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A Prefeitura de Rodelas, no norte da Bahia, na divisa com Pernambuco, emitiu um decreto na quarta-feira (13) que permite a apreensão e, em alguns casos, o abate de animais encontrados soltos nas ruas. A medida, que já está em vigor, autoriza que a carne dos animais abatidos seja doada para a rede pública municipal de ensino.
A decisão foi tomada na gestão do prefeito Emanuel Ferreira (PCdoB) alega que recebe diversas reclamações de moradores sobre animais como cavalos, vacas e bois que atrapalham o trânsito, colocam a segurança das pessoas em risco e destroem jardins.
Trechos da decisão emitida pela prefeitura de Rodelas | Foto: Montagem / Bahia Notícias
Os animais encontrados soltos serão levados para os currais do matadouro público municipal, onde poderão ser resgatados por seus tutores após o pagamento de uma multa. Caso o dono do animal não seja identificado em um prazo determinado, o decreto autoriza que o animal seja doado, leiloado ou abatido.
O valor da penalidade varia conforme o porte do animal:
-
R$ 40 para animais de médio porte (suínos, caprinos e ovinos).
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R$ 120 para animais de grande porte (bovinos e equinos)
Veja divulgação em nota oficial:
O decreto também estabelece que a prefeitura não se responsabiliza por danos ao animal durante o processo de apreensão e custódia. A responsabilidade por qualquer custo de tratamento ou prejuízo ao animal é do proprietário, cuja negligência resultou na soltura do mesmo.
O Colégio Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas, localizado na Aldeia Mãe do Povo Tuxá, em Rodelas (BA), se destacou entre as melhores escolas públicas do Brasil no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
De acordo com a avaliação divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), a instituição alcançou a maior nota entre as escolas indígenas de Ensino Médio do país, com a pontuação de 5,3. Além disso, o colégio, que oferece todas as etapas da Educação Básica, apresentou um excelente desempenho nas séries iniciais (nota 5,4) e nas séries finais (nota 6,3) do Ensino Fundamental.
A secretária de Educação do Estado da Bahia, Rowenna Brito, destacou o resultado positivo: “A Bahia tem se destacado pelo trabalho realizado na Educação Indígena, que é uma prioridade para o governador Jerônimo Rodrigues. Ele tem investido no fortalecimento do Magistério Indígena, assegurando que os povos tradicionais tenham as melhores oportunidades sem precisarem deixar suas comunidades.”
A coordenadora pedagógica do colégio, Tayra Arfer Jurum Tuxá, descreve essa conquista como “um feedback positivo” que confirma a eficácia da Educação Escolar Indígena. “Este desempenho demonstra que estamos no caminho certo, evidenciando que a educação específica e diferenciada funciona ao ser fundamentada na coletividade e na interculturalidade, e ao incorporar práticas pedagógicas enraizadas na aldeia. A combinação de saberes ancestrais com conhecimentos convencionais torna a aprendizagem significativa e efetiva. Tenho muito orgulho da nossa escola, que serve como referência de educação transformadora.”
Quatro homens foram presos na tarde deste sábado (18) quando tentavam invadir uma propriedade rural em Rodelas, na divisa da Bahia com Sergipe e Alagoas. O quarteto foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
Policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) faziam rondas na zona rural de Rodelas, quando foram informados de que quatro homens armados em um veículo invadiram uma propriedade rural e estavam ameaçando o proprietário. Os PMs deslocaram ao local e prenderam os suspeitos.
Com eles, foram encontradas uma pistola calibre .9mm e uma pistola calibre .40, 29 munições, dois carregadores .40mm e dois carregadores .9mm.
Os acusados e o material apreendido foram apresentados na delegacia que atende à região, onde a ocorrência foi registrada.
Exame de DNA feito por família indígena pode revelar se criança dada como morta há 30 anos está viva
O exame de DNA para investigação de maternidade realizado durante a passagem da Unidade Móvel de Atendimento (UMA) em Rodelas, no Território de Identidade Itaparica, pode desvendar o mistério sobre o desaparecimento de um corpo e reunir uma família indígena separada há 30 anos. O material genético coletado pelas integrantes da etnia pankará Maria das Graças da Silva, 63, e Auristela Silva Rosena, 35; e por Marluce dos Santos, 46, poderá dizer se essa última é a criança dada como morta após ter sido internada com um quadro de pneumonia, anemia aguda e cisto no cérebro.
“Eu passei um mês com ela no hospital de Floresta Azul, depois ela foi transferida e não pude acompanhar porque ficava longe e tinha que cuidar dos outros filhos. Deixei ela com as enfermeiras e a assistente social. Dias depois me ligaram dizendo que ela tinha morrido, mas não deram conta do corpo, nem das roupas que ela levou, nem de nada. Fomos ao hospital e o corpo tinha sumido”, relembra Maria das Graças.
A ausência do corpo e de documentos sobre a morte da criança de 11 anos registrada como Ângela Silva Rosena manteve acesa, no coração da mãe, a esperança de que ela estivesse viva. E, anos depois, a notícia de que uma mulher com deficiência intelectual morando em Rodelas reconheceu uma amiga de infância de Ângela, perguntou pelos padrinhos e pela mãe Gaguinha, como Maria das Graças é conhecida, trouxe a certeza de que a família estava prestes a se reencontrar.
“Quando soube dessa história, disse logo que a gente tinha que fazer DNA, pedi a minha mãe pra vir conhecê-la e, quando ela mandou a foto, tive certeza que podia ser ela [Ângela]. Os traços são muito parecidos com os da gente. A única coisa que quero com esse DNA é acabar com essa dúvida”, desabafa Auristela.
