada pelo “tarifaço”, o governo está alcançando a marca de 400 novos acordos comerciais em dois anos e meio. “Queremos negociar. Agora, quem não quer negociar são eles. Quem está com bravata são eles”, afirmou o presidente.
A medida provisória assinada por Lula possui diversas medidas do chamado plano de contingência criado pelo governo federal para amparar empresas afetadas pela sobretaxa de 50% imposta a produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Uma das medidas é a criação de uma linha de crédito de até R$ 30 bilhões para ajudar as companhias que foram prejudicadas pelo tarifaço.
Com a assinatura da MP e após a sua publicação pelo Diário Oficial, as ações do pacote oferecido pelo governo já estarão valendo. O pacote recebeu do governo o nome Brasil Soberano.
Em outro ponto do seu pronunciamento, Lula rebateu colocações do governo norte-americano sobre supostas violações de direitos humanos e arbitrariedades no Judiciário brasileiro. O presidente afirmou que o país não tinha nenhuma razão para ser taxado pelos Estados Unidos do ponto de vista comercial e citou que, nos últimos 15 anos, o superávit foi de US$ 410 bilhões, entre bens e serviços, para o lado dos norte-americanos.
“No Brasil, temos um Poder Judiciário autônomo, e que está garantido na Constituição de 88 que nem o Poder Executivo ou o Congresso Nacional têm nenhuma incidência sobre julgamentos que acontecem na Suprema Corte. E ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos, como estão tentando apresentar ao mundo”, colocou Lula.
Foi enfatizado ainda pelo presidente que os norte-americanos tentam criar uma imagem de demônio contra quem eles querem brigar.
“É assim com a América Latina, é assim com o mundo árabe, é assim com os russos, é assim com os asiáticos. E o Brasil não tinha efetivamente nenhuma razão para ser taxado, tampouco aceitaremos qualquer pecha de que no Brasil nós não respeitamos os Direitos Humanos e de que o julgamento está sendo feito de forma arbitrária”, explicou.
Em solenidade com a presença de ministros, autoridades do governo, parlamentares, lideranças partidárias, representantes do setor produtivo, de entidades sindicais e da área de comércio exterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória em apoio a empresas prejudicadas pelo tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos. A medida foi batizada de MP Brasil Soberano.
Lula chegou na solenidade realizada nesta quarta-feira (13) no Palácio do Planalto, acompanhado dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Após a assinatura, a medida será publicada no Diário Oficial e chegará no Congresso.
Os presidentes do Senado e da Câmara já se comprometeram em acelerar a tramitação da medida. Alcolumbre inclusive participou de almoço com o presidente Lula nesta terça (12) no Palácio da Alvorada. Ainda na noite de ontem, foi a vez de Lula receber o presidente da Câmara em reunião voltada a retomar o diálogo entre governo e Congresso.
Entre as iniciativas definidas na medida provisória está a abertura de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado, as medidas serão custeadas via crédito extraordinário, ou seja, ficarão fora do limite de gastos do arcabouço, embora sejam contabilizadas no cálculo da meta fiscal.
Em troca das medidas de apoio, o governo quer que os empresários beneficiados garantam a manutenção dos empregos hoje existentes. Se alguma demissão acontecer, a posição terá que ser reposta.
Durante a solenidade, o ministro Fernando Haddad detalhou as medidas que estão sendo tomadas pelo governo. Haddad disse que essa é uma medida inicial, e que outras poderão surgir mais à frente a depender da necessidade das empresas.
Segundo o ministro, haverá novas garantias de acesso ao Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que quase não está sendo usado (atualmente é reividincado para grandes exportações, como a Embraer). Esse fundo estará disponível também para pequenos empresários, com juros mais baixos e formas mais simples de acesso.
O texto da MP vai permitir ao governo federal, por exemplo, comprar gêneros alimentícios que deixarem de ser exportados para os EUA.
As condições ainda serão definidas pelos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. As regras preveem que será permitida a contratação direta, por meio de dispensa de licitação e dispensada a elaboração de estudos técnicos preliminares.
A compra será feita por por órgão ou entidade pública federal e também por órgão ou entidade do estado ou do município, em contratos de até 180 dias.
Outra medida presente no pacote é a suspensão, por um ano, do pagamento de tributos previstos no regime especial de drawback. Esse regime aduaneiro permite a suspensão ou isenção de tributos incidentes na aquisição de insumos empregados ou consumidos na industrialização de produtos exportados.
Existem três modalidades de drawback: suspensão, isenção e restituição de tributos. A modalidade suspensão consiste na suspensão de tributos incidentes sobre a aquisição, no mercado interno ou via importação, de mercadorias para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado.
Para ter acesso ao benefício, a empresa precisará comprovar os compromissos de exportação para os Estados Unidos.
Esse documento precisará atestar a intenção comercial, preexistente à data de entrada em vigor da medida provisória, de venda para os Estados Unidos dos produtos objeto dos compromissos de exportação e contrato preexistente à data de entrada em vigor da MP ou nota fiscal de venda do fabricante-intermediário para a empresa industrial-exportador.
O prazo de prorrogação excepcional de um ano será contado a partir da data de asinatura de um termo com o governo.
Por fim, o governo estenderá os benefícios do programa Reintegra para as empresas que exportam aos Estados Unidos.
Na solenidade, também se pronunciou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. O dirigente principal do setor produtivo expôs o apoio da entidade às propostas do governo voltadas a favorecer não apenas os empresários e exportadores, mas também os trabalhadores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma analogia entre política e futebol para comentar sobre o momento de instabilidade do Palmeiras e a crise que vive o Corinthians, seu time de coração. A declaração ocorreu na última terça-feira (12), durante entrevista à BandNewsFM
Ao falar sobre o rival alviverde, Lula elogiou Abel Ferreira, a quem classificou como o treinador mais vitorioso da história do clube, mas lembrou que até mesmo o português foi alvo de críticas da torcida. Para ele, o cenário se assemelha ao da política.
“Quando tento fazer uma analogia entre política e futebol, é para ver se as pessoas compreendem. O técnico do Palmeiras é o que mais títulos ganhou pelo clube. Recentemente, ele perdeu para o Corinthians, e você vê a torcida chamando ele de burro, mandando ele para aquele lugar... É um cara que ganhou tudo pelo Palmeiras. É mais ou menos como na política”, afirmou.
Ao tratar do Corinthians, o presidente demonstrou indignação com a situação interna do clube, marcada recentemente pela destituição de Augusto Melo da presidência em assembleia-geral de sócios no último sábado (11). Ele disse estar inconformado com os rumos tomados e comparou o momento a uma "Torre de Babel".
"Neto, por favor, me ajuda a entender: sou corintiano desde 1954. Já passei fome, tomei chuva e apanhei por causa do Corinthians. Sou um cara inconformado. Como o Corinthians chegou na baderna que virou? Parece uma Torre de Babel que ninguém compreende ninguém", disparou, dirigindo-se ao ex-jogador e apresentador Craque Neto.
Lula também não poupou críticas ao desempenho do time no Campeonato Brasileiro. O Corinthians soma apenas 22 pontos em 19 partidas, números que estão entre os piores da história do clube nos pontos corridos. O presidente lamentou a falta de resultados mesmo com a alta folha salarial do elenco.
"Temos só 22 pontos na tabela em 19 jogos. Não é possível. Isso com os jogadores ganhando um salário razoável. O que está acontecendo, Craque Neto? Você que entende de Corinthians como ninguém... De vez em quando, no almoço, assisto a você. Queria uma explicação para a torcida mais fiel deste país", cobrou.
Por fim, Lula destacou o preconceito que a torcida corintiana ainda enfrenta, associada a estereótipos de classe social e cor da pele. Ele exaltou a Fiel como “a melhor torcida do mundo” e disse que o conforto para ela virá apenas com vitórias. O presidente revelou que esperava um triunfo diante do Juventude, mas ironizou os desfalques, citando ídolos históricos do clube.
"Neto, se você soubesse o quanto a gente é avacalhado no debate... falam que o Corinthians é time de favelado, de pobre, de negro... tudo o que é adjetivo é falado contra a torcida do Corinthians. Eu acho que o Corinthians tem a melhor torcida do mundo, não tem nada igual. Mas ela precisa de um pouco de conforto, e o conforto é o time ganhar. Estava pensando que a gente ganharia do Juventude. Que decepção, Neto, quando vi a televisão... dizem que o Corinthians está desfalcado: está desfalcado de você (Neto), do Sócrates, do Casagrande, do Zenon, do Rincón...", finalizou.
Palmeiras e Corinthians têm compromissos agendados para esta semana, visando uma virada de chave na temporada. O Porco encara o Universitário pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores nesta quinta-feira (14), às 21h30. Enquanto o Alvinegro do Parque São Jorge recebe o Bahia neste sábado (16), na Neo Química Arena, no duelo que abre o segundo turno do Campeonato Brasileiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou, nesta terça-feira (12), uma linha especial de crédito para empresas e micro empreendedores afetados pela sobretaxa do governo dos Estados Unidos. Em entrevista a Band News, o presidente anunciou que a linha de crédito deve começar em R$30 bilhões e a medida deve ser oficializada nesta quarta-feira (13).
“Estamos tomando medidas muito importantes. Amanhã eu estarei assinando uma Medida Provisória (MP), que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas brasileiras que, por ventura, tiverem prejuízos com a taxação do Trump”, afirmou o presidente.
A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas sem definição de valores: “R$30 bilhões é um começo. Você não pode colocar mais se você não sabe quanto é [o prejuízo]. Vai ter uma política de crédito que a gente está pensando em ajudar, sobretudo as pequenas empresas de quem exporta tilápia, exporta fruta, exporta mel e outras coisas. As [empresas] grandes têm mais poder de resistência”, definiu Lula.
Ao falar sobre as medidas acionadas por Donald Trump, o presidente definiu que o governo está buscando novos mercados para a economia brasileira.
“Então nos vamos aprovar amanhã e eu acho que vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém vai ficar desamparado por conta da taxação do presidente Trump, que nos vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar outros mercados para essas empresas. Nós estamos mandando a lista dos produtos que a gente vendia para os Estados Unidos, para outros países, porque a gente tem um lema de que ninguém larga a mão de ninguém”, destaca o petista.
O relatório direitos humanos dos Estados Unidos de 2025, produzido pelo governo do presidente Donald Trump, cita o governo do presidente eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como supostos “perseguidores” do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O documento será apresentado ao Congresso dos EUA nesta terça (12), e diz respeito a eventos ocorridos em 2024.
Os relatórios sobre direitos humanos do Departamento de Estado dos EUA são divulgados anualmente e são usados nos tribunais do país e internacionais para, por exemplo, ajudar em audiências sobre asilo e deportações. No documento, o governo americano afirma: "A situação dos direitos humanos no Brasil piorou ao longo do ano. Os tribunais tomaram medidas amplas e desproporcionais para minar a liberdade de expressão e a liberdade na internet, bloqueando o acesso de milhões de usuários a informações".
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Com relação ao ministro Alexandre de Moraes, especificamente, o documento cita o bloqueio da atuação do X, antigo Twitter no país e o bloqueio de perfis com discurso de ódio. "Registros judiciais revelam que o ministro Alexandre de Moraes ordenou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma X (anteriormente Twitter), suprimindo de forma desproporcional a fala de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, em vez de adotar medidas mais restritas para penalizar conteúdos que incitassem ações ilegais iminentes ou assédio.", aponta o documento.
