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Marca Bahia Notícias

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Diretor pernambucano Heitor Dhalia compara o cinema hollywoodiano a uma bolsa de valores

Diretor pernambucano Heitor Dhalia compara o cinema hollywoodiano a uma bolsa de valores
O diretor pernambucano Heitor Dhalia ("À Deriva") já começa a entender o interesse de Hollywood por talentos estrangeiros. Dhalia está lançando "12 Horas" , seu primeiro longa produzido nos Estados Unidos,  e afirma que o interesse do mercado estrangeiro em diretores que despontam fora do mainstream hollywoodiano é uma aposta. "É uma bolsa de valores. Eles querem comprar uma ação em baixa. Vai que esse cara que está despontando em outro lugar vai ser 'o cara', no futuro?", compara. "12 Horas", que estreia no dia 6 de abril, acompanha Jill (Amanda Seyfried), uma garota que acredita que o mesmo serial killer que a sequestrou um ano antes acaba de raptar sua irmã. Como ninguém acredita nela, ela tem de tentar encontrá-lo sozinha.

 Heitor Dhalia já havia apresentado outros longas (“Nina” e “O Cheiro do Ralo”) em festivais internacionais. Na ocasião, despertou interesse de agentes estrangeiros, mas não saiu com nada definido. Foi só depois de apresentar "À Deriva" no Festival de Cannes, em 2009, que propostas mais concretas começaram a aparecer. Dhalia chegou a ser contratado para dirigir um thriller de espionagem com o título de "April 23", que acabou não sendo realizado O cineasta conta que além do interesse em talento estrangeiro, os produtores buscam um bom investimento. "Também tem que ser um investimento seguro, eles querem saber se o cara não vai sair andando, surtar. O talento estrangeiro também entra como uma mão de obra mais barata e mais fácil de controlar - porque você não entende o sistema e também não entende a língua", diz. Para um diretor acostumado a assinar seus roteiros e ter controle criativo sobre seus filmes, Dhalia diz que a experiência foi difícil, pois o filme é do produtor. "Ingenuamente, achei que não poderia levar ninguém porque seria outro risco para o produtor, que já estava apostando em mim. Mas na verdade é porque não podia ser ninguém ligado a mim, porque isso é poder e o produtor quer total controle sobre o filme", constatou. Apesar das dificuldades, Dhalia diz estar contente por ter alcançado um objetivo ambicioso e diz que quer continuar fazendo filmes nos Estados Unidos, e ressalvou: "Continuo querendo fazer um filme lá, mas não é mais a qualquer custo".