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“A vida é diferente depois do túnel”, foi uma frase amplamente repercutida no Brasil nas últimas semanas, com relação à organização urbana do Rio de Janeiro. Após uma operação policial em duas comunidades da zona oeste, o Brasil foi tomado por uma comoção que expôs o contraste dos modos de vida nos centros urbanos do Brasil, para além da segurança pública. Ficou - ainda mais - claro que as marcas da desigualdade podem ser vistas a olho nu, o urbanismo das ruas, na arquitetura dos domicílios e no uso dos espaços públicos.
Olhando para Salvador, em que bairros mais pobres se amontoam ao lado de shopping centers e prédios de alto padrão, o urbanismo ajuda a explicar como nasceram as comunidades descritas como “favelas”. Para entender esse fenômeno, o Bahia Notícias conversou com a arquiteta e urbanista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Angela Maria Gordilho.
A pesquisadora, com mais de 50 anos de formação, conta que, para compreender a capital baiana, é necessário fazer uma viagem histórica e considerar fatores econômicos e social que tornam Salvador um exemplo tão complexo de urbanização.
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DESIGUALDADE URBANÍSTICA
Angela detalha que “o urbanismo é o estudo do processo de urbanização da cidade, mas a urbanística é a maneira que essa cidade se faz”. “Se um lado tem pobreza, habitações pequenas, verticalizadas, sem áreas verdes, sem áreas de cultura, sem equipamentos urbanos, por isso elas vão sendo segregadas. Hoje você tem mais um elemento que segrega mais ainda que é a própria violência e o domínio de grupos de contravenção”, destaca a pesquisadora.
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Foto: Tânia Rego / Agência Brasil
A professora de Arquitetura destaca que, em Salvador, a lógica de “periferia” não se aplica como em outro grande centros urbanos brasileiros, justamente porque as zonas mais pobres se misturam com os centros financeiros e de poder. É o caso do bairro de Pernambués, onde está localizado o principal shopping center da capital e possui um dos metros quadrados mais caros da cidade, e ainda foi - ou parte dele foi - considerado uma das maiores favelas de Salvador, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Essa coisa da periferia é exatamente porque ‘está fora do centro’, periferia é o que está fora do centro, mas não é o centro geográfico. Você pode estar dentro do centro geográfico e ser periferia. Nordeste de Amaralina e Calabar, são isso. Porque historicamente não tem as mesmas condições de investimento público do estado e, além disso, o investimento privado é muito escasso”, explica.
Salvador ainda possui uma peculiaridade: nem todas as comunidades ou “favelas” são invasões ou ocupações totalmente irregulares, mas, ainda que as casas possuam alvará de construção e domínio, essas regiões estão “a margem” das legislações urbanísticas.
“As casas são inacabadas, não tem reboco, são pequenas, vão crescendo para cima. Essa periferia, retirando os conjuntos habitacionais, que foram feitos conforme as normas, apesar de mais pobres do que a cidade central, as ocupações não seguem nenhuma norma urbanística da cidade. É uma ocupação a revelia das normas, por isso é chamado de informal também. Não necessariamente por uma questão jurídica, que hoje quase todas estão legalizadas em termos de propriedade da casa e do solo, mas é um urbanismo incompleto”, define a arquiteta.
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Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Foto: Reprodução/TV Bahia
Angela comenta ainda sobre o uso do termo “favelas”. Ela conta que o termo é importado das ocupações do sudeste. “Em Salvador não se usa essa palavra favela. Isso aí vem das novelas do Rio de Janeiro que acabou dominando as áreas de pobreza. Mas em Salvador era chamado de bairros pobres, porque não era ocupação, [o terreno] era arrendamento, ou doação”.
Um ponto de encontro entre a formação das favelas do Rio de Janeiro e Salvador é que, na capital baiana, parte das ocupações em zonas turísticas e de alta renda também foram retiradas por ações governamentais, ainda que menos violentas.
A professora da Universidade Federal da Bahia relata um dos casos: “A invasão da Ondina, que era ali onde tem o Othon, foi retirada e as pessoas foram levadas para Itapuã e Boca do Rio. O Estado foi tirando essas favelas que estavam nas zonas valorizadas, mas nem todas eles puderam tirar, porque algumas já eram muito grandes, como o Calabar”, suscita.
E A GESTÃO?
Enquanto pesquisadora da história do urbanismo de Salvador, Angela Maria relata que ainda teve a oportunidade de atuar como Secretária de Habitação da Prefeitura Municipal de Salvador (Sehab), entre os anos de 2005 e 2008. Trazendo a experiência do âmbito acadêmico para o curto período de gestão, a urbanista explica que todo projeto de reestruturação da habitação começaria pelos bairros e pequenas localidades.
“Eu já fiz alguns planos de bairro para Salvador, são pouquíssimas que existem. Eu fiz exatamente quando estava secretária. Coloquei na prática as coisas que a gente analisava [na Universidade]”, afirma.
Ela destaca ainda o cenário sócio-político de seu mandato: “Nós achávamos que o Brasil ia mudar porque o Estatuto da Cidade tava sendo colocado em prática, os arquitetos todos uma luta muito grande e o governo federal criou o Ministério das Cidades, então havia todo um movimento de ‘Agora vai’”, destaca.
“É preciso se fazer hoje o que se chama regulamentação de Zeis, que são zonas especiais de interesse social. Elas são zonas especiais porque elas não seguem a lei de ordenamento do solo. Não que esteja errado, legalidade do viver na cidade tem que existir, a cidade tem que ser cidadã para todo mundo. É o que se chama do direito à cidade”, inicia Angela.
“E o instrumento mais importante para que essas áreas deixem de ser periféricas socialmente e economicamente é o plano de bairro. Mas não é só fazer o plano e ficar na papel. O plano de bairro é um trabalho que você tem que fazer com muitas mãos ajudando”, completa a especialista.

Foto: Betto Jr./Secom PMS
A doutora em urbanismo destaca que, há tempos, a gestão de desenvolvimento urbano de Salvador está focada em resolver problemas “urgentes” e “imediatos”. “Problema é que não há uma vontade política para fazer isso. As pessoas quando entram no governo e as próprias pessoas com capitais mais altos pensam num futuro imediato”, delimita a professora.
Para ela, “o PDDU [Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano] em vez de melhorar o conjunto da cidade para que a cidade fique bacana para todo mundo, investe somente nessa área central”. Angela Gordilho defende que um projeto de reestruturação da habitação em Salvador teria que ser um plano intergovernamental de, pelo menos, 50 anos.
É POSSÍVEL MUDAR?
Relembrando o contexto histórico da urbanização em Salvador, ela conta que ele pode ser divido em quatro fases: 1. a ocupação das primeiras encostas da cidade, como o Engenho Velho de Brotas e a Federação; 2. a subdivisão dos loteamentos do Subúrbio; 3. a ocupação de áreas remanescentes dos conjuntos habitacionais no “miolo” cidade; e 4. a alienação das áreas verdes, que ela considera como sendo a fase atual.
“Salvador praticamente não tem mais vazios ocupáveis, nem para fazer loteamento, por isso que estão alienando as áreas verdes, algumas delas. Não tô dizendo que isso é justificativa, não, porque se torna a cidade cada vez mais de concreto. Ao contrário, a cidade tem que ser verde, ao menos metade da cidade tem que ser verde. Mas o que acontece? Como não tem mais área, as coisas vão se multiplicando em altura, em verticalização, em consumo das poucas áreas verdes”, explica a pesquisadora.
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Parque Pedra de Xangô, em Cajazeiras X. Foto Valter Pontes / SECOM.
Ela conta ainda que para pensar em soluções, é importante analisar os dados sobre as moradias e formatos de habitação. “O número de casas que precisam de melhorias, algumas até, urbanísticas em Salvador é em torno de 600 mil e o número de domicílios vagos em Salvador é 600 mil também. Ou seja, não é por falta de edificação que as pessoas não estão morando bem, mas tem muito imóvel vago que é na periferia, não necessariamente é no Pelourinho. A maioria está na área central mesmo, na área mesmo histórica da cidade, a cidade antiga, mas não só”, relata Angela.
Para Angela, “nós temos realmente uma cidade que é possível de ser recuperada, mas não é nada mágico, não de quatro anos, nem de oito [anos], nem quinze [anos]”. “É um projeto que tem que ser permanente, contínuo, por, ao menos, 50 anos, e tem que ser um mutirão da cidade inteira”, destaca a ex-secretária.
A pesquisadora ainda destaca outro problema, que é a cultura de urbanidade. “Porque não é só ficar esperando que a Prefeitura e o Estado faça, cada um tem que fazer a sua parte. O problema é que as pessoas também querem tirar proveito de tudo: se o vizinho tem ali [um espaço] e pode arrastar a cerca, ele arrasta. Se a Lagoa de Abaité estiver junto, arrasta. Então tem que ser essa mentalidade da urbanidade para todo mundo”, defende.
“Existe futuro? Existe. Mas é uma questão cultural. Nós temos que avançar, não só na nossa cultura de arte, de cultura [popular], mas também na cultura urbana, porque a cidade que moramos é a nossa casa”, conclui.
Que Salvador é uma cidade desigual, “todo mundo” sabe. É o que dizem os números de desemprego, segurança pública e divisão de renda. No entanto, para além das pesquisas, algumas disparidades podem ser observadas a “olho nu”, como os padrões urbanos. Para além dos casarões do Centro Histórico ou os prédios de luxo na Barra, a cidade possui “bolsões de pobreza” representados por ocupações populares em bairros de alta renda ou até mesmo zonas inteiras de comunidades mais pobres, que deram origem a Cajazeiras, por exemplo, complexo de bairros que é considerada um dos maiores conjuntos habitacionais da América Latina.
Para entender esse fenômeno, o Bahia Notícias conversou com a arquiteta e urbanista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Angela Maria Gordilho.
A pesquisadora, que pesquisou os “Limites do Habitar; segregação e exclusão na configuração urbana contemporânea de Salvador e perspectivas no final do século XX”, defende que a história da capital baiana, desde a sua liderança histórica no Nordeste a crise econômica que assolou o estado no início do século XIX, ajuda a explicar sua constituição e seus modos de vida contemporâneos.
TÚNEL DO TEMPO
Angela destaca, já de pronto, que a urbanização de Salvador foi imediata: “A gente pode dizer que a cidade urbanizada nasceu desde a sua fundação e era grande, era um dos maiores centros urbanos do Brasil”.
“Isso aí já tem quase 500 anos. A cidade de Salvador foi fundada em 1549, ela é fruto de um projeto que veio de Portugal e quando a cidade foi fundada, ela se edificou onde hoje é chamado o Centro Histórico, que era um pouco menor. Havia duas portas de entrada da cidade, mas ela nasceu toda planejada e cercada na escarpa, ali onde tem o elevador Lacerda, onde tem a prefeitura, porque é ali que se fundou mesmo a parte mais oficial da cidade”, detalha a urbanista.
Ela conta que as portas em questão seriam a Porta de Santa Catarina, localizada entre a Ladeira do Pelourinho e a Ladeira do Carmo, e a Porta de Santa Luzia, onde hoje está localizada a Praça Castro Alves. E apesar da sua longevidade, sendo por mais de 200 anos a capital do Brasil, a cidade cresceu muito pouco até o século XIX (19). “Para você ter uma ideia, em 1900 e nós estamos falando aí de quase de 400 anos depois de fundada, só havia em Salvador em torno de 170.000 habitantes”
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Registro do Palácio Rio Branco, então sede do Governo da Bahia, no ano de 1910. Foto: Acervo / Rodolpho Lindemann
Angela Souza, que atua como professora permanente no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU-FAUFBA), descreve que o cenário começa a mudar a partir da virada do século XX (20), com a estabilização das leis anti-escravistas conquistadas ao final do século anterior. A primeira delas foi a Lei Feijó, de 1831, que proibia, em tese, o tráfico de pessoas escravizadas no Brasil a partir da data em questão. O tráfico, no entanto, que era uma prática extremamente lucrativa na época, continuou por décadas, até a chegada da Lei Eusébio de Queirós, de 1850.
Na sequência, o Brasil aderiu a duas legislações importantes antes da abolição: a Lei do Ventre Livre, de 1871, e a Lei dos Sexagenários, de 1885, que libertavam, respectivamente, os negros, filhos de escravizados, nascidos a partir de 1871 e os negros escravizados com mais de 60 anos. Foi apenas em 1888 que o país aboliu, por meio da Lei Áurea, a escravização de pessoas.
A estabilização das leis gera um declínio na economia rural da Bahia, que era quase totalmente baseada na mão de obra escrava, e dá início ao crescimento dos grandes centros, que gerou grande repercussão nos primeiros 50 anos do século XIX.
“Então, entre 1940 para 1950 é quando começam as ocupações porque exatamente há um declínio da economia rural e essa população negra liberada da escravidão não tinha ou não queria mais estar nas fazendas e saíram. Essa população rural, que a maioria era negra, ex-escravos, vinham para o Centro para tentar sobreviver como ambulantes - isso inclusive se mantém praticamente hoje - e começa a ocupar essas terras do entorno do que se chama Cidade Antiga”, explica.
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Foto: Registros da Boa Vista, região que pertencia a Quinta da Boa Vista, no bairro de Engenho Velho de Brotas
A pesquisadora cita bairros como Brotas e Federação, onde se encontram os primeiros morros da cidade, como pioneiras nessa urbanização. “Naquela época, a grande maioria [da população] era negra mesmo e não podiam ter ser proprietários de terra, então era esse tipo de ocupação, por doações, ou terras devolutas”.
As terras “devolutas” seriam aquelas que passariam a pertencer ao Estado Brasileiro após a Lei de Terras (Lei nº 601), de 1850, que passou a regularizar a compra e venda de terrenos, a propriedade privada e a própria aquisição de terras pelo poder público ao final do sistema de sesmarias no período colonial.
VITÓRIA VS. SUBÚRBIO
Mas o marco da Lei de Terras não foi importante apenas para a população mais pobre ou de classe média, que encontrou residência nos primeiros morros da cidade, mas também deu início a uma das primeiras disparidades regionais de urbanismo dentro da capital.
