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Programa de governo, compromissos com o eleitorado

Por Edson Neves Valadares

Programa de governo, compromissos com o eleitorado
Foto: Acervo pessoal

Com a chegada da campanha eleitoral, inicia-se a caça ao voto. No imaginário popular é a hora dos candidatos apresentarem suas promessas vazias. No Entanto, em 2009 a legislação eleitoral avançou quando passou a cobrar de forma mais consistente dos candidatos a cargos de chefes de executivo a apresentarem, juntamente com suas inscrições, seus programas de governo, contendo compromissos em forma de propostas com as quais pretende governar, se eleito.

 

Esta prerrogativa fará com que as plataformas de campanha deixem de ser meras peças de ficção, potencializadas pelos efeitos digitais utilizados nas propagandas. Portanto, agora é para valer e as propostas serão cobradas pela sociedade.  

 

A função de um programa de governo é a de persuadir os eleitores, a de estabelecer pactuações com os cidadãos, explicitar a agenda de prioridades, expor seus eixos estruturantes capazes de aglutinar os elementos estratégicos para solucionar problemas reais.

 

Deve ser integrada para firmar uma ideia de conjunto, servir de documento base para montagem do Plano Plurianual, além de ser a peça na qual se substanciará as alianças partidárias. É muito importante que seja participativo, ouça e discuta com todos os segmentos da sociedade para representar seus anseios. 

 

A valorização do programa de governo tem um significado fundamental para fortalecer a função planejamento dentro da administração pública, principalmente quando os tribunais de contas passam a avaliar o desenvolvimento das ações de governo. Agora não basta apenas executar o orçamento, tem que ter como resultado a efetividade, ou seja, a solução do problema para qual a política pública foi criada.

 

Tudo começa com um bom diagnóstico do município, através da identificação de fontes de dados e informação objetivas da realidade. Depois aplicando uma dinâmica de escuta da população e de mineração de dados das redes sociais.

 

Logo em seguida é necessária a identificação de projetos existentes, problemas, avanços, recursos disponíveis, perspectivas, potencialidades e vocações. Este debate tem que envolver técnicos e representantes da sociedade para analisar a situação e propor o conteúdo programático do programa de governo.

 

Todo este insumo deve ser encaminhado para uma equipe de sistematização das contribuições oriundas da consulta social e dos técnicos para subsidiar a equipe de marketing e o candidato durante atividades da campanha. Deste conjunto de propostas sairão as prioridades que serão apresentadas e debatidas no decorrer da campanha eleitoral.

 

Por tanto, um programa de governo de todo candidato deve demonstrar conhecimento da realidade, apresentar ideias e ideais para convencer e obter hegemonia do eleitorado, trabalhar com conteúdos comuns expressos em diretrizes, focar em ideias-força e difundir informações para apoiadores para defender durante a campanha.

 

*Edson Neves Valadares é dirigente da Federação Nacional dos Sociólogos do Brasil e Especialista em Planejamento e Gestão Pública

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias