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A gestora de um abrigo de idosos foi autuada em flagrante pela durante a Operação Virtude, ação nacional de combate à violência contra a pessoa idosa. A prisão ocorreu nesta quinta-feira (2) e a informação foi divulgada na sexta-feira (3). Os maus-tratos ocorreram em um abrigo localizado em Cajazeiras, na capital baiana.
A mulher de 41 anos foi acusada de negligência e violência contra uma idosa de 91 anos. A vítima foi socorrida pela equipe médica de um hospital público, ao qual a idosa foi levada pela suspeita, apresentando múltiplas lesões pelo corpo. A prisão ocorreu na unidade de saúde.
A investigada foi conduzida à unidade especializada, onde realizou os exames legais e permanece custodiada à disposição da Justiça. A Operação Virtude segue em andamento durante todo o mês de outubro, em alusão ao aniversário do Estatuto do Idoso, promovendo ações de repressão, prevenção e orientação em diversas regiões do estado, com a participação de unidades especializadas do DPMCV, Delegacias Territoriais e equipes itinerantes no interior.
O dono de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, Marcelo Batista, foi preso, neste sábado (4), na localidade de Jauá, em Camaçari. O suspeito já havia sido preso no dia 26 de agosto, por tentativa de homicídio contra três pessoas. Nesta ação, o cumprimento de mandado de prisão reverte uma ordem judicial que o pôs em liberdade no dia 11 de setembro.
A soltura foi concedida, até então, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. Ele deve passar por audiência de custódia. No processo em questão, Marcelo é acusado de tentar matar três pessoas, sendo duas delas, ex-funcionários do ferro-velho. O trio foi alvo de disparos a tiros, mas conseguiram escapar.
No entanto, além do triplo homicídio, Marcelo também é investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Lima Muniz, de 25, desaparecidos desde 4 de novembro de 2024, cujos corpos ainda não foram encontrados.
Até o momento, a polícia avalia que as vítimas teriam sido torturadas e mortas no galpão do estabelecimento onde o suspeito foi preso.
A captura foi realizada por equipes da 3ª Delegacia de Homicídios (BTS), com o apoio da Agência de Inteligência e Coordenação de Operações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Um carro invadiu uma farmácia no bairro do Caminho das Árvores, em Salvador, neste sábado (4). Segundo informações de testemunhas, o veículo, que estava estacionado em frente ao local, pertencia a um casal de idosos e o motorista perdeu o controle do veículo, que possui condução semi-automática.
VÍDEO: Motorista perde controle e veículo invade farmácia no Caminho das Árvores pic.twitter.com/RkG1XuC3Kd
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 4, 2025
A unidade, que fica localizada na Alameda Seringueiras, teve a entrada totalmente danificada com o acidente. Ninguém ficou ferido. Não há mais informações sobre o dano causado pelo acidente.
A Operação Pura Origem, da Polícia Civil da Bahia, investigou o comércio irregular de bebidas adulteradas em Salvador e Feira de Santana nesta sexta-feira (3). A ação faz parte da investigação sobre a morte de Marcos Evandro Santana da Costa, de 56 anos, em Feira de Santana, após contaminação de metanol em bebidas alcoólicas.
A operação acontece de forma integrada com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa) e Vigilância Sanitária Municipal (Visa), reforçando a importância da fiscalização sanitária e criminal.
Foto: Divulgação / Ascom PC-BA
Um inquérito policial foi instaurado para aprofundar a apuração, com a expedição de guias periciais para os trabalhos do DPT e da Sesab, a fim de esclarecer a autoria, materialidade e circunstâncias do fato.
Trio elétrico, abadá, corda, glitter e animação. Essa é a visão que quem desembarca em Salvador na década de 2020 tem para curtir o Carnaval. Mas antes mesmo de o Axé Music dar o tom da festa na capital baiana, o som era outro e os elementos também.
Para mergulhar neste universo das escolas de samba, será preciso dar adeus ao abadá e à invenção de Dodô e Osmar. Não que eles não existissem nessa época, afinal, o carnaval de rua em Salvador já acontecia com a presença dos cordões, dos blocos, das batucadas e dos afoxés.
Desta forma, o glitter e a animação ficam, afinal, estamos falando de Carnaval, porém feito de um modo diferente para a capital baiana e mais próximo da folia feita no eixo Rio-São Paulo.
Foto: Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo (Escola Juventude do Garcia)
"Essa fase das escolas de samba em Salvador, poucas pessoas conhecem. Saibam que foi um grande momento do Carnaval de Salvador. Eu diria que esteticamente foi um dos momentos altos, de maior beleza estética do Carnaval de Salvador nesses mais de 100 anos de história. E isso é comprovado além das pessoas que ainda estão vivas e podem falar a respeito. A gente tem hoje uma série de imagens que foram levantadas pelo projeto e que estão nos arquivos públicos da cidade que mostram que não foi um simples acontecimento pontual no Carnaval de Salvador. Foi mais de uma década de um esforço muito grande de uma camada da população soteropolitana de colocar as escolas de samba na rua", afirmou a pesquisadora Caroline Fantinel em entrevista ao Bahia Notícias.
A história das escolas de samba em Salvador tem início no final da década de 50. De acordo com a doutora e mestre pelo Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade - IHAC/UFBA, Caroline Fantinel, responsável pelo projeto Memórias do Reinado de Momo, que conta a história da maior festa de rua do mundo, as agremiações beberam da fonte dos estados sudestinos, misturando a arte que se fazia em Salvador, para criar uma coisa única, ainda que tivessem a inspiração do Rio e São Paulo.
"Foi uma aposta estética realmente, estética musical e carnavalesca desses grupos de pessoas. Isso acontece no final da década de 1950. As escolas de samba cariocas já estavam consolidadas e muito midiatizadas, então isso serve de inspiração direta para as camadas populares que já brincavam o Carnaval de Salvador, especialmente aqueles que já estavam vinculados a cordões e batucadas, que eram manifestações carnavalescas que aconteciam naquele período ali, na década de 40, de 50."
Escola de Samba Diplomatas de Amaralina | Foto: Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo
As escolas de samba em Salvador surgem em uma espécie de transição das batucadas, que, de acordo com o mestre em Identidade e Diversidade Cultural Rafael Lima Silva Soares, na dissertação 'As escolas de samba da cidade de Salvador', apresentada à banca examinadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRB, já usavam o samba, a percussão e letras autorais como formas de diversão, com o desejo de experimentar o formato das escolas de samba.
"Compostas majoritariamente de pessoas negras do sexo masculino, as batucadas soteropolitanas do século passado levavam os sons de instrumentos musicais como o agogô, tamborim, pandeiro, cuíca e ganzá. Os batuqueiros vestiam roupas brilhantes e chamativas. Apesar de manterem forte relação com a tradição africana do batuque, aproximavam-se também de outras tradições festivas, devido ao uso de fantasias, de porta-estandarte (que sempre estava à frente) e mesmo de jogos de confetes e serpentinas nas festas onde tocavam."
O marco inicial pode ser considerado com a saída de Jaíme Baraúna do grupo carnavalesco Mercadores de Bagdá, que já apresentava um formato próximo ao Carnaval das escolas de samba, com fantasias e bateria percussiva, mas não tinha apenas o samba como tom. Formado por uma nova classe média negra ligada à indústria do petróleo, o grupo Mercadores de Bagdá foi o responsável pela democratização do uso de carros alegóricos e fantasias elaboradas, antes exclusividade da elite.
"Os carros alegóricos do Mercadores de Bagdá serviram de motivação para a criação dos carros das escolas de samba quando as escolas tiveram possibilidades de usar. Os carros alegóricos já eram inspirados nos carros das grandes sociedades do Rio de Janeiro, então tinha os grandes clubes, para ninguém se arvorar a aferir as despesas, os custos de colocar carros alegóricos", afirmou Baraúna em entrevista a Soares.
Foto: Facebook
Uma das figuras marcantes deste período foi Nelson Maleiro, conhecido pela criatividade e homenageado atualmente no Carnaval de Salvador com a passarela que marca o início do circuito Osmar (Campo Grande).
Considerada como a primeira escola de samba da Bahia, a Ritmistas do Samba, localizada na Ladeira da Preguiça, nasceu em 1957, das mãos de sete pessoas, entre elas um rapaz chamado Washington, de apelido “Washingtinho”. Segundo Jaime Baraúna, a decisão de criar a primeira escola de samba da cidade veio de uma insatisfação do artista, que queria ver o samba como protagonista da festa.
"Ela foi uma escola de samba que foi formada por dissidentes de uma batucada, que na época chamava Nega Maluca, e a partir desse acontecimento, dezenas de escolas de samba começam a surgir em diferentes bairros da capital", afirma Carol.
Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo (Diário de Notícias 1961)
Para Baraúna, a principal diferença entre as escolas de samba e a batucada era a forma de organização. Enquanto uma batucada era um atrás do outro, em uma espécie de fila indiana, a escola de samba era um ao lado do outro, era fileira. Outro ponto era a música tocada por eles, enquanto a primeira tinha um ritmo mais cadenciado e os instrumentos eram feitos de barrica com couro de jiboia, já as escolas de samba vieram com os instrumentos comuns de fanfarra, percussivo comum, e não tinham sopro.
“O nosso contexto de escolas de samba, é muito influenciado pelo Rio de Janeiro, mas vem dessa questão das batucadas e dos cordões, especialmente das batucadas, porque as batucadas, elas já tinham uma bateria formada, só que uma bateria menor. Então, elas precisaram, para fazer a transição para escolas de samba, potencializar, incluir uma série de novos instrumentos para conseguir alcançar essa categoria de escolas de samba. E também, figurinos, passistas, eles realmente faziam desfile, como a gente conhece mesmo, de escola de samba, com alas, com samba-enredo.”
No mapeamento feito pelo projeto Memórias do Reinado de Momo, do período de 1950 a 1975, a capital baiana contava com 25 escolas de samba, entre elas Bafo da Onça (Liberdade), Diplomatas de Amaralina (Nordeste de Amaralina), Filhos do Tororó (Tororó), Juventude do Garcia (Garcia) e Sambistas do Morro (Rio Vermelho).
Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo (Diário de Notícias 1969)
Nos jornais da época, o número dobra. Cinquenta escolas de samba foram citadas em matérias ao longo das décadas de 60 e 70. No entanto, poucas conseguiam alcançar a estrutura exigida para que fossem consideradas uma agremiação oficial.
Para se ter uma ideia do tamanho do protagonismo das escolas no Carnaval de Salvador na década de 60, os principais jornais da cidade no período da folia traziam as escolas como destaques nas capas, conseguindo ofuscar o brilho da invenção de Dodô e Osmar, que anos depois, se tornaram os "reis" da festa.
"Se você pegar qualquer jornal, qualquer jornal de Salvador no período do Carnaval, na década de 60, o que era capa do jornal como destaque do Carnaval era a escola de samba e não o trio elétrico. Durante toda a década de 60 foram as escolas de samba que protagonizaram o Carnaval de Salvador."
O investimento neste formato de festa era tamanho, que as escolas de samba desfilavam no que se conhece atualmente como o circuito tradicional da festa.
Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo (Diário de Notícias 1975)
"Elas desfilavam ali no circuito tradicional, que até hoje é tradicional, do Campo Grande até a Rua Chile, e elas se apresentavam ali num palanque que a prefeitura colocava, que era onde acontecia um grande concurso anual de várias entidades carnavalescas e o principal, mais esperado, eram as escolas de samba. Nesse momento cultural é que se consolidam muitos sambistas baianos", relembra Caroline.
As escolas, além dos desfiles durante o período de Carnaval, funcionavam com o intuito de formar compositores e músicos. "Dessa época a gente pode destacar Ederaldo Gentil, Nelson Rufino, Valmir Lima, Edil Pacheco, o próprio Batatinha. São compositores que se fazem nesse contexto, que bebem muito desse contexto e se consolidam como sambistas profissionais".
DE PROTAGONISTA A FIGURANTE DA FESTA
O movimento de ascensão e queda das escolas de samba no Carnaval de Salvador surpreende quem descobre a história após 50 anos de sua existência e sua presença mais forte, mas, para os estudiosos da área, o caminho era algo previsível, devido à transformação constante da festa.
Ao Bahia Notícias, Caroline pontua o formato das escolas de samba. Quem acompanha o desfile de uma agremiação não necessariamente faz parte daquela escola, desta forma, não está incluído na festa, a não ser como público que acompanha e admira a arte.
“São vários fatores, mas tem um que eu diria que é o principal, que é o Carnaval de Salvador que vai cada vez mais se consolidando como um modelo de Carnaval participativo na década de 70. Então, se a gente imaginar que para você assistir uma escola de samba é um estilo de Carnaval contemplativo, por mais que você cante e que até dance, mas você está ali num espaço de contemplação, assistindo a escola de samba passar, com exceção, obviamente, dos participantes da escola. O público, em geral, ia para a rua para contemplar a escola."
Foto: Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo (Escola de Samba Filhos da Liberdade)
Na década de 1970, o cenário no Carnaval de Salvador começa a mudar e o público, que antes gostava de assistir ao desfile, passa a querer fazer parte da festa, algo que é proporcionado pelos trios elétricos, por exemplo, que conseguem levar uma multidão "atrás do caminhão".
"O modelo do Carnaval de Salvador vai migrando assim, para virar exclusivamente participativo. Hoje, a gente faz parte da festa. Isso é algo que vai mudando, então, a população cada vez mais demanda por essa participação e muito, sim, impulsionada pelo sucesso do trio elétrico na década de 70."
As escolas de samba passam a ser prejudicadas pela nova tecnologia: "As escolas de samba não tinham uma sonorização, elas não tinham os seus sambas amplificados, como os trios elétricos com o avanço tecnológico sonoro".
Com o crescimento da cultura dos trios, as agremiações passam a perder espaço nas ruas, se "espremendo" para que o público passasse atrás do trio elétrico. "Na década de 70 a imprensa também se volta para o trio elétrico, assim como a população que acompanha esse movimento, e passa a questionar a própria presença das escolas de samba no Carnaval de Salvador".
Outro fator que colaborou para a quase extinção das escolas de samba na folia baiana foi a falta de auxílio financeiro por parte dos órgãos públicos. Sem o aporte, colocar a agremiação para desfilar com toda a pompa do início se tornou uma tarefa quase impossível, o que acabou minando a participação delas na festa.
"Eles não parecem preocupados nesse momento em propor soluções para preservar as escolas de samba, seja um circuito diferente, uma faixa de horário diferente para os desfiles. Pelo contrário, a prefeitura, inclusive, diminui os aportes financeiros, passa a praticamente não financiar mais, que era uma coisa que fazia na década de 60. Muitos [dos artistas] começaram a falar que escola de samba dava muito trabalho, principalmente para colocar na rua com pouco dinheiro. Os próprios brincantes, os próprios participantes das escolas de samba começam a questionar."