As ações de julgamento do 08 de janeiro também foram citadas: "Fguras políticas e grupos de direitos humanos alegaram que o governo manteve centenas de indivíduos acusados de participação nos protestos que levaram à invasão de prédios governamentais em 8 de janeiro de 2023, detidos por vários meses sem apresentar acusações. Alegaram também que esses manifestantes tiveram acesso negado a assistência jurídica".
A abordagem de Trump com relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a eleição de 2022 é oposta a de Joe Biden em 2024. No ano em que escreveu seu último relatório, Biden defendeu que as eleições presidenciais brasileiras foram amplamente consideradas justas e livres de abusos ou irregularidades.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a prioridade do governo federal é ampliar os setores que ficarão fora do tarifaço de Donald Trump, e não retaliar os Estados Unidos. A declaração foi dada neste sábado (9) durante evento em Guaratinguetá, no estado de São Paulo.
Na ocasião, o vice-presidente disse que o governo defende o diálogo nas negociações entre os dois países. “A prioridade não é retaliar, é resolver. Procurar ampliar o número de setores que sejam excluídos, fiquem fora dessas tarifas, que entendemos extremamente injusta”, afirmou.
Alckmin voltou a confirmar que o anúncio das medidas de ajuda aos setores afetados pelo tarifaço será feito na próxima semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula deve anunciar um pacote de medidas mitigatórias, ou seja, apoiar as empresas. Quais empresas? Aquelas que exportam mais para os Estados Unidos e que foram afetadas", informou.
O vice-presidente também comemorou o aumento nas vendas de veículos após o governo federal anunciar no mês passado a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos sustentáveis.
Segundo Alckmin, as vendas aumentaram 15,7% após o anúncio das medidas. "Isso significa a indústria produzindo mais, crescendo a indústria automotiva, que tem uma cadeira produtiva longa, as concessionarias vendendo mais, um ciclo positivo. O IPI zero ajuda a população a comprar um carro com desconto, mais barato”, completou. As informações são da Agência Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste sábado (9) uma ligação do presidente da Rússia, Vladmir Putin. Segundo informações do Palácio do Planalto, a conversa durou cerca de 40 minutos.
Na conversa, os líderes trataram dos esforços pela paz entre a Rússia e Ucrânia e compartilharam informações sobre discussões em curso com os Estados Unidos. O presidente Lula reafirmou que sempre defendeu o diálogo para tratar do conflito.
“O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China”, informou o Planalto.
Os presidentes também trataram de assuntos bilaterais e do cenário político e econômico internacional, incluindo o BRICS, grupo o qual ambos os países são fundadores. “O presidente Putin parabenizou o Brasil pelos resultados da Cúpula do Brics, realizada nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Na esfera bilateral, reforçaram a intenção de organizar a próxima edição da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia ainda este ano”, informou o Planalto.
Confira a nota do Planalto na íntegra:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste sábado, 9 de agosto, telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Na ligação, que durou cerca de 40 minutos, o presidente Putin compartilhou informações a respeito de suas discussões em curso com os Estados Unidos e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia. O presidente Putin agradeceu o empenho e interesse do Brasil nesse tema. O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China.
Os presidentes também discutiram o atual cenário político e econômico internacional. Falaram sobre a cooperação entre ambos os países no âmbito do BRICS. O presidente Putin parabenizou o Brasil pelos resultados da Cúpula do BRICS realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. Na esfera bilateral, reforçaram a intenção de organizar a próxima edição da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia ainda este ano.”
O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, desistiu de comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP30, realizada em Belém, no Pará, em novembro deste ano, devido aos custos da hospedagem. O anúncio formal foi feito pelo gabinete da presidência nesta terça-feira (5). As informações são do jornal O Globo.
Em comunicado, o gabinete austríaco destacou a necessidade de contenção de despesas diante de um orçamento restrito. “Os custos particularmente altos da participação do presidente na COP deste ano não estão dentro do apertado orçamento da Presidência por razões logísticas”, disse o gabinete presidencial à emissora pública de televisão da Áustria.
"O principal motivo (para a ausência do presidente da Áustria) é a consolidação orçamentária, que exige cortes de gastos e disciplina por parte de todos os órgãos públicos", acrescentou o comunicado do gabinete presidencial austríaco. Segundo informações de agências internacionais, a Áustria vive um déficit que chega a 4% do PIB.
A organização da COP30 ainda não se pronunciou sobre o caso, mas o presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago, alertou sobre a crise dos preços das acomodações, que, em quartos simples, chegam a ser superiores aos praticados em hotéis de luxo em outras capitais brasileiras.
“Os preços estão muitíssimos mais altos. Então, há uma operação em curso para assegurar que todos os países, mesmo os mais pobres, possam vir para a COP. E vamos lembrar os grandes elogios que também são feitos a Belém, não só pelo fato de ser na Amazônia, mas também pelas imensas qualidades da cidade”, afirmou em entrevista coletiva na última sexta-feira (1°).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (5), que deve convidar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, prevista para ocorrer em Belém, no Pará, em novembro. As informações são do g1.
A declaração foi dada em evento no Palácio Itamaraty e na ocasião, o presidente brasileiro ressaltou que a ligação não terá como pauta o tarifaço imposto por Trump ao Brasil. "Eu não vou ligar para o Trump para comercializar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática. Vou ter a gentileza de ligar.