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Registro do Corredor da Vitória nos anos 1920. Foto: Acervo postal
A urbanista conta que, a partir de 1850, a aquisição legal de terras começa no entorno esquerdo do Centro, expandindo para a região em que hoje é conhecida como “Corredor da Vitória”, bairros como Graça, Barra e Canela. Do lado direito do Centro, onde hoje está a região do subúrbio, por sua vez, era desabitada até meados de 1930.
Angela destaca que o crescimento da região marca o início do crescimento urbano e populacional de Salvador. Considerando que o primeiro trem do estado, que ligava Alagoinhas a Salvador, já operava desde 1860, foi nos anos 30, que o modal permitiu a locomoção de muitos baianos no processo de êxodo rural.
Os grupos mais pobres foram se aglomerando justamente onde hoje se encontram os bairros da Calçada, Bonfim, Uruguai, Bonfim e os antigos Alagados, conhecidos pelas casas erguidas sobre o mar utilizando pedaços de madeira, chamadas de palafitas. Enquanto na “Cidade Alta” os imóveis eram rapidamente comprados e acomodavam famílias tradicionais de Salvador, na “Cidade Baixa” não faltavam terras, mas sim o dinheiro e a possibilidade legal de obter os loteamentos.
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Península de Itapagipe, na Ribeira, entre 1912 e 1919. Foto: Pedro Gonsalves da Silva / Acervo Digital
“Os primeiros loteamentos do subúrbio, só vão acontecer após 1930, mas ficam vazios durante muitos anos porque não tinha quem comprasse. Gente tinha, mas não tinha dinheiro para comprar e algum tempo depois é exatamente essa área suburbana que vai sendo subdividida, as áreas verdes vão sendo ocupadas, aí vira essa grande favela que é hoje o Subúrbio”, explica.
Mas, dentro dessa grande região, a pesquisadora define que havia uma comunidade pioneira. “A primeiríssima que se tem notícia era uma que foi chamada de ‘corta braço’. A gente deduz que o nome seja porque tiraram o capim e para tirar-se o capim e corta braço. Então era chamado de ‘corta braço’ onde é hoje o bairro do Pero Vaz, junto da Liberdade”, diz Angela.
A pesquisadora narra que bairros antigos como a Liberdade não poderiam ser considerados ocupações. “O início da Liberdade são áreas arrendadas de vilas, tinham muitas vilas, corredores de casas. Até 1930, a maioria das casas era arrendada. O arrendamento, em tese, era você possuir uma terra e alugar, e alguém construir a casa em cima. O [bairro do] Garcia é todo assim, [a região da Avenida] Vasco da Gama, [os bairros do] Engenho Velho de Brotas e Engenho Velho da Federação”, detalha.
Mas para além da primeira, Angela diz que é possível identificar a maior delas - ou a que ocupou esse posto por muitas décadas. “A primeira ocupação da cidade foram os Alagados. Que foi um local que cresceu exatamente porque, ‘eu não tenho onde morar e por isso que eu moro na areia ou na água’, então eram palafitas”

Foto: Dissertação UFBA / CARVALHO, E. T. de. (2002)
Ela destaca que os Alagados ocupavam não eram a pequena faixa pela qual ficaram mais conhecidos no final dos anos 90. “Toda aquela área ali onde vai se implantar essa ponte [na região do Comércio e Calçada], tudo aquilo ali eram palafitas. Tudo. Então, foram enterrando com lixo”, relata.
DA ORLA AO “MIOLO”
Considerando que a cidade cresceu “primeiro” na direção da Baía de Todos os Santos, justamente por conta de sua colonização, a orla marítima e o “miolo”, que seria o Centro geográfico da cidade, demoraram mais para ganhar a aparência atual.

Praça Dorival Caymmi em Itapuã por volta dos anos 50. Foto: Acervo público
Angela conta que a orla imediata, aquela que vem depois do Farol da Barra, foi ocupada pelos “novos-ricos”, já que as famílias mais antigas já se acomodavam, há décadas, no Centro. “A cidade mais rica vai crescer ao longo da orla. Ela já crescia, mas a cidade sai da cidade antiga para Pituba, Rio Vermelho, Amaralina, nesse período entre 1940 até 2000, quando se fazem os grandes loteamentos de Itaigara, Pituba. O da Pituba era chamado 'Cidade da Luz', e foi um dos primeiros loteamentos de Salvador e depois o crescimento se espalha lá em meados dos anos 70 e 80.”
Ela conta que outras partes mais “longínquas” da orla de Salvador, como Boca do Rio e Itapuã, que nasceram de pequenas vilas de pescadores e viviam completamente segregadas do Centro Histórico, foram os destinos de moradores mais pobres de comunidades também do Centro, em um processo de gentrificação, ou hipervalorizadão imobiliária da região mais central do município, que era mais povoada.
E antes mesmo que a orla estivesse completamente ocupada, a professora da Universidade Federal da Bahia destaca que o Estado já iniciou o processo de regularização do “miolo” da cidade. “O que é que vai acontecer é que Estado, começa a fazer os grandes conjuntos habitacionais nessa região de Cajazeiras, Fazenda Grande e Sete de Abril”, explica. Ela relata ainda que foi assim que Salvador começou a perder a maioria de suas áreas verdes.

Folheto jornalístico da década de 70. Foto: Cajazeiras On / Reprodução
“A classe média baixa vai para o miolo, que é essa área. Mas só que as áreas do entorno desses conjuntos habitacionais também foram sendo ocupadas e hoje estão todas ocupadas, mas por invasões provocadas pela pobreza”, finaliza.
Figurinhas já conhecidas em solo soteropolitano, a banda mineira Lagum, que “detesta despedidas” retorna, neste domingo (16), à Salvador, com a turnê “As Cores, as Curvas e as Dores do Mundo”, e um repertório atualizado para um show na Pupileira.
Quinta vez se apresentando na capital baiana, Pedro, Zani, Jorge e Chicão já avisaram: “Você não precisa fazer o que não quiser, ninguém veio aqui pra te aplaudir. Não me olhe com esses olhos de quem nunca me viu antes, antes mesmo eu já estive aqui”. E não podia ser mais verdadeiro!
Ao Bahia Notícias, a banda contou as inspirações que a cidade traz e falou sobre o atual momento do grupo, que completou 11 anos de existência. A música citada acima é uma prova do que a cidade já os proporcionou, afinal, “Reggae Bom”, lançada em 2019 no álbum “Coisas da Geração”, foi composta aqui.
“A gente fez uma viagem para Salvador e aí alguém me falou [que] é uma gíria tipo: ‘Ah, vai dar reggae’, alguma coisa assim, tipo, ‘o reggae vai ser bom’. Como se fosse uma expressão para dizer que ia ser legal, que ia dar bom à noite, que ia rolar e tal. E eu lembro que a gente fez a música ‘Reggae Bom’ depois dessa viagem”, conta Pedro Calais, vocalista da banda.
Mas não é só o reggae soteropolitano que os inspira. Pedro conta que a “paleta de cores” da cidade “prendeu” sua atenção. “Eu lembro de ficar encantado assim, ir na praia e a cor das coisas tava me chamando muita atenção, eu lembro que a gente tirou fotos bonitas também”, compartilha.
No novo álbum “As Cores, as Curvas e as Dores do Mundo”, lançado em 27 de março, a banda traz para o centro questões sobre o cotidiano e a vida na cidade, a vida comum e rotineira. “A gente quis falar sobre a nossa rotina e o que a gente vê e vivencia aqui”, explica Pedro.
Como uma banda com agenda lotada e passagens por diversas cidades tanto no Brasil, quanto fora, as viagens também ajudaram na construção do disco. “A viagem é mais fácil porque tira a gente desse ambiente que a gente é acostumado a ter contato, a gente fica mais contemplativo, mais atento, as coisas não passam despercebidas”, completa o cantor.
Ao BN, Pedro afirma que para cada parada, a banda se molda a energia da cidade onde o show acontece. “Se o público tá muito animado, a nossa energia vai lá no alto, se a noite tá fria, a nossa energia muda”.
“Eu acredito que cada passagem tem o seu momento de carreira. Normalmente a gente faz a turnê dos discos que a gente lança. Então, cada momento que a gente passa na cidade, a gente tá com um conteúdo diferente para apresentar. E a gente mesmo tá diferente, a gente presta atenção em outras coisas”, explica Zani.
Em Salvador, o guitarrista da banda, Zani, conta que todos os integrantes possuem muito carinho pela cidade, em especial por sua relevância histórica e cultural. “Salvador é uma capital que a gente foi… que eu lembro muito de um show que a gente fez ai para poucas pessoas e que foi um show muito quente mesmo, tanto do público, quanto do clima”, revela.
Em questão de energia particular, cada integrante do Lagum tem sua própria estratégia. Zani, guitarrista, prefere dormir, Jorge e Chicão gostam de jogar tênis, enquanto Pedro prefere conhecer a cidade, a culinária, os pontos turísticos ou até mesmo se conectar com algum outro artista. “Depende muito da cidade e da energia da cidade”, esclarece.
Além de ter inspirado uma das canções da banda, a Bahia inspirou o grupo em outros detalhes. “A Bahia é um dos estados mais importantes para a música brasileira, porque, quando a gente para pensar em Gilberto Gil, Caetano Veloso, são artistas que são ícones do Brasil e que vieram da Bahia e moldaram muito também a cultura do Brasil como todo”, confessa Pedro.
“A Bahia é um grande polo artístico assim e eu acho que influencia o Brasil de uma forma muito impactante assim”, adiciona. Entre os artistas que o inspira atualmente, Calais apontou Raul Seixas, conhecido como o pai do rock brasileiro.
“Eu não conhecia tanto a história do Raul Seixas, eu vim descobrir que ele era baiano há pouco tempo, porque eu assisti à série dele e eu fiquei encantado com o Raul. Eu não ouvi, eu não conhecia muito a obra dele, então recentemente tem me inspirado bastante”, revela.
A banda completou recentemente 11 anos de existência - cinco deles sem a presença física do baterista Tio Wilson, que faleceu em 2020, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Colhendo os frutos de seus trabalhos, Lagum foi a atração escolhida para abrir os shows de Imagine Dragons, no Brasil.
Sobre a experiência, Zani conta que é uma oportunidade de mostrar a quem não conhece a banda, quem eles são ou não são, o que falam e o seu som ao vivo. “É uma grande oportunidade, a gente trabalhou bastante no repertório, tanto para condizer com a comunicação do Imagine Dragons mesmo”, explica.
O último trabalho da banda acompanha uma trajetória de evolução, que Zani considera um “amadurecimento eterno”, tanto no negócio, na empresa, na música, na composição, na criação de conteúdo e na interação com os fãs.
Em suas músicas, o músico acredita ainda que através da interpretação de cada um, a canção vai tocar a pessoa de uma forma diferente “porque ela foi feita com muita verdade”. “O que mais me emociona nesse aspecto é a questão de a gente ter feito as coisas com ‘ingenuidade’, entre aspas, de estar colocando a nossa realidade, as coisas que a gente passa”, confessa.
“Tanto difíceis, quanto as boas, quanto os amores e tudo mais que a gente vive… a gente colocar isso com uma certa… uma certa não… com uma verdade muito grande em tudo que a gente escreve, em tudo que a gente faz”, acrescenta Zani.
Ao olhar para trás, em sua discografia, o músico confessa que se emociona por conseguir “acessar aquele momento que tava vivendo através daquela música”. “Eu acho que isso acontece logicamente com outros momentos, com diferentes acessos com os fãs, mas acho que o que mais me emociona é ver essa discografia que modesta a parte muito bem feita por nós e que passa muita verdade assim”, completa.
A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Mobilidade (Semob) e em parceria com a JET, ampliou nesta sexta-feira (14) o serviço de patinetes elétricos compartilhados para a região da Cidade Baixa. A nova área contempla a orla da Ribeira, desde o Terminal Hidroviário da Travessia Ribeira-Plataforma até a região da Baixa do Bonfim, ampliando ainda mais as opções de mobilidade sustentável disponíveis à população.
Com a expansão, mais de 100 novos patinetes passam a atender a região, oferecendo aos soteropolitanos uma opção de transporte alternativo, ágil e não poluente. O secretário de Mobilidade, Pablo Souza, destacou que a iniciativa reforça o compromisso da capital baiana com a inovação e a redução de impactos ambientais.
“Salvador está entre as 11 cidades do mundo que reduziram em mais de 30% as emissões de gases de efeito estufa. Essa linha reforça nosso compromisso em melhorar o serviço, dando também uma colaboração à sustentabilidade”, afirmou.
SEGURANÇA
O gestor também revelou que a Campanha de Verão dos Patinetes Elétricos será lançada ainda em novembro, com foco no uso seguro do modal diante do aumento no número de viagens durante a alta temporada. A ação incluirá blitzs educativas, atividades da Escola de Direção Segura e reforço nas orientações sobre boas práticas de circulação.
Outra novidade anunciada pela Semob é a limitação de velocidade para novos usuários. A partir de agora, quem fizer o primeiro cadastro no sistema da JET terá a velocidade máxima dos patinetes reduzida para 15 km/h, até completar 15 km percorridos ou cinco viagens realizadas.
Desde janeiro, Salvador já conta com cerca de 150 mil usuários cadastrados e teve mais de 465 mil viagens realizadas entre janeiro e setembro. Apenas em outubro, foram 59 mil deslocamentos, o maior volume dos últimos seis meses. Atualmente, a JET opera com 938 patinetes elétricos, todos equipados com GPS, sinalização noturna, sistema de freios, campainha e placa de identificação.
As ações educativas e de fiscalização seguem como prioridade. Somente em setembro, foram realizadas 10,2 mil abordagens, resultando em 1.784 contas bloqueadas e 93 atividades da Escola de Direção Segura. As aulas gratuitas acontecem às sextas e sábados, das 8h às 17h, no Farol da Barra, e aos domingos, das 10h às 14h, na Avenida Magalhães Neto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que um motociclista atingiu um carro e foi arremessado em direção a um ônibus na Avenida Thomaz Gonzaga, no bairro de Pernambués, em Salvador. O caso ocorreu nesta sexta-feira (14) e o motociclista faleceu no local do acidente.
??Câmeras de segurança registram acidente que matou motociclista em Pernambués
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) November 14, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/Qu8T2qHjbU
O homem teve seu corpo e o veículo aprisionado debaixo de um veículo de transporte coletivo. As imagens, divulgadas nas redes sociais, mostram que ele tentava realizar uma ultrapassagem. Ele bate em um veículo de passeio e acaba preso nas ferragens frontais de um ônibus que vem pela via contrária.
O acidente provocou congestionamento em ambas as direções da Avenida Thomaz Gonzaga ao longo de toda a manhã de sexta-feira. A identidade da vítima não foi divulgada.
O Festival Salvador Capital Afro 2025 chega a Itapuã neste sábado (15), levando um dia inteiro de atividades formativas e culturais à sede do Malê Debalê, no Alto do Abaeté. Das 9h às 17h, o público poderá participar de oficinas gratuitas, formações empreendedoras e vivências que unem capacitação, autoestima e ancestralidade.
A iniciativa é promovida pela Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), com gestão da OEI e em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec) e o Conselho Britânico.
“O Salvador Capital Afro é um movimento que reafirma a identidade da capital mais negra fora da África e projeta nosso patrimônio cultural para o mundo. Este ano, fazemos questão de fortalecer ainda mais a presença do festival dentro dos territórios, nas comunidades que sustentam essa memória e essa potência. Trazer as ações para Itapuã, para o Malê Debalê, é reconhecer que a cultura nasce e se renova nesses espaços. É aqui que a Salvador negra pulsa com mais força, gera impacto, transforma vidas e constrói futuro”, afirma a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos.
Durante a manhã, acontece a Imersão Empreendedora AfroEstima, com oficinas e orientações voltadas a afroempreendedores e pessoas interessadas em iniciar seus negócios, abordando temas como gestão, identidade visual e sustentabilidade financeira. À tarde, o público participa da Formação Sou Salvador, dedicada a profissionais da beleza, trancistas e especialistas em estética afro, fortalecendo o protagonismo e a visibilidade de quem atua nesse segmento.
Encerrando a programação, às 17h, o palco do Malê Debalê recebe o Malezinho, grupo mirim do bloco afro, que há 30 anos forma crianças e adolescentes de Itapuã através da arte, da dança e da educação. A apresentação celebra o legado do Malê e o papel da juventude na continuidade da cultura afro-baiana, com performances que unem percussão, coreografia e canto em um espetáculo que traduz a energia do território.
Fundado em 1979, o Malê Debalê completa 46 anos de trajetória em 2025, sendo reconhecido como um dos maiores patrimônios culturais da Bahia e uma referência internacional da cultura negra. Nascido no coração de Itapuã, o bloco afro se consolidou por unir arte, ancestralidade e consciência política, transformando o Carnaval e a vida comunitária em instrumentos de afirmação e resistência.
Conhecido como o maior balé afro do mundo, o Malê impressiona pela força cênica de seus desfiles, em que música e dança se entrelaçam em espetáculos de grande impacto, conduzidos pela potente percussão da sua banda e pelas coreografias precisas de centenas de dançarinos. Mais do que um bloco carnavalesco, o Malê Debalê é uma organização cultural e educativa que atua o ano inteiro com projetos sociais voltados à juventude negra de Itapuã e bairros vizinhos.
O Projeto Malezinho, criado há 30 anos, é uma das principais iniciativas do Malê Debalê. A edição comemorativa de 2025, intitulada “Malê em Todos os Espaços”, amplia o alcance das oficinas para além da sede, levando aulas de dança afro também ao Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). Em Itapuã, as atividades seguem firmes aos sábados, das 8h às 12h, reunindo mais de 130 crianças inscritas em aulas gratuitas de dança, percussão e canto afro.
A ação integra a programação descentralizada do Festival Salvador Capital Afro 2025, que percorre bairros como Candeal, Ribeira, Ilha de Maré, Liberdade, Nordeste de Amaralina e Cajazeiras, antes de encerrar no Comércio, na Praça Maria Felipa, com a Feira Afrobiz, painéis temáticos e show de encerramento com Carlinhos Brown.
Com o tema “Territórios em Rede, Raízes em Movimento”, o festival reafirma a Salvador negra viva e conectada, celebrando a ancestralidade, o empreendedorismo e a cultura como forças de transformação e pertencimento.
SERVIÇO
Sábado, 15 de novembro de 2025
Malê Debalê – Alto do Abaeté, s/n – Itapuã, Salvador – BA
09h às 17h
Entrada gratuita
Tema: Territórios em Rede, Raízes em Movimento
Mais informações: @salvadorcapitalafro
Neste sábado (15), feriado da Proclamação da República, alguns dos shoppings de Salvador e da Região Metropolitana (RMS) terão horários de funcionamento especiais. O BN Hall preparou uma lista com informações dos principais centros de compras. Confira:
SHOPPING DA BAHIA
Lojas: 9h às 22h;
Lojas âncoras: 9h às 22h;
Alimentação / restaurantes: 9h às 22h;
Clivale: fechada;
Bodytech: 8h às 15h, com acesso exclusivo pelo estacionamento D5;
Cinema segue programação disponível no site. Playland: 9h às 22h;
Planeta Criança: 9h às 22h;
Planeta Imaginário: 9h às 22h;
Vila Trampolim: 9h às 22h.
SALVADOR SHOPPING
Horário: 9h às 22h
SHOPPING BELA VISTA
Horário: 9h às 22h
SHOPPING BARRA
Lojas: 9h às 22h
Praça de Alimentação e Lazer: 9h às 22h
Barra Gourmet (Oliva Gourmet, Outback Steakhouse, Tokai, Camarada Camarão e Healthy por Victoria Cintra) e Madero, Mamma Jamma, Santiago Culinária Ibérica (piso L4): a partir das 12h
Cinema segue programação disponível no site.
SALVADOR NORTE SHOPPING
Horário: 9h às 22h
SHOPPING PARALELA
Horário: 9h às 22h
Praça de Alimentação e lazer: 12h às 22h.
PARQUE SHOPPING DA BAHIA
Lojas, quiosques e praça de alimentação: 10h às 22h
Alameda Gourmet: 11h às 23h
SHOPPING ITAIGARA
Lojas e quiosques: 9 às 17h
Banco do Brasil: Fechado
Música no ITA: Apresentação de Márcia Jende no almoço, das 12h30 às 14h
SHOPPING PASEO
Youplay: 9h às 21h
Lojas e quiosques: 9h às 21h
Restaurantes: a partir das 12h
Cinema segue programação disponível no site.
Academia Alpha Fitness segue programação disponível no site.
SHOPPING PIEDADE
Horário: 9h às 20h
SHOPPING CENTER LAPA
Lojas, quiosques e Praça de Alimentação: 9h às 19h30
Cinema segue programação disponível no site.
PARQUE SHOPPING DA BAHIA
Lojas, quiosques e praça de alimentação: 10h às 22h
Alameda Gourmet: 11h às 23h
SHOPPING ESTRADA DO COCO
Horário: 10h às 18h
BOULEVARD SHOPPING CAMAÇARI
Lojas e Espaços infantis: das 9h às 21h
Smart Fit: das 08h às 17h
Alimentação e Magic Games: das 11h às 21h
Cinemark: conforme programação
Farmácia Rede Bem: das 09h às 21h
Epic Arena: conforme programação
Dipuã: das 16h às 23h
SAC, Lotérica, Clínicas e Cartórios: Fechados
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Já pensou em não poder sair de casa com seu carro em certos dias por conta do trânsito da cidade? Segundo o colunista Maurício Rosa, do Acelera Bahia, Salvador caminha para um cenário semelhante ao de grandes metrópoles como São Paulo, até então a única capital do Brasil que mantém o rodízio de veículos devido ao alto fluxo.
Entretanto, Maurício evidencia que a principal motivação para a crescente possibilidade de rodízio na capital baiana não se deve apenas à quantidade de veículos, mas sim ao alto número de obras em andamento na cidade. Um exemplo crítico é a intervenção da Prefeitura na região do Iguatemi/Avenida ACM. Essa estrutura faz parte da construção do Viaduto Direcional, que tem como objetivo desafogar o trânsito, levando os veículos que partem da Avenida ACM diretamente às proximidades do DETRAN, com saídas estratégicas para a Avenida Bonocô e o Acesso Norte.

Um ponto importante a ser ressaltado é o cronograma da obra. Iniciada em 11 de julho de 2023, a previsão de término original era para 9 de julho de 2024. No entanto, os trabalhos ainda não foram finalizados, acumulando até então cerca de 1 ano e 4 meses de atraso, o que tem tornado o trânsito da região cada vez mais caótico, especialmente nos horários de pico.


De acordo com o levantamento do TomTom Traffic Index, divulgado nesta quinta-feira (13), Salvador já registra um tempo médio de 21 minutos para percorrer apenas 10 km, com motoristas enfrentando congestionamentos frequentes em avenidas como a Paralela, ACM e Bonocô. A Semob (Secretaria de Mobilidade) e a Transalvador monitoram constantemente o fluxo, mas até o momento não há uma proposta formal de rodízio em discussão.
Com isso, fica o questionamento levantado pelo colunista Maurício Rosa: a solução para o problema crônico de Salvador é a implementação do rodízio, penalizando o motorista, ou o aprimoramento urgente da logística e do cumprimento dos prazos das obras na cidade?
Shawn Mendes deu "shawn" para Salvador. Após quase uma semana na capital baiana, o artista se despediu da cidade para embarcar em uma nova aventura no Brasil.
O cantor, que desembarcou em Salvador na sexta-feira (7) e teve como guia turística Ivete Sangalo, se hospedando no prédio onde a artista vive na capital baiana, deixou a cidade rumo ao Norte do país e viajou para Belém, no Pará, onde acontece a COP30.
Acompanhado de parte da família, o canadense já foi visto pelas ruas da cidade e também posou para fotos com os fãs, assim como fez em Salvador.
Shawn Mendes com fãs em Belém ???????????????? pic.twitter.com/xu7b1tMyoO
— Shawn Squad Brasil (@shawnpbrasil) November 14, 2025
A longa estadia de Shawn no país surpreendeu os admiradores do artista. O cantor veio para o Brasil para fazer uma participação no Earthshot Prize, premiação idealizada pelo príncipe William que é considerado o Oscar da Sustentabilidade.
eu nem sabia que tinha tudo isso de fã do shawn mendes em belem pic.twitter.com/AXGwEMFl1a
— central shawn mendes belém???????????? (@bibibzin) November 13, 2025
Após poucos dias no Rio, o cantor desembarcou em Salvador e aproveitou a cidade como um turista, visitando pontos importantes da capital e conhecendo artistas como Ivete e Carlinhos Brown.
Uma farmácia localizada no bairro do Horto Florestal, em Salvador, foi alvo de assalto na noite desta quinta-feira (13). Informações preliminares apontam que dois homens chegaram ao local em uma motocicleta e anunciaram o crime.
Segundo o relato, os indivíduos levaram canetas emagrecedoras que estavam disponíveis no estabelecimento. Após a ação, fugiram do local.
Funcionários da farmácia afirmaram estar receosos de continuar trabalhando após o ocorrido, mencionando temor diante do cenário de insegurança na região.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), sancionou o projeto de Lei nº 9.893/2025, que inclui a Bíblia, livro sagrado das religiões cristãs, como uma referência paradidática para a divulgação de seu material cultural, histórico, geográfico e arqueológico. A nova lei foi publicada oficialmente em Diário Oficial desta quarta-feira (12), e tem abrangência nas escolas públicas e privadas do município.
O texto, que foi aprovado na Câmara Municipal de Salvador sob autoria do vereador Kênio Rezende (PRD), destaca que “histórias bíblicas utilizadas deverão auxiliar os projetos
escolares de ensino correlatos nas áreas de História, Literatura, Ensino Religioso, Artes e Filosofia, bem como outras atividades pedagógicas complementares pertinentes”, diz a legislação.
Incluída como recurso paradidático, a Bíblia será utilizada como é um material complementar, que não faz parte dos livros e instrumentos didáticos principal, podendo ser utilizada para aprofundar algum tema ou realizar atividades extras. Na lei, o vereador delimitou que “nenhum aluno será obrigado a participar da atividade a que se refere esta Lei, sendo garantida a liberdade religiosa nos termos da Constituição Federal”.
As diretrizes para a introdução do material nas escolas deve ser estabelecida pela Prefeitura de Salvador.
Entrevistado do programa Charla Podcast nesta quinta-feira (13), o coordenador das categorias de base do Palmeiras, João Paulo Sampaio, relembrou o assassinato do jovem Diego Lima, ex-atacante das divisões de base do Bahia, Jacuipense e do próprio Alviverde. O dirigente baiano citou o caso ao discutir as dificuldades enfrentadas por atletas em início de carreira e a desigualdade na estrutura do futebol brasileiro.
"Há dois dias, um jogador que foi nosso aqui — lá de Salvador — passou pelo Palmeiras, já foi da Jacuipense e depois foi para o Bahia. Ele foi assassinado. E foi assassinado por causa de um erro, né? Tem uns que a gente não consegue salvar. Mas quantos o futebol salva? Quantos o futebol emprega?", afirmou.
Sampaio também fez questão de destacar o abismo financeiro existente entre jogadores de elite e a maioria dos profissionais da base.
"A ponta do iceberg são aqueles 4% que ganham dinheiro, é o que todo mundo quer ser. Os outros 84% dos jogadores no Brasil ganham um salário mínimo, R$ 2 mil. A gente vive a realidade desses 4% na televisão — é o que passa, é o glamour", concluiu.
CASO DIEGO LIMA
Diego Lima, de 20 anos, foi morto a tiros na manhã da última terça-feira (11), na localidade do Alto do Coqueirinho, no bairro de Itapuã, em Salvador. O jogador chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil investiga a autoria e a motivação do crime.
O atacante chegou a passar uma temporada na Inglaterra, onde mora o irmão mais velho, em busca de oportunidades no futebol internacional. Após dois meses, decidiu retornar ao Brasil. Segundo familiares, Diego sentia falta da rotina no país e dos costumes locais, como festas e paredões.
O sepultamento foi realizado na quarta-feira (12), no Cemitério de Brotas, em Salvador.
QUEM É JOÃO PAULO SAMPAIO?
João Paulo Sampaio, que iniciou a carreira no Vitória, é uma das figuras mais influentes na formação de jovens atletas no país. À frente da base do Palmeiras desde 2015, ele foi responsável por uma verdadeira revolução no clube, revelando talentos como Gabriel Jesus, Endrick, Estevão, Gabriel Menino e Danilo, além de conquistar mais de 200 títulos em diferentes categorias.