Segundo Soares, o surgimento dos blocos de embalo, a exemplo do 'Vai Levando', que surge com a proposta da escola de samba, porém, de uma forma simplificada, focando apenas na diversão, colaborou com a transição. O último desfile oficial de uma escola de samba no Carnaval de Salvador, conforme cita Soares, aconteceu em 1985 com a Bafo da Onça, escola da Liberdade.
SAMBÓDROMO É A SOLUÇÃO?
No dia 24 de setembro de 2025, a Câmara Municipal de Salvador aprovou o Pedido de Indicação do vereador Téo Senna (PSD) para a criação de um espaço no Comércio para apresentação dos grupos e Escolas de Sambas na capital baiana.
O PI 381/2025 levou em consideração a escolha do samba como tema do Carnaval de Salvador. De acordo com o edil, o gênero, que é patrimônio imaterial do Brasil, tem grande importância para a cultura baiana e precisa receber um espaço para a valorização do estilo.
A proposta, no entanto, levantou um debate nas redes sociais, e motivou a criação do especial 'Samba que existe e resiste', do Bahia Notícias. A criação de um sambódromo em Salvador atenderia a quais necessidades da cidade atualmente, levando em consideração o formato que o Carnaval tem nos dias de hoje?
Foto: Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo (Escola de Samba Filhos da Liberdade)
No documento apresentado pelo vereador, não há informações sobre a cultura de escola de samba na cidade, tampouco um mapeamento das agremiações ainda existentes. Para Caroline Fantinel, é necessário que haja uma escuta antes de se desenvolver um projeto desta magnitude que irá impactar diretamente na cultura já existente.
"Eu só consigo entender que ele pode ser importante a partir de uma escuta à classe de sambistas da cidade de Salvador. São essas pessoas que devem dizer do que elas precisam. Então, sem uma escuta qualificada a essas pessoas, não dá para dizer, pessoas externas a esse movimento, dizerem o que falta, ou o que não falta para o samba de Salvador. O samba é uma cultura muito forte da nossa cidade, nunca deixou de ser, mas a gente sabe que é um movimento cultural de pouco apoio, institucional, político, tanto do Estado quanto da cidade. Então, talvez ao invés de pensar num espaço exclusivo para isso, é ouvir essas pessoas e entenderem se de fato é isso que elas precisam. Se é de mais destaque no Carnaval, nos próprios espaços já consolidados do Carnaval, ou apartar elas do que já está consolidado no Carnaval de Salvador."
O Bahia Notícias levantou dados sobre escolas que funcionam em Salvador, entre elas a Escola de Samba Unidos de Itapuã, Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Filhos da Feira de São Joaquim, e o Grêmio Recreativo Escola de Samba Diamante Negro.
Para os representantes dessas agremiações existentes, é importante que se olhe para a cultura das escolas de samba, mas que o espaço exista para além do Carnaval.
Unidos de Itapuã | Foto: Divulgação
O site conversou com Nailtom Maia, gestor da Unidos de Itapuã, Avani de Almeida, presidente da Filhos da Feira, e Matheus Couto, responsável pela Diamante Negro, que pontuaram a necessidade ainda de profissionalização dos participantes dessas escolas, além do auxílio social para as agremiações, visando o trabalho feito por uma escola, que tem contato direto com as comunidades.
"Escola de samba não para. O trabalho social não, mas o do carnaval a gente também, a gente começa cedo. Seria interessante que apresentassem propostas para a profissionalização das costureiras, por exemplo, para confecção das fantasias, cursos para percussionistas. Se houver alguém que queira impulsionar isso, pode dar algo interessante. Porque a gente não faz uma festa de graça", afirmou Avani.
Unidos da Feira | Foto: Facebook
Nailtom chegou a citar um projeto similar apresentado por Carlinhos Brown, o Afródromo. Para o músico, seria interessante pensar em algo que contemplasse o samba e todos os outros ritmos que fazem a festa em Salvador de uma forma geral e não apenas durante o Carnaval.
"Penso que seria interessante abrir espaço para todas essas manifestações e não apenas o samba. Eu acho que a Bahia é diferenciada, Salvador principalmente. E a gente tem uma coisa rica, a gente não pode se esquecer dos nossos irmãos, isso também. A gente precisa ainda de uma revitalização das escolas, ver quais aceitariam participar dessa proposta."
Os questionamentos de quem faz as escolas acontecerem atualmente, é o mesmo de quem estuda a cultura baiana.
"Pensando nesse projeto de sambódromo, a cidade de Salvador não tem uma cultura de escolas de samba proeminente. Apesar de termos escolas de samba, a gente não tem uma cultura consolidada de escola de samba. [...] O que esse sambódromo contemplaria? E para além desse sambódromo, como é que se daria a manutenção, que tipo de aporte, de apoio de manutenção esses grupos teriam eu acho que isso é o mais importante, mais importante do que ter um espaço para visibilização, para promoção é a própria sustentabilidade desses grupos", levanta Fantinel.
O SAMBÓDROMO TRARIA A CULTURA DAS ESCOLAS DE SAMBA DE VOLTA?
O desejo de muitos, especialmente de quem fez parte da festa na década de 60 e 70 é de que a era de ouro volte a brilhar. Para Fantinel, é necessário entender o contexto cultural e perceber qual movimento o Carnaval tem feito atualmente.
"Essa pergunta é uma pergunta que algumas pessoas fazem, né? Inclusive essas pessoas que viveram as escolas de samba, quando a gente entrevistou elas, elas falaram, né? ‘Ah, eu queria muito que isso voltasse’. E olha, eu sou pesquisadora da memória do Carnaval de Salvador. E eu já pesquisei tantos momentos diferentes ao longo desses 140 anos de história que tudo é possível. Tudo é possível para essa festa que é tão camaleônica, ela vai se transformando à medida que ela vai se relacionando com a própria história. Mas eu diria que hoje, seria muito difícil a gente ter o destaque que as escolas de samba tiveram na década de 60. Ou, por exemplo, que as escolas de samba têm no Carnaval do Rio."
Foto: Registro cedido pelo projeto Memórias do Reinado do Momo
A pesquisadora acredita que um retorno em sua totalidade é quase impossível para o cenário da festa, mas o debate pode inspirar o surgimento de novas agremiações.
"Mas assim, eu também acredito que o Carnaval de Salvador tem espaço para absolutamente tudo. Então, as escolas de samba que já existem na cidade, elas devem ter um espaço no Carnaval também. E o fato de elas terem um espaço garantido pode inclusive incentivar que outros grupos de pessoas queiram também ter suas escolas de samba."
Salvador alcançou o 2º lugar no ranking nacional de capitais com melhor desempenho na gestão e envio de informações da folha de pagamento de servidores e beneficiários ao e-Social, segundo a matriz de riscos do Departamento de Regimes Próprios de Previdência Social (DRPPS). A capital baiana ficou atrás apenas de Florianópolis e recebeu a classificação de “bom nível de envios”.
O resultado reflete o avanço da organização administrativa da Diretoria de Previdência, responsável pelo Fundo Municipal da Previdência de Salvador (FUMPRES). Para o subsecretário da Fazenda e diretor do FUMPRES, Daniel Ribeiro, o destaque nacional é fruto do comprometimento da equipe.
“A classificação de Salvador com bom nível de envios é o reconhecimento do empenho da gestão em garantir que todas as informações previdenciárias estejam atualizadas e em conformidade com as exigências nacionais. Isso reforça a transparência e a segurança para os servidores municipais”, afirmou.
A avaliação leva em conta os critérios da Portaria MTP nº 1.467/2022, que obriga os entes com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) a realizarem a escrituração de dados previdenciários pelo sistema. O DRPPS classifica os entes a partir da comparação entre os eventos de folha de servidores ativos (S-1202) e beneficiários (S-1207), relativos à competência de janeiro de 2025, com o Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA) enviado ao Cadprev.
O ano de 2025 será decisivo, já que os envios ao e-Social substituirão a antiga DIRF e servirão de base para o ajuste do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Uma nova extração de dados está prevista para novembro e dezembro, acompanhando a evolução de Salvador e demais entes federativos.
Salvador registrou seu primeiro caso suspeito de intoxicação por bebida alcoólica possivelmente adulterada com metanol, de acordo com divulgação do Ministério da Saúde na noite desta sexta-feira (3). Conforme a pasta, além da capital, a Bahia também tem um caso em investigação em Feira de Santana.
No comunicado, o ministério afirmou que há 113 registros de intoxicação por metanol, segundo os dados enviados pelas secretarias estaduais. Destes, 11 estão confirmados, enquanto os 102 restantes estão em investigação. Até o momento, 12 pessoas morreram sob a suspeita de intoxicação.
Um dos óbitos foi de um homem, de 56 anos, na madrugada desta sexta, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Queimadinha, em Feira de Santana. A vítima foi identificada como Marcos Evandro Santana da Costa.
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Segundo o Ministério da Saúde, as notificações foram informadas até às 16h desta sexta-feira para o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).
Confira a parcial:
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) confirmou o caso suspeito de intoxicação por consumo de bebida alcoólica por metanol. Em nota enviada à imprensa, a pasta afirmou que foram coletadas amostras e que o material foi encaminhado para análise laboratorial. O resultado ainda não foi confirmado.
“A SMS de Salvador informa que, nesta sexta-feira (3), foi realizada a coleta de amostras referentes a um caso suspeito de intoxicação por metanol em paciente clinicamente estável. O material coletado seguiu para análise laboratorial, e o resultado está sendo aguardado. A SMS segue acompanhando a situação com atenção e orienta a população a evitar o consumo de bebidas ou produtos de procedência duvidosa”, disse a nota da SMS.
(Atualizada às 22h09)
A cantora Liniker aproveitou a sexta-feira (3) de sol em Salvador para curtir a praia do Porto da Barra ao lado da baiana Majur. As duas compartilharam registros do passeio nas redes sociais, em clima descontraído, aproveitando a melhora no tempo da cidade.
“As onças são mulheres pretas loiras”, escreveu Majur na legenda de uma publicação no Instagram, em que aparece com Liniker durante o dia de lazer. Nos stories, também publicaram cliques do momento.
Na quinta-feira (2), ambas já haviam publicado fotos em Salvador. “Toda menina baiana”, escreveu Majur em outro post.
No mesmo dia, Liniker participou da pré-estreia do espetáculo “Um Julgamento – Depois do Inimigo do Povo”, protagonizado por Wagner Moura. O evento foi realizado no espaço Trapiche Barnabé, no bairro do Comércio, e contou com a presença de convidados e artistas de diferentes estados.
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O Ministério Público Federal (MPF) promoveu o arquivamento do Procedimento Preparatório que apurava a suposta má qualidade do serviço de transporte de passageiros entre os campi da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, conhecido como 'Buzufba'. A decisão, publicada na sexta-feira (3) foi baseada na constatação de que a universidade já adotou as medidas cabíveis para sanar as irregularidades, rescindindo o contrato com a empresa originalmente responsável e contratando uma nova concessionária para o serviço.
A investigação teve origem em uma representação que listava uma série de problemas na prestação do serviço pela empresa Safira Transportes e Turismo EIRELI. Conforme os autos, a UFBA foi notificada pelo MPF e, nas respostas, detalhou as ações tomadas para resolver a situação. A universidade informou que a Safira Transportes foi notificada reiteradas vezes devido a paralisações não comunicadas, descumprimento de horários e paradas estabelecidas, e até pela utilização de veículos inadequados para a rota. Em virtude da persistência das irregularidades, a Ufba iniciou o processo de rescisão contratual.
O contrato administrativo com a Safira Transportes foi formalmente rescindido por acordo entre as partes, com efeitos a partir do dia 10 de julho de 2025. Para garantir a continuidade do transporte vital para a comunidade acadêmica, a Ufba instaurou um procedimento de dispensa de licitação, convocando empresas remanescentes de um pregão eletrônico anterior. A empresa Atlântico Transportes Ltda. aceitou assumir a execução do serviço, tendo sido firmado o Contrato Administrativo n.º 405/2025, com início em 21 de julho de 2025. A universidade afirmou que os serviços estão atualmente em execução, sem prejuízo aos usuários.
Em sua fundamentação, o Procurador concluiu que a Ufba adotou as medidas administrativas necessárias para corrigir as falhas, tornando infundada a adoção de quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais por parte do MPF.
O cantor Kevi Jonny está de casa nova. Mas não uma mudança pessoal, o artista passou a ter a Salvador Produções como responsável pelo gerenciamento artístico 360° da carreira.
A chegada de Kevi foi oficializada na última quinta-feira (2), com um evento realizado na capital baiana, na sede da Salvador Produções.
“Estou muito feliz com essa nova etapa. É a realização de um sonho. Acredito que essa parceria com a Salvador vai me levar ainda mais longe e me dar toda a estrutura que preciso para continuar crescendo. Vem muita novidade por aí!”, afirmou o cantor.
O primeiro trabalho do artista com a empresa aconteceu em agosto, com a gravação de um DVD produzido pela Salvador Produções no “10 Horas de Arrocha”.
O artista se junta ao time da empresa de Marcelo Britto que já tem estrelas como Léo Santana, Timbalada, Parangolé, Tony Salles e Kart Love.
"Kevi é um artista talentoso, com uma voz marcante e uma energia incrível no palco. Estamos muito felizes com essa parceria e certos de que ela vai render frutos incríveis. Vem muita coisa boa pela frente."
Há 190 anos, Salvador foi palco de um dos maiores levantes de escravizados da história brasileira: a Revolta dos Malês. Nesta quarta-feira (1º) de 2025, a cidade teve a oportunidade de relembrar o levante com a pré-estreia do filme "Malês", do baiano Antonio Pitanga.
A pré-estreia ocorreu durante o evento Open Air Brasil, cinema ao ar livre apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Nubank. Durante coletiva de imprensa antes da exibição, Antonio Pitanga, destacou a importância do filme para levar o protagonismo baiano para o Brasil. “Eu sempre quis contar essa história, sempre tive desejo de contar essa história, paixão de contar essa história, necessidade de contar essa história, para que a gente pudesse levar para o Brasil, não só para a Bahia, que a Bahia é conhecedora de histórias importantes”, ressalta.
Com cenas gravadas em Salvador e Cachoeira, na Bahia, além de Maricá, no Rio de Janeiro, o longa apresenta as condições de vida de homens e mulheres negros no século XIX e a luta contra o racismo, pobreza e intolerância religiosa. O filme, que estreará nos cinemas nesta quinta-feira (2), é estrelado pelos filhos do artista baiano: Rocco e Camila Pitanga e é o primeiro trabalho de Antonio no cinema desde 1979.
