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Artigos

Augusto Vasconcelos
Bahia registra menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos
Foto: Feijão Almeida/ GOVBA

Bahia registra menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos

Além de liderar a geração de empregos no Nordeste, a Bahia obteve a menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada recentemente, confirmou o bom momento da Bahia na geração de empregos.

Multimídia

João Cláudio Bacelar defende permanência da Câmara na Praça Thomé de Souza

João Cláudio Bacelar defende permanência da Câmara na Praça Thomé de Souza
O vereador da Câmara de Salvador, João Cláudio Bacelar (Podemos), defendeu a permanência da Câmara municipal, localizada na Praça Thomé de Souza. Segundo ele, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, trabalhar em um local histórico como aquele é motivo de "muito orgulho".

Entrevistas

Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo

Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo
Foto: Edu Mota / Brasília
O governo da Bahia anunciou recentemente a expansão do programa de cooperação que possui junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com objetivo de promover o desenvolvimento sustentável, a inclusão produtiva e a geração de renda em diferentes biomas do estado. A parceria entre o governo e o órgão da ONU conta com investimentos que ultrapassam o patamar de R$ 1,5 bilhão.

torto arado

Novo livro de Itamar Vieira Junior conclui trilogia com história ambientada em Salvador
Foto: Uendel Galter / Divulgação

O escritor Itamar Vieira Junior lança em outubro o romance "Coração sem Medo", obra que encerra a Trilogia da Terra. O anúncio foi nesta quarta-feira (30) pela Todavia, editora responsável pela publicação do livro, que acompanhará uma história que se passa em Salvador, abordando temas como violência policial, protagonismo feminino e memória.

 

“Coração sem Medo” será o primeiro volume da trilogia ambientado em contexto urbano. Os anteriores, "Torto Arado" (2019) e "Salvar o Fogo" (2023), retratam conflitos fundiários, religiosidade afro-indígena e disputas por dignidade e território. Os dois livros receberam o Prêmio Jabuti de melhor romance literário em seus respectivos anos de lançamento.

 

A narrativa é considerada como um testemunho sobre a força das histórias que precisam ser contadas. Além das obras já citadas, Itamar também escreveu a coletânea de contos "Doramar ou a Odisseia" e o livro infantil "Chupim", com ilustrações de Manuela Navas.

 

Com mais de um milhão de exemplares vendidos, suas obras são publicadas pela editora Todavia. Segundo informações obtidas pelo Folha de S.Paulo, o autor participará, neste sábado (2), às 18h30, de uma mesa na Casa Folha, espaço do jornal na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

 

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Musical de Torto Arado anuncia datas de nova temporada em Salvador; veja
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A venda dos ingressos da nova temporada do musical “Torto Arado”, em Salvador, se iniciaram nesta terça-feira (15). O espetáculo estará em cartaz no Teatro Sesc Casa do Comércio, a partir do próximo dia 9 de agosto. 

 

Dirigido por Elísio Lopes Jr, o musical, adaptado do romance Torto Arado, de Itamar Vieira Jr, terá apenas 8 sessões na cidade. Os valores dos ingressos variam entre R$ 60 e R$ 120, na Plateia, e R$ 20 e R$ 40, no Mezanino, e estão sendo vendidos na plataforma Sympla. 

 

 

 

A última temporada do musical conquistou três categorias no Prêmio Bahia Aplaude, são eles: “Espetáculo Adulto”, “Ator” e “Especial”. O elenco principal do espetáculo é composto por nomes como Larissa Luz, Bárbara Sut e Lilian Valeska. 
 

“Torto Arado” está entre os livros mais votados em lista da Folha com os melhores do século 21
Foto: Uendel Galter / Divulgação

A obra “Torto Arado”, do escritor baiano Itamar Vieira Júnior, foi um dos títulos mais citados na lista dos 25 melhores livros da literatura brasileira do século 21, divulgada neste domingo (25) pela Folha de S.Paulo. A seleção também destacou “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves, e “O avesso da pele”, de Jeferson Tenório, como algumas das obras mais votadas.

 

Autor de um dos maiores sucessos da literatura brasileira das últimas décadas, Itamar já teve “Torto Arado” traduzido em mais de vinte países. O romance venceu prêmios importantes como o Leya, o Jabuti e o Oceanos, consolidando seu reconhecimento de público e crítica.

 

Ambientado no sertão baiano, o livro narra a história das irmãs Bibiana e Belonísia, que encontram uma faca antiga escondida na casa da avó. A partir de um acidente, suas vidas passam a estar profundamente ligadas — a ponto de uma precisar ser a voz da outra. A narrativa, marcada por prosa poética e ritmo envolvente, trata de vida, morte, luta e pertencimento.

 

A lista da Folha foi elaborada com base na contribuição de cem jurados convidados, entre críticos literários, livreiros, jornalistas, curadores, escritores e acadêmicos. Cada participante indicou até dez livros escritos por autores brasileiros, publicados por editoras nacionais a partir de 1º de janeiro de 2001. As indicações foram coletadas entre setembro e dezembro de 2024.


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‘Torto Arado - O Musical’ conquista seis indicações no Prêmio Bahia Aplaude
Foto: Divulgação / GOV BA

O musical inspirado na obra de Itamar Vieira Jr, Torto Arado, acumulou seis indicações no Prêmio Bahia Aplaude, que completa 30 anos. A lista, divulgada nesta terça-feira (25), contou com nove categorias. 


‘Torto Arado - O Musical’ foi indicado nas categorias “Ator”, pelo trabalho de Diogo Lopes Filho, “Atriz” com Larissa Luz, “Direção”, com Elísio Lopes Júnior, “Espetáculo Adulto”, “Texto”, pelo trabalho de Aldri Anunciação, Fábio Espírito Santo e Elísio Lopes Júnior, e “Categoria Especial”, pela direção musical e composição de Jarbas Bittencourt. 


Além de Torto Arado, foram indicados também ao prêmio de Espetáculo Adulto as obras ‘Candomblé da Barroquinha’, ‘Hoje é dia de Rock’, ‘Homem é Homem’ e ‘Os dias lindos de Celina Bonsucesso’.