Lula afirmou ainda que Trump não será o único chefe de estado convidado formalmente para o evento. “Vou ligar pra ele, para o Xi Jiping, para o [Narendra] Modi. Só não vou ligar para o [Vladimir] Putin, porque o Putin não está podendo viajar. Vou ligar para vários presidentes", afirmou.
E o presidente complementa: "Se ele não vier, vai ser porque não quer, mas não vai ser por falta de delicadeza, charme e democracia", destacou.
Com relação ao comércio com os Estados Unidos, Lula afirmou, em um evento alguns minutos antes, que o presidente norte-americano "não tinha o direito" de taxar o país da forma que fez.
A declaração foi dada durante reunião do 'Conselhão', no Palácio Itamaraty, na presença dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), para manifestar reforço à soberania do país.
"Nós não podemos aceitar que o povo brasileiro seja punido. Diante do tarifaço, o compromisso do governo é com os brasileiros", endossou Lula. O presidente reforçou ainda que deve acionar o mecanismo de solução de controvérsias (SSC), da Organização Mundial do Comércio (OMC), contra o tarifaço americano. A medida já havia sido anunciada pelo Itamaraty em resolução publicada nesta terça.
"Vamos colocar em execução um plano de contingência para mitigar esse ataque injusto e aliviar os prejuízos econômicos e sociais. Vamos proteger trabalhadores e empresas brasileiras que foram afetadas. Vamos recorrer a todas as medidas cabíveis, a começar pela OMC [Organização Mundial do Comércio], para defender os nossos interesses", justificou.
Segundo informações do g1, o mecanismo da OMC tem o objetivo de assegurar que os países cumpram.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as negociações com os Estados Unidos sobre o tarifaço imposto por Donald Trump exigem cautela e maturidade diplomática. Em discurso durante o encerramento do evento nacional do PT neste domingo (3), em Brasília, Lula reconheceu os limites da confrontação direta, mas garantiu que o Brasil seguirá firme na defesa de sua soberania.
"Eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que devo falar, eu tenho que falar o que é possível falar, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, disse.
Segundo ele, a diplomacia impõe restrições, e o papel do governo é agir com responsabilidade. “O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer”, acrescentou.
O presidente também afirmou que a postura do Brasil de se posicionar com autonomia internacional incomoda "pessoas que acham que mandam no mundo", em referência indireta ao presidente norte-americano.
A fala ocorre após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes (STF), com base na Lei Magnitsky. Apesar do agravamento das tensões diplomáticas, Lula tem evitado escalada no tom e reiterado a disposição do país para manter canais abertos de negociação.
“Quando quiser negociar, as propostas estão na mesa. Aliás, já foram apresentadas propostas pelo Alckmin e pelo Mauro Vieira. Então é simplesmente isso. Eu vou continuar daquele mesmo jeito”, declarou o presidente, reforçando que os diálogos seguem em curso.
Lula também mencionou uma frase do cantor e compositor Chico Buarque para resumir sua visão sobre a política externa: “Eu gosto do PT, porque ele não fala fino com os Estados Unidos e não fala grosso com a Bolívia. A gente fala em igualdade de condições com os dois. Essa que é a lógica da política.”
Em relação à oferta de Trump de conversar a qualquer momento — declaração feita na última sexta-feira (1º) — Lula respondeu dias depois afirmando que “sempre esteve aberto ao diálogo”. No entanto, até agora, os dois presidentes ainda não se falaram diretamente desde o início da crise.
Encerrando sua fala, o petista reforçou que o governo busca evitar conflitos, mas não aceitará intimidação: “Nós não queremos confusão. Então, quem quiser confusão conosco, pode saber que nós não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo. Não pensem.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não obteve um aumento de popularidade imediato após o embate com o ex-presidente americano Donald Trump.
De acordo com a pesquisa feita pelo Datafolha, a aprovação do petista permanece estável, com 29% dos entrevistados avaliando o governo como "ótimo ou bom" e 40% como "ruim ou péssimo".
O levantamento foi feito nos dias 29 e 30 de julho, período em que Trump impôs sobretaxas de até 50% em produtos brasileiros. Foram ouvidos 2.004 eleitores de 130 cidades no país, num levantamento com margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.
Na última pesquisa feita pelo instituto, Lula tinha 28% de ótimo e bom dos eleitores e 40% de ruim e péssimo. Na nova pesquisa, o regular passou de 31% para 2% e 1% não deu a opinião.
Quando questionados acerca do trabalho de Lula como presidente, há estabilidade estática de números ante o resultado de junho: 50% o reprovam e 46% o aprovam.
A tática de Lula, de assumir um discurso nacionalista e do uso de símbolos ufanistas para rebater as críticas, apesar de ter sido elogiada, não fez com que os números se alteraram significativamente em relação ao levantamento anterior.
Os números desta mesma rodada do Datafolha mostraram que 45% dos entrevistados achavam que Bolsonaro era perseguido, sugeriam matizes à leitura.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil mantém uma postura de abertura ao diálogo, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar que o petista pode ligar para ele “quando quiser”. A resposta de Lula foi realizada na noite desta sexta-feira (1º), em publicação nas redes sociais.
“Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu Lula nas redes sociais.
Veja:
Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano.
— Lula (@LulaOficial) August 1, 2025
A manifestação ocorre em meio à escalada de tensões entre os dois países, após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. A medida, que entra em vigor no próximo dia 6 de agosto, foi justificada por Washington como reação a ações do governo brasileiro que estariam impactando empresas e cidadãos norte-americanos.
Até o momento, os dois presidentes não se falaram diretamente desde o anúncio da sobretaxa. Mais cedo, ao ser questionado durante coletiva de imprensa nesta sexta sobre a possibilidade de diálogo com Lula, Trump afirmou: “Ele pode falar comigo quando quiser”.