O filme 'Harry Potter e o Cálice de Fogo' será reexibido em Salvador em comemoração aos 20 anos de lançamento do longa.
O quarto filme da saga terá três sessões especiais no UCI Orient do Shopping Paralela neste sábado (15), 15h25, 18h30 e 21h35.
Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema ou através do site ucicinemas.com.br, além do portal Ingresso.com.
Além de assistir ao filme, os fãs de Harry Potter podem ainda conhecer a decoração de Natal do Shopping Paralela, que foi inspirada no universo do bruxo.
No espaço, localizado na Praça de Eventos I, o público poderá circular por cenários que recriam pontos icônicos da saga, como o Grande Salão, o escritório de Dumbledore, a Plataforma 9¾, a Casa do Hagrid e até a escadaria mágica. A visita é gratuita e aberta ao público.
A Prefeitura de Salvador instituiu um Grupo de Trabalho (GT) responsável por desenvolver ações voltadas à qualificação e promoção dos eventos internacionais relacionados à Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027. A competição terá a capital baiana como uma das sedes, com jogos na Arena Fonte Nova.
Conforme o decreto, o colegiado será composto por representantes de diversos órgãos municipais, e cada um deve indicar formalmente um representante titular e um suplente, preferencialmente secretários ou representantes indicados. A designação dos integrantes será feita por ato do prefeito Bruno Reis.
A coordenação dos trabalhos ficará sob responsabilidade do representante titular da Sempre. A própria secretaria será responsável por custear despesas relacionadas ao preparo e às ações necessárias para a promoção dos eventos internacionais mencionados, utilizando recursos previstos em sua dotação orçamentária.
A participação no Grupo de Trabalho é considerada de relevante interesse público e não será remunerada.
O colegiado será composto por representantes das secretarias de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), Governo (Segov), Casa Civil, Fazenda (Sefaz), Cultura e Turismo (Secult), Inovação e Tecnologia (Semit), Saúde (SMS), Comunicação (Secom), Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Mobilidade (Semob), Ordem Pública (Semop) e Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro (SACPB).
Também integram o grupo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a Procuradoria-Geral do Município (PGMS) e a Empresa Salvador Turismo (Saltur).
COPA DO MUNDO
Disputada desde 1991, a Copa do Mundo Feminina da Fifa tem os Estados Unidos como maior vencedor, com quatro títulos. Na sequência aparece a Alemanha, com duas conquistas. Noruega, Japão e Espanha — atual campeã — possuem um título cada.
O Brasil alcançou seu melhor resultado em 2007, quando chegou à final, e ficou em terceiro lugar em 1999. A camisa 10 da seleção, Marta, é a maior artilheira da história do torneio, com 17 gols marcados em 20 partidas.
A décima edição da competição está marcada para ocorrer entre 24 de junho e 25 de julho de 2027, com a participação de 32 seleções distribuídas em oito grupos de quatro equipes. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam às oitavas de final. Além de Salvador, outras sete cidades sediarão os jogos: Brasília (Mané Garrincha), Rio de Janeiro (Maracanã), São Paulo (Neo Química Arena), Belo Horizonte (Mineirão), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena Pernambuco) e Fortaleza (Castelão).
A Superintendência de Obras Públicas de Salvador (Sucop), vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), tornou pública a realização de uma concorrência. A licitação tem como objetivo a contratação de uma empresa para construção da Estação BRS na Praça Nossa Senhora da Luz, localizada no bairro da Pituba, em Salvador.
Segundo a prefeitura da capital baiana, o projeto faz parte das intervenções de melhoria da mobilidade urbana relacionadas à implantação do sistema de Transporte BRS (Bus Rapid Service).
O valor global máximo de referência para a contratação está fixado em R$ 841.030,23. A contratação se dará sob o regime de execução indireta, na modalidade empreitada por preços unitários.

Foto: Reprodução / Google Maps
A despesa referente aos serviços será custeada por verbas e Recursos do Tesouro/PMS, e recursos do Orçamento Descentralizado da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) para a Sucop, sendo a ação classificada como "implantação de corredores de transportes públicos integrados - BRT Salvador".
O prazo estipulado para a execução dos serviços é de 120 dias, a serem contados a partir da data de assinatura da primeira Ordem de Serviço. A vigência total do contrato, por sua vez, será de 180 (cento e oitenta) dias, contados também a partir da primeira Ordem de Serviço.
A abertura da licitação está marcada para o dia 22 de dezembro de 2025 e ocorrerá de forma eletrônica. O critério de julgamento a ser adotado será o de maior desconto, que incidirá linearmente sobre todos os preços unitários da planilha orçamentária.

Foto: Reprodução / PMS
O modo de disputa definido é aberto e fechado. O modelo prevê uma etapa inicial de lances públicos e sucessivos, seguida por uma etapa final fechada e sigilosa para os licitantes com as melhores ofertas.
Um dos pontos mencionados no edital é que não será admitida a participação de empresas em consórcio no certame. A gestão municipal justifica essa vedação por considerar que o objeto não se caracteriza como de alta complexidade ou de grande vulto econômico, e a admissão de consórcios em objetos de baixa complexidade atentaria contra o princípio da competitividade.
Os ônibus do BRS terão faixas preferenciais e, em alguns trechos, vias exclusivas, o que vai permitir a redução do tempo de deslocamento dos usuários de transporte público. A operação do BRS terá os mesmos modelos de ônibus usados pelo BRT, maiores e equipados com ar-condicionado. O embarque e o desembarque de passageiros serão realizados em pontos existentes ao longo do percurso.
O cantor canadense Shawn Mendes realizou uma visita, nesta quarta-feira (12), ao Candyall Guetto Square ao lado de Ivete Sangalo e Carlinhos Brown. Shawn, que está hospedado na casa da cantora baiana, fez um tour pelo espaço cultural criado por Brown no bairro do Candeal, e ainda recebeu um “mini show” de Carlinhos e Ivete com percussão e voz.
Nas redes sociais, Brown divulgou surpresa organizada por Ivete. “Que surpresa boa receber essa irmã maravilhosa, @ivetesangalo, junto com seu ‘filho mais velho’, como ela mesma intitulou, @shawnmendes, aqui no nosso @candyallguethosquare ??”, escreveu.
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O Timbaleiro ainda desejou boas-vindas ao canadense, que está na capital baiana desde a última sexta-feira (7). “É sempre uma honra receber amigos, especialmente quando é para apresentar a alguém nossa cultura, história e música. Shawn, seja muito bem-vindo à Bahia e a Salvador! Que o timbal tenha tocado seu coração”, completou.
Além do Guetto Square, Shawn já recebeu um tour da família Sangalo na Ilha de Frades durante o final de semana.
O bairro de Nova Brasília, localizado entre a Avenida 29 de Março e a Avenida Aliomar Baleeiro, em Salvador, foi o local em que mais choveu em toda a cidade nas últimas 24 horas. Segundo informações da Defesa Civil municipal (Codesal), com base nos registros da estação meteorológica de referência, em Ondina, foram registrados, em média, 128 mm de chuva em toda a capital.
Com estes números, acumulado é superior à média histórica prevista para todo o mês de novembro na capital baiana, que é de 108,2 mm. Além de Nova Brasília, o bairro de Brotas (152,2 mm) e Bosque Real (150,8 mm) finalizaram o ranking de maiores índices de chuva da capital.
Devido ao risco de deslizamento de terra e previsão da continuidade das chuvas, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) mudou o Nível de Observação para o de Atenção, seguindo os protocolos do Plano de Proteção da Defesa Civil (PPDC). Nesta quarta-feira (12), foi registrado o desabamento de uma casa na Rua Manoel José, no bairro de Cajazeiras 2, que resultou no soterramento de duas pessoas.

Foto: Reprodução/TV Bahia
As vítimas foram socorridas por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levadas a unidade de saúde por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A Codesal acompanha a situação na região. Também ocorreu o desprendimento de uma geomanta na Trabessa Joanes Melo, no bairro de Narandiba, devido à ruptura de drenagem ocasionada pelas intensas chuvas.
A Codesal, que integra a categoria de serviços essenciais do município, permanece de plantão 24 horas atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199. A Codesal também emite alertas para que você não seja pego de surpresa. Envie um SMS para 40199 e informe o número de seu CEP e receba os boletins de alerta da Defesa Civil. O serviço é gratuito.
As corridas por aplicativos de transporte, como Uber e 99Pop, deverão ser monitoradas por câmeras de segurança instaladas no interior dos veículos. A nova lei foi sancionada e publicada pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis, no Diário Oficial desta quarta-feira (12), e passa a valer imediatamente.
O projeto de lei é do vereador Duda Sanches (União), aprovado pela Câmara de Vereadores em setembro. Segundo o texto, será obrigatória a instalação de câmeras de segurança na parte interna dos veículos utilizados por aplicativos de mobilidade urbana individual em Salvador.
O fornecimento do material deve ser de responsabilidade do aplicativo, seja na forma do envio das câmeras ou na devolução de valor de compra do motorista, este por sua vez, que será responsável pela devida instalação do sistema de videomonitoramento. A legislação exige que as câmeras devem realizar gravação de vídeo em resolução mínima de 1080p (Full HD) e possuir armazenamento em cartão de memória com capacidade mínima de 32 GB.
“As câmeras deverão ser instaladas na parte frontal interna do veículo, de modo a possibilitar a captação de imagens de todo o seu interior”, diz o texto. A instalação também requer que haja adesivo informando ao usuário que o ambiente está sendo monitorado por câmeras de segurança e, em caso de desacordo com a gravação, o usuário poderá cancelar a corrida, mediante cobrança de uma taxa.
A gravação terá início juntamente com as corridas, assim como a finalização. O tratamento, armazenamento, bloqueio e eliminação dos dados pessoais e das gravações realizadas será de responsabilidade da operadora do aplicativo. O descumprimento da legislação pode acarretar uma advertência por escrito, na primeira infração, e, posteriormente, uma multa.
Dois homens, de 55 e 31 anos, foram presos na tarde desta quarta-feira (12), em cumprimento a mandados de prisão preventiva pelo crime de estupro coletivo, em um estacionamento abandonado na localidade de Praia do Flamengo, em Salvador.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos, pai e filho, são apontados por participação no abuso de uma mulher de 24 anos, ocorrido no dia 20 de outubro, no bairro de Stela Maris.
A prisão foi realizada por investigadores da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), da Casa da Mulher Brasileira (CMB). Após a captura, os dois foram levados à sede da unidade, onde prestaram depoimento, passaram por exame de corpo de delito e seguem custodiados à disposição da Justiça.
O vereador Sandro Filho (PP) comentou, nesta quinta-feira (12), sua expulsão do Movimento Brasil Livre (MBL) e afirmou não acreditar que a decisão trará prejuízos à sua base eleitoral. Segundo ele, seus apoiadores entendem que há uma “articulação política” por trás do episódio.
“Não tem repercussão nenhuma, até porque, até com os próprios militantes do MBL, eu já deixei claro o meu posicionamento, o que está acontecendo. Existe uma articulação envolvendo pessoas grandes da política baiana para tentar me prejudicar. E o meu próprio movimento sabe que fazer política aqui em Salvador, aqui no Nordeste, não é fácil”, declarou o parlamentar ao Bahia Notícias.
O vereador atribuiu sua expulsão a pressões políticas e afirmou que “uma pessoa grande” estaria por trás do movimento que culminou em sua saída do grupo que ajudava a defender.
“Na prática, as pessoas são capazes de inventar mentiras sobre você, plantar provas, fazer várias coisas contra você. Tentaram de diversas formas, inclusive espalhar que eu não fiscalizava a prefeitura. Eu mostrei o contrário, sempre fiscalizei, inclusive dentro de uma UPA, a de Santo Antônio”, afirmou.
Por fim, Sandro Filho disse confiar que o tempo esclarecerá os fatos.
Eu digo a vocês que o tempo será justo e tudo será provado. Eu não sou corrupto, não sou ladrão”, completou.
??Sandro Filho nega impacto eleitoral após expulsão do MBL e fala em “articulação política” contra ele
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) November 12, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/K1wO1h2ItI
O jovem atacante Diego Lima, de 20 anos, foi morto a tiros na manhã da última terça-feira (11), na comunidade do Alto do Coqueirinho, em Itapuã, Salvador. O jovem, que acumulava passagens pelas categorias de base de Bahia, Ceará, Palmeiras e Jacuipense, foi atingido enquanto caminhava pela rua.
Socorrido após o ataque, Diego não resistiu aos ferimentos. Policiais do 32º Batalhão da PM isolaram a área até a chegada de equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsáveis pela perícia e pela remoção do corpo.
Segundo familiares, Diego viveu por dois meses na Inglaterra em 2024, período em que buscava oportunidades no futebol internacional. Ele ficou hospedado na casa do irmão mais velho, mas decidiu retornar ao Brasil por saudade da rotina e dos costumes locais. De acordo com a mãe, o jovem "sentia falta da vida no país e dos paredões".
O sepultamento está marcado para esta quarta-feira (12), no Cemitério de Brotas. A Polícia Civil investiga o caso e ainda não há informações sobre autoria ou motivação do crime.
Em nota, o Esporte Clube Jacuipense lamentou a morte do ex-jogador, destacando seu potencial dentro e fora de campo. Leia na íntegra:
"O Esporte Clube Jacuipense lamenta profundamente o falecimento do ex-atleta Diego Lima, de 19 anos, que integrou o elenco Sub-20 do clube em 2024 e possuía vínculo não profissional vigente. Diego era um jovem promissor e muito querido por todos no Jacupa. Neste momento de imensa tristeza, expressamos nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos. Que Deus conforte e fortaleça a todos."
Hip-Hop é o ar que eu respiro, a sabedoria de quem não precisa resolver mais no tiro. É o que diz a letra da música “É Isso Que Eu Tenho No Sangue", da banda Planet Hemp, uma das mais importantes do movimento hip-hop no Brasil. A frase pode ser considerada a representação do poder de transformação e engajamento dessa cultura em diferentes partes do mundo. Nesta quarta-feira, 12 de novembro, em que é celebrado o Dia Mundial do Hip-Hop, o Bahia Notícias realizou uma pesquisa para compreender como esse movimento cultural se manifesta na capital baiana.