Para realizar o exame e acabar com a dúvida, ela enfrentou os 169 km que separam Santa Maria da Boa Vista (PE), onde mora, de Rodelas, onde vive a suposta irmã. Já dona Maria se deslocou por uma hora nos 74 km que separam sua casa em Itacuruba (PE) do município baiano.
O desfecho dessa história se dará entre 60 e 90 dias quando, segundo o servidor responsável pela coleta, Marcos Batista, será feita a entrega do resultado do exame. Para a coordenadora do Núcleo de Gestão de Projetos e Atuação Estratégica, Cristina Ulm, um atendimento como o prestado à família indígena representa não apenas o cumprimento de um dos serviços ofertados pela Unidade Móvel, mas sim a demonstração de seu potencial de transformação na vida das pessoas.
“Espero que o resultado desse exame possa dar fim à agonia que o sumiço do suposto corpo trouxe à essa família. Com sorte, no momento da entrega poderemos dar uma ótima notícia a essas mulheres tão sofridas, reconectá-las como família e possibilitar que tenham a oportunidade de recuperar o tempo perdido”, comentou a defensora pública, emocionada.
Se o exame confirmar a suspeita de Auristela, Marluce será o segundo parente perdido que reencontra. Em 2021, através das fotos nas redes sociais, ela reencontrou o irmão que havia sido roubado com quatro meses de vida. Nesse caso, a resolução foi mais fácil pois o jovem usava os nomes de registro. “A história que contavam pra ele e que ele tinha sido dado por pessoas em situação de rua, mas conversando com ele pela internet contei a história toda”, lembra Auristela.
SUPOSTA IRMÃ
Marluce Santos, a suposta irmã de Auristela, chegou em Rodelas por volta dos anos 2000 acompanhada pelo companheiro e viveu em situação de rua até ser acolhida por uma família. Através de uma ação judicial, foi registrada com o atual nome e data de nascimento estimada em 1º de janeiro de 1977. De acordo com a advogada Ione Nogueira que, após o falecimento da mãe adotiva, atua no processo de transferência da curatela de Marluce, ela possui deficiência intelectual.
“As vezes ela conversa e lembra de muita coisa do passado e tem horas que não lembra de nada. É como se o cérebro parasse e depois voltasse. Durante o processo de registro civil, ela sempre disse que se chamava Marluce, mas hoje ela disse que tinham botado o nome dela de Ângela e isso pode ter sido uma lembrança”, conta a advogada.
A Unidade Móvel e Atendimento (UMA) da Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) irá às cidades de Pedro Alexandre, Jeremoabo, Rodelas e Chorrochó para oferecer atendimentos de resolução extrajudicial nos próximos dias. A ação fecha o mês da Defensoria Pública com atendimentos nos dias 29 e 30 de maio, 1º e 2 de junho.
Através do caminhão da DP-BA, a população poderá ter acesso a atendimentos em todas as áreas de atuação da instituição estadual para soluções extrajudiciais de conflitos. Na oportunidade, será possível resolver questões de saúde, família (divórcio consensual, acordo de alimentos, regulamentação de visitas e guarda, reconhecimento de paternidade), retificação de registro de nascimento ou casamento, consulta processual, entre outros serviços.
Os atendimentos acontecerão por ordem de chegada, das 8h às 16h, não sendo necessário qualquer tipo de agendamento prévio. Além dos documentos básicos, como RG, CPF e comprovante de residência, é importante apresentar toda a documentação necessária para a resolução da demanda. No caso dos exames de DNA para reconhecimento de paternidade, por exemplo, é preciso apresentar a certidão de nascimento sem o nome do pai.
“Vamos levar garantia de direitos e mais cidadania para as pessoas que precisam da Defensoria da Bahia. A Unidade Móvel tem esse potencial gigantesco de encurtar a distância e levar os serviços que oferecemos nas nossas unidades fixas para todo o interior do estado”, destacou a coordenadora do Núcleo de Atuação Estratégica e Gestão de Projetos, que gerencia a UMA, Cristina Ulm.
Veja abaixo programação completa:
29 de maio, Pedro Alexandre
Praça Coronel João Maria de Carvalho, Centro (Próximo à Prefeitura)
30 de maio, Jeremoabo
Praça do Forró, Centro (Em frente ao Posto de Saúde)
1º de junho, Rodelas
Rua Manoel Moura, 94, Centro (Em frente a Prefeitura)
2 de junho, Chorrochó
Rua Coronel João Sá, s/n, Centro (Próximo à Igreja Católica Senhor do Bonfim)
Composto por estudantes da rede pública de ensino, o projeto “Pianusco - Som das Águas” se apresenta nos municípios de Paulo Afonso, Rodelas e Glória, nos próximos fins de semana, com a proposta de conscientizar para a preservação do rio São Francisco, através da música. Durante o evento, que faz sua 3ª edição itinerante, o pianista Klebson Birusko interage com o público convidando artistas locais para abrilhantarem o show-concerto. As apresentações acontecem no domingo (18), às 17h, no anfiteatro do Espaço Cultural Raso da Catarina, em Paulo Afonso. No sábado (24), às 17h, na Orla Fluvial de Rodelas. E no domingo (25), às 17h, na Orla Fluvial da Glória. O repertório, que conta com arranjos próprios e elementos rítmicos da cultura musical nordestina como o xote, xaxado e o baião; e da afro-brasileira, como o samba e o maracatu, prestigia obras populares de grandes compositores da música local e regional.
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Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.