O governo brasileiro já iniciou articulações para responder aos impactos econômicos das novas tarifas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está sendo organizada e deve ocorrer nos próximos dias. O encontro pode preparar o terreno para uma eventual conversa direta entre Lula e Trump.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), avaliou como “ótimo” o gesto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ligar para ele “quando quiser”. A declaração de Haddad foi feita nesta sexta-feira (1º), em meio à expectativa por um possível diálogo entre os dois chefes de Estado.
“Eu acho ótimo, né? E a recíproca eu tenho certeza que é verdadeira também. O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quisesse. E, conforme eu já disse anteriormente, é muito importante a gente preparar esse encontro, preparar essa conversa”, disse o ministro.
Haddad também informou que pretende se reunir em breve com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Segundo ele, as equipes já iniciaram os contatos para organizar a agenda, e a reunião pode ocorrer na próxima semana, embora ainda sem data definida.
“Então, finalmente, nós vamos ter uma reunião mais longa e mais focada na decisão, até aqui unilateral, dos Estados Unidos em relação ao Brasil”, afirmou o ministro, em referência ao tarifaço imposto por Trump sobre produtos brasileiros.
Segundo Haddad, o diálogo entre os dois governos pode servir de base para uma futura conversa direta entre Lula e Trump, caso haja disposição política de ambas as partes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu indicativo que pode negociar o fim do tarifaço sobre as importações brasileiras pela primeira vez. Em entrevista nesta sexta-feira (1º), o gestor norte-americano afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ligar para ele “quando quiser”.
Na ocasião, ele foi questionado sobre um possível diálogo com Lula. A gestão petista tem afirmado que as procuras ao chefe de Estado dos EUA não têm sido respondidas desde o mês de maio, antes mesmo da imposição do tarifaço.
“Ele pode falar comigo quando quiser”, disse o republicano.
Perguntado sobre a tarifa de 50% aplicada contra produtos brasileiros, Trump não deu detalhes, mas afirmou que "as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada". Apesar da crítica, Trump disse que "ama o povo do Brasil" e evitou antecipar qualquer medida.
“Vamos ver o que acontece” afirmou.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em busca de melhorar sua popularidade, após enfrentar fortes índices de desaprovação nos primeiros anos de seu terceiro mandato. Segundo levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas em parceria com o Bahia Notícias, e divulgado nesta quinta-feira (31), a avaliação dos baianos sobre a gestão de Lula melhorou em relação ao mês de março, mas ainda apresenta números expressivos na classificação negativa.
De acordo com a pesquisa, 41,9% dos entrevistados avaliaram o governo de Lula como "ruim" ou "péssimo", enquanto 34,2% afirmaram que a condução da gestão federal é "boa" ou "ótima". Além disso, 22,5% disseram que a avaliação é "regular" e 1,5% não soube responder.
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Os números apontam uma melhora na avaliação em relação ao mês de março. Naquela ocasião, 43,8% afirmaram que o governo era "ruim" ou "péssimo". Em contrapartida, 29,5% disseram que a gestão era "boa" ou "ótima". No caso, 25,7% avaliaram como "regular" e 1,1% não soube responder.
A aprovação do governo registrou um crescimento expressivo na pesquisa. Saindo de 44% para 49,3%, enquanto a desaprovação diminuiu de 52,6% para 47,3%. Na pesquisa lançada agora em julho, 3,3% não souberam responder.
O levantamento ouviu 1620 eleitores, em 66 municípios, entre os dias 25 e 29 de julho de 2025 e possui intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 2,5%.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui uma vantagem significativa na Bahia para sua reeleição, vencendo seus oponentes em todos os cenários, conforme levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas em parceria com o Bahia Notícias, e divulgado nesta quinta-feira (31).
O primeiro cenário leva em consideração a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal nome da oposição, mas que está inelegível para a disputa do pleito. No cenário com seu nome ao Palácio do Planalto, Lula alcançou 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro atingiu 30,1%. Em terceiro lugar os votos em branco e nulos, com 7,8%.
Quando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é apresentada como candidata, a vantagem de Lula cresce para 44,4%. Michelle teria menos votos que Jair Bolsonaro, sendo escolhida por 24,3% dos entrevistados. Na terceira posição, surge o nome de Ciro Gomes (PDT), com 8,6%.
Um cenário com a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mostra Lula ampliando ainda mais sua diferença para o segundo colocado, recebendo 44,6% dos votos, enquanto o governador chega a 21,7%. Neste cenário, a terceira posição ficou com os votos em branco e nulos, com 10,4%.
No contexto espontâneo, onde os nomes dos candidatos não são apresentados, Lula mantém a vantagem com 23,5% das intenções de voto. Bolsonaro aparece em segundo com 17,2%, e Tarcísio fecha os três melhores colocados com 2,2%. A maioria dos eleitores se mostra indecisa, chegando a 46,9%.
O levantamento ouviu 1620 eleitores, em 66 municípios, entre os dias 25 e 29 de julho de 2025 e possui intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 2,5%.
A família Bolsonaro é a principal culpada pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% a uma série de produtos brasileiros exportados àquele país. Esse foi o resultado de uma pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira (31) pelo site Poder360.
De acordo com o levantamento do PoderData, 46% dos entrevistados apontaram a família Bolsonaro como culpada pelo tarifaço de Trump. Para 32%, a culpa pelo aumento nas tarifas é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros 23% disseram não saber quem é o culpado.
Apontado como um dos principais responsáveis pelo tarifaço, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em nota nesta quarta (30) que considera a medida do presidente Donald Trump contra o Brasil uma ação "legítima". O deputado do PL deu diversas declarações afirmando que atuou junto ao governo norte-americano para que impusesse sanções ao Brasil.
"Entendemos que as tarifas anunciadas há algumas semanas pelo presidente Donald Trump foram uma resposta legítima às agressões do regime brasileiro contra interesses e cidadãos americanos", escreveu Eduardo Bolsonaro.
O resultado da pesquisa PoderData foi obtido a partir da resposta dos entrevistados à seguinte pergunta: “Quem você acha que é o principal responsável pelo Brasil estar sendo taxado com essa tarifa de 50% imposta por Donald Trump? O presidente Lula ou o ex-presidente Bolsonaro e a família dele?”.
O questionamento foi feito somente aos eleitores que disseram ter ficado sabendo da nova tarifa de 50% que o presidente norte-americano cobrará de produtos brasileiros. Somam 74% os que declararam saber de alguma forma da nova tarifa (41% souberam e 33% “souberam de ouvir falar”).
Outros 18% responderam ao PoderData que não estavam sabendo das taxas aplicadas por Donald Trump ao Brasil e 9% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData a partir de dados coletados de 26 a 28 de julho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 182 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
O atrito diplomático entre Estados Unidos e Brasil ganhou um novo capítulo e pode trazer consequências diretas para a Copa do Mundo de 2026, que será realizada entre 11 de junho e 19 de julho nos EUA, Canadá e México. Segundo informações da CNN Brasil, o presidente Donald Trump avalia restringir ou até suspender a emissão de vistos para brasileiros durante o período do torneio.
A medida seria uma forma de retaliação às recentes divergências políticas entre o Brasil e o atual governo norte-americano. O gesto de impacto faz parte de uma série de ações que Trump pretende adotar, incluindo o já anunciado “tarifaço”.
Sinais da possível mudança já foram percebidos em Washington, durante a visita de uma comitiva de senadores brasileiros. Os parlamentares receberam vistos com tempo de permanência reduzido, o que foi interpretado como um ensaio da nova política migratória.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acompanha o caso com atenção. A entidade já está ciente da possibilidade de sanções e pretende, se necessário, dialogar com o Governo Federal em busca de alternativas que garantam a presença da torcida brasileira no Mundial.
A FIFA ainda não se posicionou oficialmente sobre o tema. O presidente Gianni Infantino, que mantém boa relação com Trump, afirmou recentemente que "torcedores internacionais serão bem-vindos" no torneio. No entanto, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, declarou em evento que os visitantes "devem assistir aos jogos e voltar para casa logo após.".
Além da Copa, os EUA sediarão os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, também durante o próximo mandato presidencial. O cenário diplomático pode, portanto, afetar não apenas o Mundial, mas outros eventos esportivos globais.
Trump, por sinal, já protagonizou momentos controversos no futebol. Durante a premiação da primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, realizado neste ano em solo norte-americano, o presidente entregou o troféu ao capitão do Chelsea, Reece James, e descumpriu protocolos ao circular livremente entre os atletas no gramado do MetLife Stadium, em Nova Jersey. O momento, que gerou constrangimento, ganhou repercussão internacional.
A taça em questão, fabricada pela joalheria Tiffany & Co. com acabamento em ouro 24 quilates, segue exposta no Salão Oval da Casa Branca. Segundo Trump, o troféu original permanece sob sua guarda, enquanto o Chelsea recebeu apenas uma réplica após a vitória sobre o Paris Saint-Germain.
Após sanções dos EUA contra Moraes, Lula convida ministros do STF para jantar no palácio da Alvorada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar nesta quinta-feira (31), às 19h, no Palácio da Alvorada. O convite foi feito após o governo dos Estados Unidos aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
A agenda foi planejada na noite desta quarta-feira (30). Lula se encontrou fora da agenda com o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, para conversar sobre a crise com o governo Donald Trump. Outros integrantes do Supremo participaram deste encontro.
A expectativa é que a maioria participe do encontro, alguns estão fora de Brasília e só pretendem chegar à capital na manhã de sexta-feira (1º) para a sessão de reabertura do Judiciário.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que considera "inaceitável" a interferência do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no funcionamento do Judiciário brasileiro. A declaração feita por meio de nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto nesta quarta-feira (30), em resposta às sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes (STF) com base na Lei Magnitsky, usada para punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
“A interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira é inaceitável. O governo brasileiro se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alvo de sanções motivadas pela ação de políticos brasileiros que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses”, diz a nota.
As sanções foram impostas poucas horas após Trump acusar Moraes de perseguição a cidadãos americanos e de liderar uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde a processo por tentativa de golpe de Estado. Moraes é relator de casos envolvendo ataques à democracia e a regulação das big techs no país — temas que têm gerado atritos com lideranças conservadoras dos EUA.
Lula atribuiu motivação política às medidas e disse que elas representam uma ameaça à soberania nacional. “A motivação política das medidas contra o Brasil atenta contra a soberania nacional e a própria relação histórica entre os dois países”, declarou. Ele também defendeu a regulação das plataformas digitais: “A lei é para todos os cidadãos e todas as empresas. Qualquer atividade que afete a vida da população e da democracia brasileira está sujeita a normas. Não é diferente para as plataformas digitais.”
O presidente ressaltou ainda que a independência dos Poderes é um princípio fundamental da democracia brasileira: “Um dos fundamentos da democracia e do respeito aos direitos humanos no Brasil é a independência do Poder Judiciário e qualquer tentativa de enfraquecê-lo constitui ameaça ao próprio regime democrático. Justiça não se negocia.”
O governo brasileiro classificou como “injustificável” o uso de argumentos políticos para impor barreiras comerciais e informou que já está avaliando os impactos das decisões de Washington. Também anunciou a elaboração de medidas para apoiar empresas, trabalhadores e famílias afetadas pelas sanções impostas pelos EUA.