Em entrevista ao Bahia Notícias, a educadora musical e mestra formada pela Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Djenane Vieira, destaca que o hip-hop remonta as vivências de pessoas “de cor”, como eram consideradas as pessoas negras e latinas, nos subúrbios norte-americanos. Em seu estudo intitulado "Uma fita de mil grau: o movimento hip-hop na construção de identidades culturais afrodiaspóricas", a pesquisadora explora as dimensões dessa construção étnico-social.
“A cultura hip-hop, ela nasce nos guetos norte-americanos e a gente precisa pensar aqui na periferia de Nova York, que não é muito diferente da periferia de grandes centros, sobretudo nas Américas”, contextualiza. “No caso ali do Bronx, do Harlem, [em Nova York, nos Estados Unidos] eram [população] majoritariamente [de] pessoas negras e pessoas latinas, que eram justamente ali postas à periferia da cidade porque eram pessoas imigrantes”, destaca.
Essa origem norte-americana do movimento também explica a escolha do dia 12 de novembro para homenagear essa cultura. No dia 12 de novembro de 1973, foi criada em Nova York a Universal Zulu Nation, grupo de conscientização da cultura hip-hop. O grupo foi fundado pelo DJ Afrika Bambaataa, artista nova-iorquino que ainda atua como uma liderança social no movimento do hip-hop americano.
Como uma “cultura afrodiaspórica”, Djenane explica que essa cultura chega com alto nível de identificação aos jovens negros dos grandes centros urbanos do Brasil. “O hip-hop ele está em todo lugar, mas nesses [centros urbanos] efetivamente, ela é uma cultura da diáspora africana”, sucita.
O TOQUE BRASILEIRO
Para a sua pesquisa em território brasileiro, a Djenane considerou o “epicentro” do hip-hop como a cidade de Diadema, na região metropolitana de São Paulo. Seu primeiro contato musical com a cultura hip-hop ocorreu na capital paulista, com a repercussão do álbum “Nó na Orelha” do rapper Criolo, lançado em 2011.
“Eu percebi que, com as músicas, com a dinâmica da dança - que é o break -, com os elementos da cultura hip-hop: o grafite, o break, o MC, o DJ, você tem ali um reforço de identidades afro-diaspóricas, porque as pessoas que frequentam, que consomem e fazem a cultura girar, são pessoas negras, na sua grande maioria”, explica. “Ali eles se reconhecem, ali eles constroem códigos de identificação, porque já se considera que existem outros elementos da cultura hip-hop, como, por exemplo, a moda”, ressalta.
A pesquisadora destaca ainda que o “guarda-chuva cultural” do hip-hop também acaba abrangendo modos de vida e transporte como a prática do basquete, a realização de bailes e o uso do skate como prática de lazer e transporte.
E isso tudo só existe porque a organização dos grandes centros combina todos esses elementos, ainda que eles possuam históricos distintos. “Esses elementos da cultura Hip-Hop, o grafite, o DJ, o MC, o break, já existiam enquanto linguagens artísticas, enquanto elementos não necessariamente de uma mesma cultura, mas se a gente pensar nessa juventude periférica - que não tinha muita oportunidade, tanto de lazer, quanto de trabalho -, eles exerciam sua criatividade na rua, por isso essa cultura hip-hop é uma cultura de rua. É uma cultura urbana essencialmente de rua”, completa.
“Toda essa ligação dos elementos auxilia nessa construção [do movimento do hip-hop]. É a questão também da estética, né? O cabelo, os penteados, a roupa, as marcas de roupa, por exemplo, ‘Os Racionais’, salvo engano, montou uma grife chamada 4P. Estou dando um exemplo, mas existem outras, outros empreendedores que surgiram na questão da cultura hip-hop”,
HIP-HOP COM DENDÊ
Mas apesar do hip-hop ter sido importado dos Estados Unidos diretamente para São Paulo, essa manifestação cultural se expandiu rápido pelo Brasil e a Bahia não escapou dessa crescente. Considerando que a cultura do hip-hop possui diversos elementos para além do rap, as batalhas de rima e as batalhas de slam se destacam como expressões culturais que passam por um momento de ascensão.
O Bahia Notícias conversou com Vitor Carvalho, produtor cultural e um dos organizadores da Batalha da Torre, considerada a batalha de rima mais relevante do Nordeste, que ocorre em Salvador. Em entrevista, ele conta que a batalha foi fundada por alunos do Colégio Estadual Thales de Azevedo, no bairro do Costa Azul, em 2017. As edições, que ocorriam semanalmente as sextas-feiras ao final da tarde, migraram para os sábados.
“A batalha da torre surge em 2017, eu não fui fundador, criador da batalha, eu cheguei em 2018, mas surgiu em 2017 por outros organizadores. Ela surgiu ali no Parque Costa Azul, que é perto do [Colégio Estadual] Thales de Azevedo. Basicamente era o pessoal que gostava de batalha, que estudava no colégio, terminava o colégio e começou a fazer a batalha. Começou com uma brincadeira, só que começaram a gravar e chegou em outras pessoas e aí foi crescendo, assim surgiu a Batalha da Torre”, conta.
Para Vitor, que começou a atuar no grupo em 2018, o crescimento da batalha se deu conforme os vídeos das edições passaram a alcançar um público não correlacionado ao colégio. “Os vídeos chegaram em outras pessoas que não chegavam antes e chegou em batalhas de MC de São Paulo, Rio [de Janeiro], Distrito Federal e, com isso, foi de fato com onde começou o crescimento da torre e de 2018 para cá foi realmente esse pontapé que colocou a gente no cenário [nacional] de fato”.

Foto: Arquivo / Batalha da Torre
Ele conta que os eventos semanais são gratuitos, e contam com cerca de 25 a 30 MCs, sendo que apenas 16 MCs que competem. Entre expectadores, seriam cerca de 20 espectadores presenciais, sem contar as reproduções virtuais. Já nas edições especiais, com MCs mais conhecidos, as batalhas chegam a 100 espectadores presenciais.
Para Vitor, o poder do hip-hop é a capacidade de ampliar horizontes. “É o poder de mudança, o poder de transformar uma vida ou mais vidas dentro dessa cultura”, resume. Sob a própria experiência, ele relata o sentimento de milhares de jovens negros e periféricos.
“Em 2017, quando eu conheci a batalha, eu estava num momento complicado na minha vida, de forma psicológica mesmo, não tava muito bem. Já foi uma pequena mudança dentro de todo o caos que estava [o psicológico] naquele momento. A mudança que teve na minha vida foi gigantesca, porque eu passava a semana toda pensando: ‘Mano, quero que chegue a sexta’, na época a batalha era na sexta, e terminava uma e eu já ficava pensando na próxima”, relata.
“E com isso eu fui melhorando, [o hip-hop] foi o causador dessa mudança dentro da minha vida. Mas dentro disso tem diversas outras pessoas. Quantos jovens não saíram do crime, e eu conheço, pessoalmente, dentro da batalha, pessoas que eram do crime e ali a pessoa vê uma fagulha, um mínimo de mudança”, acrescenta.
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Foto: Arquivo / Batalha da Torre
Mas para além das batalhas de rima e do próprio rap, como a vertente musical, existe no “guarda-chuva” do hip-hop o slam, manifestação cultural com foco na poesia. É uma competição onde a performance e o conteúdo poético autoral são avaliados por juízes ou pela plateia. Nas batalhas de rima, ou freestyle, como são conhecidas, as batalhas são mais atreladas a agilidade, improviso, rimas e no "flow", com uma disputa mais direta entre os MCs. Ambas as competições ocorrem sem acompanhamento musical.
Na batalha de poesia, que ocorre em mais de 80 países, os poetas não tem permissão de possuir um acompanhamento musical ou qualquer adereço. A poesia precisa ser autoral, do próprio poeta competidor, que tem até três minutos para recitar. Caso ultrapasse o tempo, o poeta sofre uma punição de décimos em sua avaliação.
A capital baiana possui alguns slams em destaque, entre eles o Slam das Minas Bahia, fundado pelas artistas Nega Fyah, Ludmila Singa, Drica e Jaqueline. O projeto chegou à Bahia em 2017, após o contato de Fyah com o Slam das Minas São Paulo, em 2016, quando ela se tornou a primeira mulher nordestina a chegar na final do Campeonato Brasileiro de Poesia Falada, no Slam BR.
“Surgiu a ideia porque aqui no cenário de poesia, da Bahia, principalmente Salvador, a maioria dos Slams eram todos homens. E aí, na maioria das vezes, só tinha um competindo dentro dessas e quando a gente se junta é para trazer a questão do protagonismo, o acolhimento das mulheres na literatura”, explica a poeta.
“A gente também faz as seletivas municipais, estaduais e nível nacional para ter um representante do Brasil na competição mundial que cada ano acontece em um determinado país”, acrescentou.
Apesar das diferenças, Nega Fyah afirma que o slam e o hip-hop são “parentes”. Em especial pela conexão da Slam das Minas com a música. “Slam das Minas é diferente de todos os outros slams que você possa pesquisar pelo Brasil afora. O Slam das Minas tem esse diferencial, porque a gente traz atrações musicais para tocar em nossas batalhas de poesia”, garantiu.
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Foto: Reprodução / @slamdasminasba
Ambos os movimentos, a Batalha da Torre e o Slam das Minas tem início na mesma época, em meados da década de 2010. A pesquisadora Djenane Vieira contextualiza isso devido à temporalidade da sua própria pesquisa, publicada em 2018, com análise em 2017.
“Eu acho que esse boom não é de agora não. Já tem um tempo, inclusive. Na época da minha pesquisa, saiu inclusive uma porcentagem do ranking de escuta de alguns gêneros musicais e o rap era mais escutado, era mais ouvido do que o rock, por exemplo. Isso eu tô falando 2017.”
Esse momento, que por muitos é considerado um ponto de virada das o hip-hop no Brasil, acabou sendo só o início de um boom promovido pelas plataformas digitais durante a pandemia. Para Vitor, “depois da pandemia foi um pouco dessa virada, porque na pandemia o TikTok teve um acréscimo [de público] muito grande, tanto que hoje dentro do cenário, não só de rap e de batalha, existe o termo é o ‘público de TikTok’”.
Ele explica que a divulgação dos cortes das batalhas de todo o Brasil viralizavam com mais facilidade e “isso atingiu muitas pessoas e fugiu da bolha". "Muitas pessoas não entendem que existe uma cultura por dentro disso, um jeito de acontecer”, conta.
Com o repertório de sua pesquisa de mestrado, que teve uma metodologia “participativa”, Djenane conta “observava que tinha muita gente que era fora de um contexto assim". "Eram pessoas de classe média alta, pessoas brancas, em um contexto que estava se falando de um texto político nas músicas e as pessoas não estavam entendendo o que estava acontecendo”.
“Elas estavam ali cantando junto sem necessariamente ter a compreensão. E assim isso é muito comum mesmo, até porque o rock, fazendo um paralelo, tem muitos grupos que foram políticos, que lançaram obras políticas, e as pessoas não entenderam muito bem”, exemplifica.
Como organizador de eventos dos hip-hop, Vitor diz que “isso, de certa forma, foi e é um pouco prejudicial". "E por isso muitas batalhas estão lutando e perseverando para moldar um pouco, tentar fazer esse público entender que não é assim, que você não só está lá para ver o seu MC favorito, você está ali pelas rimas, a cultura, pelo poder de transformação que a batalha tem e, enfim, hoje em dia é complicado”, completa.
Para além das rimas, a cultura política do hip-hop, infelizmente, ainda precisa avançar. Propostas como a do Slam das Minas, para o protagonismo feminino no hip-hop, ainda são consideradas inovadoras. O hip-hop, ainda muito atrelado à figura masculina cis heteronormativa, ainda dá passos lentos em direção à inclusão.
DESCENTRALIZAÇÃO E INCLUSÃO
Da mesma forma que o hip-hop enquanto dimensão estética, musical e cultural impacta profundamente à vivência de pessoas negras periféricas, o movimento ainda busca incluir um público consumidor e artistas mais diversos. Em um cenário masculinista, a inclusão de mulheres e pessoas LGBT ainda é pontual.
Ao BN, Fyah destaque que o Slam se tornou, com o tempo, mais do que uma batalha de poesia. “O Slam das Minas é uma plataforma de protagonismo, acolhimento e potencialização das mulheres. Então a gente tem feira de empreendedoras, hoje a gente tem um selo literário, a gente teve algumas artistas e no primeiro ano passaram pelo palco do Slam das Minas, o primeiro show de Duquesa foi no Slam das Minas, Luedji tocou conosco duas vezes”.
Em um ambiente costumeiramente ocupado por homens, o Slam das Minas Bahia vem com a proposta de ser um espaço onde poetas possam ser acolhidas e ouvidas. “O Slam das Minas chega justamente para assegurar um espaço seguro dentro das nossas medidas do possível para essas mulheres, para que ela tenha um protagonismo, para que ela se sinta acolhida dentro desse espaço. Não só as mulheres que estão competindo, mas o público também”, completou.
Apesar disso, o espaço não exclui a participação masculina que podem frequentar o espaço, desde que respeitam o protagonismo das mulheres no evento. Essa luta pelo protagonismo feminino é sentido por Nega Fyah também em outros elementos da cultura hip-hop. Na música, a poeta elogia o crescimento de artistas femininas na cena.
“Acho que movimento hip-hop, né, tanto as outras áreas como as MCs, as DJs e agora, os Slams, lutam para que a gente tenha cada vez mais representatividade, que seja valorizada, não somente no cenário, mas financeiramente também. Então, é importante ver que a luta coletiva, - porque o hip-hop é feito coletivamente - está aí, trazendo frutos positivos para a comunidade feminina”, celebrou.
Para Djenane, “é urgente se discutir a presença feminina em todos os espaços, mas eu não vou só além do feminino. A gente tem também artistas LGBTs que já fazem hip-hop há algum tempo. Aí eu vou entrar numa questão, eu acho que eu sempre pontuo isso, quando eu vou falar, porque todo mundo sabe desse senso comum. De que o hip-hop é um ambiente, uma cultura extremamente machista, que não dá vez e voz às mulheres”, conclui. A pesquisadora cita nomes femininos e LGBTs importantes para o rap, especialmente, como Negra Li, Lauren Hill e Rico Dalasam.