? Filme “Malês” de Antonio Pitanga tem pré-estreia durante Open Air Brasil: “Processo de conhecer a história do Brasil”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 2, 2025
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O Bahia Notícias conversou com parte do elenco para falar sobre os “louros” e desafios da produção. A roteirista, também baiana, Manuela Dias, conta que o processo de imersão na história dos Malês foi profunda e embasada em livros históricos. “Mas estudar os malês foi demais. Eu, como todo mundo, tinha um conhecimento muito superficial e fui descobrindo, quando eu aceitei o convite. Eu não sabia do tanto que eu ia ter que estudar, e estudei uns três anos antes de conseguir escrever o primeiro tratamento. A gente tem a grande bíblia sobre o assunto, que o livro do João José Reis [autor do livro “Rebelião escrava no Brasil”] mas tem alguns outros livros também, maravilhosos”, revela.
Ainda com relação à produção, ela conta que a pesquisa foi reveladora: “A gente foi buscando todo tipo de informação e também sobre a jihad africana [as guerras santas ou lutas histórias da reforma islâmica] no século XVIII e toda a questão da diáspora, muitos assuntos que se encontram nessa revolta. Então, foi um processo muito intenso. Eu sou baiana, graças a Deus, então, foi um processo de conhecer a história do Brasil, a história da Bahia e também a minha história, de alguma forma”, afirma.
Entre os atores, a profundidade do texto de Antônio Pitanga e Manuela Dias levou a uma imersão do elenco na realidade de seus personagens. O ator Marcus Dioli relatou os desafios de se conectar com um personagem abertamente racista e violento, como o “Tenente André Antônio Marques”, antagonista do filme.
“O comportamento dele é uma coisa que eu totalmente abomino e ele traz um racismo, um preconceito muito forte, enraizado, e eu precisava me aproximar disso, vestir essa camisa para poder aceitar esse personagem, fazer as pazes com ele, para poder viver ele da melhor forma e ter uma entrega profunda. Então, tinham cenas que eu ficava muito sensibilizado, cheguei a chorar em intervalos de cenas e conversava com eles [os colegas], sobre essa dificuldade de olhar para eles, que são os meus amigos, e estar ali dizendo aquelas palavras”, revela.
Em sua fala, o artista reforça a potência da produção: “O texto da Manuela Dias que traz essa comunicação forte, que deixa a gente muito emocionado, e abala nossas estruturas a ponto de mexer com o nosso emocional, que mesmo a gente tendo a consciência, uma construção [antirracista], a gente está contando uma história que a gente não tem como não se envolver, não se sensibilizar e não sofrer com os personagens e com a história”, diz.
A atriz Edvana Carvalho, que viveu a personagem “Iyá Nassô”, conta as complexidades de representar uma pessoa real. A ialorixá Francisca da Silva, Iyá Nassô, é uma das três fundadoras do Candomblé da Barroquinha, no Terreiro da Casa Branca, em Salvador.
“Eu morri de medo porque é uma personagem que existiu e é muito mais difícil você fazer um personagem que foi verídico e que tem história mesmo. É uma mulher que nos orgulha e que manteve nossa cultura e nossa tradição viva até hoje, para que a gente pudesse explorar, através da fundação da Casa Branca, que é o primeiro terreiro de candomblé do Brasil tombado”, ressalta a artista soteropolitana.
Também baiano, o ator Heraldo Deus conta que dar vida a “Vitório Sule” requereu um treinamento físico, verbal e histórico. “Foi bem bacana essa imersão, essa criação desses personagens, que veio por um treinamento físico que a gente passou, de aulas para a luta. Veio também de um treinamento verbal de entender como esses personagens falavam, eu digo que é um filme falado em ‘pretoguês’ [termo cunhado pela teórica Lélia Gonzalez] que é um ‘português preto’ e os sotaques de diversas regiões da África. E o processo foi muito intenso, a primeira etapa lá no Rio, depois a etapa aqui de Cachoeira, e acho que isso tudo reverbera na tela”, sucinta o artista.
O ator Duda Conceição, que faz sua estreia no audiovisual, conta ainda como foi recebido no set: “Eu chego lá de manhã cedo achando que era uma outra pessoa que ia me atender, um produtor ou uma produtora, e simplesmente essa pessoa [Antônio Pitanga] estava lá cedo, sentado para me receber, receber outros artistas. Então, para mim, foi uma experiência maravilhosa, meu primeiro filme, onde eu aprendi muito, foi um processo muito gostoso”, completa.
“Malês” estreará nos cinemas nesta quinta-feira (2), e é estrelado pelos filhos do artista baiano: Rocco e Camila Pitanga. O longa é o primeiro trabalho de Antonio no cinema desde 1979 e possui cenas gravadas em Salvador e Cachoeira, na Bahia, além de Maricá, no Rio de Janeiro.
“A Bahia é conhecedora de histórias importantes”, é o que diz o ator e diretor baiano Antônio Pitanga, na pré-estreia do longa-metragem “Malês”, dirigido e idealizado por ele. Ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (1º), Pitanga conta que “Malês” surgiu de um processo conexão do artista com a sua própria baianidade.
Ele relembra que em sua primeira direção, com “Na Boca do Mundo” de 1978, sua inspiração era o nascimento da primeira filha, Camila Pitanga, em 1977. Para “Malês” que o fez retornar ao cinema depois de anos, a Bahia foi a própria inspiração.
? Antônio Pitanga destaca baianidade de “Malês” e promete novos projetos no cinema: “A Bahia é conhecedora de histórias importantes”
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“Malês é uma história que já vem história que já vem há décadas, não só no momento que eu começo a pensar [na trama], mas na minha formação mesmo, baiana, de tantas histórias. E eu sempre quis contar essa história, sempre tive desejo de contar essa história, paixão de contar essa história, necessidade de contar essa história, para que a gente pudesse levar para o Brasil, não só para a Bahia, que a Bahia é conhecedora de histórias importantes, como essa do século XIX, que é os Malês, que é a rebelião escrava no Brasil de 1835”, destaca.
“Claro, no meu radar tem outras histórias para contar, não vou dar o spoiler aqui, mas eu tenho outros projetos”, afirmou. O artista, que já participou de mais de 54 filmes, mais de 32 produções de televisão, e peças de teatro, conta que a experiência o incentivou a se interessar pelo trabalho atrás das câmeras.
“Eu acho que tem uma hora que agora eu quero ficar também atrás das câmeras, trazer algumas histórias especiais para que a gente possa dialogar com o nosso povo, com a nossa juventude. A juventude está ávida de conhecer histórias, a história brasileira que ela não conhece na sua formação”, reflete.
“Malês” estreará nos cinemas nesta quinta-feira (2), e é estrelado pelos filhos do artista baiano: Rocco e Camila Pitanga. O longa é o primeiro trabalho de Antonio no cinema desde 1979 e possui cenas gravadas em Salvador e Cachoeira, na Bahia, além de Maricá, no Rio de Janeiro.
A atriz baiana Edvana Carvalho revelou os detalhes do convite de Antônio Pitanga para a sua participação no longa-metragem “Malês”, filme de ficção histórica, que retrata a Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador no século 19. Dirigido pelo próprio Antônio Pitanga, também soteropolitano, a pré-estreia do filme ocorre nesta quarta-feira (1°) durante o Open Air, evento de cinema ao ar livre que fica na capital baiana até 12 de outubro.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (1°), Edvana conta que o convite para interpretar a personagem “Iyá Nassô”, uma iyalorixá de um terreiro de candomblé, ocorreu durante uma consulta de Ifá, análise de búzios tradicional das religiões africanas ligadas ao iorubá.
? Edvana Carvalho detalha convite para participar de “Malês” e destaca: “Presente maravilhoso”
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“[Antônio] Pitanga me ligou, eu estava num lugar onde ia ser aberto o jogo do Ifá para mim. Eu estava fazendo uma consulta do jogo do Ifá e na hora que ia acontecer, meu telefone tocou. E eu falei para o pai de santo, “Pai, me desculpa, vou desligar o telefone’, mas na hora que eu fui desligar, estava escrito Antônio Pitanga, e eu disse ‘Não posso desligar, que é o seu Antônio Pitanga. Vou ter que atender’”, detalha.
A atriz revela que o convite veio no dia do seu aniversário e ela descobriu uma relação inesperada entre Antônio Pitanga e o seu Pai de Santo. “Aí o senhor Antônio Pitanga falou, ‘Edivana, você está convidada para fazer Iyá Nassô nos ‘Malês’”. Aí, eu disse, ‘Pitanga, hoje é meu aniversário. Que presente maravilhoso!’, e foi lindo, porque quando eu desliguei o telefone e fui para o jogo, eu descobri que o pai de santo foi amigo da escola de teatro de Antônio Pitanga e foi amigo de bairro do meu pai”, conta.
“Malês” estreará nos cinemas nesta quinta-feira (2), e é estrelado pelos filhos do artista baiano: Rocco e Camila Pitanga. O longa é o primeiro trabalho de Antonio no cinema desde 1979 e possui cenas gravadas em Salvador e Cachoeira, na Bahia, além de Maricá, no Rio de Janeiro.
Em apoio à campanha Outubro Rosa, o Metrô Bahia vai ofertar, nesta quarta-feira (1º), gratuidade no transporte para mulheres que agendaram o exame de mamografia. A medida, que será aplicada em todas as estações do modal, visa facilitar o trajeto das pacientes até a Arena Fonte Nova, local do evento.
Para as mulheres que desejam a gratuidade, é necessário apresentar a confirmação de agendamento recebida por WhatsApp, e-mail ou pelo aplicativo da Feira Saúde Mais Perto 2025.
“O metrô é mais que transporte, é cidadania. Temos o compromisso de auxiliar centenas de baianas a chegarem ao atendimento de saúde de forma rápida e segura através do modal”, destacou Cleone Garcia, Gerente de Estações e Terminais do Metrô Bahia.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur), e o Metrô Bahia, com o objetivo de facilitar o acesso das mulheres aos serviços de saúde e reforçar a importância da prevenção ao câncer de mama.
“Garantir a gratuidade no metrô para as mulheres que vão realizar a mamografia na Arena Fonte Nova é um gesto de cuidado e respeito do Metrô Bahia. Juntos, queremos facilitar o acesso a um exame fundamental e reafirmar o compromisso do Governo do Estado com a saúde das baianas. Essa iniciativa também marca o início do Outubro Rosa 2025 de pé direito, reforçando a importância da prevenção e do cuidado com a vida das mulheres”, defendeu a secretária de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Jusmari Oliveira.
EXAMES E ATENDIMENTO
Além das mais de 1.400 mamografias previstas na ação, a Feira Saúde Mais Perto vai oferecer uma programação ampla de atendimento à saúde da mulher, incluindo consultas com mastologistas, ginecologistas, nutricionistas e realização do exame preventivo.
A feira também contará com rodas de conversa sobre prevenção do câncer de mama, autoexame, Papanicolau, vacinação contra HPV e orientações sobre o calendário nacional de imunização. Especialistas das áreas de oncologia, mastologia, enfermagem e biomedicina participarão de palestras abertas ao público.
Para marcar o Outubro Rosa, serão distribuídos laços cor-de-rosa e montados espaços instagramáveis, incentivando o registro do momento e a disseminação da mensagem de cuidado com a saúde da mulher.
A academia Well, localizada na Pituba, é alvo de uma ação judicial por não pagamento de aluguéis e descumprimento de uma ordem de despejo. De acordo com a advogada do proprietário, a empresa se recusa a devolver o imóvel mesmo após uma decisão final do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
A disputa, que já passou por duas instâncias do Judiciário baiano, teve sua decisão principal em março de 2025, quando a Quinta Câmara Cível do TJ-BA concedeu um prazo de 60 dias para a desocupação voluntária. No entanto, segundo a advogada Morgana Costa Cotias, representante dos proprietários, a determinação não foi cumprida.
"Essa decisão foi proferida há mais de seis meses. Estamos em outubro e, esse tempo todo, a empresa segue sem devolver o imóvel e sem pagar nada ao proprietário", relata a advogada.
Além da recusa em restituir a propriedade, os autores da ação estão preocupados com o acúmulo de dívidas, como IPTU e outras obrigações relacionadas ao imóvel.
O conflito começou com o término do contrato de locação, originalmente celebrado por 120 meses e com data final em julho de 2024. A não renovação foi formalmente comunicada aos ocupantes, que, mesmo assim, permaneceram no local.
O prazo de 60 dias concedido pelo TJ-BA, que visava facilitar a desmobilização da empresa, que alegou necessidade de desinstalar equipamentos e comunicar clientes e funcionários, expirou sem que a desocupação ocorresse.
Cotias reforçou que a empresa permanece no local mesmo sem ter pagado a caução, equivalente a três meses de aluguel, que era condição para manter qualquer direito à posse durante o processo.
De acordo com cálculos apresentados à Justiça, a dívida da academia com aluguéis não pagos desde o término do contrato já atingiu R$ 631.846,18.
Os usuários das regiões da Liberdade, Largo do Tanque, Calçada, Graça, Campo Grande e imediações terão novos atendimentos de transporte a partir desta quarta-feira (1º). A Secretaria de Mobilidade (Semob) criou quatro novas linhas para reforçar o atendimento nestes e em outras regiões da cidade.
Com operação em dias úteis, sábados, domingos e feriados, a linha 1150 – Terminal Acesso Norte x Terminal da França/Campo Grande (via Cidade Nova/Pau Miúdo) dará atendimento às regiões da Liberdade, Largo do Tanque, Calçada, entre outros. Em dias úteis, a linha fará 58 viagens, das 5h às 21h30, com intervalos entre 15 e 20 minutos. Aos sábados, serão realizadas 44 viagens, das 5h às 21h30, com intervalo médio de 20 a 30 minutos, enquanto aos domingos e feriados, serão feitas 27 viagens das 5h às 21h.
No percurso sentido bairro, a linha sairá do Terminal Acesso Norte e passará por Cidade Nova, Comércio, Pau Miúdo, Av. Pero Vaz, Liberdade, Largo do Tanque, Baixa do Fiscal, Calçada, Terminal da França, Ladeira da Montanha, Rua Carlos Gomes, chegando ao Campo Grande. Na volta para a estação, a linha passará pela Av. Contorno, Av. Jequitaia, São Joaquim, Calçada, Rua Nilo Peçanha, Largo do Tanque, Liberdade, Pero Vaz, Pau Miúdo, Cidade Nova, Av. Heitor Dias, retornando ao Terminal Acesso Norte.
A partir da linha 1150, mais duas linhas derivadas, chamadas linhas filhas, serão criadas para reforçar o atendimento em horários específicos. A linha 1150-01 – Pau Miúdo x Terminal Acesso Norte, fará seis viagens em dias uteis, das 5h20 às 6h25, aos sábados serão quatro viagens das 5h20 às 6h30 e aos domingos serão duas viagens, às 5h20 e às 6h. O trajeto será o mesmo da linha original, com exceção que partirá inicialmente do bairro para a estação, garantindo o atendimento dos usuários o bairro nos primeiros horários.