Veja na íntegra:
O Brasil é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes. Um país que defende o multilateralismo e a convivência harmoniosa entre as Nações, o que tem garantido a força da nossa economia e a autonomia da nossa política externa.
É inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira.
O governo brasileiro se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alvo de sanções motivadas pela ação de políticos brasileiros que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses.
Um dos fundamentos da democracia e do respeito aos direitos humanos no Brasil é a independência do Poder Judiciário e qualquer tentativa de enfraquecê-lo constitui ameaça ao próprio regime democrático. Justiça não se negocia.
No Brasil, a lei é para todos os cidadãos e todas as empresas. Qualquer atividade que afete a vida da população e da democracia brasileira está sujeita a normas. Não é diferente para as plataformas digitais.
A sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a democracia.
O governo brasileiro considera injustificável o uso de argumentos políticos para validar as medidas comerciais anunciadas pelo governo norte-americano contra as exportações brasileiras. O Brasil tem acumulado nas últimas décadas um significativo déficit comercial em bens e serviços com os Estados Unidos. A motivação política das medidas contra o Brasil atenta contra a soberania nacional e a própria relação histórica entre os dois países.
O Brasil segue disposto a negociar aspectos comerciais da relação com os Estados Unidos, mas não abrirá mão dos instrumentos de defesa do país previstos em sua legislação. Nossa economia está cada vez mais integrada aos principais mercados e parceiros internacionais.
Já iniciamos a avaliação dos impactos das medidas e a elaboração das ações para apoiar e proteger os trabalhadores, as empresas e as famílias brasileiras.
Depois de a desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingir o maior patamar no final do mês de maio, chegando a 56%, houve uma queda de três pontos percentuais e agora em julho esse percentual chegou a 53%. Ao mesmo tempo em que a desaprovação do governo caiu, a aprovação subiu os mesmos três pontos, e foi dos 39% verificados em maio para 42% agora no final de julho.
Esses foram alguns dos resultados da pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira (30) pelo site Poder360. Pelo levantamento, a diferença entre a desaprovação e a aprovação do governo, que chegou a 17% no final de maio, o recorde neste terceiro mandato de Lula, caiu agora em julho para 11%.
De acordo com o relatório da pesquisa, a redução na desaprovação e aumento da aprovação se deve, em parte, pela repercussão após o tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Para os pesquisadores, os números revelam acerto na estratégia de comunicação do governo, que tem conseguido, a partir das justificativas apresentadas por Trump para o tarifaço, emplacar o discurso de defesa da soberania nacional.
A melhoria da situação do governo na pesquisa pode ser entendida a partir da recuperação da imagem do presidente Lula junto às mulheres (47% de desaprovação x 47% de aprovação), aos mais jovens, com idades entre 16 e 24 anos (52% de aprovação x 45% de desaprovação), aos brasileiros acima de 60 anos (50% de aprovação x 47% de desaprovação), aos moradores da região Nordeste (50% de aprovação x 47% de desaprovação) e em meio aos católicos (48% de aprovação x 45% de desaprovação).
No recorte sobre a avaliação do trabalho do presidente Lula, os números também mostram uma recuperação em relação à pesquisa anterior, divulgada em maio. As menções de “ruim” e “péssimo” ao trabalho do presidente caíram de 44% em maio para 41% agora em julho, e as avaliações de “ótimo” e “bom” subiu de 20% para 22%.
A avaliação do trabalho do presidente Lula como “regular” subiu de 32% na pesquisa do mês de maio para 34% agora no final de julho. Outros 3% indicaram não saber como avaliar o trabalho de Lula.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData com recursos próprios. Os dados foram coletados de 26 a 28 de julho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 182 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que foi a Nova York participar de encontros e uma reunião da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), decidiu retornar ao Brasil ainda nesta terça-feiras (29). Segundo informações da CNN, Vieira teria desistido de esperar que fosse marcado algum encontro com representante do governo Donald Trump, em Washington.
Antes da chegada do chanceler, o governo Lula havia informado as autoridades americanas sobre a ida do ministro aos Estados Unidos, e sobre a disposição em discutir o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump, que entra em vigor no próximo dia 1º de agosto. A princípio, o governo Lula colocou como condição para que o chanceler fosse a Washington que houvesse uma sinalização de abertura dos americanos ao diálogo, pois não bastava só um lado querer negociar.
Depois de passar o dia aguardando que fosse agendado uma reunião na Casa Branca, Mauro Vieira desistiu de esperar e encerrou sua agenda nos EUA. Fontes do governo americano afirmaram à CNN que não havia nenhuma reunião prevista de membro do governo com o chanceler.
Durante sua estadia em Nova York, o chanceler brasileiro teve três reuniões bilaterais nesta terça: com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Mustafa; o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi; e a ministra dos Negócios Estrangeiros e da Integração Africana do Senegal, Yassine Fall.
Na segunda (28), o ministro Mauro Vieira, além de participar da conferência da UNRWA, também realizou reuniões bilaterais com ministros de Relações Internacionais do Canadá, da Espanha e de Portugal, Áustria e Palestina.
Os tópicos abordados com a ministra canadense, Anita Anand, foram a questão da Palestina, tema da reunião da ONU, e a relação comercial entre os dois países. A reunião com o ministro de Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, abordou os mesmos temas, mas também o acordo entre Mercosul e União Europeia. Essa temática ainda foi tratada por Vieira com o chanceler espanhol.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou, nesta terça-feira (29), a proposta que reduzia a pena mínima para crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores. O texto aprovado pelo Congresso Nacional indica a pena mínima de dois anos, podendo chegar a 12 anos de reclusão. Atualmente, a pena prevista é de três a dez anos de prisão.