Na tentativa de incluir mais públicos, a Batalha da Torre pensa em soluções para garantir maior acesso de minorias às batalhas. “A gente está fazendo um movimento que é tentar confirmar metade [dos MCs] sendo de outras minorias, que dentro da batalha são minoria, mulheres e LGBTs. Então, a gente tá tentando sempre confirmar quatro de cada [sub-grupo]”, explica Vitor. “E esse é um dos movimentos que a gente tá fazendo agora, mas a gente está tentando justamente [fazer] para também sentir o momento delas e entender também o pensamento delas. A gente sempre se põe disposto a ouvir também, o que a gente pode melhorar, o que a gente pode fazer para tornar um pouco mais inclusivo”.
Em Salvador, apenas um das principais batalhas de rima, a Batalha das Brabas, é focada no público feminino e LGBTQIAPN+.
A dupla baiana Antônio Carlos e Jocafi se apresenta em Salvador com o show especial 'Afro Funk Brasil', ao lado de músicos Orquestra Forte de Copacabana.
O show acontecerá no salão nobre da CAIXA Cultural Salvador nos próximos dias 21, 22 e 23 de novembro, sendo sexta e sábado às 20h, e domingo às 19h.
Os ingressos para o show serão vendidos no site Sympla, custando R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Referência na música brasileira desde a década de 70, a dupla Antônio Carlos e Jocafi faz parte de uma geração talentosa e pródiga, com canções em trilhas sonoras, aberturas e temas de novelas e seriados da TV Globo, além gravações por Vinícius de Moraes, Maysa, Nelson Gonçalves, Toquinho, Clara Nunes, Jorge Aragão, Emílio Santiago, Alcione, Djavan e Daniela Mercury, além dos internacionais Ella Fitzgerald, Stevie Wonder, dentre outros.
No novo show, os artistas fazem referência ao EP de mesmo nome lançado em parceria com a Orquestra Forte de Copacabana. Em Afro Funk Brasil, a dupla revisita cinco clássicas faixas do repertório de afrofunk e afrobeat, além de lançar a inédita Ogun Ni Lê, em parceria com Russo Passapusso, vocalista da BaianaSystem.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que revela a inflação oficial do país, registrou um resultado de 0,09% no mês de outubro. Este percentual é o menor para o período desde 1998, quando o índice foi de 0,02%.
Além de ter o menor resultado em 27 anos, a inflação oficial recuou 0,39% entre setembro e outubro deste ano, caindo de 0,48% no mês retrasado para 0,09%. A queda acentuada se deu principalmente por preços menores na energia elétrica residencial, com a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1.
Os números do IPCA foram apresentados nesta terça-feira (11) pelo IBGE. De acordo com o órgão, no ano, a inflação acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.
O indicador menor em outubro teve forte influência graças à diminuição de preços no gasto da energia elétrica residencial, que registrou queda de 2,39%. Outros destaques na composição da redução no IPCA foram as quedas nos preços de aparelhos telefônicos (-2,54%) e no seguro voluntário de veículos (-2,13%).
O IPCA de outubro revelou também uma interrupção na sequência de quedas que vinha acontecendo no grupo alimentação e bebidas. Os preços desse grupo apresentaram estabilidade em relação a setembro, variando 0,01%.
Na composição do resultado geral do IPCA de outubro, os preços do setor de alimentação acabaram não exercendo pressão, e a variação de 0,01% é a menor para um mês de outubro desde 2017, quando foi de -0,05%.
Já a alimentação no domicílio caiu 0,16%, com destaque para as quedas do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). Dentre as altas, estão a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).
Na análise regional, os índices apontam que a maior variação foi registrada na cidade de Goiânia (0,96%), impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (6,08%) e da gasolina (4,78%). A menor variação (-0,15%) foi registrada em São Luís, em função da queda do arroz (-3,49%) e da gasolina (-1,24%), e em Belo Horizonte, com destaque para as quedas na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-2,71%).
A cidade de Salvador, que em setembro havia tido uma inflação de 0,17%, registrou queda no indicador oficial e fechou outubro em 0,06%. O resultado ficou abaixo da média nacional do IPCA, que foi de 0,09%.
No ano de 2025, a inflação total na capital baiana está em 3,17%, abaixo do total apurado pelo IBGE para o país, que ficou em 3,73%. Já no acumulado de 12 meses, o indicador oficial da inflação registra 4,39% em Salvador, também abaixo da média nacional para o mesmo período, que é de 4,68%.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), sancionou a lei que determina que todas as salas de cinema localizadas na capital baiana iniciem a exibição dos filmes no horário previamente divulgado na programação oficial. O texto foi publicado nesta semana e estabelece penalidades para o descumprimento da norma.
Conforme a legislação, o início da sessão será considerado o momento em que começa o conteúdo principal (o filme), não sendo computados trailers ou propagandas comerciais e institucionais. A exibição de materiais publicitários, segundo o parágrafo 2º, deverá ocorrer antes do horário oficial, sem prejudicar o início pontual da obra cinematográfica.
O artigo 2º prevê sanções administrativas para as salas que descumprirem a medida. A primeira infração resultará em advertência escrita. Em caso de reincidência, será aplicada multa de R$ 5 mil. A continuidade do descumprimento poderá acarretar suspensão temporária do alvará de funcionamento por até 30 dias.
O Projeto de Lei é de autoria do vereador Randerson Leal (Podemos) garante que os cinemas da nossa cidade iniciem as sessões no horário previamente anunciado, respeitando o tempo e o direito do consumidor. Fico muito feliz em ver mais uma proposta nossa avançando e se transformando em lei, porque cada conquista representa mais qualidade e respeito para os soteropolitanos”.
A fiscalização e aplicação das penalidades caberão à Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon). A nova legislação entrará em vigor 60 dias após sua publicação, com regulamentação a ser feita pelo Poder Público Municipal no prazo de até 90 dias.
Antes da sanção do prefeito, o projeto de lei foi aprovado na Câmara Municipal de Salvador (CMS) no mês de setembro (leia mais aqui).
Policiais militares da 26ª CIPM prenderam em flagrante um homem, suspeito de tráfico,na Avenida Laurindo Régis, localizada no Parque Solar Boa Vista, em Salvador. O homem conduzia uma motocicleta, na noite deste domingo, quando foi abordado pelos agentes.
Segundo o Alô Juca, ele foi abordado por estar pilotando a moto sem retrovisores e sem utilizar capacete. Durante a revista, foram encontrados os entorpecentes. Na ocasião, ele confessou que estava com drogas para serem entregues na região do Dique Pequeno. A polícia contabilizou 40 pedras de crack e 59 pinos de cocaína.
De acordo com a publicação, a PM ainda apreendeu R$ 272 em dinheiro, um celular, um relógio, uma corrente de ouro e uma motocicleta CG Start, de placa SKG1G33. O suspeito e todo o material apreendido foram encaminhados à Central de Flagrantes, nos Barris.
Moradores da região da Pedra do Sal, no bairro de Itapuã, foram surpreendidos nesta segunda-feira (10), com um excesso de lixo na calçada e a vazão de um líquido pútrido na Avenida General Severino Filho. O registro do ocorrido foi feito pelo representante de um coletivo da região.
No vídeo, o interlocutor mostra que o lixo e a água suja estão sendo descartados irregularmente por um condomínio recém lançado. Com caixas e sacos de lixo que ocupam boa parte da calçada, o prédio ainda utiliza uma mangueira para descartar um líquido indefinido na calçada, deixando um odor pútrido na rua.
O agravante da situação é que o condomínio em questão está localizado ao lado de uma escola de ensino infantil, diretamente afetada pelo lixo exposto e o fedor do líquido descartado. Ao Bahia Notícias, um morador e líder de um coletivo local, destacou que “verifiquei o mau cheiro e parei para ver. E era justamente o descarte dessa água, certo? Uma água muito fedorenta. E quando eu olhei do lado, estava uma quantidade grande de lixo. Para você ter essa quantidade de lixo, você tem que ter as caixas apropriadas para o pessoal da Limpurb recolher”
“Ele [o empreendimento] está cometendo um crime grave ambiental, descartando essa água, né? Eu não sei lhe dizer se essa água é de esgoto ou não. O morador do lado, do loteamento Pedra do Sal, esteve perguntando e informaram que era água de cisterna”, me contou.
O mecanismo de cisternas funciona como um reservatório utilizado para captar e armazenar água, geralmente da chuva, de rios ou de reúso. Os moradores questionam a procedência da água, considerando a proximidade da avenida com os lençóis freáticos do Abaeté.
“De qualquer forma, você jogando água fedorenta do lado é uma escola, é um uma falta de respeito”, completa. O Bahia Notícias não encontrou o contrato do condomínio, e está disponível para publicar o posicionamento do empreendimento, em caso de interesse.
A influenciadora digital Nicolly Martins publicou um vídeo em suas redes sociais admitindo o “erro” e pedindo desculpas pelo modo como criticou o atendimento em Salvador. O caso repercutiu negativamente nas redes sociais e a blogueira chegou a ser acusada de xenofobia.
Em seu perfil, Nicolly e Meg comentaram sobre a repercussão de seu vídeo reclamando sobre o atendimento na cidade. No vídeo, Nicolly explica que ela fez vídeos com “review” sobre diversos lugares que visitou, como Rio de Janeiro, Tiradentes e São Paulo.
“Essa generalização eu entendo que essa repercussão toda foi devido a duas palavras infelizes que eu usei: ‘tranquilo’, que remete a um estereótipo de que o baiano é preguiçoso e não tem nada a ver com o que eu quis dizer, e outra coisa que eu fui muito infeliz em dizer foi ‘Bahia’. Eu não queria ofender o estado da Bahia”, explicou.
??Após repercussão negativa, influenciadora pede desculpas: “Pisei na bola”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) November 10, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/PcqeoUXKFB
Nicolly pediu desculpas pela situação, afirmou que não quis causar essa “repercussão negativa” e garantiu que apesar da experiência ruim, pretende voltar a Salvador em outras oportunidades.
A influenciadora reforçou ainda que nunca quis jogar o “povo preto” pra baixo. “Ficou chato pra mim, tenho que entender”, admitiu.
REPERCUSSÃO
A fala da influenciadora sobre o atendimento na cidade tomou proporções tais que a Prefeitura de Salvador respondeu, nesta segunda-feira (10), às críticas sobre sua experiência com os atendimentos em estabelecimentos da capital baiana. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a paulistana reclamou da “lentidão” dos serviços e complementou: “não sei se é porque eles são da praia e eles são tranquilos”.
Além do atendimento, a Nicolly voltou a reclamar sobre a cidade, desta vez, citou que Salvador parecia exalar uma “tensão sexual” pelo costume em beijar em lugares públicos. Nesta segunda-feira (10), a influenciadora avisou aos seguidores que estava retornando à São Paulo. “Gente estamos bem e seguras, indo pra casa. Tô morrendo de saudade de casa, odiei estar aqui!”, escreveu em um story.
A Prefeitura de Salvador respondeu, nesta segunda-feira (10), às críticas feitas pela influenciadora digital Nicolly Martins sobre sua experiência com os atendimentos em estabelecimentos da capital baiana. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a paulistana reclamou da “lentidão” dos serviços e complementou: “não sei se é porque eles são da praia e eles são tranquilos”.
Em resposta, a gestão municipal publicou um vídeo exaltando os trabalhadores do setor de serviços da cidade, com o título “povo da praia”. Na legenda, o perfil municipal escreveu: “Salvador é lugar de gente alegre, mas que também trabalha incansavelmente. E, caso você tenha perdido essa aula de história: foi o “povo da praia” que ajudou a construir este país inteiro. Bom dia!”
Nos comentários da publicação, baianos e soteropolitanos elogiaram o posicionamento: “Nosso povo da praia trabalha muito! Vamos descolonizar os olhares, viu, nega, sendo branca ou preta”, comentou uma internauta. No final de semana, a fala da influenciadora, que veio à Bahia para o festival Afropunk, gerou polêmica nas redes sociais.
Além do atendimento, a Nicolly voltou a reclamar sobre a cidade, desta vez, citou que Salvador parecia exalar uma “tensão sexual” pelo costume em beijar em lugares públicos. Nesta segunda-feira (10), a influenciadora avisou aos seguidores que estava retornando à São Paulo. “Gente estamos bem e seguras, indo pra casa. Tô morrendo de saudade de casa, odiei estar aqui!”, escreveu em um story.
Após protagonizar uma polêmica e mobilizar a população baiana nas redes sociais contra si, a influenciadora digital Nicolly Martins voltou a reclamar de sua experiência em Salvador, neste fim de semana.
A blogueira virou alvo de críticas nas redes sociais após reclamar do atendimento em Salvador, que passou por um fim de semana agitado devido ao festival Afropunk, que atraiu turistas e movimentou a economia da capital baiana.
A influenciadora chegou a ser acusada de xenofobia após associar a “lentidão” no atendimento ao fato dos trabalhadores serem um “da praia”. Nicolly também reclamou sobre a cidade exalar uma “tensão sexual” pelo costume em beijar em lugares públicos.
Após as críticas, Nicolly apagou o vídeo das redes sociais, mas continuou afirmando que o atendimento era “péssimo”. Nesta segunda-feira (10), a influenciadora avisou aos seguidores que estava retornando à São Paulo.
“Gente estamos bem e seguras, indo pra casa. Tô morrendo de saudade de casa, odiei estar aqui!”, escreveu em um story. Logo em sequência, a influenciadora publicou uma captura de tela de uma conversa onde se referia as facções soteropolitanas.
“Lugares com mais 1 faccao você não pode ter opiniões públicas”, dizia a mensagem recebida por ela. Logo acima da mensagem ela afirma: “É um exagero sabe?”.
Na web, onde as críticas começaram e a fala repercutiu, internautas apontaram uma suposta indireta em uma mensagem deixada pela cantora Liniker durante sua apresentação no Afropunk, no último domingo (9).
“Muito obrigada por me acolherem. A Bahia é foda. Quando a gente está na Bahia, a gente respeita a Bahia. A Bahia é um solo sagrado. A Bahia é um lugar onde eu aprendo todas às vezes", declarou a artista.
Após cinco edições em Salvador, o AFROPUNK Brasil desembarca em uma nova cidade em 2026. O maior festival de cultura preta do mundo anunciou nesta segunda-feira (10), que no próximo ano, o Afropunk será realizado no Rio de Janeiro.