Confira a lista completa:


Categoria Ator

  • Diogo Lopes Filho por Torto Arado
  • João Vitor Sobral por Hoje é dia de Rock
  • Leandro Santolli por Chame Gente
  • Lúcio Tranchesi por Homem é Homem
  • Mano Leone por Hoje é dia de Rock


Categoria Atriz

  • Ella Nascimento por Felebé, felebé! Meu amigo é meu dinheiro
  • Larrisa Luz por Torto Arado
  • Kátia Leal por Os dias lindos de Celina Bonsucesso
  • Sibelle Léliz por Flor D’água, Mulher Rio
  • Vika Mennezes por Muunã: do fio à raiz


Categoria Direção

  • Caio Rodrigo e Pedro Benevides por Homem é Homem
  • Daniel Marques por Hoje é dia de Rock
  • Elísio Lopes Júnior por Torto Arado
  • Márcio Meirelles por Sr. Oculto
  • Thiago Romero por Candomblé da Barroquinha

 

Categoria Espetáculo Adulto

  • Candomblé da Barroquinha
  • Hoje é dia de Rock
  • Homem é Homem
  • Os dias lindos de Celina Bonsucesso
  • Torto Arado


Categoria Espetáculo Infantojuvenil

  • Casa Barriga
  • Infinito
  • Meninas contam a Independência


Categoria Revelação 

  • Caio Rodrigo e Pedro Benevides pela cenografia de Homem é Homem
  • Danilo Cairo e Leandro Santolli pelo texto de Chame Gente
  • Filêmon Cafezeiro e Liz Novais pela composição de Mukunã: do fio à raiz
  • Mafá Santos pela sonoplastia de Bicho de dua spatas
  • Rodrigo Queiroz pela direção de Casa Lamentos


Categoria Texto

  • Aldri Anunciação, Fábio Espírito Santo e Elísio Lopes Júnior por Torto Arado
  • Daniel Arcades por Candomblé da Barroquinha
  • Gildon Oliveira por Nó
  • Mônica Santana por Sr. Oculto
  • Paulo Henrique Alcântara por Os dias lindos de Celina Bonsucesso


Categoria Especial

  • Guilherme Hunder pelos figurinos de Infinito e Monocontos
  • Jarbas Bittencourt pela direção musical e composição de Torto Arado
  • Luciano Salvador Bahia pela direção musical e arranjos de O Mar de Caymmi
  • Sibelle Lélis pela composição e trilha sonora de ‘Flor D’água, Mulher Rio
  • Thiago Romero pela direção de arte de Candomblé da Barroquinha


Categoria Perfomance 

  • Ex-passo
  • Noiva
     
Zebrinha revela reestreia do espetáculo Torto Arado e turnê do Balé Folclórico da Bahia
Foto: Ana Clara Pires / Bahia Notícias

 

O dançarino e coreografo baiano, José Carlos Arandiba, o “Zebrinha”, revelou que deve voltar a dirigir a coreografia do musical Torto Arado, em sua reestreia. Presente no camarote Expresso 2222, no circuito Dodô (Barra-Ondina), nesta segunda-feira (03), o artista falou ao Bahia Notícias sobre os planos para o ano de 2025. 

 

“Eu acho que esse ano não precisa ser um espetáculo novo. Porque estamos reestreando o Percutor Tornado, que é considerado o melhor musical já feito no Brasil”, afirma. Zebrinha é o diretor de Movimento do espetáculo que, com ingressos esgotados em todo o país, é dirigido artisticamente por Elísio Lopes Jr., autor e roteirista soteropolitano. 

 

Em sua fala, Zebrinha conta ainda que o Balé Folclórico da Bahia, o qual atua na direção artística desde 1993, fará uma turnê nacional em 2025. “Mas se uma coisa, o Balé Folclórico da Bahia vai fazer uma turnê dentro do Brasil”, diz.

Larissa Luz comemora indicação ao Prêmio APCA; artista concorre a ‘Melhor Atriz’ por ‘Torto Arado - o Musical’
Foto: Reprodução / Redes Sociais @caiolirio

A atriz e cantora Larissa Luz utilizou suas redes sociais, na última quinta-feira (6), para celebrar sua indicação na categoria ‘Atriz’ no Prêmio APCA, criado pela Associação Paulista de Críticos Teatrais. A artista foi indicada pelo seu trabalho em ‘Torto Arado - o Musical’, inspirado na obra de Itamar Vieira Jr. 


A atriz concorre junto a nomes como Débora Falabella e Karen Coelho. Larissa é a única artista da montagem indicada ao prêmio, considerada a premiação mais tradicional da cultura brasileira. “Antes de qualquer coisa aproveito pra dizer que não há individual no exercício de fazer teatro!”, começou a atriz. 


“Pra subir ali seguro na mão de muitas pessoas, inclusive as que não se vê fisicamente no palco e sou grata a todas elas! Fernanda Bezerra que começou essa história tirando o projeto do papel e fazendo virar realidade, Elisio Lopes Jr. nosso diretor maestro que me conduziu brilhantemente nessa jornada e todo elenco que me dá suporte e argumento pra que exista o eu criado para Bibiana!” completou. 

 

 


O espetáculo, uma adaptação teatral do romance homônimo de Itamar Vieira Junior, ganhador do Prêmio Jabuti de Romance Literário, foi premiado, na última segunda-feira (2), na categoria Musical Brasileiro do Prêmio Arcanjo 2024. 


Atualmente o espetáculo está em cartaz em São Paulo. Com estreia em Salvador, o musical atraiu um público superior a 14 mil pessoas em duas temporadas com sessões esgotadas. 
 

Baseado na obra do escritor baiano Itamar Vieira Junior, "Torto Arado – O Musical" recebe o Prêmio Arcanjo 2024
Foto: Divulgação / Caio Lirio

O espetáculo "Torto Arado – O Musical" foi premiado na categoria Musical Brasileiro durante o Prêmio Arcanjo 2024, realizado nesta segunda-feira (2) no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. A cerimônia, que marcou a sexta edição do prêmio, destacou produções culturais em sete áreas: Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Redes, Streaming TV e Teatro, e ainda contou com 15 homenageados na categoria Especial. A cantora Alaíde Costa foi a grande homenageada da noite, em reconhecimento à sua trajetória na cultura brasileira.

 

"Torto Arado – O Musical" é uma adaptação teatral do romance de mesmo nome do escritor baiano Itamar Vieira Junior. O livro, que ganhou o Prêmio Jabuti de Romance Literário e foi traduzido para 24 idiomas, aborda temas como escravidão moderna, racismo, resistência e religiosidade, com a história ambientada no sertão da Chapada Diamantina, na Bahia. O enredo acompanha duas irmãs, Bibiana (Larissa Luz) e Belonísia (Bárbara Sut), que, após um acidente na infância, vivem em condições de trabalho escravo contemporâneo em uma fazenda da região.

 

O espetáculo, com duração de duas horas e dividido em dois atos, reúne 22 profissionais no palco, incluindo seis músicos e 16 atores. A adaptação para o teatro inclui a introdução de uma nova personagem em relação ao romance original: a avó Donana, que tem um papel de destaque no enredo.

 

Com direção geral de Elisio Lopes Jr, o musical também contou com Zé Guilherme Bueno como diretor de produção e David Godoi como produtor executivo. O júri do Prêmio Arcanjo de Cultura foi composto por Adriana de Barros, Bob Sousa, Hubert Alquéres, Miguel Arcanjo Prado e Zirlene Lemos.

 

Após estrear em Salvador com duas temporadas de sessões esgotadas e um público superior a 14 mil pessoas, o espetáculo desembarcou em São Paulo em novembro deste ano.

 

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 Após sucesso de "Torto Arado - O Musical" em Salvador, Larissa Luz deseja se aprofundar na carreira de atriz
Foto: André Carvalho / BN Hall

A atriz e cantora Larissa Luz, que estrela a adaptação teatral do livro Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, falou sobre a temporada do musical em Salvador e as expectativas para a estreia em São Paulo, marcada para 20 de novembro. Em uma entrevista ao BN Hal, a artista expressou sua felicidade com o sucesso da produção e a forte repercussão que o espetáculo teve na capital baiana.

 

Larissa começou destacando o impacto positivo da temporada em Salvador, onde o musical teve grande aceitação do público e lotou os teatros durante toda sua exibição. "Torto Arado foi um presente, está sendo um presente. A temporada aqui em Salvador foi um grande sucesso e a gente ficou muito feliz com isso, com toda a repercussão e com a aceitação do público. O teatro sempre lotado, e isso para Salvador, comercialmente e culturalmente, é muito forte", afirmou.

 

A atriz também ressaltou a importância do musical para o cenário cultural. "É um musical produzido aqui, com um elenco majoritariamente baiano. O musical tem um porte grande, então isso para Salvador é um grande acontecimento. Para a gente é um grande acontecimento também, porque a gente está sempre saindo para poder buscar oportunidades, para poder conseguir fazer as coisas acontecerem", comentou. "Comercialmente e culturalmente, isso foi muito importante para mim, e pessoalmente também, porque é um livro com o qual eu tenho muita afinidade, tenho muita história. É um livro que eu conheço, minha mãe me apresentou desde o princípio de tudo, desde que o Itamar surgiu, então eu estou muito feliz com esse momento”, completou.

 

Com a estreia em São Paulo se aproximando, Larissa expressou ansiedade e entusiasmo. "Estou muito empolgada com São Paulo, que a gente vai estrear agora, dia 20 de novembro. Estou muito ansiosa para entender a reação das pessoas e para apresentar para as pessoas que estão lá também, meus amigos, artistas que sei que vão assistir. Quero saber a opinião deles, quero saber tudo. Acho que vai ser um passo a mais dentro da minha construção de carreira enquanto atriz", explicou.

 

A artista também enfatizou sua vontade de se aprofundar cada vez mais na carreira de atriz, além de seu trabalho consolidado como cantora. "Eu estou num momento a fim de fazer isso, de me aprofundar na pesquisa, de ser mais atriz, além de cantora, que todo mundo já conhece. Acho que vai ser um momento muito bom para isso", concluiu.

 

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Mariana Ximenes aproveita espetáculo Torto Arado em Salvador após viagem a Trancoso
Foto: Reprodução / Instagram

A atriz Mariana Ximenes está em solo soteropolitano desde o último domingo (20) e aproveitou a visita para assistir ao espetáculo "Torto Arado – O Musical", no Sesc Casa do Comércio, no Caminho das Árvores. A artista chegou à cidade após passar alguns dias em Trancoso, litoral da região sul da Bahia, onde também visitou o Capim Santo, restaurante comandado pela chef e amiga Morena Leite.

 

Na capital baiana, a global prestigiou a peça na noite desta segunda-feira (21) e apareceu ao lado do diretor-geral da adaptação teatral, Elisio Lopes Júnior, e da atriz Bárbara Sut, que interpreta a personagem Belonísia na obra.
 

A PEÇA EM SALVADOR

O musical liberou uma cota extra de ingressos no mezanino, com valores entre R$ 19 e R$ 38, para a apresentação que será realizada na próxima sexta-feira (25). Com apresentações até o dia 27 de outubro, os bilhetes podem ser adquiridos através da plataforma Sympla, com valores entre R$19 e R$120.

 

A história de "Torto Arado – O Musical" acompanha duas irmãs, Bibiana e Belonísia, marcadas por um acidente de infância, que vivem em condições de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda no sertão da Chapada Diamantina, na Bahia. Na adaptação para o teatro, uma nova personagem também protagoniza a cena em relação à história original: a avó, Donana.

 

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Flica 2024: Itamar Vieira Júnior e Kalaf Epalanga falam como interação com o leitor influencia em suas escritas
Foto: Divulgação

Dois dos autores mais aguardados da 12ª edição da Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica), o baiano Itamar Vieira Júnior, vencedor do prêmio Jabuti em 2020, e o angolano radicado em Berlim, Kalaf Epalanga, falaram sobre como a interação e a interpretação do leitor influenciam em suas escritas. Os dois escritores participaram da roda de conversas “Linguagens, corpos, mistérios e chão”, na tarde deste sábado (19), e lotaram a Tenda Paraguaçu, onde foi realizado o encontro. 