“A proposição legislativa contraria o interesse público ao reduzir o limite mínimo da pena estabelecida para crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, uma vez que tal medida significaria enfraquecimento do arcabouço legal brasileiro no combate a essas atividades ilícitas”, diz a mensagem de Lula enviada aos parlamentares, nesta terça-feira (29), publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O texto altera a Lei nº 9.613/1998 que trata sobre o crime de ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Atualmente, a Lei nº 9.613/1998 criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e é instrumento para a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos.
O texto vetado foi incluído pela Câmara dos Deputados em um projeto de lei que aumenta as penas para quem furta cabos de energia e telefonia, mesmo sem relação com o objetivo original da proposta. O projeto em si, visando regulamentar o furto de cabos, foi aprovado.
O veto de Lula foi recomendado pelo Ministério da Justiça.
O ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 135,4 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por danos morais relacionados à polêmica apresentação em PowerPoint feita em 2016, durante a denúncia do caso do tríplex do Guarujá. A decisão foi proferida pelo juiz Carlo Brito Melfi, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), e determina o pagamento em até 15 dias.
A defesa de Lula sustentava que a entrevista coletiva "se transformou em um deprimente espetáculo de ataque à honra, à imagem e à reputação" do ex-presidente.
Em resposta, Dallagnol afirmou que não se arrepende e voltaria a agir da mesma forma.
“Faria de novo mil vezes se eu tivesse mil vidas: colocar na cadeia e não na Presidência aqueles contra quem surgem fortes provas de corrupção", declarou em nota.
O ex-procurador criticou a decisão judicial e disse que quem deveria ser punido são os corruptos e os que protegem a impunidade.
“Fiz a coisa certa, não me arrependo e quem deveria ser condenado são os corruptos e aqueles que lhes garantem a impunidade suprema", disse.
Dallagnol também agradeceu aos apoiadores que, segundo ele, doaram espontaneamente mais de meio milhão de reais para lidar com processos judiciais.
“Agradeço aos mais de 12 mil brasileiros que doaram, sem eu pedir, pequenos valores que somaram mais de meio milhão de reais. Vocês me fortalecem e inspiram a não desistir de lutar pelo nosso país", continuou.
Ele afirmou ainda que o valor excedente será destinado a hospitais filantrópicos que atendem crianças com câncer e com transtorno do espectro autista.
“O que nasceu como uma injustiça será transformado em um bem: a tentativa de vingança de Lula será revertida em solidariedade', declarou ele.
Fui condenado por fazer o que faria de novo mil vezes se eu tivesse mil vidas: colocar na cadeia e não na presidência aqueles contra quem surgem fortes provas de corrupção.
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) July 28, 2025
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou disposição para dialogar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito do pacote de tarifas que deve atingir produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, o chefe do Executivo brasileiro está aberto à conversa, desde que seja atendido diretamente por Trump em eventual chamada telefônica.
A possível interlocução entre os dois presidentes foi sugerida por senadores brasileiros, mas o clima no governo federal é de ceticismo. De acordo com avaliações internas, a Casa Branca só deve iniciar tratativas formais após a implementação do tarifaço, numa tentativa de ampliar sua margem de negociação.
Fontes do governo relatam que os canais diplomáticos com Washington estão atualmente obstruídos. Apesar de tentativas de aproximação com o Departamento de Comércio, o Tesouro e outras áreas da administração norte-americana, o Planalto encontra dificuldades para estabelecer contato direto com o núcleo político da gestão Trump.
Um assessor próximo de Lula afirmou que o Brasil continuará aberto ao diálogo, mas destacou que existem limites institucionais. “A soberania não é negociável”, declarou. A declaração ocorre em meio a preocupações sobre possíveis pressões externas, sobretudo em relação a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema de pagamentos Pix.
Ainda segundo integrantes do governo, há incômodo na administração norte-americana com o impacto do Pix sobre a rentabilidade de empresas dos Estados Unidos, especialmente operadoras financeiras.
As informações são do G1.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, esteve em Brasília na última segunda-feira (28) para uma reunião com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O encontro teve como foco principal a construção de um acordo de cooperação entre a CBF e a PF, com o objetivo de reforçar a integridade esportiva e ampliar a segurança em grandes eventos no país — com atenção especial à Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada no Brasil.
Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, o acordo deve contemplar o combate à manipulação de resultados no futebol, a segurança do Mundial Feminino e o fortalecimento da atuação conjunta em grandes competições esportivas.
"Queremos fortalecer o combate à manipulação, com todos os órgãos que participam desse monitoramento. Queremos dar uma lisura a mais no futebol e acabar de vez com essa questão, que prejudica bastante o esporte no Brasil e no mundo", afirmou Samir Xaud.
Ele também destacou o papel das casas de apostas nesse cenário e afirmou que sua gestão pretende atuar com mais rigor para coibir irregularidades.
O dirigente explicou que a CBF já mantém parceria com uma empresa especializada em identificar padrões suspeitos em jogos, repassando os dados para órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público. A ideia agora é ampliar esse sistema de cooperação com as autoridades brasileiras, institucionalizando o intercâmbio de informações e ações preventivas.
Xaud também sinalizou que está construindo uma ponte com o governo federal e demonstrou expectativa de se reunir em breve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o futuro do futebol brasileiro e ações conjuntas de governança.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
João Roma
"Essa é uma suprema injustiça. Já estava sendo ventilada a todos e ninguém esperava diferente de personagens que ao invés de cumprir o seu papel de julgadores, têm sido personagens da política, justamente descumprindo o seu maior compromisso que é defender a Constituição".
Disse o ex-deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma, atualmente presidente estadual do PL ao comentar o impacto da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral e os planos da legenda para 2026 na Bahia.