Já a linha 1150-02 – Terminal Acesso Norte x Pau Miúdo entrará em operação após o horário da linha original, e fará três viagens em dias úteis, às 22h05, 22h35 e 23h, duas viagens aos sábados, às 22h15 e 23h, e aos domingos às 22h08 e 23h.
Lapa - A linha 0101 – Lapa x Graça irá reforçar o transporte na região do Centro da cidade, para melhorar o atendimento de usuários das regiões da Avenida Sete de Setembro, Graça, Vale do Canela, Campo Grande, entre outros, que precisam fazer integração na estação da Lapa. A linha irá operar em dias úteis, das 6h às 22h, com intervalos de 20 a 30 minutos, realizando 33 viagens, e, aos sábados, com 10 viagens, das 6h às 13h.
O ponto de partida da 0101 será na estação da Lapa, passando Av. Vale dos Barris, R. Clóvis Spinola (Orixás Center), Politeama de Baixo, R. Forte de São Pedro, Av. Sete de Setembro, Largo do Campo, Av. Araújo Pinho, R. Dr. Augusto Viana, R. Padre Feijó, Av. Euclydes da Cunha e Largo da Graça. Na volta para a estação, a linha fará o caminho inverso, passando pelo Largo da Graça, R. das Graça, Av. 07 de Setembro (Corredor da Vitória), Largo do Campo Grande, R. Forte de São Pedro, Av. 07 de Setembro, R. Politeama de Cima, R. Direita da Piedade, Grande R. Politeama de Baixo, Av. Vale dos Barris, Praça João Mangabeira (5° Centro) e Av. Vale do Tororó.
Equipes da Semob e prepostos das concessionárias estarão nas estações para orientar os usuários sobre os novos atendimentos.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia abriu um inquérito para apurar um acidente de trabalho ocorrido na manhã da segunda-feira (29), no bairro do Horto Florestal, em Salvador. De acordo com as apurações, um trabalhador sofreu uma queda ao realizar atividades na fachada do edifício Cedro Horto, um empreendimento em fase de finalização.
Este é o segundo incidente grave registrado em canteiros de obra da mesma região em um intervalo inferior a duas semanas. No dia 19/09, o trabalhador Willian Santos de Oliveira, de 30 anos, morreu após cair de uma altura de aproximadamente 30 metros durante seu expediente na obra do edifício Poème Horto. A investigação desse primeiro caso, também de responsabilidade do MPT, segue em andamento.
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Com a instauração dos inquéritos, a finalidade do MPT é levantar informações detalhadas sobre as condições de trabalho vigentes nos locais. A apuração buscará esclarecer a estrutura de prevenção existente, as medidas de proteção coletiva e individual disponíveis para os funcionários e a organização do trabalho dentro do canteiro. O objetivo é verificar se todas as obrigações legais de segurança foram observadas pelas empresas e, caso seja identificado descumprimento da norma, adotar as medidas cabíveis.
A Câmara Municipal de Salvador aprovou o Projeto de Lei nº 103/2024, que reconhece oficialmente as quadrilhas juninas da capital baiana como manifestações da cultura popular.
O projeto, apresentado pelo vereador Téo Senna (PSDB), foi votado no dia 24 de setembro, e prevê a alteração da Lei nº 9.174/2016, que instituiu o Programa de Incentivo à Cultura, conhecido como Viva Cultura.
Para o edil, o reconhecimento da manifestação é essencial para que as demandas sejam atendidas e os grupos consigam apoio institucional como forma de salvaguardar a cultura junina na capital baiana.
Com a mudança, os grupos juninos passam a ter acesso direto ao programa de auxílio fiscal por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Para ter direito ao auxílio, é necessário que os grupos estejam cadastrados na Federação Baiana das Quadrilhas Juninas (Febaq). O próximo passo para que o projeto se torne lei é a aprovação do Prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).
Neste ano, a capital baiana realizou o IV Festival de Quadrilhas Juninas de Salvador, que integrou a programação do Arraiá da Prefs.
O espetáculo contou com a participação de oito quadrilhas, Germe da Era, Forró do Luar, Flor de Chita, Forró Asa Branca, Forró Mandacaru, Imperatriz do Forró, Forró do ABC e Capelinha do Forró.
Na época, o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, reforçou a importância do movimento das quadrilhas juninas para a capital e o apoio municipal.
“É um trabalho impecável que mobiliza toda uma comunidade, envolve vários profissionais e o resultado de uma competência e de um profissionalismo impressionante. Trazer as quadrilhas de volta para a Praça Municipal é recolocada no lugar que elas merecem, no centro da cidade, no lugar onde praticamente a cidade começou e onde elas merecem estar sempre. Então, o apoio à quadrilha junina é um compromisso da gestão pública municipal.”
O ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães, o ACM Neto (União), destacou que o governador do Goiás, Ronaldo Caiado (União), é a prioridade do União Brasil para as eleições nacionais de 2026. Em evento da Fundação Índigo, nesta terça-feira (30), o prefeito ressaltou o posicionamento da sigla, a qual atua como vice-presidente, mas reiterou a condição de independência a corrida eleitoral no estado.
“A gente não pode vincular o nosso projeto aqui na Bahia se A, B ou C vai ser candidato a presidente da República, por esse ou aquele partido. A gente tem que ter um projeto nosso no campo de oposição, que unifique as oposições, que trate do futuro da Bahia, que tenha responsabilidade com quase 20 anos de luta, enfrentando o PT no Estado”, destacou ACM.
Ele reforça, por sua vez, que apesar da luta pela “unificação da oposição” contra o PT, o União mantém o apoio a Ronaldo Caiado, ainda que o governador Tarcísio de Freitas seja candidato na ocasião. “Nesse momento a nossa preocupação é com a pré-candidatura do União Brasil, que é de Ronaldo Caiado. O governador Tarcísio, que é um grande quadro da vida pública nacional, é governador, hoje filiado aos Republicanos. Eu tenho defendido e quero aqui repetir que o melhor caminho é uma aliança que junte do centro à direita todas as correntes que possam fazer oposição ao PT”, afirmou o presidente da Fundação Índigo.
“Hoje, para a União Brasil, o que importa é o nome de Caiado, que é o nosso pré-candidato à presidência da República”, completa. ACM Neto ainda reflete que a candidatura atual se difere da última eleição, especialmente na ausência de Jair Bolsonaro.
“Uma coisa fato diferente do que aconteceu em 2022 dadas as circunstâncias daquela eleição. Eu espero que o União Brasil possa, para 2026, ter uma candidatura, seja própria ou em aliança e que não acompanhemos essa candidatura [do PT], inclusive numa aliança aqui no estado da Bahia. Então, muita coisa ainda vai acontecer”, conclui.
ANISTIA
O pré-candidato ao Governo do Estado, ACM Neto, comentou ainda sobre o projeto da anistia, que tramita no Congresso Nacional e prevê o perdão total ou o reajuste das penas aos denunciados pelos atos de 08 de janeiro.
“Na minha opinião, o Congresso Nacional, seja para aprovar ou rejeitar, seja para aplicar ou não dosimetria, precisa votar esse tema, precisa apreciar essa matéria e permitir que a agenda nacional continue e que os problemas do futuro do Brasil possam ser tratados”, afirma.
O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), por meio de sua Primeira Câmara, desaprovou nesta terça-feira (30) as prestações de contas de dois convênios ligados à Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). As decisões resultaram em multas para o ex-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), e na determinação de um débito de quase R$ 700 mil envolvendo um convênio em Salvador.
As contas do Convênio 011/2022, firmado entre a CAR e a Prefeitura de Ilhéus, foram desaprovadas por unanimidade. O tribunal considerou que o convênio tinha como objetivo a recuperação emergencial de estradas vicinais na zona rural, cruciais para o escoamento da produção agropecuária.
O ex-prefeito foi multado em R$ 2 mil. A penalidade foi aplicada porque, segundo o TCE-BA, os recursos públicos estaduais transferidos não foram aplicados, sem que houvesse uma justificativa razoável, "comprometendo a satisfação do interesse público".
Na mesma sessão, a Primeira Câmara desaprovou o Convênio 178/2013, celebrado entre a CAR e a Associação de Moradores e Amigos do Centro Histórico de Salvador (Amach).
Neste caso, o Tribunal determinou a imputação de débito no valor total repassado, de R$ 699.939,76. Este montante deve ser ressarcido ao erário estadual e sua responsabilidade é solidária à Amach e à gestora Jecilda Maria da Cruz Mello, que também recebeu uma multa de R$ 5 mil.
Além da gestora, dois ex-gestores da CAR, José Vivaldo Souza de Mendonça Filho e Wilson José Vasconcelos Dias, também foram multados em R$ 2 mil cada.
Em relação aos dois processos, o TCE-BA emitiu uma recomendação aos atuais gestores da CAR. O Tribunal sugeriu que a companhia aprimore seus controles internos, especialmente o acompanhamento da gestão financeira e da execução de obras, que evite atrasos na instauração e no encaminhamento de tomadas de contas ao TCE-BA.
As decisões da Primeira Câmara continuam sujeitas a recurso por parte dos envolvidos.
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, comentou nesta terça-feira (30) sobre a situação da saúde pública na Bahia. Ele destacou que, ao lado da segurança, a saúde é um dos principais problemas enfrentados pela população do estado.
“Não tenho dúvida de que esses dois elementos, segurança e saúde, são hoje as maiores preocupações do cidadão baiano. Afinal de contas, os problemas na rede estadual de saúde, a deficiência no atendimento médico e hospitalar, sobretudo no interior do estado, além das dificuldades relacionadas à fila da regulação, que o governador prometeu zerar e que só cresce, mostram a gravidade da situação”, declarou Neto durante o Fórum S.O.S Bahia – Saúde, realizado no Terminal Marítimo de Salvador.
Segundo ele, o objetivo do evento (que já teve uma primeira edição voltada à segurança pública) é expor as fragilidades da gestão de Jerônimo Rodrigues em relação à saúde.
“O nosso objetivo é chamar atenção para a grave crise enfrentada pelo setor e, ao mesmo tempo, apresentar soluções, mostrando experiências bem-sucedidas em outras partes do Brasil, que podem garantir uma gestão mais eficiente dos recursos e, principalmente, salvar vidas. Hoje, a forma como o governo do estado trata a saúde pública revela um descompromisso com a vida das pessoas. O governador prometeu, durante a campanha de 2022, zerar a fila da regulação e ampliar a rede hospitalar no interior, mas a realidade, quase três anos depois, é completamente diferente”, concluiu ACM Neto.
Câmeras e equipamentos de videomonitoramento instalados ilegalmente por grupos criminosos para acompanhar a movimentação policial foram removidos, na manhã desta terça-feira (30), durante a Operação Olhos Fechados.
A ação, deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e pela Polícia Militar da Bahia, ocorreu em diversos pontos da Baía de Todos-os-Santos (BTS), incluindo o Centro Histórico de Salvador, os bairros do Iapi, Liberdade, São Caetano, Lobato, Paripe, além de outras localidades sob a área do Comando de Policiamento Regional da Capital (CPR-C/BTS).
A Superintendência de Telecomunicações (Stelecom) também participou da operação, garantindo a retirada segura dos equipamentos.
Segundo o coronel Elismar Leão, comandante do CPR, até o momento já foram removidos 26 aparelhos.
“São ferramentas instaladas ilegalmente em vias públicas, via de regra em pontos sensíveis, e usadas pelas facções em prol do crime para monitorar o trânsito das forças policiais”, explicou.
Salvador foi palco, nos dias 11 e 12 de setembro de 2025, de um marco importante para o debate nacional sobre sustentabilidade no país. Durante o 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, representantes dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, além de membros da sociedade civil, academia, setor privado e organismos internacionais, firmaram uma Carta de Compromissos, um documento que tem como objetivo fortalecer a integração entre direito, sustentabilidade e desenvolvimento.
O texto surge em um momento estratégico para o Brasil, que se prepara para sediar a COP30. “A COP30 é uma oportunidade histórica para o Brasil exercer liderança internacional na agenda climática”, destaca o texto, que propõe transformar princípios em ações e compromissos em resultados concretos.
Entre os principais pontos da Carta, a indissociabilidade entre desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental; a responsabilidade intergeracional para garantir um futuro digno às próximas gerações; a importância da segurança jurídica para viabilizar a transição sustentável; o estímulo às fontes renováveis de energia, tecnologias de baixo carbono e projetos de eficiência energética, com atenção à exploração responsável do gás e infraestrutura necessária para garantir preços justos e segurança energética.
Além disso, o documento também defende o fortalecimento da participação social, da cooperação federativa e das parcerias público-privadas; o incentivo à economia circular, logística reversa e políticas públicas que reduzam desigualdades socioambientais, garantindo que povos originários, comunidades tradicionais e populações vulneráveis sejam beneficiados pela transição ecológica; inclusão da sustentabilidade nos currículos escolares e programas universitários, utilizando arte, cultura e comunicação para conscientização ambiental.
O documento se consolida como um marco para o alinhamento de ações e políticas públicas que buscam um Brasil mais justo, próspero e ambientalmente responsável. Para os organizadores do Congresso (ACB - Associação Comercial da Bahia, Ibrades – Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade e o Lide Bahia – Grupo de Líderes Empresariais), a Carta de Salvador representa um passo decisivo para transformar o debate jurídico em soluções práticas e efetivas, que respondam às demandas urgentes da sociedade frente à crise climática.
A capital baiana irá receber no dia 4 de outubro um dos maiores eventos dedicados a música gospel, a 16ª edição do Clama Bahia.
O evento gratuito, que será realizado na Orla de Piatã, a partir das 17h, irá reunir grandes nomes do cenário nacional.
Entre os nomes estão Felipe e Mariana Valadão, Lukas Agostinho, Lis Avancini, Daniela Araújo, Manah Brasil, Reizinho de Jesus e Pastor Waguinho.
A programação contará ainda com shows de Adriano Gospel Funk, Samba Pra God e o DJ Bob Dahora, além de um Espaço Eletrônico Kids, a partir das 16h, com apresentações de Ester Oliver e da Boneca Midres.
Os moradores queimaram objetos na pista e bloquearam a Rua Direta de São Marcos e Via Regional, entre os bairros de São Marcos e Pau da Lima, nesta segunda-feira (29). Os protestos nesta segunda dão continuidade às manifestações da comunidade em resposta a morte de dois jovens no domingo (28), durante ação da Polícia Militar.
? Moradores queimam pneus e paralisam avenida durante protesto em São Marcos
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O protesto dos moradores também chega à Avenida Gal Costa. Neste final de semana, dois homens foram baleados na localidade São Domingos. Os dois foram levados para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), mas não resistiram aos ferimentos. Um dos mortos foi identificado como Caíque dos Santos Reis, de 16 anos.