Com recorde de público em 2025 na edição soteropolitana, o AFROPUNK Brasil reuniu mais de 50 mil pessoas em dois dias de festa com grandes atrações no Parque de Exposições de Salvador.
Para o próximo ano, a festa contará com uma edição grandiosa, diferente da proposta do Experience, que aconteceu no Rio e no Maranhão.
“Esse ano tivemos três edições do AFROPUNK Brasil reforçando nosso compromisso com a música preta não só brasileira, mas mundial. E a edição do Rio foi tão especial, que vamos desembarcar na cidade de novo ano que vem”, afirma Ana Amélia Nunes, sócia e diretora de conteúdo da IDW Entretenimento – agência full service do AFROPUNK no país.
Na edição realizada em Salvador, o evento movimentou o turismo local, recebendo um público 40% vindo de fora da Bahia, com fãs de todos os estados brasileiros, além de estrangeiros de 28 países.
O Bahia Notícias entrou em contato com a assessoria da festa para confirmar se Salvador permanece na rota do AFROPUNK Brasil em 2026. Até a publicação da matéria, não houve um retorno.
Com apenas 14 anos, o jovem atleta Cacauzinho Neto conquistou uma das maiores façanhas do CrossFit brasileiro ao garantir vaga para o Gymreapers Wodapalooza Miami Beach 2026, uma das competições mais prestigiadas do mundo fitness. Natural de Salvador (BA), ele será o único representante do Brasil na categoria Teens 13–15 (Masculino), após conquistar o 2º lugar mundial na classificatória oficial do torneio.
O desempenho de Cacauzinho o colocou entre os melhores do planeta na sua faixa etária. A competição será realizada entre 12 e 15 de março de 2026, em Miami Beach (EUA), reunindo atletas de mais de 50 países e milhões de espectadores em transmissões presenciais e digitais.
O Wodapalooza é conhecido por ser uma "vitrine" para as principais marcas do segmento esportivo. A participação de Cacauzinho também o credencia a disputar o CrossFit Games Open 2026.
Nascido em Salvador, Cacauzinho iniciou sua jornada esportiva em academias comunitárias, transformando a rotina de treinos em uma história de disciplina, constância e superação.
“Cacauzinho representa uma nova geração de atletas brasileiros que ultrapassam fronteiras com dedicação e propósito. Ele leva o nome da Bahia e do Brasil com orgulho, mostrando que o talento e o esforço podem abrir portas em qualquer lugar do mundo”, destacaram seus apoiadores.
A estadia do cantor canadense Shawn Mendes em Salvador, além de render bons momentos para os fãs, como o encontro no Porto da Barra, rendeu também um registro especial para Marcelo Sangalo.
O primogênito de Ivete, compartilhou um click ao lado do astro internacional na boa e velha "resenha" em casa, no condomínio de luxo Morada dos Cardeais, na Vitória, na capital baiana.
???? | Shawn Mendes e Marcelo Sangalo, filho da Ivete, mandando beijo pra influencer Vivi Wanderley. pic.twitter.com/eY57DMlFx2
— Hey Shawn Brasil (@HeyShawnBR) November 10, 2025
Na foto, Shawn aparece no estúdio de Marcelo, que fica dentro da própria casa da artista. O intérprete de 'Mercy' também gravou um vídeo mandando um beijo para 'Vivi'.
Shawn está no endereço desde sábado (8), quando participou de um churrasco na casa de Ivete e teve a localização revelada por uma moradora que pediu uma foto. Na manhã do domingo, o artista visitou a academia do prédio, cenário de vários vídeos de Ivete Sangalo, e também foi "flagrado" por moradores.

O artista desembarcou na capital baiana na sexta-feira (7), após participar de um evento no Rio de Janeiro promovido pelo príncipe William. Shawn está em Salvador acompanhado de parte da família e também de amigos.
Além do Porto da Barra, Shawn, que chegou a capital baiana em um voo comercial, sendo descoberto por um fã, conheceu a Igreja do Bonfim. Não se sabe até quando o artista fica em Salvador.
A influenciadora digital Nicolly Martins, dona de um perfil com mais de 492 mil seguidores, polemizou ao falar sobre a experiência que vem tendo em Salvador.
Na cidade para prestigiar o Afropunk Brasil, o maior festival dedicado a cultura negra no país, a blogueira se tornou alvo de críticas ao falar sobre o atendimento em Salvador.
Ao dar a opinião, a influenciadora se referiu a capital como a Bahia e afirmou que não gostou do atendimento que teve em uma praia da cidade. Nicolly foi acusada de xenofobia ao associar uma possível "lentidão" ao fato dos trabalhadores serem da praia.
Nicolly Martins DETONA o atendimento em estabelecimentos na Bahia:
— QG do POP (@QGdoPOP) November 9, 2025
“Aqui na Bahia demora pra tudo, o atendimento é PÉSSIMO, acho que é o pior atendimento que eu já vi na minha vida.” pic.twitter.com/gRdXXHOfOJ
"Gente, choques culturais que eu tive até agora. O primeiro que eu tô muito impressionada é o atendimento. Meu Deus como aqui as coisas demoram, não sei se é porque eles são da praia e eles são tranquilos, eu não sei o que acontece, só que a água de coco demora, uma água normal demora, caipirinha demora, o almoço demora, pra trazer a conta demora. Gente, aqui na Bahia demora pra tudo."
No X (antigo Twitter), a declaração da influenciadora não foi bem aceita. Apesar de pessoas residentes de Salvador concordar com o atendimento ruim, Nicolly foi criticada pelo tom xenofóbico ao comentar a situação.
"A diva reforçando os esteriótipos racistas e xenofóbicos que a gente luta todo dia contra", escreveu um internauta. "O Atendimento em Salvador realmente é uma porcaria mesmo, mas vocês, turistas, devem começar a entender que a Bahia não se resume a Salvador", alertou outro.
"Ela acostumada com o fluxo workaholic de SP se chocando em como nós baianas fazemos as coisas no nosso tempo", disse uma terceira.
Após a repercussão negativa do vídeo, Nicolly apagou o vídeo. "Como não foi minha intenção ofender vocês, eu vou apagar, mas continuo achando o atendimento aqui péssimo, o atendimento do Rio de Janeiro também é péssimo", disse.
A blogueira ainda frisou que só apagaria para evitar mal-estar, mas que veio para Salvador com o próprio dinheiro, apesar de ter recebido o convite para curtir a festa, e que fez questão de pagar a própria passagem e hospedagem para estar na cidade.
Equipes do Comando de Policiamento Regional da Capital Atlântico (CPRC-A) realizaram mais uma ação da Operação Paredão, entre a noite de sábado (8) e a madrugada deste domingo (9), na Boca do Rio, em Salvador.
As ações ocorreram na localidade conhecida como Baixa Fria, resultando na apreensão de quatro veículos em desacordo com as normas estabelecidas no Código de rânsito Brasileiro (CTB). Além dos automóveis, foram apreendidos aparelhos de som com potência acima do permitido em legislação, utilizados comumente em paredões.

A Polícia Militar da Bahia reforça que as denúncias de som abusivo e perturbação do sossego podem ser feitas através do Disque-Denúncia 181 ou do telefone 190.
“Tem gogó, querida?”, essa foi a sensação que marcou o show da cantora americana Coco Jones. A ex-estrela da Disney demonstrou todo o seu potencial vocal em performances de seus clássicos como “ICU” e “Here We Go” no palco do Afropunk Brasil 2025, na noite deste sábado (8).
Este, que foi o primeiro show de Coco no Brasil, também contou com uma homenagem ao país. A artista iniciou o segundo set do show com um remix de músicas brasileiras, incluindo o hit viral do pagodeiro baiano O Kannalha, “O Baiano Tem o Molho”.
Brincando com o público, Coco recebeu um coro de aplausos e elogios ao citar seus primeiros discos, como “Made Of” (2013), “Let Me Check It” (2017) e “H.D.W.Y.” (2019) — que marcam o início de sua trajetória fora da Disney e mostram sua evolução como artista independente.
Ela ainda privilegiou as músicas do seu álbum indicado ao Grammy 2026, “Why No More?”, como “Tang for U”. Vale lembrar também que Coco Jones venceu seu primeiro Grammy em 2024, na categoria Melhor Performance de R&B, com o sucesso “ICU”.
Um acidente resultou na morte de um homem de 58 anos na noite desta sexta-feira (7) no bairro do Calabetão, em Salvador. A vítima, identificada como Carlos dos Santos, despencou de um barranco íngreme, conhecido pelos moradores como "Paredão", cuja altura supera os 30 metros.
O incidente ocorreu quando Carlos dos Santos, que, segundo relatos de populares, havia ingerido bebida alcoólica, retornava para sua casa. Ao perder o equilíbrio, o homem caiu na área conhecida como "Calabetão de Baixo".
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar (PM) foram prontamente acionadas, mas o óbito foi constatado ainda no local. O caso foi registrado na 11ª Delegacia Territorial (DT) de Tancredo Neves.
Segundo informações do portal g1, a Polícia Civil expediu as guias necessárias para a remoção do corpo e a realização dos procedimentos periciais. Moradores da região do Calabetão afirmam que o trecho onde a queda ocorreu é perigoso. Após a tragédia, a comunidade reforçou o apelo à Prefeitura de Salvador para serem adotadas medidas urgentes de segurança no local.
Os estudantes de Salvador que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (9) e no próximo (16), poderão contar com passagem gratuita nos ônibus da cidade. A medida foi anunciada pelo prefeito Bruno Reis na tarde desta sexta-feira (7). Para ter direito ao benefício, o estudante deverá utilizar o seu cartão Salvador Card de meia passagem estudantil ao passar pela catraca, no período das 10h às 20h.
A gratuidade poderá ser utilizada tanto nos ônibus regulares da cidade quanto no BRT e no Sistema de Transporte Complementar (STEC). A ação é uma parceria entre a Secretaria de Mobilidade (Semob) e a Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
Segundo o secretário de Mobilidade de Salvador, Pablo Souza, a medida visa oferecer maior tranquilidade aos estudantes que farão as provas. “Essa é uma política pública de inclusão social para a juventude de nossa cidade”, explicou. O gestor destacou ainda que o benefício somente será válido para os estudantes que tiverem seu cartão de meia passagem ativos e válidos. Também não será necessária a apresentação de comprovante de inscrição ao passar pelas catracas.
Além da gratuidade na passagem, a Semob preparou ainda uma operação especial de transporte para os domingos de prova. Ao todo, 143 ônibus irão reforçar a frota de 72 linhas e 21 terminais, como Acesso Norte, Pirajá, Mussurunga e Águas Claras. “Estamos fazendo todo o possível para que os estudantes possam chegar aos locais de prova com conforto e tranquilidade, e lembramos que, no dia da prova, saiam de casa com antecedência para evitar qualquer atraso”, destacou Pablo Souza.
As Forças Estaduais da Segurança Pública localizaram, neste sábado (8), o carro da nutricionista Tâmara Ferreira, na região do Calabetão, em Salvador, próximo à BR-324. O veículo foi utilizado pela vítima no bairro do Caminho das Árvores antes do sequestro na quinta-feira (6).
A mulher de 42 anos foi encontrada em um cativeiro no final da manhã desta sexta-feira (7). Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), agentes da Polícia Militar acionaram a Polícia Civil, responsável pela investigação do crime, para remoção do carro do local. O veículo será periciado por equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Nesta sexta-feira, a PM realizou buscas pelos suspeitos do sequestro no Complexo do Nordeste de Amaralina. A ação deixou quatro suspeitos mortos, um ferido e dois presos. A SSP-BA informa ainda que denúncias sobre suspeitos do sequestro podem ser enviadas através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP). O anonimato é garantido por lei.
Sete homens suspeitos de integrar uma facção criminosa foram localizados na noite desta sexta-feira (7) durante as buscas pelos sequestradores da nutricionista Tâmara Ferreira, de 42 anos. Segundo informações divulgadas pela Polícia Militar, cinco dos sete suspeitos ficaram feridos em confronto e outros dois foram rendidos na região do Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador.
A Secretária de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que as ações na região buscavam identificar possíveis envolvidos no desaparecimento de Tâmara, vista pela última vez na região do Caminho das Árvores.
A PM registrou, na ação, a apreensão de armas, carregadores e munições com o grupo. A organização ainda busca informações do sequestro da nutricionista, que podem ser enviadas através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP). O anonimato é garantido por lei.
A SSP-BA informou, na manhã deste sábado (8), que "dos 5 socorridos para o HGE, 4 não resistiram e faleceram. 1 segue internado e custodiado", disse o comunicado. (A reportagem foi atualizada com a nota da SSP-BA às 09h20)
Unidades ordinárias e especializadas da Polícia Militar intensificaram o patrulhamento no Complexo do Nordeste de Amaralina, no final da tarde desta sexta-feira (7), em busca dos autores do sequestro da nutricionista Tâmara Ferreira.
As equipes realizam bloqueios e incursões na região com o objetivo de localizar os responsáveis pelo crime e o veículo utilizado na ação.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) reforçou o pedido para que informações sobre os suspeitos sejam encaminhadas de forma anônima pelo Disque Denúncia (181). O sigilo das denúncias é garantido por lei.
Projeto na CMS propõe que motoristas recebam aviso imediato quando o carro for guinchado em Salvador
O Projeto de Indicação nº 476/2025, em tramitação na Câmara Municipal de Salvador, pode mudar as regras para remoção de veículos por infrações na capital baiana. A proposta prevê que os proprietários sejam notificados imediatamente, por WhatsApp, SMS, ligação telefônica ou adesivo no local, sempre que o veículo for removido. A execução da medida ficaria sob responsabilidade da Transalvador.
A iniciativa busca resolver uma queixa comum dos soteropolitanos: motoristas que descobrem tardiamente que seus carros foram guinchados, sem saber quem fez a remoção, para onde o veículo foi levado ou como recuperá-lo.
De acordo com o texto, a notificação deve conter informações essenciais como o órgão responsável pela remoção, o motivo da infração e o endereço do pátio onde o veículo foi levado, em conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro e as resoluções do Contran.
O autor da proposta, vereador João Cláudio Bacelar, também sugere ampliar o sistema eletrônico da Transalvador, permitindo que motoristas consultem dados por QR Codes instalados em placas de Zona Azul e proibição de estacionamento.