 

Itamar explicou que o que ocorre na estrutura narrativa de “Salvar o Fogo”, seu mais novo livro, é algo que ele já tinha experimentado no seu processo criativo. “Acho que nenhum narrador é completamente confiável nem quem escreve. É tão interessante isso porque muito dessa história, ela vai ganhar uma leitura e uma integração dos leitores E muitas vezes o que os leitores descobrem sobre essa história passa a figurar também como mutável. E aí eu aprendi que nós que escrevemos nem sempre temos um domínio absoluto da história. E se eu não tenho o domínio, de alguma maneira, eu vou traçar essa voz para que as personagens respondam”. 

 

Para Itamar, a narrativa em terceira pessoa tem uma outra perspectiva, que considera mais distanciada e, assim, possibilita uma maior diversidade de interpretações e uma visão mais ampla do enredo. “Eu acho que essa abordagem, essa estrutura permite ao leitor ter muitos pontos de vista, acho que a mesma coisa que o Kalaf disse, ter alguns pontos de vista e ter uma visão mais abrangente de toda a história. Tem muitas pessoas que me perguntam no que eu inspirei para escrever “Torto Arado” e “Salvar o Fogo” e eu respondo: li muita literatura ao longo dos anos e continuo sendo leitor de literatura, então aprendi um pouco sobre estrutura narrativa, sobre projeto narrativo”.

 

Para escrever Torto Arado, por exemplo, Itamar encontrou a maneira de contar a história do livro quando entendeu na oralidade um projeto estético, já que foi por meio da sua interação com agricultores e agricultoras que encontrou inspiração para escrever seu premiado livro.  “Então, como descobri isso? Eu escutava, fazia entrevista, e pensava como era bonita a maneira como eles contam e como a história é brilhante. Então, precisava reproduzir a maneira de contar a história. E eu, como escritor, preciso fazer essa mediação para um público mais amplo. Ali eu vi a musicalidade, oralidade, algo esteticamente potente, poderoso para contar essa história em particular”. 

 

Durante a sua participação na Flica, o escritor angolano Kalaf Epalanga agradeceu à coordenação do evento pelo convite para estar na festa literária e falou sobre sua identificação com a música brasileira e do quanto a literatura produzida no Brasil, usando como exemplos escritores como Jorge Amado e Guimarães Rosa, está presente na literatura angolana, inspirando os seus escritores e suas formas de ver o mundo.

 

“A minha admiração pela música brasileira quase não consigo identificar um antes e um depois. Acho que ela está na minha formação, na minha gênese. Cresci ouvindo a música que toca no rádio de toda a gente. Então, a música do Gilberto Gil, do Dorival Caymmi era a música que estava na casa. Ou seja, o Brasil tem uma relevância e uma amplitude dentro do espaço da língua portuguesa, que é quase impossível a gente não ficar seduzido por ela, não ficar seduzido pelo Brasil”.

Conheça Guigga, baiano que dá vida ao personagem Severo no musical “Torto Arado”
Foto: Caio Lírio

O cantor, compositor e ator baiano Guigga está participando da adaptação teatral de "Torto Arado", obra de Itamar Vieira Júnior, e divide o palco com Larissa Luz. Em uma audição que atraiu mais de 100 artistas, Guigga foi escolhido para dar vida a Severo, personagem que, segundo ele, parece tê-lo escolhido. 

 

“Foi um processo intenso e emocionante do início ao fim. Eu já havia lido o livro e li novamente para fazer as audições. Conhecer a história e me reconhecer nela foi um combustível muito importante para que eu fizesse as audições com foco e determinação. Sinto que o personagem, de alguma forma, me escolheu para contar essa saga”, revela.

 

Sobre a parceria com Larissa Luz, o artista declarou que tem sido uma experiência enriquecedora. “Ao longo do processo de criação, construímos uma relação muito bonita de parceria e acolhimento, e sinto que as pessoas que nos assistem sentem o fruto desse encontro entre nós no palco”, citou. 

 

Mas o teatro não é o único palco que Guigga ocupa. Ele também é parte do coletivo Outras Vozes, que surgiu de encontros informais entre músicos baianos. A ideia de se unir para compartilhar canções cresceu e agora se transforma em algo maior. “Agora, após esse período de apresentações públicas, estamos iniciando uma residência artística no Teatro Gamboa e certamente algumas boas surpresas estão por vir daí", comentou.

 

Como vocalista da Banda Cajá, Guigga mergulha nas sonoridades das festas populares baianas, celebrando a riqueza cultural do carnaval e da festa de São João. “A Banda Cajá é um sonho antigo muito especial idealizado por mim e pelo músico Tarcísio Santos. Iniciamos nossas atividades no espaço cultural Aboca, no bairro Santo Antônio, e temos celebrado os compositores e a musicalidade baiana em nosso repertório”, salientou.

 

Recentemente, ele teve a oportunidade de participar de uma homenagem a Gilberto Gil, um momento que reverberou profundamente em sua trajetória. “Foi como viver um sonho. Para nós forrozeiros, a defesa e identificação de Gil com o forró ao longo dos anos... estar ao lado de Gil naquele momento foi como uma confirmação de que os nossos passos têm fundamentos e responsabilidades em comum”, afirmou.

 

O futuro de Guigga promete ainda mais novidades. Ele planeja expandir seus horizontes, tanto no teatro quanto na música. “Meu plano é poder dar continuidade aos meus trabalhos como ator e cantor. Quero muito levar a Banda Cajá para o carnaval de Salvador e fazer esse trio elétrico acontecer pelas ruas da cidade”, revelou. “Espero poder compartilhar estas experimentações com o público em breve”, completou.

 

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Após 1 mi de exemplares vendidos, Itamar Vieira Junior lança edição especial de "Torto Arado"
Foto: Reprodução/Instagram

A obra de Itamar Vieira Junior, com destaque para o aclamado "Torto Arado", alcançou os cinco continentes e já foi traduzida para cerca de 30 idiomas. Considerado um dos principais clássicos de Itamar, o best-seller vai ganhar uma edição especial de luxo, com lançamento previsto para o próximo mês de novembro. 

 

A novidade celebra uma importante conquista: em apenas cinco anos, o escritor baiano alcançou 1 milhão de cópias vendidas de suas obras, incluindo "Salvar o Fogo", "Doramário" e o recente "Chupim", voltado para as infâncias.

 

Com texto revisto pelo autor, capa dura assinada por Aline Bispo e Elisa V. Randow, fitilho, costura colorida e acabamentos em serigrafia e relevo.