Na ocasião, a PM informou que “um grupo de homens efetuou disparos contra os policiais, que reagiram”. Além disso, a corporação indicou que o caso está sendo avaliado pela Corregedoria da Polícia.
Nesta segunda, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), os ônibus passam pela Via Regional sem acessar o bairro e seguem seu itinerário deste ponto.
Algumas das principais variações da moqueca baiana podem se tornar um símbolo cultural reconhecido em Salvador. Um projeto protocolado na Câmara Municipal de Salvador (CMS) na última quinta-feira (25), quer reconhecer as moquecas de siri, mariscos e camarão como patrimônio cultural das comunidades pesqueiras da Baía de Todos os Santos.
O projeto foi sugerido pela vereadora Eliete Paraguassu (PSOL), que, em sua justificativa, ressalta que a moqueca baiana tradicional, feita com peixe, já é reconhecida como um patrimônio cultural e gastronômico do município e um dos pratos mais emblemáticos e representativos da cultura baiana.
“As Moquecas de Siri, Camarão e Mariscos são destacadas neste projeto por se tratarem de pratos típicos das comunidades pesqueiras tradicionais, que mantêm uma relação direta com o mar e especialmente os manguezais”, diz o projeto, que reforça a tradição afroíndigena na preparação da iguaria baiana.
O projeto de nº 430 2025 será publicado no Diário Oficial da Câmara de Vereadores nas próximas edições antes de ser encaminhado para a supervisão do Legislativo e, posteriormente, às comissões.
Um projeto de indicação aprovado pela Câmara Municipal de Salvador (CMS) sugere ao Executivo que os condutores tenham até 72 horas para regularizar o pagamento da tarifa de estacionamento rotativo (Zona Azul), evitando a aplicação imediata de multas. A proposta, sugerida pelo vereador João Cláudio Bacelar (Podemos) poderá beneficiar milhares de motoristas na capital.
A medida busca resguardar aqueles que, por esquecimento ou dificuldades no uso do aplicativo, deixam de efetuar o pagamento no momento da utilização da vaga. No texto, o vereador considera que outros municípios no país já utilizam a medida, como Serrinha, no interior baiano, concedendo maior prazo para o pagamento do débito.
“Nosso objetivo é oferecer bom senso e equilíbrio. Muitas vezes, o motorista não paga a tarifa não por má-fé, mas por esquecimento ou falta de acesso imediato ao aplicativo. Com essa medida, damos oportunidade de regularização e evitamos penalizar injustamente o cidadão”, afirmou Bacelar.
Como um projeto de indicação, a proposta sugere ações, obras, serviços ou melhorias ao Poder Executivo ou a outros órgãos competentes, mas sem força de lei ou alteração na legislação.
Alguns suspeitos roubaram a chave de um ônibus da empresa Integra e fugiram na manhã desta segunda-feira (data a confirmar). A ação terminou no bairro de Amaralina, na Avenida Manoel Dias da Silva, em Salvador.
Segundo informações do Alô Juca, equipes das polícias Civil e Militar foram acionadas, mas até o momento ninguém foi preso. A motivação do ato ainda é desconhecida e será investigada pela Polícia Civil.
Uma chave reserva foi enviada ao local, permitindo a retirada do veículo da pista. O policiamento permanece reforçado na região do Nordeste de Amaralina.
Foto: Reprodução / Youtube
As diligências da Polícia Federal na Avenida Tancredo Neves, nesta segunda-feira (29), faziam parte de uma Operação de combate a comercialização ilegal de produtos eletrônicos. A operação Putridium Malum cumpridos onze mandados de busca e apreensão, em Salvador e Ituberá.
Na capital, as ações ocorreram na rua Ewerton Visco, no bairro do Caminho das Árvores, no Shopping Sumaré e no edifício comercial Boulevard Side. As ações desarticularam os procedimentos de pessoas físicas e jurídicas que comercializam produtos eletrônicos importados, de forma criminosa, sem o devido pagamento dos tributos, configurando crime de descaminho.
Ao todo, foram apreendidos cerca de 1.500 unidades de produtos eletrônicos, dentre eles celulares, relógios, fones de ouvido, notebooks e tablets. Além de quatro veículos, a quantia de R$ 57 mil e imóveis.
Os investigados responderão pelo crime de Descaminho, com pena de reclusão de até 4 anos, além de multa.
Salvador celebrou neste domingo (28) o encerramento de mais uma edição do Festival da Primavera em grande estilo. O último dia da programação foi marcado por uma homenagem a Raul Seixas, que completaria 80 anos em 2025, e por um clima carnavalesco na orla da cidade.
No início da noite, às 18h, o Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, recebeu o show especial “Raul de Todos os Santos”, que reuniu grandes nomes da música nacional para revisitar a obra do Maluco Beleza.
No palco, se apresentaram Lutte, Clement, Larissa Luz, Érika Martins, Lirinha, Clariana, Thathi, Rafa Luz, Chico Chico, Marcelo Nova, Majur e Otto, além de Marculino e Seus Belezas. A anfitriã da noite foi Vivi Seixas, filha de Raul, que contou ainda com a presença especial de Sylvio Passos, amigo e fundador do Raul Rock Club.
“Hoje, encerramos mais uma edição do Festival da Primavera com uma homenagem ao ícone do rock nacional, Raul Seixas — um artista que inspira liberdade e criatividade. Que seu legado ecoe em cada esquina de Salvador”, disse Isaac Edington, presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur).
O espetáculo reafirmou Raul Seixas como um dos maiores ícones do rock brasileiro, emocionando fãs de diferentes gerações que lotaram o espaço.
“Raul Seixas é um símbolo da nossa música e da irreverência baiana. Cresci ouvindo Raul com meu irmão, e suas letras sempre tiveram um significado especial para mim, falam de liberdade, autenticidade e sonho, valores que dialogam com a alma de Salvador. Celebrar seus 80 anos é celebrar também a força da nossa cultura, que inspira gerações e segue viva nos palcos da cidade. Por isso, fizemos questão de fazer essa homenagem aqui em Salvador. Viva Raul”, celebrou a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Ana Paula Matos.
CLIMA CARNAVALESCO
No final da manhã, o festival levou alegria para a orla da Boca do Rio. O projeto Mudei de Nome arrastou centenas de pessoas pelo Parque dos Ventos, em clima carnavalesco.
O grupo, formado por ícones da Axé Music como Ricardo Chaves, Magary Lord, Ramon Cruz e Jonga Cunha, subiu ao seu já tradicional pranchão, um trio elétrico em formato reduzido, que deixa os artistas mais próximos do público. Foi a segunda vez consecutiva que a atração integrou a programação do Festival da Primavera, reforçando o encontro da cidade com sua identidade musical.
O Festival da Primavera é uma realização da Prefeitura de Salvador, por meio da Saltur, e já se consolidou como um dos principais eventos culturais do calendário da cidade, celebrando a diversidade, a música e a história da capital baiana.
Na manhã deste sábado (27), a Polícia Militar, por meio da 37ª CIPM, recuperou um veículo com registro de furto no bairro de Pero Vaz, em Salvador.
Os policiais foram informados sobre a localização do automóvel e se deslocaram ao local acompanhados do solicitante. No local, confirmaram que se tratava de um carro furtado dias antes.
O veículo foi removido e encaminhado ao pátio da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, onde seguirá para registro da ocorrência e procedimentos legais.
Um homem foi preso na tarde de sexta-feira (26) sob a acusação de tráfico de drogas no bairro São Marcos. A ação foi realizada por militares da 47ª Companhia Independente de Polícia Militar (47ª CIPM).
De acordo com a polícia, a guarnição foi acionada para verificar uma denúncia de tráfico. Ao chegar ao local, os policiais foram recebidos a tiros por indivíduos armados, o que deu início a um confronto.
Durante a ação, um dos suspeitos foi alcançado e abordado pelos militares. Com ele, foram encontrados 12 pinos de cocaína e um rádio transmissor, segundo a polícia.
O homem e todo o material apreendido foram encaminhados à Central de Flagrantes para a adoção das medidas legais. De acordo com o relatório policial, ninguém ficou ferido durante a ocorrência.
O Esporte Clube Jacuipense recebeu neste sábado (27) a visita de Ahmed Abbassi, CEO da Qatar Stars League, a Liga de Futebol do Catar. Acompanhado de Leandro Silva, representante da Talents Sports, o dirigente foi recepcionado pela diretoria do Leão do Sisal durante as partidas do Campeonato Baiano Sub-15 e Sub-17, realizadas no Estádio de Pituaçu.
A presença de Abbassi teve como objetivo observar de perto jovens talentos revelados pelo clube baiano, além de estreitar relações institucionais e abrir espaço para possíveis intercâmbios esportivos e colaborações futuras. Fontes ligadas ao Bahia Notícias confirmaram que , além da observação aos jovens talentos brasileiros, a comitiva também avalia a compra de um clube no Brasil para transformá-lo em SAF, modelo que tem atraído cada vez mais capital estrangeiro.
A agenda do executivo catari em Salvador incluiu ainda um jantar realizado na última quinta-feira (25), na residência do ex-presidente do Bahia, Guilherme Bellintani. No encontro, foram discutidos os interesses de fundos internacionais em expandir sua participação no futebol brasileiro.
Além de Abbassi e Bellintani, participaram do jantar o diretor desportivo da Qatar Stars League, Antero Henrique, o diretor de futebol do Bahia, Cadu Santoro, o empresário Paulo Pitombera — responsável por intermediar a vinda dos dirigentes ao país — e o ex-jogador Ricardo Goulart, atualmente residente em Salvador.
O movimento catari acontece em meio à expansão do modelo SAF no Brasil, cenário que vem impulsionando a modernização da gestão dos clubes e atraindo investidores internacionais interessados no mercado nacional. Na Bahia, outros clubes também já aderiram ao formato, como Fluminense de Feira, Galícia e Ypiranga. Atlético de Alagoinhas e Colo-Colo aprovaram mudanças estatutárias e agora buscam investidores para viabilizar a transição.
Três mulheres foram presas em Salvador sob suspeita de integrar um esquema de estelionato que causou um prejuízo superior a R$ 44 mil a idosos. A ação policial, chamada de Operação "Falsas Cobranças", cumpriu mandados de busca e apreensão no bairro de São Gonçalo do Retiro.
As detidas são uma atendente de 26 anos, flagrada durante o expediente em um restaurante no bairro da Barra, uma confeiteira de 22 anos e uma empregada doméstica de 44 anos. De acordo com a Polícia Civil, o grupo utilizava máquinas de cartão de crédito registradas em seus próprios nomes, mas não as dos estabelecimentos, o que lhes permitia atuar em diversos pontos da cidade.
O método consistia em simular uma falha durante a transação. Conforme imagens de segurança obtidas pela polícia, uma das suspeitas induzia o cliente, geralmente idoso, a repetir o pagamento em uma segunda máquina após fingir que a primeira operação não havia sido concluída com sucesso. Essa prática resultava em cobranças indevidas.
Durante as buscas, foram apreendidas quatro máquinas de cartão e dispositivos eletrônicos. Após serem ouvidas na delegacia, as suspeitas foram liberadas e podem responder criminalmente pelo crime de estelionato.
As informações são do G1.
Um caminhão desceu descontrolado por uma das ladeiras do Pelourinho, no centro histórico de Salvador, na noite desta sexta-feira (26).
Veja vídeo:
O caminhão só parou após colidir com parte da estrutura da via. O incidente chamou a atenção de moradores, comerciantes e turistas que circulavam pelo local. Agentes da Transalvador foram acionados para controlar o tráfego e realizar a remoção do veículo.
Não há informações sobre as causas que levaram o caminhão a perder o controle e descer a ladeira. Apesar do susto, o incidente não deixou vítimas feridas.
Em evento realizado na capital baiana nesta sexta-feira (28), o portal Bahia Notícias (BN) celebrou a nova fase de ampliação do projeto Rota Bahia. A iniciativa, que agora reúne 23 sites e abrange 54 municípios do interior baiano, alcança um novo patamar, levando informação para mais de 8 milhões de pessoas no estado.
O evento, que lotou um auditório em área reservada, contou com a presença de grandes nomes da imprensa regional, como Dilton Coutinho, do portal Acorda Cidade, Ricardo Luzbel, CEO do Bahia Notícias, e Leo Valente, do Blog do Valente.
Veja a presença dos participantes:
??Expansão do Rota Bahia amplia alcance do projeto para mais da metade da população baiana
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 26, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/HgZaZZb3n7
A expansão do Rota Bahia foi recebida com entusiasmo pelos novos parceiros, Rodrigo Rattes do Alagonews, celebrou o movimento: "Projetos como esse engrandecem o papel da imprensa, principalmente a imprensa do interior. Iniciativas como o Rota Bahia são fundamentais para o desenvolvimento regional".
Conheça os novos integrantes do programa:
- Alagonews
- Augusto Urgente
- Bom Jesus da Lapa Notícias
- Caboranga Notícias
- Camaçari Notícias
- Catu Notícias
- Euclides da Cunha
- Giro em Ipiaú
- Portal Alerta
- PA4/ Portal Ozildo Alves
- Velho Chico News
Com as novas adesões, os membros mais antigos também destacam a importância da expansão desta iniciativa, que busca cada vez mais a ampliação do profissionalismo e do bom trabalho, levando informação de credibilidade para todo o estado.
Para Dilton Coutinho o Rota Bahia é sinonimo de valor da união pela informação e da regionalização: “É de extrema importância a regionalização das informações compartilhadas em nosso estado. Isso é relevante não só para os nossos portais, mas também para os nossos leitores”, ressalta.
Para Fernando Duarte, editor-chefe do Bahia Notícias, a expansão reflete uma estratégia de crescimento de uma rede sólida de informação.
"É uma relação de ganha-ganha entre a gente e os nossos parceiros do Rota. Estou muito feliz com esses veículos ao meu lado, com essa rica troca de experiências. Essa ampliação é fundamental para o nosso objetivo de levar informação de qualidade a todos os cantos da Bahia", salienta.
Rebeca Menezes, coeditora do BN, "Agora [estou] ainda mais feliz com a chegada de novos participantes ao projeto Rota Bahia", complementa.
Confira:
??Rebeca Menezes fala sobre a importância do Projeto Rota Bahia
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 26, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/fmMcw6WElD
Uma atitude do influenciador digital Lucas Guimarães, ex-marido de Carlinhos Maia, virou motivo de polêmica nas redes sociais.
De passagem por Salvador para a gravação do programa 'Eita Lucas', do SBT, o blogueiro pediu para trocar de quarto no hotel que estava hospedado após descobrir que o lugar tinha sido o mesmo em que o Rei do Pop, Michael Jackson também dormiu no quarto.
O hotel em questão foi o Wish Hotel da Bahia, antigo Hotel da Bahia.
"Lembra quando Michael Jackson veio para cá, com o Olodum, que parou Salvador? Eu descobri que me colocaram no mesmo quarto dele. Falei: 'Pelo amor de Deus! Me tira desse quarto, em nome de Jeová. Deus é mais! Fiquei com um medo terrível. Ó, mas eu já não gosto de dormir sozinho, ainda mais no mesmo quarto que Michael Jackson. Deus é mais! Nada contra, né? Mas Deus me livre! Eu não gosto não, fiquei com medo."
Após a repercussão do caso, Lucas se explicou na web. O influenciador foi transferido para o Hotel Fasano Salvador, localizado na Praça Castro Alves, e disse que não tinha nada contra Michael Jackson, mas tinha medo.
"Eu jamais iria desdenhar. Imagina a honra para mim, o privilégio de saber que eu estava no mesmo quarto, que tenho condições para poder pagar o mesmo quarto que Michael Jackson ficou. Imagina como eu me senti. Só que eu tenho medo. Eu tenho medo dos vivos e dos mortos. Não sou de desdenhar de ninguém."
Com intuito de proteger a população contra produtos falsificados, que podem representar riscos à saúde e à segurança, além de prejudicar o mercado formal, a Delegacia do Consumidor (Decon), em parceria com a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), realizou na última quarta (24) e quinta-feira (25) a Operação Comércio Legal, nos bairros do Itaigara, Pituba, Pernambués e na Avenida Sete de Setembro, no Centro.
Durante a fiscalização, foram vistoriados sete estabelecimentos comerciais, dos quais cinco apresentaram irregularidades. As notificações foram motivadas principalmente pela ausência de etiquetas de preços (cinco casos), além de um caso por falta de exemplar do Código de Defesa do Consumidor e outro por ausência de nota fiscal.
A ação também teve caráter educativo, orientando comerciantes e consumidores sobre a importância de adquirir produtos legais e seguros. Além de combater irregularidades, a operação busca conscientizar a população sobre os direitos do consumidor e estimular práticas comerciais responsáveis, fortalecendo a confiança no comércio local.
“Estamos reforçando nosso compromisso com a população, garantindo que o comércio em nossa cidade seja seguro e confiável. A Operação Comércio Legal é um exemplo de como o trabalho conjunto entre órgãos de fiscalização protege os consumidores, combate à pirataria e valoriza o comércio formal, promovendo mais justiça e segurança para todos”, destacou o diretor da Codecon, Marcelo Carvalho.
O órgão municipal é vinculado à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e faz fiscalização sobre os direitos dos consumidores na capita baiana.
Os consumidores podem relatar denúncias ao órgão por meio do app Codecon Salvador, pelo Instagram @codecon_salvador e pelo site codecon.salvador.ba.gov.br .
Uma das grandes novidades anunciadas pelo Governo da Bahia nesta sexta-feira (26) durante o lançamento do edital Ouro Negro 2026, foi a oficialização do Circuito das Águas, em Itapuã, que a partir de agora será beneficiado com recursos para a promoção das festas populares.
A oficialização do circuito, que existe há mais de 40 anos, é uma conquista para a comunidade local, que promove uma festa dentro do Carnaval de Salvador. Ao Bahia Notícias, Celso Di Niçu, organizador da Lavagem de Itapuã, celebrou a conquista.
"A efetivação do Circuito das Águas é um anseio já antigo da comunidade do Itapu. O Circuito das Águas foi inaugurado em 1980, com o primeiro desfile do Bloco Afro Malé de Balê. E ao longo desses anos, a comunidade Itapuazeira sempre vem fazendo as suas celebrações, começando na Lagoa do Abaité e terminando na Sereia, o que remete ao Circuito das Águas, às águas doces de Oxum, com as águas salgadas de Iemanjá."
Foto: Bianca Andrade/ Bahia Notícias
A oficialização do Circuito das Águas, que faz o percurso entre o Parque Metropolitano do Abaeté e o monumento à Sereia, vem com o propósito de dinamizar o Carnaval de Salvador e promover a festa fora dos circuitos tradicionais.
Para Celso, o Carnaval de 2026 será uma oportunidade de colocar Itapuã nos holofotes e levar a população para conhecer a festa feita no bairro, um dos mais tradicionais da capital.
“Esse ano nós estaremos prontos para fazer um Carnaval Ecocultural. O Carnaval, o Circuito das Águas, vai ser um carnaval para as pessoas participarem, mas também para irem conhecer as nossas tradições itapuazeiras, que são antigas e são extremamente culturais. Nós temos muitas coisas para oferecer a cidade.”
Salvador sediou, na tarde desta quinta-feira (25), a abertura da 20ª reunião da Comissão de Adaptação Urbana e Prevenção de Desastres (CASD), uma iniciativa da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) com apoio técnico do WRI Brasil. O prefeito da capital baiana, Bruno Reis, que também é presidente da CASD, foi o anfitrião do encontro, realizado no Polo de Economia Criativa Doca 1, no bairro do Comércio.
O evento, que tem como tema deste ano ‘Calor Extremo e Saúde nas Cidades’, reúne na capital baiana até esta sexta-feira (26) gestores municipais de diferentes estados, especialistas e parceiros institucionais para debater estratégias de adaptação climática, prevenção de riscos e saúde urbana diante dos impactos das mudanças climáticas.
A abertura também contou com a participação do prefeito de Francisco Morato (SP), Ildo Gusmão; do prefeito de Camaragibe (PE), Diego Cabral; da prefeita de Conde (PB), Karla Pimentel; do prefeito de Santa Bárbara do Tugúrio (MG), Donatinho; e da coordenadora de Adaptação Urbana do WRI Brasil, Lara Caccia.
Também estiveram presentes autoridades municipais de Salvador, como o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo, que também preside o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Defesa Civil das Capitais e Grandes Cidades Brasileiras (FNDC), e o secretário municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Bem Estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler.
Na abertura, o prefeito Bruno Reis falou sobre a importância do debate.
“A gestão municipal apresenta inúmeros desafios, e reconhecemos que a administração e a organização das cidades já constituem uma tarefa complexa para os gestores. Mesmo com o controle sobre diversos aspectos, a equação entre recursos limitados e necessidades crescentes é sempre um ponto de partida. A isso se somam os imprevistos, como os desastres naturais, que, infelizmente, têm se tornado mais frequentes e intensos a cada ano", declarou.
"A experiência da prefeita do Conde, na Paraíba, que enfrentou a maior chuva dos últimos 60 anos, é um exemplo dessa realidade que se repete não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Observamos uma crescente intensidade dos fenômenos naturais, com invernos mais rigorosos e verões com temperaturas elevadas. É nesse contexto desafiador que precisamos atuar”, acrescentou Bruno Reis.
O diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, também ressaltou o papel de Salvador na pauta climática.
“A Defesa Civil de Salvador tem se destacado em nível nacional. A Prefeitura tem progredido bastante nas discussões sobre mudanças climáticas. Diante desse cenário, alcançamos muitos avanços. Salvador possui protocolos bem definidos para diversas situações, como chuvas, áreas do Centro Histórico, altas temperaturas, períodos festivos, como o Carnaval e o Réveillon. Esses protocolos são implementados visando garantir a segurança dos moradores e turistas", disse.
Os prefeitos presentes também comentaram suas experiências em seus municípios.
“Em Francisco Morato, nos últimos dois meses, registramos mais de 90 ocorrências de queimadas, o que, lamentavelmente, tem gerado consequências preocupantes para a saúde da população. Estar em Salvador e poder acompanhar o trabalho do prefeito Bruno Reis nos proporciona maior resiliência e a possibilidade de implementar estratégias de enfrentamento em nosso município, mesmo que em outros estados”, avaliou Ildo Gusmão, de Francisco Morato (SP).
Na mesma linha, o prefeito de Camaragibe (PE), Diego Cabral, classificou a discussão como um momento para "compartilhar experiências". "Reconhecemos que os desafios enfrentados pelas cidades frequentemente se assemelham, e a busca por soluções é constante. A participação em encontros como este, que promovem a troca de experiências bem-sucedidas entre os municípios, nos permite identificar soluções para aprimorar a qualidade de vida em nossa cidade. Eventos como este fortalecem o municipalismo”, emendou o gestor.
AÇÕES
Presente na abertura, o titular da Secis, Ivan Euler, reforçou como Salvador tem trabalhado para enfrentar os efeitos do calor. “É um fato que a temperatura global está aumentando, e as cidades estão se tornando mais quentes, especialmente em regiões com menos áreas verdes. As ilhas de calor, que são áreas urbanas com temperaturas mais altas que as áreas circundantes, tendem a se intensificar. Neste evento, nos dois próximos dias, discutiremos o impacto dessas ilhas de calor na saúde humana", disse.
"No ano passado, a Secis e a Codesal, juntamente com a Ufba, realizaram o primeiro mapeamento das ilhas de calor em Salvador. Mapeamos a temperatura em três períodos distintos do dia – manhã, tarde e noite – para identificar as regiões mais quentes e aquelas com maior tendência a aumentar a temperatura. Com base nesses dados, estamos avaliando quais políticas públicas podem ser implementadas para mitigar as ilhas de calor e reduzir a temperatura. A arborização e a manutenção de áreas verdes, como o projeto Corredor Verde, lançado recentemente, são exemplos de medidas que visam diminuir as ilhas de calor em Salvador”, completou Ivan Euler.
Durante a abertura do evento, Bruno Reis e Sosthenes Macêdo lançaram o livro "Defesa Civil e os Novos Paradigmas", elaborado pela Prefeitura por meio da Codesal. A obra aborda a mudança de paradigma da Defesa Civil de Salvador, citando os avanços alcançados após sua estruturação, com foco na promoção da segurança da população por meio da prevenção e da redução de desastres. O conteúdo reúne ações e relatos que marcam a trajetória da Codesal, reforçando seu papel como referência nacional.
PROGRAMAÇÃO
A reunião segue nesta sexta-feira (26), com uma visita técnica organizada pela Prefeitura de Salvador para apresentar iniciativas de monitoramento de risco e adaptação climática, além de uma visita guiada à Galeria Mercado Modelo. À tarde, no Doca1, ocorrerá a mesa “Comunicação e Resposta à Saúde em Situações de Calor Extremo”, com Sosthenes Macêdo; Walace Medeiros, secretário de Defesa Civil de Niterói; e Andreza Rodrigues, professora e pesquisadora da UFRJ, sob moderação de Daniel Miranda, da FNP.
Na sequência, será realizada a mesa “Arborização Urbana e Soluções Baseadas na Natureza para Resiliência Climática”, com a participação de Ildo Gusmão, prefeito de Francisco Morato; Maurício Guerra, diretor de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima; André Fraga, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana; e o titular da Secis, Ivan Euler.
Um grupo de moradores do condomínio residencial Jardim Atalaia, no bairro do Stiep, em Salvador, denunciaram ao Bahia Notícias uma série de envenenamentos contra gatos em situação de rua na região. Ao todo, ao menos três animais teriam sido envenenados na região, incluindo uma gata doméstica.
Segundo a informação dos moradores, os animais faziam parte de uma colônia de aproximadamente 14 gatos em situação de rua, alimentados e castrados por um grupo de moradores voluntários. A condição é conhecida como “adoção comunitária”. Os casos de envenenamento, por sua vez, teriam iniciado a cerca de dois meses, quando uma gata doméstica morreu após ingerir veneno dentro das dependências do condomínio.
Mais recentemente, neste domingo (21), um gato preto e branco foi encontrado morto na casa de um morador, que relatou ter visto espuma na boca do animal antes de descartá-lo em um saco de lixo. Já na terça-feira (23), um gato laranja foi vítima de envenenamento na rua Araguaia, também dentro do condomínio. O animal foi encontrado em estado grave e socorrido por moradores, que arcaram com o internamento e a medicação de emergência. Um laudo da clínica veterinária confirmou o envenenamento.
A denúncia dos moradores aponta que a administração condominial não se manifestou oficialmente sobre os casos. “Moradores expressam preocupação com a gravidade da situação, já que a presença de substâncias tóxicas em áreas comuns ou privadas representa risco não apenas para gatos e cães, mas também para crianças que circulam pelo condomínio”, diz a nota do grupo de moradores ao BN.
Gato laranja vítima de envenenamento na terça-feira, 23 de setembro de 2025. Gato laranja envenenado espumando e com problemas para respirar resgatado por moradores que se envolvem com a causa. Gato frajola/preto e branco encontrado morto envenenado na casa de morador. Fotos: Reprodução / Arquivo pessoal
O mesmo grupo, que é responsável pela alimentação da colônia de animais comunitários, ressalta que a iniciativa sempre foi voluntária e organizada, com a maioria dos animais já castrada para evitar o aumento da população. Eles apontam que os episódios de envenenamento não são isolados, mas parte de uma sequência de casos já discutidos em reuniões condominiais.
Segundo relatos, um grupo de condôminos demonstra insatisfação com a presença dos animais e defende que eles “não deveriam estar ali”. A nota do grupo destaca que “As manifestações contrárias [a manutenção da colônia no condomínio], no entanto, não justificam práticas ilegais e representam risco à saúde pública, reforçando a necessidade de apuração formal”.
Conforme a lei nº 9.605/1998, que trata de crimes ambientais, o ato de envenenar, maltratar ou abusar de animais é conduta passível de detenção e multa. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão, além de outras penalidades. O Bahia Notícias entrou em contato com a Polícia Civil, que, por sua vez, solicitou que os episódios fossem formalmente registrados para a devida apuração. Confira a nota:
“A Polícia Civil da Bahia informa que casos de envenenamento de gatos ou outros maus-tratos contra animais devem ser comunicados imediatamente por meio de registro de ocorrência em qualquer unidade policial, de forma presencial ou pela Delegacia Virtual (www.delegaciavirtual.sinesp.gov.br), selecionando a opção 'Maus-tratos contra animais'.
É importante que o denunciante reúna, sempre que possível, informações como local, data, fotos, vídeos ou laudos veterinários que possam comprovar a ocorrência. Todas as denúncias são apuradas e podem resultar em responsabilização criminal, conforme previsto na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).”
Um Projeto de Lei encaminhado pela prefeitura de Salvador à Câmara de Vereadores propõe alterações na Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (LOUOS), a Lei nº 9.148 de 2016, que podem modificar o cenário de construções na Área de Borda Marítima, a orla, da cidade. Segundo o texto, se os projetos de novos prédios se enquadrem em algumas exceções, eles poderão ultrapassar os 75 metros de altura, cerca de 25 andares considerando a média de três metros por pavimento.
A proposta, enviada em regime de urgência na última quarta-feira (24), tem como um de seus objetivos, segundo a mensagem do prefeito, fortalecer a “regeneração urbana” como estratégia para dar função social a espaços degradados e subutilizados, estimulando empreendimentos que gerem emprego e renda.