“Ninguém deveria sair de casa para trabalhar e voltar sem saber onde está o próprio carro. Transparência é obrigação do poder público. Se a tecnologia permite avisar o motorista na hora, por que isso ainda não acontece? A cidade só tem a ganhar com um sistema rápido, claro e acessível”, afirmou o vereador.
O projeto ainda recomenda que a Prefeitura divulgue previamente a lista dos pátios credenciados, organizados por região, facilitando o processo de retirada dos veículos.
Após passar pelas comissões temáticas, a proposta será encaminhada para votação em plenário.
O cantor canadense, Shawn Mendes, desembarcou na capital baiana nesta sexta-feira (7), após uma “temporada” de eventos no Rio de Janeiro. O cantor chegou ao Brasil na segunda-feira (3), sendo um dos convidados especiais do evento The Earthshot Prize, evento beneficente sobre conscientização ambiental.
Após o evento, o intérprete de hits como “Mercy” e “Stitches” deixou a capital fluminense e desembarcou em Salvador nesta tarde, onde foi recebido por fãs no aeroporto Luis Eduardo Magalhães. Vestido com uma camiseta verde e amarela, do Brasil, o cantor cumprimentou o público com fotos e apertos de mão.
Ainda não há informações sobre o motivo ou a duração da estadia de Mendes na Bahia. No entanto, as belezas do estado já são conhecidas pelo cantor. Em setembro de 2024, Shawn fez uma viagem a Trancoso, no sul baiano, após sua apresentação no Rock in Rio.
No próximo dia 27 de novembro, quinta-feira, a Doca 1 – Av. da França, Comércio, será o destino de autoridades e líderes criativos do Brasil, durante a 8ª edição do ‘SCREAM Festival. A programação, que acontece das 8h às 18h, é uma das mais aguardadas conferências da temporada, e promete transformar Salvador no maior polo de inovação do Nordeste.
O tema do festival, ‘Beba desta Fonte’, convida os participantes à mergulharem nos eixos temáticos do SCREAM em 2025. O circuito de palestras, painéis, reuniões com autoridades e oficinas abertas chegam para situar profissionais sêniores, empresários e gestores pelas principais tendências do mercado em 2026, enquanto debatem os maiores insights deste ano.
Realizado pela Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP), com apoio do Doca 1, Saltur e da Prefeitura de Salvador, a expectativa é que o megaevento receba três mil publicitários, jornalistas, comunicadores, estudantes e profissionais de marketing. “Estamos caminhando para o oitavo ano do SCREAM, que se consolidou como o evento de refresh para os profissionais de comunicação e marketing. Por isso, convidamos o mercado a beber direto da fonte das tendências, novidades e análises com a nossa curadoria de temas e palestrantes.”, destaca Lucas Reis, presidente da ABMP.
Nesta edição, os participantes serão conduzidos por quatro eixos temáticos, que são: Comportamento, abordando as oportunidades para as marcas com a ‘cultura wellness’, a construção de comunidades e co-criação, lifestyle gospel e geração grisalha; Meios e Canais, com foco em TV 3.0 & video, ‘media on the go’ (Uber Advertising) e a nova mídia exterior; Cultura, trazendo referências indígenas, negras e periféricas; além da trilha de Tecnologia, que destacará o mercado de inteligência artificial e do bitcoin.
A sede pela criatividade e inovação é o elemento norteador do festival, guiando o público por diversas fontes de conhecimento. Os participantes podem aguardar painelistas da cena internacional e nacional, que auxiliarão os setores de Comunicação, Marketing e Publicidade à identificarem o “joio do trigo” quando o assunto é informação. A lineup de palestrantes deve ser divulgada a partir do dia 14 de novembro.
O maior evento de Comunicação e Marketing da Bahia retorna para a 8ª edição, com um legado surpreendente. A conferência não para de crescer desde o seu surgimento, em 2018, somando quase 10 mil inscritos somente nas três primeiras edições do evento. A plataforma, que já ocupou o Fera Palace Hotel, Espaço Cultural da Barroquinha, Teatro Gregório de Matos e agora o Doca 1, já recebeu nomes como David Hyman (Google), Leka Hattori (representante da NASA) e Cristina Roman (Instituto D&AD na Europa).
Democratizando ainda mais os espaços de informação, inovação e criatividade do país, o SCREAM abriu inscrições gratuitas, no mês de novembro, para novos painelistas. Com o desafio de levar a informação na ‘era da desinformação’, Lucas explica que a ideia do festival é justamente filtrar os principais avanços do mercado, sem se deixar levar por ‘futurismos’ – que muitas vezes não dialogam com o contexto nacional.
“‘Vivemos num mundo onde a informação não para de correr. Mas, no meio desse mar de novidades, como saber o que realmente importa?’ Esse é um trecho do Manifesto SCREAM 2025, e com ele, convidamos o público à mergulhar nessa fonte purificada para a criatividade e inovação. Nos vemos no dia 27 de novembro, com mais de 10h de programação para líderes, autoridades e governanças em criatividade e inovação de todo o país”, conclui Reis.
SERVIÇO
[8ª edição do SCREAM - Salvador Creativity and Media Festival]
Data do festival: 27 de novembro, quinta-feira
Horário: das 8h às 18h;
Line-up será anunciada em breve
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Salvador instaurou um processo ético-disciplinar contra a vereadora Eliete Paraguassu (Psol) por suposta denunciação caluniosa contra o também vereador Cláudio Tinoco (União Brasil). A informação foi confirmada nesta sexta-feira (7) pelo presidente do colegiado, Alexandre Aleluia (PL).
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A medida tem como base a representação apresentada pela defesa de Tinoco, que foi acusado de racismo por Eliete durante a 36ª Sessão Ordinária, em maio deste ano. Na ocasião, a parlamentar também registrou denúncia na Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (Decrin).
Segundo a defesa de Tinoco, a acusação teria sido “sem fundamento”, configurando violação ao Código de Ética da Câmara. De acordo com Aleluia, Eliete terá 15 dias para apresentar defesa, além de poder anexar documentos e indicar testemunhas.
Em resposta, a vereadora divulgou nota afirmando que o processo representa uma tentativa de “criminalização da vítima”.
“O Mandato Popular das Águas vai seguir firme. Estamos de pé e continuaremos combatendo e denunciando todas as formas de machismo, de racismo e de discriminação. Eu sou uma vereadora com os mesmos direitos que os demais 42 parlamentares desta Casa e exijo respeito, porque eu respeito a todas e todos. Não irão me silenciar”, declarou Eliete.
Acusado de praticar uma série de roubos a mão armada em Salvador e Lauro de Freitas, um homem de 28 anos foi preso nesta quinta-feira (6) por uma equipe da 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba). Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara das Garantias da Comarca da capital.
O acusado vinha sendo monitorado pelo Serviço de Investigação da Polícia Civil e foi localizado no bairro da Ribeira, em Salvador. Ele já possuía registro policial, acusado pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.
Após o cumprimento do mandado judicial, o homem passou pelos procedimentos de praxe na delegacia e está à disposição da Justiça.
Um homem de 23 anos foi preso nesta quinta-feira (6) por equipes da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), unidade vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele é suspeito de ser coautor do feminicídio de Fabiana Correia Cardoso, ocorrido no dia 11 de setembro.
A ação contou com o apoio do Grupo de Capturas (GCAP).
O investigado foi localizado no bairro de Narandiba, conduzido à sede da DPP, onde foi interrogado, passou pelos exames legais e segue custodiado na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris), à disposição da Justiça.
A prisão representa mais um avanço nas investigações conduzidas pela DPP, que seguem em andamento com o objetivo de esclarecer completamente os fatos e identificar a participação de todos os envolvidos
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou um novo processo licitatório que tem como objetivo a contratação de serviços para reformar a Unidade Central de Flagrantes, no bairro do Iguatemi, em Salvador. A licitação trata da contratação de uma empresa para prestar serviços de arquitetura e engenharia do local.
Empresas que desejam concorrer ao certame, terão até o próximo dia 17 para apresentarem suas propostas à gestão. No mesmo dia, às 10h, será iniciada uma sessão pública entre as entidades participantes.
Um dos critérios que serão levados em consideração na licitação é relacionado a um maior desconto.
IMPASSE EM OBRA
Iniciada no final de 2022, a unidade sofreu algumas intercorrências e impasses durante outras etapas. Anteriormente, o projeto de reforma precisou de um novo processo licitatório para escolher uma nova empresa responsável pelas intervenções.
A situação aconteceu após a empresa anterior responsável pela obra não ter cumprido com o contrato e outros termos da proposta, conforme informações apuradas pelo Bahia Notícias na época. Outra apuração do BN mostrou que, por conta desta questão, já existia a indicação de um novo processo licitatório.
Na ocasião, a então delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Campos, explicou que, na execução da obra, houve intercorrências que “não estavam previstas no escopo”. No entanto, ela adiantou que “a coordenação de obras da Secretaria de Segurança Pública estaria trabalhando para conseguir fazer essa entrega e a retomada daquele espaço agora no final de 2023”.
Porém, a unidade não foi entregue naquela época. Dois anos depois, a delegada explicou que o espaço poderia ser entregue somente em 2026. Em janeiro deste ano, uma reportagem do BN mostrou que a construção atingiu a marca de mais de 70% de conclusão.
Procurada pela reportagem, para saber se a licitação publicada no último dia 30, seria referente a reforma, a Polícia Civil não respondeu os contatos efetuados. A PC também não respondeu se a empresa vencedora vai concluir as outras etapas da obra.
O espaço continua aberto para possíveis esclarecimentos.
Licença de 4 anos é concedida para implantação do Teleférico do Subúrbio em Salvador; saiba detalhes
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) concedeu licença prévia para a implantação da linha 1 do Teleférico do Subúrbio Ferroviário de Salvador. A obra é chamada Projeto de Mobilidade Salvador e a autorização ambiental para a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) tem validade de quatro anos.
Conforme o documento, o projeto prevê a construção de um sistema de transporte por teleférico com 4,3 quilômetros de extensão, contemplando quatro estações localizadas nos bairros de Campinas de Pirajá, Rio Sena, Pirajá e Praia Grande. O traçado incluirá ainda 27 torres de sustentação distribuídas entre os bairros de Campinas de Pirajá e Praia Grande, em Salvador.
Entre as condições impostas pela Sedur estão a obrigação de manter o órgão informado sobre qualquer alteração no projeto, o pedido de renovação da licença em até 120 dias antes do vencimento e a proibição de iniciar obras que envolvam supressão de vegetação ou instalação de estruturas permanentes sem a devida Licença de Instalação (LI).
A fundação deverá ainda apresentar o Decreto de Desapropriação das áreas afetadas, e o documento de responsabilidade técnica (ART) com levantamento dos impactos ambientais e medidas de mitigação previstas.

No início do mês de setembro, a prefeitura de Salvador, por meio da Casa Civil, formalizou um termo de cooperação técnica que estabelece ações de fiscalização e acompanhamento das obras de implantação do Centro de Interpretação da Mata Atlântica e do Teleférico Salvador (Subúrbio) – Linha 1. O instrumento também autoriza a contratação da empresa responsável pela supervisão das obras do teleférico.
Segundo o resumo do termo, a vigência acompanha o período de execução do Programa de Inclusão Social e Territorial, chamado de "Salvador Inclusiva", permanecendo em vigor até a completa extinção das obrigações assumidas pelas partes. O documento vincula o prazo à conclusão dos projetos e ações do programa, seguindo as disposições do Manual Operativo (MOP), e prevê a possibilidade de prorrogação mediante termo aditivo.
NOVO MODAL
Em março, o prefeito de Salvador assinou um contrato de financiamento de US$ 125 milhões (cerca de R$ 720 milhões) junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a execução do Programa Salvador Inclusiva. A operação prevê justamente a implementação do Teleférico do Subúrbio, meio de transporte urbano que vai conectar diversos bairros desta região da cidade ao metrô em Campinas de Pirajá.
Será o primeiro meio de transporte deste tipo na capital baiana, inspirado no modal visto em outras cidades de relevo acidentado, a exemplo de La Paz, Medellín, Bogotá e Barcelona. O projeto prevê um percurso de 4,3 km e quatro estações: Praia Grande, Mané Dendê, Pirajá e Campinas de Pirajá.
No total, serão instaladas 110 cabines, sustentadas por 27 torres, permitindo a conexão da Av. Suburbana e de bairros populosos - como Praia Grande, Periperi, Mirantes de Periperi, Rio Sena e Alto da Terezinha - com a BR-324, tendo como ponto final a Estação Campinas de Pirajá do Metrô de Salvador.
A previsão é que o meio de transporte beneficie mais de 700 mil pessoas, com capacidade de transportar até 23 mil passageiros por dia.
Já em agosto, o prefeito também projetou que a licitação do Teleférico do Subúrbio deve ser iniciada ainda neste ano, com início de obras para 2026.
A atriz e empresária Giovanna Antonelli esteve em Salvador na última quarta-feira (5) para participar da Caravana Sebrae Delas, iniciativa do Sebrae Bahia voltada ao fortalecimento do empreendedorismo feminino. O evento, realizado no Centro de Convenções, reuniu um público majoritariamente formado por mulheres interessadas em impulsionar seus negócios.
No palco, Antonelli compartilhou histórias de superação e persistência que marcaram sua trajetória, desde os primeiros papéis na televisão até o lançamento de sua marca no setor de estética. Durante a palestra, destacou a importância do propósito e do diferencial como pilares na construção de marcas autênticas e na presença digital.
“Falar sobre jornada, propósito e conquistas com tantas mulheres incríveis foi uma experiência única e transformadora”, escreveu a atriz em uma publicação no Instagram.
Hospedada no Hotel Fasano Salvador, ela foi atendida pelo hairstylist Diego Andradez antes do evento. “Olha quem cuida de mim em Salvador”, publicou nos stories. A eterna “delegada Helô” ainda aproveitou a estadia na cidade para reencontrar amigas e registrar alguns momentos especiais.
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Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mauro Vieira
"Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam".
Disse o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, ao comentar que o governo brasileiro espera, nos próximos dias, a resposta dos Estados Unidos a uma proposta de “mapa do caminho” apresentada por Brasília para orientar as negociações destinadas a solucionar pendências comerciais entre os dois países.