 

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Salvador recebe exposição inédita inspirada no best seller 'Torto Arado', de Itamar Vieira Junior
Foto: Nilson Reis

A capital baiana receberá entre os dias 22 de agosto e 29 de setembro a exposição 'Movimentos', inspirada na obra premiada do autor baiano Itamar Vieira Junior, 'Torto Arado'.

 

O projeto, promovido pelo Salvador Foto Clube, ficará em cartaz no Teatro Gregório de Mattos, com visitação gratuita de quarta a sábado. das 14h às 18h.

 

A exposição reúne 37 obras de artistas que integram o primeiro coletivo fotográfico da Bahia, fundado em 2004. “A exposição explora a dinâmica da vida urbana e as diversas formas de registrar o tempo e o movimento como linguagens presentes no cotidiano. Desde a agitação das ruas até a serenidade da natureza, a exposição apresenta uma rica variedade de estilos e técnicas fotográficas, refletindo a diversidade cultural e a efervescência da nossa cidade”, afirma Roberto Faria, sócio-fundador do SFC.

 

A curadoria das imagens é assinada pelas fotógrafas Luciana Brito, Técia Borges e Marta Suzi Góes, presidente do SFC, com texto curatorial de Ioana Mello e expografia de Fábio Gatti. 

 

Entre os artistas expostos estão Antônio Marcos Lyra; Antônio Studart; Acson Araújo; Alex Dantas; Allan Silva; Ana K; Carlos Luz; Cesare Simioni; Claudio das Virgens; Conceição Gaspar; Deni Luz; Fernanda Vasconcellos; Fernando Antônio; Gabriel Pinheiro; Gil Ramos; Gustavo Góes; Gustavo Machado; Henrique Paraguassú; Isolda Macedo; Ivana Coutinho; Jeferson Effren; Lú Brito; Lívia Oliveira; Luiz Magina; Marta Suzi; Nayara Rangel; Nilson Reis; Rejane Alice; Roberto Faria; Sandra Coelho; Suy Andrade; Tânia Silva; Técia Borges; Ulisses Lima; Ulla von Czékus; Vânia Viana; e Vicente Reis.

"Torto Arado" fura bolha e universaliza obra de Itamar Vieira Junior
Foto: Renato Parada / Divulgação

Itamar Vieira Junior, escritor baiano, autor do premiado livro “Torto Arado”, tece narrativas que ecoam as influências da literatura brasileira que adquiriu durante sua trajetória desde a infância. Com a maestria de quem entrelaça a realidade e a ficção, ele convida o leitor para um mergulho na diversidade brasileira. Em conversa com o BN Hall, Itamar compartilhou a essência de seu processo criativo.

 

De acordo com o escritor, nascido em Salvador, a fusão entre memória e imaginação permeia toda a sua obra. “Toda a minha experiência atravessa aquilo que escrevo. Sempre tento me aproximar da realidade, mas não aquela realidade factual, como se estivesse fazendo a disciplina de história. É uma realidade que dá vez e voz à imaginação das pessoas”, explicou. 

 

“Torto Arado”, romance lançado em 2019, se tornou um best-seller e ganhou o prêmio Jabuti, a mais importante honraria literária do Brasil. Segundo o autor, no momento em que escrevia a obra, não havia passado pela sua cabeça a proporção que o livro tomaria. Itamar contou que na produção pensava nas pessoas que estavam à sua volta, como se tivesse contando uma história. 

 

“Nunca passou pela minha cabeça. Primeiro, porque vivemos em um país que não é propriamente um país leitor de literatura ficcional. Segundo, que é uma história do meio ficcional que sempre privilegiou as histórias do eixo Rio-São Paulo, pelo menos as das últimas décadas. Uma história que se passa no interior da Bahia, protagonizada por uma família negra de trabalhadores rurais, em um regime que lembra a escravidão, isso não passava pela minha cabeça que chegasse aos corações dos leitores, que ganhasse o sentido que ganhou. [...] Hoje, escrevo, em alguma medida, pensando nesses leitores que não conheci”, declarou. 

 

Para o baiano, é importante o contato com os seus leitores, pois é durante a leitura que o livro ganha vida. Ele enfatiza a influência do leitor na interpretação da obra, iluminando aspectos que o próprio autor pode não ter percebido ao escrever. Mas quando o assunto é o público  de outros países, que também adquiriu gosto pela obra, Itamar caracteriza as emoções das personagens como uma ponte entre culturas. 

 

“Escrever sobre a Bahia, sobre essas personagens, é de alguma forma escrever sobre algo que é familiar pra mim, essa é a minha ‘aldeia’. Acho que no fundo essas personagens não são diferentes de outras personagens de outros lugares do mundo. Os leitores se interessam pela experiência humana, e elas são capazes de transmitir isso independente do idioma no qual elas sejam lidas. Ainda assim as personagens são humanas, elas sofrem, sentem medo, se decepcionam, elas erram, têm coragem, ou seja, são sentimentos que são universais, atravessam todas as culturas, atravessam todos aqueles que têm capacidade de ler e interpretar essas histórias. Acho que só isso pode justificar a leitura desse livro, com uma história tão particular e específica, do interior da Bahia, tocar os leitores”, pontuou. 

 

O livro “Torto Arado” faz parte de uma trilogia que ganhou, no ano passado, seu segundo volume, “Salvar o Fogo”. Na obra, Itamar conta ao leitor uma história real do Brasil, apesar de utilizar da ficção para passar a sua mensagem. Tendo como cenário o interior da Bahia, temas como luta de classes, escassez, religião e cultura são retratados, dando voz a um povo silenciado. 

 

A história do primeiro livro criou um vínculo com seus leitores e está projetada para se tornar uma série na HBO Max, com produção do cineasta Heitor Dhalia. Questionado sobre como anda o processo do audiovisual, Itamar confessou que não está acompanhando e que irá assistir com a mesma curiosidade de um leitor. 

 

“Eu não participo, não sei nem em que pé anda, quando vai estrear, quem são as pessoas. Não participo do processo de adaptação. Até fui convidado, mas prefiro me ocupar com outras coisas, como escrever. [Seria um trabalho que] demandaria muita energia, muito tempo de mim. Estou sendo bem honesto, não sei em que pé anda, como estão as coisas”, afirmou. 

 

Aos nossos leitores do BN Hall, o escritor baiano deixou uma mensagem de incentivo à leitura: “Leiam, valorizem a cultura do nosso país. O Brasil é uma potência de histórias, de arte, e falando em particular de literatura, de estilo literário, que não deixa nada a dever a melhor literatura do mundo. Então, valorizem a literatura brasileira, comprem livros, peguem emprestado em bibliotecas, isso é importante até para fomentar aqueles que estão nessa estrada, escrevendo esse país.”

 

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Romance “Torto Arado” de Itamar Vieira Júnior é um dos destaques do Prêmio Literário de Dublin
Foto: Divulgação

O escritor Itamar Vieira Junior, nascido em Salvador, é um dos três autores de língua portuguesa indicados à pré-lista do Prêmio Literário Internacional de Dublin. Além do baiano, o cearense Stênio Gardel e o moçambicano Mia Couto integram a seleção.

 

Itamar é um dos 80 semifinalistas e está na disputa com a sua obra “Torto Arado”. O romance é um dos maiores sucessos de público e crítica da literatura brasileira das últimas décadas. O livro foi traduzido em mais de vinte países. 

 

“Torto Arado” conta a história das irmãs Bibiana e Belonísia, moradoras do sertão baiano, que encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Após a descoberta, um acidente muda para sempre suas vidas tornando-as ligadas. 

 

A premiação irlandesa, na qual o baiano está na disputa, foi criada em 1996 e é entregue anualmente a um romance escrito ou traduzido para o inglês.

 


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Autor de “Torto Arado”, Itamar Vieira Júnior lança “Salvar o Fogo” em Salvador
Foto: Adenor Gondim/Divulgação

O escritor baiano Itamar Vieira Junior, autor de “Torto Arado”, retornará a Salvador para lançar sua nova obra “Salvar o Fogo”. Na ocasião, ele realizará uma sessão de autógrafos na próxima terça-feira (19), às 19h, na Livraria Escariz, localizada no Shopping Barra. 

 

Em seu novo livro, Itamar conta a história de Luzia do Paraguaçu ? uma mulher que busca na coragem o caminho para ultrapassar as maiores injustiças.

 

“Órfão de mãe, Moisés encontra afeto em Luzia, estigmatizada entre a população por seus supostos poderes sobrenaturais. Para ganhar a vida, ela se torna a lavadeira do mosteiro da região e passa a experimentar uma vida de profundo sentido religioso, o que a faz educar Moisés com extrema rigidez”, diz a sinopse da obra. 

 

Entre as características marcantes da sua escrita, o autor mescla a trajetória íntima de seus personagens com traços da vida brasileira. 

 

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Escritor baiano Itamar Vieira Junior lança “Torto Arado” em Nova York
Fotos: Divulgação

O escritor baiano Itamar Vieira Junior lançou o romance “Torto Arado” nos Estados Unidos, no último sábado (7). O evento foi realizado na Biblioteca Pública de Nova York. A versão em inglês da obra foi traduzida por  Johnny Lorenz, responsável também por traduzir obras de Clarice Lispector. 

 

Soteropolitano, o autor de “Torto Arado” ganhou os prêmios Jabuti (2020) e Oceanos (2020) pela obra, que ultrapassou os 700 mil exemplares vendidos. O livro fez tanto sucesso que será adaptado para um série na plataforma HBO Max, além de uma peça teatral. 

 

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Autor do fenômeno literário “Torto Arado” fala, no STF, sobre herança colonial, escravidão e conflitos agrários
Foto: Reprodução TV Justiça

O escritor baiano Itamar Vieira Júnior, autor do livro “Torto Arado”, um dos maiores sucessos editoriais do país nas últimas décadas, foi o convidado desta segunda-feira (26/06) do projeto “Diálogos com o Supremo”. Na sede do Supremo Tribunal Federal, o escritor, que é funcionário da Funai na Bahia, disse que jamais pensou que um dia falaria no STF na condição de comunicador, e exaltou o papel da Corte como um dos pilares da democracia brasileira. 

 

“A terra é a grande personagem dessa história, e atravessa de maneira incontornável a vida de todas as outras personagens, primeiro porque esta é narrativa ambientada no chão histórico da Chapada Diamantina, um lugar quase mágico situado na vastidão do que é o Brasil. Um território que como tantos outros, foi brutalizado pelo empreendimento colonial e escravista europeu, marcando definitivamente o nosso presente”, disse Itamar Vieira Júnior, ao falar do seu livro. 

 

O romance Torto Arado foi lançado em 2019 no Brasil, e depois de enorme sucesso de vendas e de críticas, com mais de 700 mil exemplares vendidos, já foi traduzido em mais de 20 países. O livro relata a história das irmãs Bibiana e Belonísia, desde a infância à vida adulta. O enredo se passa no interior da Bahia, na Chapada Diamantina, uma região que recebeu um contingente grande de trabalhadores, submetidos a uma situação degradante de trabalho, análoga à escravidão. 

 

“Torto Arado pretendeu ser uma jornada por corpos e territórios de um povo, pretendeu restituir a possibilidade de uma existência maior, muito além dos dogmas e dos paradigmas que nos foram legados desde um tempo tão remoto, mas que ainda ecoam ferozes em nossas vidas”, disse o escritor. 

 

Itamar Vieira Jr, que é doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia, destacou uma frase do livro que, para ele, resume a sua disposição de escrever Torto Arado: “foi cavalgando seu corpo que senti que o passado nunca nos abandona”. Segundo o escritor, essa frase norteia muito da vida em sociedade do povo brasileiro, das nossas sequelas sociais e históricas que, para ele, ainda impactam a vida de toda a população. 

 

“Compreendo que haveria inúmeras razões para escrever o romance, mas se tivesse que eleger apenas uma: meu objetivo era registrar o amor à terra que vi camponeses declararem ao longo dos anos enquanto trabalhava no campo”, afirmou.

 

O autor disse na sua palestra no STF que sua ideia foi situar o romance “Torto Arado” em cerca de 40 anos, a partir de 1960, mas lembrou que as questões sociais apresentadas no livro ainda persistem no País. Para Itamar Vieira Jr., um modelo de estrutura social forjada na época do Brasil Colônia até hoje se manifesta nos conflitos no campo pela posse da terra, na submissão dos povos indígenas, na discriminação de gênero, que oprime as mulheres, entre outras mazelas que, para ele, ainda são relevantes. 