As mudanças propostas estão concentradas em dois artigos da legislação vigente, o 111 e o 104, ambos tratando de incentivos e limites para a construção na orla.
Atualmente, um dos artigos permite que, como um incentivo à regeneração urbana, empreendimentos na Área de Borda Marítima superem o limite de gabarito (altura) local em até 50%. Para isso, é necessário o pagamento de uma contrapartida financeira e uma análise técnica que garanta não haver prejuízo urbanístico.
A lei original, no entanto, restringe esse benefício a projetos que promovessem a “substituição de edificações deterioradas”. A nova redação proposta pelo Executivo, em texto apresentado nesta semana, expande o alcance desse incentivo, acrescentando a possibilidade de aplicá-lo também para a “ocupação dos espaços subutilizados”.
Na prática, a mudança permite que o benefício de construir acima do gabarito local, mediante pagamento, se estenda a projetos em terrenos vazios ou subaproveitados, não se limitando mais apenas à renovação de prédios já existentes e em mau estado de conservação.
A segunda alteração, e a mais significativa, diz respeito ao artigo 104 da LOUOS. A legislação em vigor estabelece um limite de altura máximo e absoluto de 75 metros para qualquer edificação na Área de Borda Marítima, mesmo que a construção não produza sombreamento na praia. Esse teto se aplica inclusive aos projetos que utilizam o incentivo do outro artigo.
Agora, o novo projeto propõe uma alteração na redação, quebrando essa barreira absoluta. O novo texto estabelece que o limite de 75 metros “não se aplica” aos casos que se enquadram na exceção do artigo 103, que, por sua vez, remete ao incentivo de regeneração urbana do artigo 111 já mencionado.
Isso significa que um empreendimento que se beneficie do incentivo para superar o gabarito local poderá, a partir da nova lei, ultrapassar também o limite final de 75 metros de altura.
No entanto, para que essa flexibilização seja possível, o projeto introduz uma condicionante fundamental. A permissão para construir acima de 75 metros só será concedida se o “índice de ocupação máxima dos novos projetos não ultrapasse a metade do limite do índice de ocupação estipulado para a zona de uso que esteja inserido”.
O índice de ocupação é um parâmetro que controla a volumetria das edificações, definindo a relação entre a área que o prédio ocupa no terreno e a área total do lote. Na prática, a condicionante exige que, para ultrapassar o antigo teto de 75 metros, a edificação seja mais "fina", ocupando uma área menor do terreno.
As novas regras propostas não se restringem a bairros específicos, mas se aplicam a toda a Área de Borda Marítima (ABM) da cidade. Conforme detalhado na Lei atual, esta área é composta por 12 trechos que cobrem toda a extensão da orla, desde a Borda da Baía de Todos os Santos, passando por locais como a Calçada e a Barra, até a Borda Atlântica.
O instrumento legal que define os limites de altura para cada um desses locais é o chamado Gabarito de Altura Máxima das Edificações na Área de Borda Marítima (mapa 3). O mapa serve como ponto de partida para o novo projeto de lei, já que sobre os gabaritos nele estabelecidos que o incentivo à regeneração urbana permitiria um acréscimo de até 50% na altura das novas edificações.
Um dos pontos da legislação da orla é o controle do sombreamento das praias. Para a Borda Atlântica, que compreende os trechos de 6 a 12, a lei atual exige um rigoroso estudo solar para garantir que as novas construções não projetem sombra na faixa de areia entre 9h e 15h. Contudo, a lei já previa uma exceção a essa regra, dispensando o estudo para projetos enquadrados no incentivo à "regeneração urbana".
A alteração proposta pela prefeitura não cria, mas amplia o alcance dessa dispensa. Com a nova redação, o benefício de poder construir acima do gabarito sem a obrigatoriedade do estudo de sombreamento passa a valer não apenas para a substituição de prédios deteriorados, mas também para a "ocupação dos espaços subutilizados".
A regra se aplica a uma extensa faixa do litoral soteropolitano, que vai da Praia do Farol da Barra até Ipitanga, passando por bairros como Ondina, Amaralina, Pituba, Jaguaribe, Piatã, Itapuã e Stella Maris.
As mudanças constam no mesmo texto em que a prefeitura de Salvador propõe flexibilização de regras para elevadores no Centro Histórico. De acordo com a mensagem justificativa, a obrigatoriedade de instalação de elevadores em edificações com mais de 11 metros de altura pode ser tecnicamente inviável em imóveis antigos do Centro Histórico.
O projeto de lei (424/2025) foi protocolado na Câmara de Salvador na última quarta-feira (24) e aguarda publicação para seguir a tramitação nas comissões temáticas do Legislativo e posterior votação em plenário.
MUDANÇAS NA LOUOS
A prefeitura de Salvador deu entrada no novo texto no mesmo dia em que a Câmara aprovou quatro projetos de lei enviados anteriormente pelo Executivo.
Enre eles, um projeto que já pedia permissão para atualizar a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (LOUOS) e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). A proposta foi aprovada pela maioria da base do prefeito Bruno Reis (União), apesar dos protestos da oposição.
Dois homens acusados de envolvimento com compra e repasse de munições e armas para facções criminosas foram presos, nesta sexta-feira (26), durante a Operação Bomboniere em Salvador. A dupla, foragida da Justiça, foi localizada no bairro do Engenho Velho da Federação, por agentes das Forças Estaduais e Federais da Segurança Pública.
VÍDEO: Dupla responsável por munições e manutenção de armas para facção é presa em operação policial em Salvador
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 26, 2025
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Os presos, um homem com Certificado de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC), e um serralheiro, além de fazer a manutenção e troca de peças, fabricavam armas artesanais, peças e acessórios, como carregadores de munição. Ambos possuíam mandado de prisão em aberto.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), estima-se que, ao longo de dois anos, tenham sido comercializadas para integrantes de uma facção mais de 60 mil munições. Participaram da operação equipes Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia e das Polícias Civil (DESARME e CORE), Militar (COPPM, CPRs Atlântico e BTS, além do BPATAMO) e Federal (COT e GPI).
Forças Estaduais e Federais de Segurança Pública deflagraram no início da manhã desta sexta-feira (26), em Salvador, a Operação Bomboniere. O objetivo é desarticular um esquema de repasse de armas e munições para integrantes de uma facção.
As investigações, iniciadas há cerca de seis meses, revelaram que os suspeitos adquiriram grandes quantidades de munições e realizaram a venda de armas de fogo, incluindo fuzis e pistolas, para membros de uma organização criminosa.
Ordens judiciais são cumpridas por equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia e das Polícias Civil (DESARME e CORE), Militar (COPPM, CPRs Atlântico e BTS, além do BPATAMO) e Federal (COT e GPI).
Com inauguração prevista para o segundo semestre de 2026, a capital baiana contará com um novo equipamento cultural, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que ocupará o Palácio da Aclamação, um dos mais significativos museus-casas de Salvador e considerado um importante patrimônio histórico da Bahia.
Mas, antes mesmo que o CCBB tenha sua sede na cidade, a rede, gerida e mantida pelo Banco do Brasil, tem movimentado a cena cultural baiana, promovendo exposições, shows e espetáculos em pontos importantes da capital, como a exposição ‘Ancestral: Afro-América’, no MUNCAB, o concerto Gal80 com a Orquestra Sinfônica da Bahia, na Concha Acústica, e a estreia mundial do espetáculo ‘UM JULGAMENTO - depois do Inimigo do Povo’, com Wagner Moura, no Trapiche Barnabé, que deve ter novas datas.
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias
Em entrevista ao Bahia Notícias, Júlio Paranaguá, gerente-geral do CCBB Salvador, pontuou a importância de ter as ativações do centro cultural antes mesmo de ocupar o Palácio da Aclamação, como uma forma de se aproximar da população.
“Quando a gente tomou essa decisão, essa estratégia de chegar antes mesmo de estar com o espaço físico pronto, essa decisão estratégica de chegar antes, a gente percebe agora que foi fundamental ter feito isso, porque a gente começa a dialogar com a cidade, a criar parcerias, a dialogar com os espaços. A Bahia tem uma produção cultural muito forte, muito pungente, em todos os lugares. Então, a gente precisava criar esse diálogo. E a gente chega de forma muito humilde, somando com a cidade, somando com o Estado, conhecendo e dialogando com a classe artística”, afirma.
Até a ocupação definitiva do Palácio da Aclamação, a capital contará com outros projetos culturais espalhados por equipamentos históricos da cidade. Com a inauguração do espaço físico, a tendência é centralizar essas atividades no edifício histórico.
“Temos uma expectativa muito grande de inaugurar no ano que vem, no segundo semestre. Com a inauguração do espaço, a gente passa a ter uma redução dessa ocupação em outros lugares. O movimento natural é passar a ter uma programação no próprio espaço. Mas a gente pretende continuar com algumas ações acontecendo na cidade. A gente fala que a gente quer extrapolar o prédio. Não só acontecer ali dentro do prédio, [mas] extrapolar o prédio e acontecer para a comunidade, na rua, na praça, no passeio público e em outros espaços.”
OCUPAÇÃO DO PALÁCIO DA ACLAMAÇÃO
A instalação da quinta unidade do CCBB é fruto de um acordo firmado com o Governo da Bahia. O investimento feito pelo Banco do Brasil, que havia sido antecipado pelo Bahia Notícias em 2023, contempla a restauração dos mais de 10 mil metros quadrados do imóvel de estilo neoclássico, que foi residência oficial dos governadores baianos.
“O Palácio da Aclamação é um prédio histórico na cidade, foi residência dos governadores por mais de 50 anos, um prédio lindo. E a instalação no Palácio da Aclamação é fruto de uma parceria com o governo do Estado, porque o Palácio está em um processo de concessão pública para o banco. O banco assume a posse do prédio, restaura e instala ali o centro cultural, que será o quinto. O primeiro foi no Rio de Janeiro, em 89, há quase 40 anos, e agora a gente chega em Salvador”, afirma Júlio.
Foto: Fernando Vivas/ GOV BA
A presença do CCBB no centro da capital baiana reforça o propósito do banco, que é a democratização do acesso à arte, além de contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura.
Ao Bahia Notícias, Júlio ainda celebrou a aceitação do público às atividades que vêm sendo realizadas na capital baiana e a adesão. O gerente-geral ainda pontuou a principal dificuldade com o CCBB atualmente: conseguir abraçar a cultura local e a nacional, oferecendo ao público um conteúdo diverso.
"A gente está muito feliz. A receptividade, o feedback que a gente tem recebido da população, das pessoas, dos artistas, é maravilhoso. A gente está bem feliz. E tem sido um desafio montar essa programação, né? Porque tem que ser uma programação que valorize o que é local, mas que também dialogue com o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Então tem sido um desafio muito grande. E esse feedback que a gente tem percebido tem sido muito positivo. Estamos bem felizes."
BOAS NOVAS DO CCBB
Uma apuração feita pelo Bahia Notícias descobriu que o barulho feito nas redes sociais, após os ingressos esgotarem em 18 minutos para a estreia mundial do espetáculo ‘UM JULGAMENTO - depois do Inimigo do Povo’, com Wagner Moura, no Trapiche Barnabé, fez efeito.
É esperado que datas extras do espetáculo sejam anunciadas pelo CCBB ainda nesta semana. A temporada do espetáculo contará com nove apresentações em Salvador, do dia 3 ao dia 12 de outubro, sendo segunda, quarta, quinta e sexta às 20h, no sábado às 21h, e no domingo às 19h.
Foto: Caio Lírio
Ao site, Júlio comemorou a movimentação que a programação promovida pelo CCBB na capital tem causado, mas não falou sobre as novas datas.
"Ontem foi a venda de ingressos da peça de Wagner, né? Que foi uma loucura. Mas que bom, né? Mostra que as pessoas estão acompanhando o que a gente está fazendo, estão interessadas, [e que] as escolhas que a gente tem feito de conteúdo, de programação [são boas]. Porque o mais importante é o conteúdo. Então, significa que as pessoas estão se interessando por esse conteúdo."
SOBRE O ESPETÁCULO
Baseado na obra clássica do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, o espetáculo ‘Um Julgamento – depois do Inimigo do Povo’ tem direção de Christiane Jatahy e conta a história do médico e cientista Thomas Stockmann, interpretado por Wagner Moura, que descobre que as águas do Balneário Termal de sua cidade estão contaminadas.
Ao tentar alertar as autoridades para proteger a população e os turistas, ele vê suas intenções fracassarem e acaba condenado como um Inimigo do Povo, acusado de querer prejudicar economicamente a cidade e de ignorar a vontade da maioria.
Não é segredo para baianos ou soteropolitanos que a dominação territorial do tráfico de drogas vem se intensificando nos últimos anos, com números de segurança pública que reforçam a tese. As dimensões desta dominação, no entanto, podem ser tão sutis quanto evidentes à luz do dia nos muros, postes e superfícies urbanas da cidade. Com o tempo, as pichações da capital, que antes exibiam símbolos e textos de sentido político ou artístico, passaram a mapear as áreas de dominadas por organizações criminosas nas periferias.
Os escritos aparentes em quase todos os bairros da capital deixaram de ser coadjuvantes na paisagem urbana para atuar como sinalizações gritantes aos desavisados. O Bahia Notícias conversou com o pesquisador Anderson Eslie, mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela Universidade Estadual de Campinas, autor da dissertação “Pichação: arte pública e resistência: Como criação artística permite a formação de uma identidade e resistência de grupos de jovens de bairros periféricos em Salvador”, para compreender a disseminação e as características da pichação na Bahia, em especial na capital baiana.
O autor destaca, inicialmente, que o grafite e a pichação são manifestações advindas das mesmas práticas. As tintas em spray e a relação com a cidade são similaridades que mantém ambas as artes próximas, porém cada uma evolui e se dissemina de maneiras específicas.
“O grafite aqui em Salvador, em específico, tem um processo de reconhecimento, ainda que com algumas questões importantes, em relação a questões legais e de entendimento da população, de uma perspectiva artística e estética mais voltada para uma arte contemporânea. Mas hoje eu acho que tá muito mais estabelecida a questão do grafite. Você tem pessoas importantes que levam a alcunha de grafiteiros e levam essas expressões, inclusive para dentro de espaços como museus”, afirma.
Foto: Reprodução / Blog Letrado nas Ruas / Tumblr
Então os materiais e as “telas” urbanas aproximam, as percepções sociais e as questões ideológicas distanciam ambas as práticas. “A partir daí você tem questões ideológicas nessa concepção, porque o grafite e a pichação, são eminentemente expressões para a rua, esteticamente voltadas para a cidade, para dialogar com a cidade, inclusive dando voz a grupos sociais invisibilizados na dinâmica da cidade”, explica.
