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marieta severo
A atriz Marieta Severo comentou sobre não querer reviver a personagem Dona Nenê, do clássico sitcom brasileiro “A Grande Família”, da TV Globo.
Em entrevista ao CinePop, a atriz afirmou preferir contar histórias de novas formas. “Não apoio essa onda [de remakes]. Não gosto de nostalgia. Os temas são esses, temas humanos, mas a maneira de contar tem que ser nova, criativa”, declarou.
Durante a entrevista, a artista chegou a brincar sobre estar parecendo com a “avó da dona Nenê” devido aos seus cabelos brancos. A sitcom da família Silva foi exibida por mais de dez anos na TV Globo e chegou a receber indicação ao Emmy Internacional, em 2008, na categoria de “Melhor Ator”, pela atuação de Pedro Cardoso.
O diretor teatral Aderbal Freire-Filho morreu nesta quarta-feira (9), aos 82 anos. Ele era considerado um dos grandes encenadores brasileiros do século 20. A informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa.
O diretor, que estava internado há meses devido a um acidente vascular cerebral, era marido da atriz Marieta Severo. O relacionamento rendeu bonitas peças teatrais como chegou As Centenárias, de Newton Moreno (2009), e a tragédia libanesa Incêndios (2013).
Em 2020, sofreu um AVC hemorrágico e precisou ficar hospitalizado por mais de 70 dias. “Minha vida atualmente tem sido de casa para o hospital e do hospital para casa”, afirmou Marieta na época.
A atriz Marieta Severo, que interpreta a vilã da novela “O outro lado do paraíso”, condena as atitudes da personagem Sophia e sofre com as falas preconceituosas. Em uma das cenas com a atriz Juliana Caldas, que vive sua filha Estela na trama, Severo chorou ao ter que insultar a colega, que é anã. Apesar das falas duras, a atriz diz que o texto de Walcyr Carrasco é necessário, por tratar de temas delicados com nanismo, racismo e violência contra mulher. Sobre o racismo, especificamente, ela diz que, quando sua filha, Helena Buarque, se casou com Carlinhos Brown, se assustou com os olhares tortos de gente muito próxima. “Hoje, dói saber que Chiquinho (Chico Brown, de 21 anos, cantor e compositor), meu neto, leva tapa de segurança, passa por situações constrangedoras só por ser negro”, relata. Ela se autodefine como “hiperfeminista desde a década de 1960”, e celebra que o movimento das mulheres em prol de seus direitos tenha ganhado força e mídia nos últimos tempos. “Uma das minhas maiores alegrias, para compensar o retrocesso que vivemos, é a retomada do movimento feminista. Há uns dez anos, era quase cafona dizer que era feminista. Eu sempre fui! E me cansava explicar o verdadeiro significado disso. As jovens de hoje são inacreditáveis, pegaram para si essa bandeira”, declara.
Marieta resumiu a sensação em espanto. “Choque! É uma imagem chocante, eu acho que define muito o movimento que a gente está vivendo, mas não precisava ter sido colocado pra gente de uma forma tão clara como foi”, comentou a atriz. Já Aderbal usou como referência o livro “Utopia”, do autor britânico Thomas More, um clássico da literatura publicado em 1516. “Isso me lembrou os 500 anos de ‘Utopia’, que passou a designar o desejo de uma sociedade ideal, a verdade é que ao mesmo tempo que isso é perigoso, que nas sociedades gerou um pensamento de distopia, que é o oposto, a arte é um lugar de utopias. Por construir mundos novos, por refazer mundos e mostrar caminhos como essa peça, que começa com um nó que se desata, a relação entre arte e utopia é muito forte”, analisa o diretor. Além deste sábado (16), às 20h, “Incêndios” tem uma segunda apresentação no domingo (17), às 19h, também no Teatro Castro Alves (saiba mais).
Contrário à saída da presidente do cargo, o secretário de Cultura garante que estará presente na manifestação contra o impeachment, que acontecerá no Farol da Barra, neste domingo (17). "Eu estou aqui com uma gota [no pé], sofrendo dores horríveis, mas estou me concentrando pra estar lá sem dúvidas", ressaltou. Diante do quadro incerto na luta por votos, tanto em defesa quanto contra o processo na Câmara dos Deputados, Portugal é confiante: "A minha expectativa é a de que não vai ter golpe".
Responsável pela direção do espetáculo, Freire Filho faz coro à queixa de Marieta e defende a reformulação da lei de fomento. “Se você vai num teatro na França, ele é lotado sempre e o que é financiado é o teatro de arte. O musical não precisa ser financiado porque ele é uma empresa lucrativa, então não tem sentido financiar – isso é uma opinião minha, particular – o que dá lucro. Então, curiosamente, no Brasil, as pessoas que defendem, por exemplo, quando os artistas defendem o momento político, como hoje, são ditas nas suas redes sociais como ‘petralhas’ que defendem a Lei Rouanet”, lamenta o diretor. Categórica, Marieta ressalta a gravidade dessa acusação. “Isso é muito grave e isso é uma tristeza e uma injustiça profunda. A gente tenta explicar, desesperadamente, mas as pessoas não querem ouvir, elas fazem questão de não entender porque a situação é muito clara”, enfatiza. A fim de esclarecer a relação dos produtores com o financiamento, Freire-Filho explica o funcionamento básico da lei de incentivo. “A Rouanet não dá dinheiro pra o governo, a Rouanet dá o direito de captar, então quando você encontra aquela empresa com sensibilidade artística e que quer patrocinar espetáculos com qualidade artística, é ótimo, mas essas empresas são minoria. A maioria das empresas quer patrocinar o marketing. Ao invés de ela pagar com o dinheiro dela o marketing, ela quer contratar as estrelas, o musical pra fazer marketing”, defende.
Como forma de evitar uma distribuição de recursos desigual entre os segmentos artísticos, o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal, ressaltou as duas linhas de fomento vigentes no Estado. “Aqui na Bahia, na verdade, a gente resolve com o Faz Cultura, que é uma linha mais para o mercado, semelhante à Rouanet e você tem o Fundo de Cultura, que é muito mais republicano e democrático e chega aonde a Rouanet não vai chegar nunca”, afirma Portugal, que aponta a Bahia como um exemplo em termos de fomento cultural para o Brasil.
O secretário de Cultura, Jorge Portugal, com o diretor Aderbal-Freire Filho e a atriz Marieta Severo | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Serviço
O QUÊ: Espetáculo “Incêndios”
QUANDO: 16 e 17 de abril, sábado às 20h e domingo às 19h
ONDE: Teatro Castro Alves
QUANTO: R$ 160/R$ 80 (filas A a W), R$ 140/R$ 70 (X a Z8) e R$ 120/R$ 60 (Z9 a Z11)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.