 

“Desde o começo da narrativa, ganhamos a consciência de que os processos históricos do meio em que vivemos atravessam os nossos corpos, e influem na nossa experiência, que é individual, mas que também é coletiva. A escravidão é um evento remoto no tempo, sequer é assunto de conversas entre vizinhos e parentes, mas parece determinante para compreender a nossa formação social atravessada por eventos duradouros e violentos. O tempo me permitiu compreender que as marcas da história estão inscritas nos nossos corpos. Estão nas nossas trajetórias, nos códigos genéticos e ancestrais, e não nos abandonam ainda que este seja o nosso propósito”, relatou o escritor baiano.

Escritor baiano Itamar Vieira Jr, fenômeno da literatura brasileira, fará palestra no STF sobre o livro “Torto Arado”
Foto: Divulgação

O escritor baiano Itamar Vieira Jr, de 43 anos, autor do livro “Torto Arado”, um dos maiores sucessos da literatura brasileira nas últimas décadas, participará, na próxima segunda-feira (26), na sede do STF, em Brasília, do evento “Diálogos com o Supremo”. Itamar será o palestrante principal do evento, que será aberto, às 14hs, pela presidente do STF, ministra Rosa Weber. 

 

Esta será a 5ª edição do “Diálogos com o Supremo”, um programa criado pela ministra Rosa Weber em novembro do ano passado, com objetivo de estimular o debate sobre temas contemporâneos. O evento busca a difusão do conhecimento jurídico sobre temas relevantes e atuais, com a realização de palestras e exposições que provoquem reflexões, aprimorem discussões e fomentem ideias, de modo a contribuir para o fortalecimento do diálogo entre o STF e as demais instituições públicas e privadas, além da sociedade civil e acadêmica nacional e internacional. 

 

Itamar Vieira Jr., baiano nascido em Salvador, é geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia. Como servidor do Incra, diz já ter recebido ameaças de morte por sua atuação para uma divisão mais equânime da terra e pela proximidade com povos quilombolas. O autor já ganhou o Prêmio Jabuti de Romance Literário, além dos prêmios Leya (destinado a escritores lusófonos) e Oceanos (também voltado para autores em língua portuguesa). 

 

O romance “Torto Arado”, de Itamar Vieira Jr, que estará em foco no evento do STF, foi lançado em 2019 e conquistou o público e a crítica no Brasil e em mais de 20 países nos quais foi traduzido, e teve mais de 700 mil exemplares vendidos. A história das irmãs Bibiana e Belonísia é dividida em três partes, desde a infância à vida adulta e o entrelace de suas vidas com a comunidade rural em que vivem. O enredo se passa no interior da Bahia, na Chapada Diamantina, uma região que recebeu um contingente grande de trabalhadores, submetidos a uma situação degradante de trabalho, análoga à escravidão.

Livro Torto Arado terá adaptação teatral de Aldri Anunciação
Foto: Divulgação

O livro "Torto Arado", escrito por Itamar Vieira Júnior, ganhará uma adaptação para o teatro com texto e direção assinada pelo baiano Aldri Anunciação. A peça está prevista para ser lançada no primeiro semestre de 2024, com estreia em Salvador.

 

O livro, de 2019, traz a história das irmãs Bibiana e Belonísia, que têm as vidas marcadas por um acidente na infância. As duas vivem em condições de trabalho escravo contemporâneo em uma fazenda no sertão da Chapada Diamantina, na Bahia.

 

Autor do livro "Namíbia, Não!”, que originou o filme Medida Provisória, Aldri recebeu o prêmio Jabuti em 2013.

 

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Romance baiano 'Torto Arado' vai virar série na HBO Max
Foto: Reprodução

O romance Torto Arado, do escritor baiano Itamar Vieira Junior, vai virar série no serviço de streaming HBO Max. 

 

A produção será feita pelo cineasta Heitor Dhalia (O Cheiro do Ralo), que detém os direitos de adaptação da obra, e planeja contar a história em três temporadas, já que o livro narra em três atos, que se passam ao longo de 100 anos.

 

A produção será redigida por um time de cinco mulheres negras, entre elas Luh Maza, Maria Shu e Viviane Ferreira. O início das filmagens deve ocorrer em 2023.

 

Torto Arado foi ganhador do prêmio Leya de 2018 e conta a história de Bibiana e Belonísia, duas irmãs que moram no sertão baiano, que encontram uma velha e misteriosa faca guardada em uma mala, sob a cama da avó. A partir daí ocorre um acidente e as mulheres têm suas vidas marcadas para sempre.

 

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Livro do baiano Itamar Vieira Jr., 'Torto Arado' vai virar série ou filme
Foto: Divulgação

Vencedor do Prêmio Jabuti (saiba mais), o livro “Torto Arado”, do baiano Itamar Vieira Junior, deve virar filme ou série. De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, os direitos sobre a obra foram comprados pelo diretor pernambucano Heitor Dhalia.

 

Destacando o sucesso do livro, segundo a publicação, ele “vende que nem pão quente”, chegando a ser duas vezes mais comprado do que qualquer livro de uma rede de livrarias. Fenômeno literário brasileiro da atualidade, chegou a ser comparado pro críticos a nomes como Graciliano Ramos, Jorge Amado e Rachel de Queiroz. 

Autor de 'Torto Arado', baiano Itamar Vieira é o próximo convidado do 'Roda Viva'
Foto: Reprodução

O autor Itamar Vieira Junior, escritor do bestseller "Torto Arado", será o próximo convidado do programa Roda Viva, da TV Cultura. A entrevista do baiano será exibida na segunda-feira (15).

 

A apresentadora da atração, Vera Magalhães, anunciou a participação do escritor em um vídeo compartilhado em sua conta no Twitter hoje (8).

 

Doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Itamar Vieira é hoje o escritor brasileiro vivo mais vendido e premiado no Brasil.

 

"Torto Arado", a obra que difundiu seu trabalho para o mundo é um romance situado no sertão da Bahia e retrata questões como situações de trabalho análogas à escravidão.