“Mas a pichação ela é um traço mais simples, esteticamente elaborado pelos seus indivíduos dentro dos grupos e ela tem a pretensão de ser um registro na cidade e que tem como um princípio estético a catarse pela agressão. Sem isso deixa de ser pichação”, explica o Mestre pela Universidade Federal da Bahia.
Anderson detalha que “a ideia da pichação é que você tenha de fato causar um olhar de choque”. “[Esse olhar] Pode ser tanto esteticamente, que te leve esteticamente a pensar a pichação como um algo bonito, esteticamente bem elaborado ou como sujeira, como expressão de vandalismo, qualquer coisa do tipo. A ideia é exatamente criar essa sensação dúbia”, delimita.
O pesquisador explica que a manifestação do grafite e do picho teve início, no Brasil, a partir dos anos 60, em paralelo às repercussões da ditadura militar no país e a Primavera Estudantil na França. Porém, na Bahia, o movimento tem início no movimento punk dos anos 70, com um grupo chamado de Vermes do Sistema. No entanto, o crescimento desses grupos se deu, especialmente, no início dos anos 2000.
“Eu acho que, entre nós 97 e 2002, a gente tem um boom assim de grupos e com todo um perfil de classe, de raça, de gênero bem específico. Você tem grupos de homens em sua maioria, pessoas negras, vindos de bairro de periferia, que se concentravam muito aqui no Centro, e faziam todo aquele processo de convivência, de trocar tags, que são as assinaturas e se organizar.”
“Se você for perguntar para um pichador porque picha, você vai ter várias respostas, mas que elas vão dialogar em lugares muito comuns, que é essa coisa da crítica ao sistema, do lutar contra o sistema”, relata. “Ainda que esse, ainda que o termo ‘sistema’ seja aquela coisa meio nebulosa, você entende que, na verdade, é ou a falta do direito do cidadão e do dever do Estado ou o excesso do Estado, quando a gente pensa no nos aparatos de repressão com a polícia e segurança pública.”
Foto: Reprodução / Rildo de Jesus / TV Bahia
E, enquanto artistas pichadores protestam contra a lógica punitivista do sistema de segurança pública, a prática do picho é apropriada por outros grupos sociais, que utilizam a prática nos seus próprios termos, como é o caso das facções criminosas.
A ideia de deixar um registro na cidade e se fazer parte dela é usurpada por grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas que se utilizam de pichações para estabelecer domínio sobre os territórios e “mapear” sua presença nas periferias soteropolitanas. Assim como a estética e o “letrado baiano”, variação estilística do picho criada na Bahia, é substituída pelo desleixo e padronização dos registros.
Por fim, a carga simbólica e temática da “luta contra um sistema sociopolítico opressor” é esvaziada por uso de siglas e símbolos que remetem unicamente aos grupos criminosos em disputa. Para falar sobre os aspectos da disseminação territorial das facções na Bahia, entrevistamos o doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, Antônio dos Santos Lima.
Com estudos na área de sociologia do conflito, organizações criminais, conflitos armados e controle territorial, o especialista contextualiza que a noção de territórios, para as facções, “se baseiam em exclusividade com interesse de realizar expansão econômico e territorial” da organização.
Assim, a dominação dos territórios se dá por meio da “regulação dos espaços” em diferentes moldes. “A partir disso, eles se implantam num lugar, se estabelecem num lugar, regulam [os espaços] a partir de regras extrajudiciais e eles começaram a desenvolver símbolos. Então, esses símbolos passaram a ser parte da pichação, porque era preciso identificar cada lugar”, aponta Lima.
Desde números e os nomes de cada grupo até os “mascotes do tráfico”, a simbologia das organizações criminosas vai sendo impressa das comunidades por meio da pichação. “Inicialmente com [o número] três, com o dois, cinco, sete, eles colocavam esses símbolos e depois eles começaram a se identificar com outros, por exemplo, o escorpião, a carpa, a estrela de Davi. Então, eles começaram, além de demarcar os territórios em termos regulatórios, eles começaram a demarcar também do ponto de vista simbólico”, detalha Antônio.
Compreendendo que as facções criminosas já atuam na Bahia há algumas décadas, o pesquisador explica o que tornou a dominação territorial tão palpável e explícita nos últimos anos. Antonio conta que enquanto aos grupos criminosos baianos se “autorregulavam”, eles eram menos organizados ao nível de “instituição” e suas as disputas territoriais eram menos violentas.
“Enquanto as organizações criminais da Bahia se autodenominavam, porque tem organização criminal na Bahia que não tem denominação, que não tem nome, essas organizações tinham contato, fornecimento de insumos, fornecimento de arma de fogo, fornecimento de matéria-prima de outras organizações. E eles estavam, sim, ligados, afiliados ao Comando Vermelho (CV) ou ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Na verdade, o que aconteceu foi uma mudança na estratégia”, define.
Ele explica que essas organizações mais estruturadas, especialmente vindas do sudeste, resolveram se estabelecer onde seus afiliados atuavam, estabelecendo novas regras e critérios de atuação. “Comando Vermelho resolveu chegar aqui na Bahia e fazer esse acordo com eles e mudar o nome, mas a maioria dos traficantes que estão atuando na Bahia são baianos, só que eles mudaram a denominação. Eles estão mudando de nome e assumindo o nome de origem dos seus aliados antigos que são o Comando Vermelho, PCC e a Família do Norte”, destaca.
Foto: Arquivo / Agência Brasil
Antônio conclui ressaltando que ainda que alguns modos de organização tenham sido “importados” do sudeste, a Bahia ainda possui uma dominação territorial menos restritiva que em outros estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo. “Dentro das favelas dominadas pelas organizações criminais, considerando que as baianas são muito parecidas com as do Rio de Janeiro, há uma certa semelhança, mas não é tão semelhança assim”, inicia.
“Lá, por exemplo, a internet é fornecida pelo tráfico ou pela milícia. Eles cobram a venda do gás. Eles pedem, por exemplo, uma quantia dos comerciantes. Aqui ninguém pede nada dos comerciantes”, completa.
De volta à temática da pichação, o pesquisador Anderson Eslie destaca que, apesar da nova conotação atribuída a pichação por conta do tráfico, a reputação da prática segue a mesma. “Na verdade, eu diria que não [houve impacto negativo]. Eu diria que a prática do picho, de uma maneira geral, já é bastante criminalizada, estigmatizada, independente da sua atuação”, afirma.
Ele reforça ainda que o tráfico também não é o único grupo a se utilizar da prática anteriormente: “A prática da pichação diz respeito a vários grupos sociais específicos, então, ela tá aberta. Inclusive grupos de torcidas organizadas, que aqui em Salvador tem muito a questão dos distritos, vão pichar e fazer distinções territoriais dos distritos das torcidas rivais, de Bahia e Vitória”, relata.
“Nesse sentido, a pichação é um fenômeno que engloba todas essas manifestações”, diz Eslie. Porém, para ele, a relação com o tráfico “é uma tônica de muita confusão entre pichadores e traficantes, ou traficantes e pichadores, enfim, por conta exatamente do ‘risco na parede’ ser associado, mais ou menos, à questão do território de tráfico, o que não necessariamente é verdade, mas como um fenômeno na totalidade, acho que não é mais ou menos criminalizado, não”, conclui.
A segunda fase da Operação Comércio Legal, deflagrada nesta quinta-feira (25) por equipes da Delegacia do Consumidor (Decon), apreendeu milhares de peças falsificadas de vestuários, comercializadas em bairros de Salvador e no município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
A ação visa coibir a venda irregular de mercadorias falsificadas. Ao todo, quatro estabelecimentos comerciais foram vistoriados pelas equipes da Decon nos bairros de Pernambués, Barroquinha, no centro da capital baiana e na cidade de Lauro de Freitas.
Camisas, calças, bermudas, tênis, cintos e óculos foram apreendidos durante a ação. Equipes da Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) e da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) participaram das diligências.
A operação foi deflagrada após representantes de marcas internacionais de vestuários e acessórios registrarem ocorrência na unidade policial especializada. Responsáveis pelas lojas fiscalizadas foram conduzidos à delegacia para prestarem depoimento.
Um dos projetos aprovados pela Câmara Municipal de Salvador na "super pauta" desta quarta-feira (25), o PL 52/2021, regulamenta a colocação de mesas e cadeiras em praças, calçadas, vagas de veículos e estacionamentos na capital baiana. O texto, enviado a Casa em 2021 pelo vereador Daniel Alves (PSDB), prevê um novo ordenamento das regras para a utilização dos espaços em questão.
Podendo afetar o funcionamento dos principais bares de rua da capital, em bairros como Saúde, Santo Antônio, Além do Carmo, Pituba e Itapuã, o texto indica que "o espaço público só poderá ser utilizado durante o funcionamento do estabelecimento". Os artigos da legislação indicam ainda que o espaço só poderá ser utilizado desde que:
1. As calçadas e passeios estejam livres para a passagem de pedestres e pessoas com deficiência;
2. Os objetos dispostos nos espaços públicos sejam removíveis e não causem dano ao patrimônio público;
3. A ampliação da área ocupada pelos estabelecimentos deve ser devidamente protegida ou ter seus limites demarcados;
4. Em caso de uso de sombreiros ou ombrelones, os objetos devem ser padronizados;
5. O estabelecimento ocupe o espaço público correspondente aos limites laterais do imóvel;
6. A ocupação não implique na realização de obras de pisos, muretas ou fixação de peças na calçada;
7. Sejam conservadas as áreas de trânsito e a área ocupada.
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A proposta foi criada no cenário da pandemia de Covid-19 e destaca, no 1º artigo, que "locais públicos e estabelecimentos privados que se enquadram ao disposto nesta Lei deverão seguir normas sanitárias e protocolos de saúde vigentes".
A lei, aprovada pela Câmara, agora segue para análise do Poder Executivo, com poder de sanção ou veto da proposta.
O projeto “Florence Fronteiras” impulsionou os debates sobre tratamento de reabilitação e cuidados paliativos à capital baiana, nesta quarta-feira (25). O evento, que é fruto de uma parceria entre a Clínica Florence e a Santa Casa da Bahia, ocorreu na Pupileira, com uma palestra da médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes, com a temática “Dignidade até o fim: uma conversa necessária”.
Ao Bahia Notícias, o médico Lucas Freire Andrade, fundador e CEO da Clínica Florence conta sobre o propósito da realização do evento. Destacando a sensibilidade do tema e os conflitos sociais em torno dos cuidados paliativos, ele ressalta o protagonista do “Florence Fronteiras”.
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
“É muito importante a gente criar fóruns qualificados para ter essa discussão. A gente tem um evento aqui com uma pessoa que é uma referência nesse tema, a nível nacional e internacional. Um evento cheio, com mais de mil pessoas, e para discutir um tema que, culturalmente, não é tão natural conversar sobre. Não faz parte da nossa cultura, tem até uma série de tabus, de crenças. Então é necessário se criar fóruns para que a gente possa ter esse tipo de discussão como esse promovido hoje pela Florence e pela Santa Casa [da Bahia]”, destaca Andrade, que possui especialização em cardiologia.
Sobre a palestra da doutora Ana Claudia Arantes, ele destaca a relevância da convidada. Autora de livros consagrados como A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver e Pra Vida Toda Valer a Pena Viver, Ana Claudia é conhecida pela tratativa senível e profunda em torno dos temas.
“Eu vim falando com a doutora Ana [Ana Cláudia Quintana Arantes] antes do evento e até agora, durante a palestra, a fala dela tem falado sobre a questão da importância desse tratamento para amenizar a dor, para amenizar justamente o sofrimento antes da morte”, sucinta o gestor.
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
Lucas Andrade ressalta ainda a atuação prática da Florence nos cuidados paliativos. A Clínica Florence atua como um hospital de transição e referência nacional em Cuidados Paliativos e Reabilitação Intensiva, com unidades em Salvador e Recife.
“O que a Florence faz, e o Hospital Monte Serrat [Hospital Estadual Mont Serrat – Cuidados Paliativos, inaugurado em 2025] também, é o cuidado paliativo e também reabilitação, mas o que ela [a clínica] faz com os pacientes de cuidado paliativo é endereçar diversas dimensões do sofrimento do paciente e de sua família, entender que ele é muito mais do que uma doença, que um diagnóstico, e no processo de cuidado, tentar endereçar todas essas necessidades, mantendo o protagonismo desse paciente. Os valores, as crenças, as preferências e ajudá-lo, tanto o paciente quanto a família, a navegar nesse momento, que é possivelmente o momento mais difícil da vida”, explica o especialista.
O gestor completa ainda que a temática precisa ser universalizada, para alcançar ainda mais pessoas. “Então, é um tipo de cuidado, de assistência, que é extremamente necessário, principalmente se a gente considerar que todos nós vamos morrer um dia”, conclui.
O evento, de cunho beneficente, terá sua renda destinada aos Centros de Educação Infantil da Santa Casa da Bahia, que atendem mais de 600 crianças de 2 a 5 anos com educação integral, alimentação, acompanhamento psicológico e atividades culturais e esportivas.
A Câmara Municipal de Salvador (CMS) aprovou, nesta quarta-feira (24), um projeto de lei que determina as salas de cinema da capital baiana a iniciarem a exibição dos filmes no horário previamente divulgado na programação oficial.
O Projeto de Lei nº 145/25, do vereador Randerson Leal (Podemos) garante que os cinemas da nossa cidade iniciem as sessões no horário previamente anunciado, respeitando o tempo e o direito do consumidor. Fico muito feliz em ver mais uma proposta nossa avançando e se transformando em lei, porque cada conquista representa mais qualidade e respeito para os soteropolitanos”.
SOBRE O PROJETO
De acordo com o texto do projeto, será considerado como início da sessão apenas o momento em que começa o conteúdo principal, ou seja, o filme, não sendo computados trailers, propagandas comerciais ou institucionais. As peças publicitárias deverão ser exibidas antes do horário oficial, sem atrasar o início da obra.
Além disso, a nova lei prevê sanções administrativas graduais. Na primeira infração, o cinema será advertido por escrito. Havendo reincidência, a multa aplicada será de R$ 5 mil. Caso o descumprimento continue, poderá ser determinada a suspensão temporária do alvará de funcionamento por até 30 dias.
A fiscalização e a aplicação das penalidades ficarão a cargo dos órgãos municipais de defesa do consumidor, especialmente o PROCON Salvador.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Tivemos que descer, com medo que pegasse fogo".
Disse o presidente Lula ao relatar que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em que ele estava, apresentou um problema durante viagem ao Pará. Durante entrevista a TV Liberal nesta sexta-feira (3), o presidente revelou que passou pelo problema e pelo imprevisto antes da viagem para o Pará. Ele está no estado desde quinta para entregar obras relacionadas à COP 30.