Baiano conquista título de melhor romance literário com 'Torto Arado' no Prêmio Jabuti
Foto: Reprodução/ Revista Bica

O escritor e geógrafo baiano Itamar Vieira Júnior foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2020. Na cerimônia realizada na noite dessa quinta-feira (26), seu livro "Torto Arado" foi anunciado como o primeiro colocado na categoria Romance Literário.

 

A trama retrata o sertão baiano, por meio do realismo mágico, com uma "história de vida e morte, de combate e redenção". O enredo venceu as obras de Maria Valéria Rezende (Carta à rainha louca), Paulo Scott (Marrom e amarelo), Adriana Lisboa (Todos os santos) e do músico Chico Buarque (Essa gente), que concorriam na mesma categoria. Antes do Jabuti, “Torto Arado” também rendeu a Vieira Júnior o Prêmio LeYa, concedido a autores lusófonos.

 

Montagem: Reprodução/ UAI

 

Além dele, outros premiados foram Raphael Montes, com "Uma Mulher no Escuro" na categoria Romance de Entretenimento, Carla Bessa, com "Urubus" na categoria Conto, Laurentino Gomes, com "Escravidão, Vol. I - do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares" na categoria Biografia, Documentário e Reportagem, e Cida Pedrosa, com "Solo para vialejo" na categoria Poesia.

 

Esse título, inclusive, foi escolhido como "Livro do Ano". Lançado em outubro de 2019 pela Cepe Editora, o poema 'épico-lírico' faz uma viagem do mar para o sertão, com memórias pessoais.

 

Confira a lista com todos os premiado:

Eixo: Literatura

Conto

1º Lugar - Título: Urubus | Autor(a): Carla Bessa | Editora(s): Confraria do Vento

 

Crônica

1º Lugar - Título: Uma furtiva lágrima | Autor(a): Nélida Piñon | Editora(s): Record

 

Histórias em Quadrinhos

1º Lugar - Título: Silvestre | Autor(a): Wagner Willian Menezes de Araújo | Editora(s): Darkside

 

Infantil

1º Lugar - Título: Da Minha Janela | Autor(a): Otávio Júnior | Editora(s): Companhia das Letrinhas (Companhia das Letras)

 

Juvenil

1º Lugar - Título: Palmares de Zumbi | Autor(a): Leonardo Chalub | Editora(s): Editora Nemo

 

Poesia

1º Lugar - Título: Solo para vialejo | Autor(a): Cida Pedrosa | Editora(s): Cepe Editora

 

Romance de Entretenimento

1º Lugar - Título: Uma Mulher no Escuro | Autor(a): Raphael Montes | Editora(s): Companhia das Letras

 

Romance Literário

1º Lugar - Título: Torto arado | Autor(a): Itamar Vieira Junior | Editora(s): Editora Todavia

 

Eixo: Ensaios

Artes

1º Lugar - Título: AI-5 50 ANOS - Ainda não terminou de acabar | Autor(a): PAULO CESAR GOMES, Pedro Borges, PAULO MIYADA, GALCIANI NEVES, CAROLINA DE ANGELIS, ALEXANDRE PEDRO DE MEDEIROS, THEO MONTEIRO, GABRIEL ZACARIAS, IZABELA PUCU, CAROLINE SCHROEDER, LUISE MALMACEDA, PRISCYLA GOMES | Editora(s): Instituto Tomie Ohtake

 

Biografia, Documentário e Reportagem

1º Lugar - Título: Escravidão, Vol. I – do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares | Autor(a): Laurentino Gomes | Editora(s): Globo Livros

 

Ciências

1º Lugar - Título: Futuro presente: o mundo movido à tecnologia | Autor(a): Guy Perelmuter | Editora(s): Companhia Editora Nacional

 

Ciências Humanas

1º Lugar - Título: Pequeno manual antirracista | Autor(a): Djamila Ribeiro | Editora(s): Companhia das Letras

 

Ciências Sociais

1º Lugar - Título: 130 anos: Em busca da República | Autor(a): José Murilo de Carvalho, Simon Schwartzman, Pedro Malan, Joaquim Falcão, Edmar Bacha, Marcelo Trindade | Editora(s): Intrínseca

 

Economia Criativa

1º Lugar - Título: Ecochefs: parceiros do agricultor | Autor(a): Instituto Maniva | Editora(s): Editora Senac Rio

 

Eixo: Livro

Capa

1º Lugar - Título: Penitentes - Dos Ritos de Sangue à Fascinação do Fim do Mundo | Capista: Isabel Santana Terron, Beatriz Matuck, Luisa Malzoni | Editora(s): Editora Tempo d'Imagem

 

Ilustração

1º Lugar - Título: Cadê o livro que estava aqui? | Ilustrador(a): Jana Glatt Rozenbaum | Editora(s): Ftd Educação

 

Projeto Gráfico

1º Lugar - Título: Arquiteturas contemporâneas no Paraguai | Responsável: Christian Salmeron, Maria Cau Levy, Ana David, André Stefanini | Editora(s): Romano Guerra Editora, Editora Escola da Cidade

 

Tradução

1º Lugar - Título: Bertolt Brecht: Poesia | Tradutor(a): André Vallias | Editora(s): Editora Perspectiva

 

Eixo: Inovação

Fomento à Leitura

1º Lugar - Título: FLUP - Festa Literária das Periferias | Responsável: Julio Ludemir | Editora(s): Julio Ludemir

 

Livro Brasileiro Publicado no Exterior

1º Lugar - Título: Lorde | Autor(a): João Gilberto Noll | Editora(s): Two Lines Press, Grupo Editorial Record

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Entre camarotes e voos de jatinho, o Soberano iniciou sua campanha. A pressão em cima do Cacique anda tão grande, que até erros dos primatas estão jogando na conta dele. E por falar em erros, a Ex-Fala Bela vai ter que ensinar o Ferragamo a falar "Bolsonarista" antes da eleição. Coronel Card também já dá sinais de como será ano que vem. E nada com um show sertanejo para curar as feridas entre Romas e Magalhães. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Nikolas Ferreira

Nikolas Ferreira
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

"Meu Deus, quanta humilhação. Nada disso será esquecido". 


Disse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ao criticar o modo em que o advogado Lucas Brasileiro, preso por envolvimento nos atos do 8 de janeiro de 2023, foi levado algemado em velório de sua avó. 

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